quarta-feira, 29 de junho de 2011

Steins;Gate #13 - Hinamizawa...verão de 83


A melhor definição para este episódio é: FANTASTICO! E assim Steins Gate segue me fascinando e excitando a cada semana, com eventos que me fazem querer que a semana passe mais rápida e logo chegue terça-feira para poder acompanhar todo o desenvolvimento proposto (...)




Os poucos mais de 2 minutos iniciais do anime, responsável por causar aquele calafrio e angustia, retrocedeu do momento mais surtante do episódio anterior, com Moeka mais fria e sexy do nunca. Foram poucos minutos, mas suficientes para deixar qualquer um com os nervos á “flor da pele”. Suzuha aparecendo inesperadamente (vai dizer que foi previsível? Um jujuba para você!) e... caramba! Podem não compartilhar da minha empolgação mas achei essa seqüência extremamente foda, pro inferno se é algo completamente e insamente impossível, eu quero é diversão (LOL). A pose das duas, o jogo de câmeras, closes faciais, expressões dos personagens, atuação suprema e convincente de todo o grupo de seiyuus e aquele suspense que mata...AAH (que orgástico), não me divertia tanto assistindo um anime, desde Madoka Mágica.


Okay, vamos controlar a empolgação! Com a distração promovida por Suzuha, que com as palavras “42’ e “CRT”, se fez entender por Kurisu, que pegou a mensagem rapidamente. O 42 pode parecer uma referência ao “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, onde este numero é a resposta para a “questão fundamental da vida, o universo e tudo mais”, verdade fundamental da série. Mas logicamente, 42 é uma alusão á tv do Mr. Braun e CRT é um sigla em inglês para "tubo de raios catódicos" (Cathode Ray Tube). Desculpe está desenhando isso, mas talvez alguém pode ter ficado confuso com a sigla e que pode ter ficado no "ar". 


Com isso, Okarin começa sua verdadeira luta, que é tentar desesperadamente salvar a vida da nossa querida Tutturuu. Foram momentos de muita ternura no comovente flashback do passado de Okarin e Mayuri, onde é explicada toda a metáfora do “refém” e toda essa casca de cientista louco que ele mantém. Acho muito lindo todo o afeto demonstrado por Okarin á Mayuri e ao contrario do que alguns pensam, eu vejo muito mais para um lado fraternal, de ambas as partes e pouxa, é muito bacana ver uma abordagem assim, onde a amizade sincera parece aflorar mais do que o cheiro de testosterona.


Toda essa saga de Okarin, lembra bastante o filme “A Máquina do Tempo” (The Time Machine), onde um cientista acredita ser possível desenvolver uma máquina do tempo, que possa fazê-lo voltar ao passado e salvar a vida de sua namorada, que acabara de ser assassinada. Mas a forma como viagem do tempo é abordada no filme, não se aplica tanto a realidade de Steins Gate, uma vez que no filme o protagonista não consegue salvar sua esposa, devido ao fato de que a morte dela foi à razão para ele ter criado a máquina do tempo. Então, salvar a vida de sua esposa desencadearia um paradoxo.


Mesmo que Kurisu tenha dito que com seu experimento, poderia se voltar no máximo 48 horas no tempo, Okarin volta apenas 3 horas e assim, torna sua frenética tentativa ainda mais difícil, uma vez que se encontra cercado pela SERN por todos os lados. Mas se foi possível fazer várias alterações do passado, por qual motivo Okarin não consegue evitar a predestinada morte de Mayuri nas 2 tentativas mostradas no episódio? As três mortes de Mayuri é realmente bem peculiar, sendo que nas duas primeiras por influência direta dos agentes da SERN. O que poderia levar a uma linha de pensamento bem próximo do ocorrido em Madoka Mágica, ou citando um melhor exemplo;  em Higurashi e o circulo infinito em volta da morte de Rika Furude, que no desfecho descobrimos o fator motivador de sua morte, que não importava quantas vezes o tempo era resetado, parecia impossível evitá-la.


Mas no entanto, sua terceira morte é um empecilho – aparentemente – para este argumento, onde Nae acaba sendo o motivo da morte de Mayuri. E para intrigar ainda mais, Mayuri morre aparentemente sempre no mesmo horário. Mas, como bem dito por Titor em episódios atrás, quando se faz uma viagem de volta no tempo, cria-se varias linhas de mundo, onde várias possibilidades de futuro são possíveis, vide no primeiro episódio onde Kurisu é morta. Bom, a resposta para este ciclo infinito (?) é bem simples e aposto que Okarin será capaz de desvendá-la assim que conversar com Kurisu a respeito. Alias, acho perfeitamente normal o fato dele não querer envolve-la, juntamente com Daru.


Este foi mais um episodio incrível e a adaptação segue sendo excelente. Cortaram sabiamente partes de menos impacto da VN que levaria ao inchaço da trama (este que foi um dos males de C). O tropeção de Nae em Mayuri e sua conseqüente queda nas linhas do metro foi algo muito surreal, que mesmo na maior aflição aqui, foi possível notar no ato, pareceu mais um empurrão, do que qualquer outra coisa. Foi muito “Oyashiro-mode” (requer ter assistido Higurashi pra entender) hehehe.


Até agora, quase tudo parece se encaixar, fora algumas peças ocultas no tabuleiro e mais algumas discrepâncias ocorridas por lapsos dos produtores, mas que no geral desponta como uma história incrivelmente bem pensada. A seqüência final foi – como todas do episódio – muito bem produzida e mostra que não é preciso ter sangue respingando por todos os lados para tornar algo emocionante e assustador. O sangue em abundancia é algo que não faz a menor falta em Steins Gate. A OST de fundo foi quase insistente, o que tornou o desespero ainda mais gritante. A referência da técnica de pintura Rembrandt ao gesto impulsivo de Mayuri foi mais um momento bacana (especialmente para quem gosta desses detalhes) e mostra como tudo foi muito bem pensado. 

Sem OP/ED nova, mas nada a reclamar pois acho estas simplesmente perfeitas para o clima do anime. Moeka apresentando um olhar vago e perdido e sua quase que imperceptível hesitação é algo a se destacar e estou adorando esse jeito dela. Isso tudo é tão...“Hinamizawa...verão de 83”. Parei (rs), até mais! 

Preview do episódio #14