Às vezes sinto vontade de ter uma irmã, só pra sair rolando
com ela no fight! Vivendo perigosamente. Mas ai eu lembro que sendo filha
única, tenho tudo pra mim e não serei comparada à outra! Muahaha~
Mas nuossa! Mal começou e já apelaram para o artificio da amnésia! HUEHUEHUEHU OK, OK. Não ficou mal, mas é questionável a forma como a mama Galidon acabou nessa situação. Provavelmente um luta selvagem e corporal com o tiozinho da Adnimoon que tem nela com certeza mais do que um simples interesse comercial, mas sexual também. Ao menos, fiquei com essa impressão. A saída de cena de Geshio e Sylvia, claro, é para que os holofotes recaiam sobre as irmãs, mas seria interessante que mais a frente os dois trouxessem à tona tramas paralelas, especialmente Sylvia. É importante que ela não seja abandonada pelo roteiro.
Também se espera que o cenário se expanda juntamente com
aquele mundo. A organização Adnimoon e suas ações, as motivações dos piratas aéreos,
a revelação [nada surpreendente] de que as irmãs Galidon terão que percorrer
atrás de vários mapas com possíveis códigos sobre o segredo de Galileu – nada disso
instiga. A razão é o fato de ser bastante formulaico até então. Bem feito, bonitinho, agradável, mas sem
variantes que despertem emoção. No entanto, este episódio conseguiu ter um
toque muito mais quente ao não abandonar os conflitos óbvios existentes na
relação das irmãs e a dificuldade de adaptação à nova realidade.
O mais interessante é isso ter partido da irmã do meio, Kazuki,
de 17 anos, temperamental como qualquer adolescente já batendo às portas do
mundo adulto. Eu sei como é! É froids! Hm, hmm~. Hozuki, de 13, ainda tem
aquela coisa meio criança, meio adolescente. Facilmente impressionável, é capaz
de se adaptar mais facilmente a uma nova realidade, principalmente por essa
nova situação atender a todas as suas demandas internas de descobrir sobre o
misterioso tesouro de seu descendente. Já Hazuki, como era de se esperar, tem
mais maturidade para ser o equilíbrio das irmãs, além de ter a personalidade espelhada
na profissão que almeja. De um lado a instabilidade de Kazuki, do outro a
ingenuidade de Hozuki.
Kazuki está com ciúmes da Hozuki, mas não apenas isso. Além
de ter de abandonar sua rotina e sua paixão ao ver sua vida virada do avesso de
uma hora pra outra, novamente se vê tendo que lidar com uma família
disfuncional do qual fazia questão de manter certa distância. Fica implícito que
seus ciúmes estão enraizados numa longa convivência, certamente sendo
constantemente cobrada e comparada com Hozuki. No segundo episódio, ao notar o
feito da filha, Sylvia não esconde o orgulho e também a pontinha de veneno, “como esperado da Hozuki, o orgulho da família”.
Nota-se também na expressão de Hozuki, que não estava acostumada a receber afetividade
da mãe, ficando densa ao seu abraço, mas se soltando nos braços do pai.
Foi agradável ver a série não abdicando do melhor dessa
interação conflituosa que há ali. Claro que é uma grande aventura, partindo
pela própria estruturação do enredo, mas talvez as personagens se tornem mais
interessantes que o próprio mundo. Mesmo porque a ação com mechas fish não é
bonita visualmente. O 3DCG parece um alienígena num cenário tão belamente
desenhado. Por quê? Porque ele soa artificial, não se mistura ao mundo. Enfim,
estou seriamente considerando este o melhor episódio da série. Kazuki foi um
misto emocional elegante, me fazendo ir da empatia aos risos – como nessa cena:
De qualquer forma, Galidon que se cuide. Samurai Flamenco
tem vindo numa boa crescente ai. :P
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
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