terça-feira, 12 de junho de 2012

Comentários: Fate/Zero Episódio 23 ~ O Cavaleiro Negro


Esse episódio ainda que mostre toda a previsibilidade de Fate/Zero como um prequel, também solidifica o talento de Gen Urobuchi como escritor, que não apenas amarrou todas as pontas deixadas por Fate/Stay Night, como trabalhou de forma fantástica as múltiplas camadas do roteiro e soube tirar o que há de melhor no conflito existente entre as personagens. Temos finalmente neste episódio, o clímax do que se iniciou no episódio 11 “The Grail Dialogue”, onde ocorreu o encontro dos três Reis. E aqui não apenas vemos a explosão desses eventos climáticos que foram construídos no decorrer de 23 episódios, como também uma amostra que mesmo algo previsível, pode ser espetacular.

Antes de tudo, vamos falar do duelo entre o primeiro herói a pisar na terra, o Gilga, e o Rei dos Conquistadores, Rider. Devo confessar a vocês que não fiquei tão empolgada e não foi previsibilidade do confronto e seu desfecho. Eu penso que não importa quantas vezes você já ouviu aquela piada, mas o que faz ser engraçada ou não, é a forma como ela é contada. E convenhamos, o duelo entre [o ~totoso~] Gil e Rider não foi nem um pouco empolgante. Não digo que não foi bem adaptado, mas sente-se a falta de algo que poderia ser um épico confronto com efeitos visuais incríveis. Porém o próprio caráter do embate entre eles é algo que foi escrito intrinsecamente levando-se em conta o respeito mutuo que nutriam um pelo outro [representado simbolicamente pelo vinho dividido pelos dois]. E meu amigo, como eu sempre digo, o Gil com uma postura séria no campo de batalha, não é pareô pra ninguém no nasuverso, muito menos estritamente no fateverso. Definitivamente, ele não é alguém pra se vencer com força bruta, mas sim estratégia.

Own, que sorriso lindo e  que risada gostosa. Vem cá no colo Gil

É bem óbvio que as figuras heroicas representadas no fateverso, não representam exatamente o que eles foram enquanto vivos, com suas características e histórias levemente alteradas/romantizadas para a ficção – Fato que acaba desagradando alguns xiitas amantes de história antiga. Se originalmente Alexandre, o Grande foi um general caracterizado pela destreza tática e estratégica no campo de batalha, aqui ele é algo mais próximo de “Hulk esmaga!”. Como podemos ver no episódio anterior, ele sequer cogitar o tamanho da força de Saber e ser literalmente atropelado por ela, certamente seria algo vergonhoso para o Alexandre original. Porém, sabemos muito bem que Gen Urobuchi precisa respeitar o que já está estabelecido no nasuverso.

E se por um lado, Iskander não é um exímio estrategista, temos aqui a figura da personagem mais carismático (porque mais popular, sempre será a Seiba) de Fate/Zero, que conseguiu arrastar multidões com todo o seu carisma. É sim, a personificação de um verdadeiro Rei – E a personagem ser tão querida, é mérito total de sua construção tão detalhada. Seu discurso de sempre conquistar/esmagar, mas não humilhar, de ser o maior de todos e conquistar tudo que vê pela frente e por mais egoísta que seja ser aquele Rei que sempre diz o que precisa ser feito, a figura que se destaca. Convocar a todos a lutarem pelo seu sonho, mesmo que não compartilhem. Historicamente, essa é a sombra que jaz sobre os grandes líderes, algo que certamente é muito mais fácil de identificar do que com um Rei como, por exemplo, Arthur, que pregava a igualdade, mas que por essa ideologia, ela própria pensa não ter conseguido ser o Rei que seu país precisou. E Gen Urobuchi mantem uma importante característica do grande general, que é o de agregar. Vemos isso durante grande parte das aparições de Rider, onde ele sempre tenta convencer o inimigo [se ele o considera digno o suficiente] para fazer parte do seu Ionian Heitairoi. Foi assim com Saber, e agora com Archer.


Com isso, Rider conseguiu não apenas o nosso respeito, como também o de Gil, algo que ele só havia demonstrado até então para o seu único e querido amigo, Enkidu – Criação de uma divindade em resposta ao clamor do povo que era governado de forma tirânica por Gilgamesh, que mudou completamente o seu modo de agir após conhecer Enkidu, única pessoa ao qual considerava como igual. É uma história linda demais, emocionante e que infelizmente, acabou sendo cortada da adaptação [mas eu ainda espero ao menos o flashback de Gil com Enkidu no leito de morte, na versão BD que já foi anunciada como contendo acrescimentos $$$]. Gil é sempre um injustiçado nas adaptações e acaba erroneamente tido como aquele personagem que não tem mais nada além da arrogância. Mas aqui, por mais que seja um episódio com foco especial em Rider, consegue brilhar intensamente mesmo que nas pequenas nuances.

Como semi-deus que é, Rei dos Heróis, possuidor de tudo que há no mundo, ele jamais se colocaria em par de igualdade a Rider, mas a linha do diálogo em que ele oferece o seu jardim [Gate of Babylon] para que Rider nunca se sinta entediado, é algo estonteante. Sinceramente, eu como profunda admiradora e apaixonada pelo Gil, abri um sorrisão. É o ponto máximo de ebulição de algo que já vinha sendo construído nas entrelinhas e explode no simbolismo onde Gil vê na figura de Rider, as mesmas características de Enkidu. E o respeito de Gil vai além, ao se utilizar de dois de seus fantasmas nobres mais eficientes; Enuma Elish: The Star ofCreation that Split Heaven and Earth e o Enkidu: Chains of Heaven –  Dois dos seus fantasmas nobres mais queridos e só utiliza com quem considera merecedor. Encarando o confronto com seriedade e respeito, algo que definitivamente não é do seu feitio, sendo que prefere antes se divertir com o adversário.


Rider cai, mas teve o seu momento de glória e ainda que visualmente não tenha sido tão fantástico, certamente foi uma queda emocionante. E por mais que realmente não tenha sido aquele BOOM orgasmatico, o duelo entre os dois brilha nos pequenos momentos, nos detalhes que não são ditos, mas sim, sentidos. É assim como os dois tomam a última taça de vinho, como Gil invoca seus fantasmas nobres em toda sua potência, a forma como Rider avança para cima dele, de forma implacável, não importando o quê e só sendo parado pelo indefensável Enkidu: Chains of Heaven – São cenas repletas de intensidade, que levam ao gozo absoluto. Assim, Rider sai de cena da forma mais condizente possível, com toda a postura que mostrou durante o anime. Postura condizente para alguém que se sentiu tão maior que a própria vida e que no fim, pôde sentir o sorriso na face de seus guerreiros por ter tido um governante tão intenso.

Detalhe para o impactante Ionian Hetairoi e aquele sentimento de epicidade que o ufotable conseguiu passar tão bem em uma série de tv (e que me faz chorar sangue ao ver um tão mais épico Bersek, se mostrar tão inferior em seu filme). Tecnicamente impecável como o Enuma Elish se mostra em toda sua glória, ao dividir a terra e engolir todos os Okeanos – E antes disso, quando Gil saca sua espada Ea. É magistral a animação do ufotable e diferente das porcas adaptações feitas pelo estúdio Deen, onde literalmente vemos [e não apenas ouvimos] tudo que a Ea é capaz de fazer. Segundo o nasuverse, Ea é a espada que representa os primórdios do planeta antes do céu ou da terra (e seu desenho é exatamente como ela é vista; o planeta numa massa fervente antes da gênese). A perfeita memória do tempo antes da existência que tudo vemos hoje, e a forma como Ei Aoki pega essa detalhe e o desenha na tela, sendo uma perfeita [literalmente, como já imposto no fateverso] chavepara a criação do mundo como conhecemos, é de um timing perfeito.


por favor, chorando

E sensacional a simetria que liga os Okeanos aos sonhos que Iskander tanto se esforçou em vida para alcançar, ser novamente tratado aqui, no momento final de Rider. Infelizmente, acaba ficando de fora o monologo final acerca de Rider e o caráter dos sonhos, que dá um tom todo especial a despedida. E por fim, a batalha entre os dois Reis é a única até aqui, que não envolve mestres, o que é mais do que apropriado, já que como Reis legítimos, é como se tivessem o direito de escolher suas próprias batalhas, sem nenhum mestre para interferir ou questiona-los. O que acaba contrastando entre os outros heróis, como por exemplo, Saber e Lancer que tanto ansiaram por uma luta honrosa, mas foram interrompidos por seus mestres. O que acaba evidenciando a forma como Gen Urobuchi vê Arthuria: Mais como um cavaleiro do que um Rei – E assim, a mesma sempre se portou, mesmo em vida.

E já que falamos na Seiba, vamos comentar sobre a minha parte preferida do episódio.  Sim, a meu ver, mesmo tendo sido por poucos instantes, Saber VS Bersker foi o melhor do episódio. Enquanto Gilgamesh VS Rider foi um duelo embasado no respeito, aqui nós temos o ressentimento profundo arraigado na alma. Certamente foi uma surpresa para muitos a verdadeira identidade de Berseker, mas já era algo que vinha sendo desenvolvido em forma de tensão desde o primeiro embate entre eles. E é fantástico como toda essa evolução climática chega ao seu clímax. Saber fica completamente desnorteada com a visão (FAN-TÁS-TICA A CENA DELA PERPLEXA. NEM PISQUEI) de que Sir Lancelot, seu mais confiável cavaleiro, que se transformara naquela criatura amargurada e tomada pelo ódio. É como se ele fosse à personificação de todos os erros de Arthuria em seu reinado, que continua a atormentando até o atual momento, ao ponto de ela só conseguir a paz que anseia, em Fate/Stay Night. Aliás, aquele final dela foi maravilhoso e com a glória que mereceu.


E o Gen Urobuchi que vinha masturbando a audiência desde o primeiro episódio e ainda com maior intensidade depois do mítico encontro entre os três reis, consegue levar a todos ao orgasmo triplo. Minha vontade é só de digitar: “VÉÉÉI, ESSE EPISÓDIO FOI UM DOS MAIS FODAS DE FEITO/ZERO. TÔ EXTASIADA. ASSISTAM ESSA MERDA, FLW” *Vira pro lado e dorme* - Mas por respeito a todos, vou ordenar meus pensamentos e transformar todo esse êxtase em palavras condizentes.

Nessas duas batalhas, mais do que nunca, Gen Urobuchi meio que conclui [para ser retornado na narrativa da rota Fate, adaptada em Fate/Stay Night] sua linha de raciocínio sobre o que é ser um Rei de verdade e estabelecer a diferença crucial entre “Reis” e “Cavaleiros”. Todo o desenvolvimento dos servos que acompanhamos durante toda a narrativa, parece se fechar como um círculo nesse episódio. Consigo ver o Gen Urobuchi em boa parte dos diálogos de Rider, como – Um rei é um líder, alguém que possui dentro de si a autoridade máxima de seu governo, alguém que comanda orgulhosamente e que trata os outros como servos ou inimigos. Um Rei não é apenas mais um, mas a figura que se destaca. Você não pode ser o Rei se você quer apenas ser igual aos seus súditos. Você deve estar acima deles e ser visto como um Deus. MOMENTO MÁÁÁÁXIMO quando as palavras de Rider vêm à tona da na mente de Saber e a deixam extremamente desnorteada, confusa, sentindo profundo remorso diante do seu cavaleiro mais querido, ao qual considerava como amigo. As feições da Saber me deixaram realmente perplexa, deu pra sentir toda sua angustia e dor.


E Gen Urobuchi é um gênio, porque ele pegou perfeitamente as nuances da personagem e a capsulou de modo que isso se tornasse, de certa forma, uma das linhas narrativas da história. Afinal, esse sim, sempre foi o drama da Saber e tem sido sua razão de perseguir o Cálice Sagrado tão ferozmente, no anseio de voltar atrás e abrir mão do seu reinado. É delicioso esse conflito da Saber e vejam bem, é o que a torna o servo mais humano de Fate/Zero. Afinal, Saber por todo o seu histórico, nunca será a imagem de um Rei tão brilhante, carismático e amado como é Iskander, mas particularmente a vejo como a personagem mais rica entre todos. Com isso, não acredito que seja macular a imagem de Saber (e eu gosto dela com essa tristeza no olhar, porém sempre com o queixo erguido), afinal, historicamente é um cavaleiro que recebeu o título de Rei, se tornando um mártir do seu povo. Essa é a roupagem que sempre quis ver em Arthuria, com seus conflitos internos sendo tratado de forma plausível e séria e não há colocando em um pedestal de perfeição moe.

E novamente, isso é contrastado no duelo Gilgamesh VS Rider/ Saber VS Berseker. Saber é suposta ser apenas mais um cavaleiro da Távola Redonda, onde enquanto dois Reis travam um duelo do outro lado, os dois cavaleiros aqui, resolvem as diferenças, mas com o aval de seus mestres. As feições retorcidas de Sir Lancelot estavam chocantes e naquele contesto ao qual foi inserido, tudo pareceu ainda mais trágico. Como sendo a derradeira flechada no peito que Saber levaria, antes de sofrer outro duro golpe (que muitos já sabem qual é).


O Combate entre Arthuria e Sir Lancelot foi ainda mais visceral por estar repleto desses conflitos internos. E a parte técnica do ufotable e a direção extremamente refinada, sempre no timing certo de Ei Aoki, estavam muito melhor condensada e coordenada nesse combate que no desfragmentado Gilgamesh VS Rider (que vale muito pelas particularidades). O dinamismo da rotação de câmera tornou tudo ainda mais emocionante visualmente e dramaticamente. Basta ver a forma como Saber reconhece enfim, a verdadeira identidade de Berseker: Através de sua espada (fiquei arrepiada e boquiaberta com a densidade dessa sequência), Arondight. Aqui, as familiaridades são algo mais para serem sentidas e captadas, do que serem expostas através de infindáveis diálogos [tanto aqui, como no duelo dos outros dois reis]. Tão sensacional quanto Saber perceber a identidade dele através de sua espada, é o fato de Berseker compreender o comprimento exato da Excalibar. CAAAARAMBA, eles foram companheiros de batalha, dividiram a mesma mesa, a mesma mulh-OPS! Então, não posso deixar de ficar extasiada com todo esse timing, tanto da animação, quanto do Gen Urobuchi. Já começando pela brilhante sacada de “ressuscitar” um dos mais leais companheiros de Arthuria e assim, maximizar seu conflito. Do ponto de vista técnico, isso é brilhante e Nasu deve ter resmungado: “porque não pensei nisso antes?”. KKKKKKKKKKKKK não.


Continuando nessa mesma sequência, foi sensacional e delirante o Cavaleiro da Honra se despindo de sua armadura, enquanto sua Arondight se torna visível. Se por um lado, em sua armadura de CG envolta por aquela nevoa negra, tem a habilidade de se transformar em quem quiser e ter completo domínio de qualquer objeto, por outro, ela acaba bloqueando todas as outras suas características que o tornou naquele lendário cavaleiro negro. As coreografias estavam de tirar o fôlego, a arte empregada pela staff do ufotable envolvido nessa mega produção televisiva, está num nível admirável. A consistência de Bersker em todos os episódios que aparece como uma forma de CG alienígena, aqui acaba se tornando algo mais marcante quando enfim ele se despe dessa armadura e faz a transição de um ser completamente despirocado, a um cavaleiro amargurado. E a medida em que a sua áurea vai se dissipando, sua armadura passa a ser desenhada a mão, o que além de ser muito bonito visualmente, dá essa ideia de que agora ele é real.


Outro destaque para mim, nessa mesma sequência que sim, foi a mais alucinante e bem montada do episódio; são os veículos desenhados a mão na cena onde Berseker está completamente insano disparando seu infindável arsenal de balas e Saber marotamente usa o carro como escudo. As balas estavam perfeitas e....MEODEOS, aquilo tudo estava num nível de [quase] foto realismo incrível. A Saber, usar o carro como cobertura enquanto tenta atingir Bersker, foi algo fantástico. Uma fotografia deslumbrante e em pouco tempo, aquele estacionamento subterrâneo se transformou em um legitimo campo de batalha, com fogo e feeling de thriller no ar. Foi uma excelente opção abrir mão do CG, embora eu imagine que este episódio tenha custado uma nota preta. Próximo episódio quero ver a Saber, arregaçando com tudo e o final... bem, espero por algo fora de série. Afinal... Kiritsugu e Saber, enfim fazendo dupla. Eles que são intimamente tão parecidos, mas sempre conflitantes.


E bem, pra terminar aqui, todos sabemos que lenda do Rei Arthur possui diversas versões (apesar de que, ele realmente existiu. Jamais duvidarei das provas históricas encontradas). E aqui, nos temos a versão fundida ao fateverso. Onde, resumidamente, Arthur é uma mulher, mas tendo se disfarçado como homem. Casando assim com Guinevere, já que Arthuria deveria ter uma rainha por razões politicas e ainda manter seu sexo em segredo. O casamento por razões obvias, não foi consumado, com Guinevere posteriormente mantendo um caso (não apenas caso, eles eram apaixonados) com Lancelot. O famoso filho bastardo do Arthur, Mordred, aqui acaba sendo um homúnculo criado por magia e alquimia. A parte da alquimia deu a nossa Seiba um órgão masculino onde se recolheu seu esperma e com alquimia, o embrião foi desenvolvendo no ovário da irmã de Arthuria; Morgana. Este nasceu como um clone perfeito de Arthuria, e futuramente a apunhalou pelas costas.

Eles estão esperando o quê pra transformar essa sinopse em algo concreto? Mais interessante do que todo o fateverso. Aliás, as histórias de boa parte dos heróis são muito interessantes e eu uivaria com gaidens para cada herói do time principal. E claro Lancelot terminou seus dias longe do reino de Arthur e sem o amor de sua vida. Certamente amargurado, mas não enlouquecido, mas esta é uma especialidade da classe Berseker e como podemos ver no sonho de Kariya no episódio...21, seus ressentimentos foram elevados ao nível máximo até atingir o estado berserker (duh).


E bem, fechando de forma esplendorosa com Kirei recitando o verso 23 da bíblia. Aquilo foi arrepiante e revelam todo o ardor de Kirei para o tão esperado momento que ficará frente a frente com Kiritsugu e como mencionado na light novel, com tanta paixão, tais palavras sagradas e de benção, não poderiam deixar de sair de seus lábios. Enfim, Kirei se sentia abençoado. Episódio magistral e que coloca a trágica quarta Guerra do Santo Graal, em um nível em que se sente realmente a tragédia a flor da pele. Seja o corpo da Iris que jaz sem vida e com uma taça em seu interior, Kirei que busca destruir todos os pilares de Kiritsugu, este que por sua vez já não tem mais nada, num estado de alma dormente. Kariya completamente louco e agonizante, Wave perdido, Sir Lancelot amargurado e emocionalmente instável, Saber desesperançosa... e pressionada como tinha que ser. Afinal, estamos numa peça que conta os rumos trágicos da famosa quarta guerra. Nós vemos tudo isso ao som da maravilhosa “if you leave” ao fundo, onde enquanto Kirei recita o versículo da bíblia, vemos slides de cada um desses personagens envoltos no desfecho dessa fatídica guerra. Lindo demais, não poderia terminar de forma melhor.

P.s.: Só queria registrar que foi tocante a linha de diálogo entre Gil e Wave.

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