Ao longo de todos esses episódios de Mirai Nikki, acho que
eu já acabei me acostumado com a mediocridade do anime, pois nem me sinto mais
incomodada com uma porção de coisa. Quer dizer, a seiyuu da Yuno ainda me
incomoda bastante. Mas bem, não é por que é cretino, que não possa ser
divertido. Isso “varea” muito da
concepção de cada um sobre humor. Digo que está sendo menos doloroso assistir
esses episódios finais do anime, até mesmo porque é quando a história tem o seu
melhor momento, com vários plot twists carpados, mindfuks violentos, tensão psicológica
lá nas alturas e muito nervosismo. Digo pra vocês, que a experiência de ler o
mangá foi uma das coisas mais loucas que vivi como otaka. Era tanta frenesi,
que eu até esquecia-me de ir ao banheiro fazer xixi. Bom, por isso, a essa
altura, nem sei se vale a pena recomendar o mangá, já que a adaptação é
extremamente fiel.
Fiel, mas sem clima algum. Fiquei mais empolgada com o
episódio anterior. Mas se justifica. Esse episódio é repleto de sutilezas, ele
não é tão visual como o #22, pelo contrário, é muito atmosférico. E essas
sutilezas, Naoto Hosoda, o caríssimo diretor do anime, não consegue captar de
forma alguma. Deve ser a mesma coisa que transar com sua namorada, enquanto ele
faz as unhas e conversa com a mãe dela no telefone ou ir assistir um lindo
filme romântico com o seu namorado e ele dormir o durante toda a sessão e ainda
babar. Mas bom, gosto é que nem bunda. Neste caso, se confirma que esse o anime
é uma merda. Perdão, leitores. Enfim, tirando esse pequeno detalhe, foi um
episódio “bacana”, assisti tranquilamente sem me aborrecer ou bocejar (coisa
que acontecia muito nos primeiros episódios).
Algumas coisas que quero compartilhar com vocês é como é
bacana essa parte da Muru Muru estar totalmente convicta em passar a perna no
Deus. Yuno e Yuki naquela lata com lenha e fogo embaixo. PELO AMOR! Como pode
aquilo? Eles viraram vegetais? Sensacional. Também muito bacana a evolução no
relacionamento entre os dois. Yuki enfim, consegue perceber a Yuno como mulher
e sentir afeição por ela. Além de entendê-la. Nesse ponto, a Yuno também se
torna mais compreensível para nós. Afinal, apesar de eu acreditar
veementemente, que realmente ela nunca bateu muito bem da cabeça, as atitudes
delas são justificáveis. No primeiro mundo, matou Yuki e provavelmente a todos,
achando que poderia voltar com quem quisesse a vida. Mas como dito pela
diabinha de pele escura, que eu amo; Muru Muru, ela cometeu um erro fatal de
não ter consultado o Deus anteriormente. E aqui, se justifica ela ser a figura
central de Mirai Nikki, a peça fundamental da trama. Ela é o Deus Ex- Machina
da história e ela não teria o desdobramento que terá e que teve durante toda a
execução, se ela não tivesse escolhido voltar no tempo. E bem, agora o anime
está retratando o segundo mundo, então comento mais depois.
Mas eu gosto de todo esse conceito usado a essa altura da
trama, é completamente nonsense, mas muito interessante e bem amarrado. Sakai
Esuno criou aqui uma história bem bolada, já sabendo passo-a-passo, todo o
desenvolvimento e seu desfecho. Isso que eu chamo de planejamento bem sucedido.
Afinal, se o mangá fracassasse as chances de uma história desse naipe, se perder
completamente, eram altíssimas. E eu queria comentar sobre a pressão psicológica
do episódio, nós não sabendo das reais intenções de Yuno, o que aconteceria a
seguir e o BOOM BANG, final, MÃS- Ainda assim, achei hilário: “Eu
sei que sou boa em apenas matar pessoas (...)” HAHAHAHA Achei bonitinho
e engraçado. Bem, cada um ama do seu jeito e esse casal, realmente foi feito um
para o outro.
Ah, Mirai Nikki deveria entrar pro all selecionado dos poucos animes que existem, que exibiram abertamente uma relação de sexo entre personagens. Mas o que importa? Algo assim, nem deverá ser muito lembrado futuramente. Do ponto de vista técnico, é até curioso que isso tenha ocorrido, uma vez que Mirai Nikki, é um anime para o público hardcore, saindo uma numa revista com esse público alvo (mesma revista de Deadman Wonderland, aliás) e que é casa de várias séries com yanderes e protagonistas bananas/frouxos, assim como, todo tipo de fetiche que o otaku hardcore adora. A Shonen Ace é realmente peculiar. Mas, eu tenho para mim uma teoria curiosa. Sakai Esuno brincou um pouco com isso, transformando a Yuno e o Yuki, inicialmente, em meros arquétipos e sem muita alma, apenas mais uma cópia. Mas já na reta final, amadureceu o Yuki e humanizou a Yuno. Claro que ainda não arquétipos, mas bem construídos e desenvolvidos. Olhando pra trás, se percebe isso, ao ver um Yuki no level máximo da mediocridade que um protagonista banana pode atingir. Assim como a Yuno também foi level máximo, do fetiche otaku. NÉ, YUUUUUUUUKIII?!
[E sacanagem Yuki. Não vale trocar o nome da namorada, principalmente na cama. Pega ele Yuno!]
