Bem lá atrás, quando comecei a comentar alguns animes, Kore
wa Zombie desuka? Foi um dos primeiros e me divertir bastante comentando e
interagindo com os demais. E sem muita surpresa, Zombie Desu volta novamente para
uma segunda temporada já planejada, naquele mesmo molde dos animes de Bakuman e
NuraMago. E sendo assim, com a mesma produção, onde de novo dessa vez, somente Satoko
Sekine, integrando a equipe que escreve o roteiro. Mas e o feeling, será que é
o mesmo?
Basicamente sim. Praticamente nada mudou desde o último OVA
lançado, mas o problema é que as situações vividas por eles nesta continuação
são praticamente idênticas àquelas vistas no original. Esse episódio foi
praticamente uma cópia do que acontece no episódio de estreia da primeira
temporada e isso me deixa um pouco com o pé atrás, afinal, o grande inimigo das
comédias, além da atmosfera, é a repetição. Isso me lembra de um debate que
houve uma vez nos comentários do site Jbox, onde o @LeoKitsune estava
inconformado com a forma como todo capítulo de determinado mangá, tinham uma
certa reafirmação de informações que já foram apresentadas em capítulos anteriores. E do outro lado, a Allena defendendo que isso
não era um ponto de critica, uma vez que o mangá era lançado em capítulos em
uma antologia semanal e que isso era necessário para situar os novos leitores.
De certa forma, esse episódio me lembra isso. Além do
resuminho maroto na OP, pela deliciosa voz da seiyuu da Seraphin; Yoko Hikasa (Mio Akiyama – K-on!), os eventos são
basicamente os mesmos. Ayumu tendo que assumir o lugar da Haruna como Masou
Shoujo e enfrentar um Megalo randômico e acabar exposto ao público. Mas,
tirando o virtual pesadelo de que a Síndrome
da Continuação possa afligir Zumbie Desu, o feeling e a execução continua
basicamente o mesmo. Só peca pela desnecessária reintrodução e a falta de
ousadia da produção em assumir riscos, apostando em algo novo. Com isso, deem lhe
reciclagens de velhas piadas, situações e clichês.
O que acaba valendo um farol amarelo, pois Zombie Desu nunca
foi um anime que seguiu a linha narrativa ao pé da linha. Pelo contrário, temos
vários momentos randômicos e que de nada acrescentam a história, mas que são
ridicularmente divertidos. E é bom justamente por ser escroto, mas não é algo
que definitivamente você vai querer rever depois. Você se diverte justamente
por ser algo novo e refrescante.
No mais, um episódio razoável e que reintroduz todos os
personagens e nos lembra de porque, mesmo que você se questione por isso,
gostamos de Zombie Desu. A capacidade do anime de brincar com arquétipos é sem
dúvida uma das melhores coisas aqui. Difícil não esboçar um sorriso com o
protagonista zombi, vestido como mahou shoujo, incluindo ai calcinhas listradas
da loli, lacinhos e motosserra rosa (!).
Isso inclui a necromancer que não pode falar, por ser muito poderosa; Eucliwood
Hellscythe e que gera situações realmente embaraçantes (e hilárias), quando o Ayumu começa a fantasiar. A tsundere loli, Haruna,
agora desprovida de seus poderes de masou shoujo. A ninja Seraphim e sua incrível
técnica de Tsubamegaeshi. E claro, os seres sobrenaturais chamados Megalos e
outras ninjas de outros clãs. São configurações absurdas e que juntas,
funcionam bem e faz deste um harém pra lá de inusitado.
Agora resta conferir se isso irá funcionar novamente, mas há
potencial, como mostrado no OVA. E dessa vez, uma nova personagem que deve ser
uma das molas propulsoras da trama; Yousei, uma loli alcoólatra (!!!). Ela é completamente pirada e
espero por boas surpresas ai. Fora isso, sempre bom ver o Ayumu como um zumbie
crossdressing e completamente nú, para a felicidade de Sarasvati e seu olhar
fulminante. Nisso, a sequência final do episódio é até divertidinha, com todos
em pânico ao ver que Ayumu é o tal pervertido que havia sido fotografado na
capa da revista. O Megalo gay também foi bem inusitado e sua apalpada nas
nadegas do Ayumu, junto com o olhar fulminante da Sarasvati em seu bumbum, para
mim foram os melhores momentos do episódio.
Zombie Desu é dispensável, mas consegue ser incrivelmente
divertido com todas as idiotices do enredo. E espero que continue assim, pra
continuar valendo o ingresso (?). A
verba do episódio parece que foi toda torrada na OP, que apesar de ter o mesmo
feeling da anterior, é bem produzida ainda que um tanto quanto genérica. A
música tema, Passionate, de Iori Nomizu, caiu muito bem é eu achei bem viciante
e enérgica. A seiyuu da Taeko, Rie Yamaguchi, canta a ED, I Am a Love Beginner,
também no mesmo tom da anterior. A paleta de cores e character designer, é
aquele bem típico da DEEN e a animação mediana, mas sem compromoter. Meu
status? Um pouco receosa, mas vamos que vamos.
Episódios Assistidos: 01/12
Estúdio: DEEN
Status: Em exibição