Bem, indo direto ao ponto; Eu curtir Accel World. Mas tenho
minhas ressalvas. A história básica é sobre um porquinho e uma borboleta, que
resolvem se ajudar mutualmente (!). Pra
ser mais exata, esse anime é baseado em um light novel, que conta a história de
um colegial que sofre com falta de ato estima e ainda é vítima de bullying; Haruyuki.
Seu entediante e sofrido cotidiano muda depois de uma série de eventos, onde
ele conhece e resolve se tornar um ”cavaleiro” de Kuryoyukihime, e enfrentar
diversos desafios, conectado a um programa que o coloca em outra realidade,
chamada “Accel World”.
A essência de Accel World é isso. Ao menos, essa é a
impressão. A trama é construída sobre a clássica relação implausível, entre uma
estudante popular e um aluno patético. Os dois primeiros episódios já nos situam
dentro do universo que a história abordará e ao que tudo indica, o que virá a
seguir é o desenvolvimento das tramas que virão e seus personagens. Só que com
base com o que vimos até aqui, o forte de Accel World não é exatamente um character
development muito profundo não. É tudo meio jogado e sem muito enfoque nessa
questão. O drama de Haruyuki é apenas um argumento pra fazer a história começar
e servir de um fio condutor. Nos é apresentado o básico, ele sofre por ter uma
aparência que o distingue dos demais, sofre nãos mãos dos valentões, e tem uma
habilidade incrível que faz dele o gênio do mundo virtual.
A heroína é Kuroyukihime, que atende pela alcunha de “Black
Snow Princess” na realidade virtual, lhe apresenta um novo mundo e em divida,
ele se dispõe a ajuda-la, competindo em diversos desafios. Quando fiquei
sabendo que teria uma base no crescimento dele, confesso que esperava algo com
relação ao personagem em si e seus problemas. Mas é um anime sobre MMORPG e o
crescimento, certamente é sobre o seu nível de força em combate e com isso, ele
vai ganhando mais confiança e tal. Ele é intencionalmente estereotipado ao
máximo, chegando ao ponto de que sua persona no mundo virtual seja um
porquinho. Recentemente, vimos este caso de extremismo, em Yuki, de Mirai
Nikki. Então ele certamente será um divisor de água. Particularmente eu gostei
dele, por ser divertido e ter um visual completamente surreal, principalmente
quando está diante de Kuroyukihime e o contraste aumenta. Curiosamente, não
consegui correlacioná-lo com o Gaguinho, de Loney Tunes (este que também é um
porquinho desastrado). A relação entre os dois? A conferir, mas eu pensaria
duas vezes ao achar que há um sentimento mutuo ali, ao menos inicialmente.
Certamente, a história reserva boas surpresas nesse sentido. Ao menos, seria o
ideal, pra não ficar tão forçado um virtual envolvimento não declarado (sabe
como são casais japoneses) entre eles.
Accel World apresenta um futuro no qual o mundo virtual é
incorporado nas sensações humanas pela interface neural direta. Sendo assim, a
história nos propõe grandes possibilidades, com relação a cenário e tramas que
envolvem jogos. Mas acredito que fica nisso. Tudo aponta para a velha formula
de sempre, com um technobabble bem safado, como o mostrado nesse episódio. O
primeiro ponto é que as explicações sobre as regras do jogo e como tudo
funciona, são chatas e não possuem efeito pratico em uma série áudio visual. O
segundo ponto, são as situações que envolvem Haruyuki e seu “probleminha” de
confiança em si mesmo e autoestima. Senti um tanto quanto forçado e brega
alguns diálogos, especialmente o que ele mantem com Kuroyukihime a certa altura
do campeonato. E o terceiro ponto, é que ao se focar demais na “ação”, já com
um ponta pé inicial na história, Masakazu Obara, abre mão das sutilezas e em
contra partida pra justificar o argumento, acaba forçando com diálogos que são
puro “shame on me”. Difere bastante do feeling de um ótimo The World God Only
Knows, que trilha caminho semelhante.
E obviamente, o roteiro também não se mostrou muito consistente até aqui,
abrindo mão de algo mais trabalhado, em prol de rascunhos de personagens e uma
ação que não empolga tanto a principio. O que não justifica, tendo em vista que o anime
será de 2 cours de 12 episódios (24 episódios no total). Mas funcionou pra mim
como entretenimento barato e continuarei acompanhando. O grande ponto, é
que apesar da execução um tanto quanto exageradamente corrida pra algo de 24
episódios, mostrou que tem bom feeling para cenas de ação e a história flui de
forma dinâmica. Então, sendo apenas dois episódios, é possível relevar um
problema ou outro e continuar apostando. Por enquanto é divertido, mas se cair
na velha formula do primeiro cour de Guilty Crown e apenas ficar andando em
círculos, acentuando velhos erros, ai não há diversão que justifique o tempo gasto.
E por falar em Guilty Crown, o personagem de Haruyuki é
dublado pelo seiyuu Yuuki Kaji, que por um acaso, dublou Ouma Shu. INCEPTION?
De qualquer forma, a animação de Accel World apesar de estar na média, é muito fluída
e tem uma arte bonita. E apesar de não ser aquela equipe da Sunrise que sempre
desenvolve projetos originais, um estúdio que é conhecido pelos seus mechas,
não poderia dispor de um CG escroto e até aqui, está tecnicamente bem feitinho e integrado ao 2D. Realmente tudo flui muito bem.
E ai, o que acharam da estreia? Eu diria que é um anime sem urgência alguma,
mas que pode vir a ser bem divertido.
P.s.: Recomendo assistir em HD pra aproveitar todo o lado visual do anime. Pff, arrependi de ter visto nessa qualidade.
Status: Em exibição
Estúdio: Sunrise
Episódios: 02/24
Gênero: Fantasia/ Sci-Fi/ Escolar/
Imagens em baixa qualidade.
P.s.: Recomendo assistir em HD pra aproveitar todo o lado visual do anime. Pff, arrependi de ter visto nessa qualidade.
Status: Em exibição
Estúdio: Sunrise
Episódios: 02/24
Gênero: Fantasia/ Sci-Fi/ Escolar/
Imagens em baixa qualidade.