sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Comentários: Galilei Donna #03 – Irmãs Fora da Lei

Às vezes sinto vontade de ter uma irmã, só pra sair rolando com ela no fight! Vivendo perigosamente. Mas ai eu lembro que sendo filha única, tenho tudo pra mim e não serei comparada à outra! Muahaha~
Mas nuossa! Mal começou e já apelaram para o artificio da amnésia! HUEHUEHUEHU OK, OK. Não ficou mal, mas é questionável a forma como a mama Galidon acabou nessa situação. Provavelmente um luta selvagem e corporal com o tiozinho da Adnimoon que tem nela com certeza mais do que um simples interesse comercial, mas sexual também. Ao menos, fiquei com essa impressão. A saída de cena de Geshio e Sylvia, claro, é para que os holofotes recaiam sobre as irmãs, mas seria interessante que mais a frente os dois trouxessem à tona tramas paralelas, especialmente Sylvia. É importante que ela não seja abandonada pelo roteiro.

Também se espera que o cenário se expanda juntamente com aquele mundo. A organização Adnimoon e suas ações, as motivações dos piratas aéreos, a revelação [nada surpreendente] de que as irmãs Galidon terão que percorrer atrás de vários mapas com possíveis códigos sobre o segredo de Galileu – nada disso instiga. A razão é o fato de ser bastante formulaico até então.  Bem feito, bonitinho, agradável, mas sem variantes que despertem emoção. No entanto, este episódio conseguiu ter um toque muito mais quente ao não abandonar os conflitos óbvios existentes na relação das irmãs e a dificuldade de adaptação à nova realidade.

O mais interessante é isso ter partido da irmã do meio, Kazuki, de 17 anos, temperamental como qualquer adolescente já batendo às portas do mundo adulto. Eu sei como é! É froids! Hm, hmm~. Hozuki, de 13, ainda tem aquela coisa meio criança, meio adolescente. Facilmente impressionável, é capaz de se adaptar mais facilmente a uma nova realidade, principalmente por essa nova situação atender a todas as suas demandas internas de descobrir sobre o misterioso tesouro de seu descendente. Já Hazuki, como era de se esperar, tem mais maturidade para ser o equilíbrio das irmãs, além de ter a personalidade espelhada na profissão que almeja. De um lado a instabilidade de Kazuki, do outro a ingenuidade de Hozuki.

Kazuki está com ciúmes da Hozuki, mas não apenas isso. Além de ter de abandonar sua rotina e sua paixão ao ver sua vida virada do avesso de uma hora pra outra, novamente se vê tendo que lidar com uma família disfuncional do qual fazia questão de manter certa distância. Fica implícito que seus ciúmes estão enraizados numa longa convivência, certamente sendo constantemente cobrada e comparada com Hozuki. No segundo episódio, ao notar o feito da filha, Sylvia não esconde o orgulho e também a pontinha de veneno, “como esperado da Hozuki, o orgulho da família”. Nota-se também na expressão de Hozuki, que não estava acostumada a receber afetividade da mãe, ficando densa ao seu abraço, mas se soltando nos braços do pai.

Foi agradável ver a série não abdicando do melhor dessa interação conflituosa que há ali. Claro que é uma grande aventura, partindo pela própria estruturação do enredo, mas talvez as personagens se tornem mais interessantes que o próprio mundo. Mesmo porque a ação com mechas fish não é bonita visualmente. O 3DCG parece um alienígena num cenário tão belamente desenhado. Por quê? Porque ele soa artificial, não se mistura ao mundo. Enfim, estou seriamente considerando este o melhor episódio da série. Kazuki foi um misto emocional elegante, me fazendo ir da empatia aos risos – como nessa cena: 
 Calcinhas sujas!!!!! NINGUÉM MEREEEEEEEEECÊ!!! Eu sinto a sua dor, Kazuki-chan! õ.Ó
 Não tá fácil pra ninguém! Nem pras personagens moe.
De qualquer forma, Galidon que se cuide. Samurai Flamenco tem vindo numa boa crescente ai. :P

Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
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