E, mais uma vez, chegamos na outra ponta. Prontos ou não, mais uma (des)aventura começa.
E o sal nas minhas feridas/Não está queimando mais do que de costume/Não é que eu não sinta a dor/Apenas não estou mais com medo de me machucar/E o sangue nessas veias/Não está pulsando menos do que já esteve/E esta é a esperança que tenho/A única coisa que conheço está me mantendo viva, viva/(...)É apenas uma faísca/Mas é suficiente para que eu continue/E quando estiver escuro lá fora/Ninguém por perto, continuará brilhando – Last Hope, Paramore
Eu estava muito ansiosa para poder escrever este post, mas pra efeitos emocionais, queria que fosse hoje, mesmo que estivesse um pouco apertado para mim. O motivo? Oras. Por mais que eu diga que não me importo – e realmente não me importo, ao menos, por mim mesma – hoje é um dia simbólico. Hoje e amanhã. Especialmente na virada. Significa muito para a maioria das pessoas. É como se fosse a entrada de um novo ciclo, embora estes não escolham calendários e são totalmente cósmicos, alheios a nossa vontade. Como a morte que chega sem pedir licença e não espera resposta. O seu simbolismo exerce sobre nós a mesma influência que a lua sobre a terra, e assim nos tornamos mais emocionais, intimistas e sentimos uma necessidade intrínseca de compartilharmos uns com os outros votos e calor humano.
Relendo a postagem de 2014, percebo como foi um ano de difícil transição para mim, onde o meu estado independente era um completo vazio repleto apenas de promessas e esperanças vazias. 2015 foi mesmo um ano de realizações e mudanças bruscas. Foi um ano de acontecimentos, o que não significa que tenha sido fácil, feliz ou suave. Pelo menos para mim, foi bastente duro. E esta letra de Last Hope meio que reflete essa minha jornada de ferro, suor e lágrimas, motivadas por uma centelha. Afinal, é ela que nos impulsiona e faz com que possamos resistir.
Em meio a isso, a esse turbilhão de coisas recém-adquiridas e experiências novas, se torna difícil lidar com muitas atividades ao mesmo tempo e chega um momento em que precisamos manter o foco nas prioridades. De momento, a prioridade tem sido construir a minha vida, meu estado independente (como gosto de chamar), aqui fora. Afinal, se eu não tiver uma estrutura e suporte a que me segurar, não há razão de existir um hobbie nem nada mais, porque tudo estará despencando e não haverá em que me instabilizar. Digo isso porque me sinto em débito com meu querido Elfen Lied Brasil neste ano e as pessoas que o acompanham. Sinto não ter lhes dado a atenção que exigiam, mas não foi por falta de esforços ou vontade. Muitos desses posts foram redigidos com meu corpo já cansado, com a única energia restante sendo a paixão. Diversos planos bacanas foram frustrados por motivos de força maior e diversos pequenos incidentes externos. Bem, em outras vezes, eu simplesmente não estava afim, justamente por estar desgastada. E escrever assim, para mim, não rola. Exige uma recompensa e essa é o prazer da escrita. Não são os comentários. Estes, apenas o enriquecem ainda mais, deixando-o mais completo.
De qualquer forma, nós amadurecemos e consequentemente o que escrevemos também. Assim como a proposta editorial. Hoje estamos muito mais abertos e com focos múltiplos, só ver tudo o que eu, Natchim e Pedro escrevemos no decorrer do ano. Mas quem sabe o que virá? Tudo depende do nosso humor no momento. Isso que torna tudo um máximo. Por isso, mesmo que o ritmo de postagens diminua a qualidade do que fazemos se manterá, para nós é o que importa. Em 2016 estaremos mais fortes e pulsantes e espero que continuem com a gente, compartilhando experiências. Que o próximo ano possa ser isso para todos nós. Mais um degrau, onde ficamos cada vez mais longe do chão. Por isso não deixe que o medo de cair o impeça de descobrir o que há onde as vistas não alcançam. É normal não sermos o que fomos ontem. Não tenha medo, pois o que importa é a essência.
Monte seu kit para sobreviver a mais um ano. Garanta que nele tenha tudo que você irá precisar para atravessar por mais um apocalipse zumbie chamado vida.
Direto da redação ELBR. Pedrinho, Natchim comeremos sorvete em homenagem a vocês! (espero que 2016 seja tão bom quanto foi esse sorvete!@@) |
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