Eu gostaria de dizer que esse episódio foi sensacional, já
que foi completamente num feeling à lá “Jogos
Mortais”, com joguetes mirabolantes, com armadilhas impossíveis de se
fugir, formuladas pela mente da Yandere preferida dos otakinhos, a “Yuno-sama”.
O ponto de partida do episódio é a fuga de Yuki e Yuno da policia. Também tem a
Muru Muru aprontando mais uma das suas. Temendo que o atual “Deus Ex” não
resista até a coroação do “Deus do novo mundo” (praticamente um trocadilho com Death Note, oferecido pela equipe do
estúdio Asread), Muru Muru começa a manipular o jogo, antecipando a
eliminação de Keigo. Em outro ponto, temos Akise, que preocupado com a situação
de Yuki, contata Nishijima, a procura de informações que poderiam levar ele a
Yuno!!! Com isso, ele recruta Hinata, Mao e Kousaka, que começam a procurar em
um bairro repleto de estancias e hotéis abandonados.
Sinceramente, nunca foi tão fácil fazer uma crítica a Mirai
Nikki. Esse episódio foi completamente descabido. Um episódio que evidência bem
a preguiça da produção, sem ritmo algum e com acréscimos (ecchi completamente forçado e fora do
contexto) extremamente desnecessários.
Algo como:
Escritor (Katsuhiko
Takayama): Diretor, o senhor tem certeza que vai animar só um capitulo
nesse episódio?
Diretor (Naoto Hosoda):
Ãhm? Sim, sim.
Escritor (Katsuhiko
Takayama): Mas não há material suficiente – Diz, preocupado.
Diretor (Naoto
Hosoda): Hein? Coloque ai as lésbicas em situações de fanservice e vai
esticando essa porra com bastante dialogo random até dar os vinte minutos de
execução. Agora me deixe, que tá chegando na melhor parte aqui da reprise de Nichijou, essa porra é bom demais, não
entendo como fracassou em vendas RIARIRARIRAR!!! E não precisa voltar aqui, que
eu não vou me dar ao trabalho de supervisionar isso, assim que acabar aqui vou
assistir meu BD de Hanasaku Iroha!!!
Todo esse episódio é completamente fora de lógica. Cadê o
thriller? Cadê o suspense? Trocaram o ritmo acelerado e dinâmico por toda uma “lenga
lenga” que não instiga, não causa impacto algum. Fora que, Akise numa delegacia,
auxiliando um detetive profissional soa completamente fora do lugar e é aqui o
grande pecado: Mirai Nikki é completamente surtado e com um ritmo tão intenso
que não te permite muito tempo pra formular muitas questões, com reviravoltas
sensacionais. Mas o que se vê na adaptação é algo muito maçante, pretencioso
demais, com um roteiro pobre, oportunista e que não faz sentido algum por terem
amputado o melhor da obra original. E ainda não funciona por si só – O que é
bem pior.
Pra não dizer que não falei de flores, tão bom quanto a Minene,
é o Akise. E nesse episódio tivemos muito dele. Confesso, que dos raros
momentos em que o episódio prendeu o meu olhar no vídeo, foi os momentos em que
fecharam seu rosto em close e em que ele abria a boca para falar. AI SIM!!!
Vocês aparentemente estão gostando muito do anime, o que é natural, afinal, tem
uma yandere que é puro psycho e amor no coração, uma tsundere terrorista que
apesar de não fazer mal nem pra uma barata, é puro carisma e tentação, fora, o
Akise, o lindo e sensual detetive que quer ter o seu momento particular com o amedrontado
Yukiteru. E bem, a premissa é atraente. É algo que sempre agrada um ou outro,
mas que não deixa de ser ruim. Qualidade que é bom não existe aqui. Resta
apenas aos fãs de Mirai Nikki de Sakae Esuno, uma doce e melancólica lembrança
daquele que é um dos melhores mangás com enfoque em “jogos de sobrevivência” já
feito.