Esse episódio ainda que mostre toda a previsibilidade de
Fate/Zero como um prequel, também solidifica o talento de Gen Urobuchi como
escritor, que não apenas amarrou todas as pontas deixadas por Fate/Stay Night,
como trabalhou de forma fantástica as múltiplas camadas do roteiro e soube
tirar o que há de melhor no conflito existente entre as personagens. Temos
finalmente neste episódio, o clímax do que se iniciou no episódio 11 “The Grail Dialogue”, onde ocorreu o
encontro dos três Reis. E aqui não apenas vemos a explosão desses eventos climáticos
que foram construídos no decorrer de 23 episódios, como também uma amostra que
mesmo algo previsível, pode ser espetacular.
Antes de tudo, vamos falar do duelo entre o primeiro herói a
pisar na terra, o Gilga, e o Rei dos Conquistadores, Rider. Devo confessar a
vocês que não fiquei tão empolgada e não foi previsibilidade do confronto e seu
desfecho. Eu penso que não importa quantas vezes você já ouviu aquela piada,
mas o que faz ser engraçada ou não, é a forma como ela é contada. E convenhamos,
o duelo entre [o ~totoso~] Gil e
Rider não foi nem um pouco empolgante. Não digo que não foi bem adaptado, mas
sente-se a falta de algo que poderia ser um épico confronto com efeitos visuais
incríveis. Porém o próprio caráter do embate entre eles é algo que foi escrito intrinsecamente
levando-se em conta o respeito mutuo que nutriam um pelo outro [representado
simbolicamente pelo vinho dividido pelos dois]. E meu amigo, como eu sempre
digo, o Gil com uma postura séria no campo de batalha, não é pareô pra ninguém
no nasuverso, muito menos estritamente no fateverso. Definitivamente, ele não é
alguém pra se vencer com força bruta, mas sim estratégia.
Own, que sorriso lindo e que risada gostosa. Vem cá no colo Gil |
É bem óbvio que as figuras heroicas representadas no
fateverso, não representam exatamente o que eles foram enquanto vivos, com suas
características e histórias levemente alteradas/romantizadas para a ficção – Fato
que acaba desagradando alguns xiitas amantes de história antiga. Se
originalmente Alexandre, o Grande foi um general caracterizado pela destreza
tática e estratégica no campo de batalha, aqui ele é algo mais próximo de “Hulk esmaga!”. Como podemos ver no
episódio anterior, ele sequer cogitar o tamanho da força de Saber e ser
literalmente atropelado por ela, certamente seria algo vergonhoso para o
Alexandre original. Porém, sabemos muito bem que Gen Urobuchi precisa respeitar
o que já está estabelecido no nasuverso.
E se por um lado, Iskander não é um exímio estrategista,
temos aqui a figura da personagem mais carismático (porque mais popular, sempre será a Seiba) de Fate/Zero, que
conseguiu arrastar multidões com todo o seu carisma. É sim, a personificação de
um verdadeiro Rei – E a personagem ser tão querida, é mérito total de sua
construção tão detalhada. Seu discurso de sempre conquistar/esmagar, mas não
humilhar, de ser o maior de todos e conquistar tudo que vê pela frente e por
mais egoísta que seja ser aquele Rei que sempre diz o que precisa ser feito, a
figura que se destaca. Convocar a todos a lutarem pelo seu sonho, mesmo que não
compartilhem. Historicamente, essa é a sombra que jaz sobre os grandes líderes,
algo que certamente é muito mais fácil de identificar do que com um Rei como,
por exemplo, Arthur, que pregava a igualdade, mas que por essa ideologia, ela
própria pensa não ter conseguido ser o Rei que seu país precisou. E Gen
Urobuchi mantem uma importante característica do grande general, que é o de
agregar. Vemos isso durante grande parte das aparições de Rider, onde ele
sempre tenta convencer o inimigo [se ele o considera digno o suficiente] para
fazer parte do seu Ionian Heitairoi. Foi assim com Saber, e agora com Archer.
Com isso, Rider conseguiu não apenas o nosso respeito, como
também o de Gil, algo que ele só havia demonstrado até então para o seu único e
querido amigo, Enkidu – Criação de uma divindade em resposta ao clamor do povo
que era governado de forma tirânica por Gilgamesh, que mudou completamente o
seu modo de agir após conhecer Enkidu, única pessoa ao qual considerava como
igual. É uma história linda demais, emocionante e que infelizmente, acabou
sendo cortada da adaptação [mas eu ainda espero ao menos o flashback de Gil com
Enkidu no leito de morte, na versão BD que já foi anunciada como contendo
acrescimentos $$$]. Gil é sempre um injustiçado nas adaptações e acaba
erroneamente tido como aquele personagem que não tem mais nada além da
arrogância. Mas aqui, por mais que seja um episódio com foco especial em Rider,
consegue brilhar intensamente mesmo que nas pequenas nuances.
Como semi-deus que é, Rei dos Heróis, possuidor de tudo que
há no mundo, ele jamais se colocaria em par de igualdade a Rider, mas a linha
do diálogo em que ele oferece o seu jardim [Gate of Babylon] para que Rider
nunca se sinta entediado, é algo estonteante. Sinceramente, eu como profunda
admiradora e apaixonada pelo Gil, abri um sorrisão. É o ponto máximo de
ebulição de algo que já vinha sendo construído nas entrelinhas e explode no
simbolismo onde Gil vê na figura de Rider, as mesmas características de Enkidu.
E o respeito de Gil vai além, ao se utilizar de dois de seus fantasmas nobres
mais eficientes; Enuma Elish: The Star ofCreation that Split Heaven and Earth e o Enkidu: Chains of Heaven – Dois dos seus fantasmas nobres mais queridos e
só utiliza com quem considera merecedor. Encarando o confronto com seriedade e
respeito, algo que definitivamente não é do seu feitio, sendo que prefere antes
se divertir com o adversário.
Rider cai, mas teve o seu momento de glória e ainda que
visualmente não tenha sido tão fantástico, certamente foi uma queda
emocionante. E por mais que realmente não tenha sido aquele BOOM orgasmatico, o
duelo entre os dois brilha nos pequenos momentos, nos detalhes que não são
ditos, mas sim, sentidos. É assim como os dois tomam a última taça de vinho,
como Gil invoca seus fantasmas nobres em toda sua potência, a forma como Rider
avança para cima dele, de forma implacável, não importando o quê e só sendo
parado pelo indefensável Enkidu: Chains
of Heaven – São cenas repletas de intensidade, que levam ao gozo absoluto.
Assim, Rider sai de cena da forma mais condizente possível, com toda a postura
que mostrou durante o anime. Postura condizente para alguém que se sentiu tão
maior que a própria vida e que no fim, pôde sentir o sorriso na face de seus
guerreiros por ter tido um governante tão intenso.
Detalhe para o impactante Ionian Hetairoi e aquele
sentimento de epicidade que o ufotable conseguiu passar tão bem em uma série de
tv (e que me faz chorar sangue ao ver um
tão mais épico Bersek, se mostrar tão inferior em seu filme). Tecnicamente impecável
como o Enuma Elish se mostra em toda sua glória, ao dividir a terra e engolir
todos os Okeanos – E antes disso, quando Gil saca sua espada Ea. É magistral a
animação do ufotable e diferente das porcas adaptações feitas pelo estúdio
Deen, onde literalmente vemos [e não apenas ouvimos] tudo que a Ea é capaz de
fazer. Segundo o nasuverse, Ea é a espada que representa os primórdios do
planeta antes do céu ou da terra (e seu
desenho é exatamente como ela é vista; o planeta numa massa fervente antes da gênese).
A perfeita memória do tempo antes da existência que tudo vemos hoje, e a forma
como Ei Aoki pega essa detalhe e o desenha na tela, sendo uma perfeita [literalmente, como já imposto no fateverso] chavepara a criação do mundo como conhecemos, é de um timing perfeito.
por favor, chorando |
E sensacional a simetria que liga os Okeanos aos sonhos que Iskander
tanto se esforçou em vida para alcançar, ser novamente tratado aqui, no momento
final de Rider. Infelizmente, acaba ficando de fora o monologo final acerca de
Rider e o caráter dos sonhos, que dá um tom todo especial a despedida. E por
fim, a batalha entre os dois Reis é a única até aqui, que não envolve mestres,
o que é mais do que apropriado, já que como Reis legítimos, é como se tivessem
o direito de escolher suas próprias batalhas, sem nenhum mestre para interferir
ou questiona-los. O que acaba contrastando entre os outros heróis, como por
exemplo, Saber e Lancer que tanto ansiaram por uma luta honrosa, mas foram
interrompidos por seus mestres. O que acaba evidenciando a forma como Gen
Urobuchi vê Arthuria: Mais como um cavaleiro do que um Rei – E assim, a mesma sempre
se portou, mesmo em vida.
E já que falamos na Seiba, vamos comentar sobre a minha
parte preferida do episódio. Sim, a meu
ver, mesmo tendo sido por poucos instantes, Saber VS Bersker foi o melhor do
episódio. Enquanto Gilgamesh VS Rider foi um duelo embasado no respeito, aqui
nós temos o ressentimento profundo arraigado na alma. Certamente foi uma
surpresa para muitos a verdadeira identidade de Berseker, mas já era algo que
vinha sendo desenvolvido em forma de tensão desde o primeiro embate entre eles.
E é fantástico como toda essa evolução climática chega ao seu clímax. Saber
fica completamente desnorteada com a visão (FAN-TÁS-TICA
A CENA DELA PERPLEXA. NEM PISQUEI) de que Sir Lancelot, seu mais confiável cavaleiro,
que se transformara naquela criatura amargurada e tomada pelo ódio. É como se
ele fosse à personificação de todos os erros de Arthuria em seu reinado, que continua
a atormentando até o atual momento, ao ponto de ela só conseguir a paz que
anseia, em Fate/Stay Night. Aliás,
aquele final dela foi maravilhoso e com a glória que mereceu.
E o Gen Urobuchi que vinha masturbando a audiência desde o
primeiro episódio e ainda com maior intensidade depois do mítico encontro entre
os três reis, consegue levar a todos ao orgasmo triplo. Minha vontade é só de
digitar: “VÉÉÉI, ESSE EPISÓDIO FOI UM DOS MAIS FODAS DE FEITO/ZERO. TÔ
EXTASIADA. ASSISTAM ESSA MERDA, FLW” *Vira pro lado e dorme* - Mas por respeito
a todos, vou ordenar meus pensamentos e transformar todo esse êxtase em
palavras condizentes.
Nessas duas batalhas, mais do que nunca, Gen Urobuchi meio
que conclui [para ser retornado na narrativa da rota Fate, adaptada em
Fate/Stay Night] sua linha de raciocínio sobre o que é ser um Rei de verdade e
estabelecer a diferença crucial entre “Reis” e “Cavaleiros”. Todo o desenvolvimento
dos servos que acompanhamos durante toda a narrativa, parece se fechar como um
círculo nesse episódio. Consigo ver o Gen Urobuchi em boa parte dos diálogos de
Rider, como – Um rei é um líder, alguém que possui dentro de si a autoridade
máxima de seu governo, alguém que comanda orgulhosamente e que trata os outros
como servos ou inimigos. Um Rei não é apenas mais um, mas a figura que se
destaca. Você não pode ser o Rei se você quer apenas ser igual aos seus
súditos. Você deve estar acima deles e ser visto como um Deus. MOMENTO
MÁÁÁÁXIMO quando as palavras de Rider vêm à tona da na mente de Saber e a
deixam extremamente desnorteada, confusa, sentindo profundo remorso diante do
seu cavaleiro mais querido, ao qual considerava como amigo. As feições da Saber
me deixaram realmente perplexa, deu pra sentir toda sua angustia e dor.
E Gen Urobuchi é um gênio, porque ele pegou perfeitamente as
nuances da personagem e a capsulou de modo que isso se tornasse, de certa
forma, uma das linhas narrativas da história. Afinal, esse sim, sempre foi o
drama da Saber e tem sido sua razão de perseguir o Cálice Sagrado tão ferozmente,
no anseio de voltar atrás e abrir mão do seu reinado. É delicioso esse conflito
da Saber e vejam bem, é o que a torna o servo mais humano de Fate/Zero. Afinal,
Saber por todo o seu histórico, nunca será a imagem de um Rei tão brilhante, carismático
e amado como é Iskander, mas particularmente a vejo como a personagem mais rica
entre todos. Com isso, não acredito que seja macular a imagem de Saber (e eu gosto dela com essa tristeza no olhar,
porém sempre com o queixo erguido), afinal, historicamente é um cavaleiro
que recebeu o título de Rei, se tornando um mártir do seu povo. Essa é a
roupagem que sempre quis ver em Arthuria, com seus conflitos internos sendo
tratado de forma plausível e séria e não há colocando em um pedestal de
perfeição moe.
E novamente, isso é contrastado no duelo Gilgamesh VS Rider/
Saber VS Berseker. Saber é suposta ser apenas mais um cavaleiro da Távola
Redonda, onde enquanto dois Reis travam um duelo do outro lado, os dois
cavaleiros aqui, resolvem as diferenças, mas com o aval de seus mestres. As
feições retorcidas de Sir Lancelot estavam chocantes e naquele contesto ao qual
foi inserido, tudo pareceu ainda mais trágico. Como sendo a derradeira flechada
no peito que Saber levaria, antes de sofrer outro duro golpe (que muitos já sabem qual é).
O Combate entre Arthuria e Sir Lancelot foi ainda mais visceral
por estar repleto desses conflitos internos. E a parte técnica do ufotable e a
direção extremamente refinada, sempre no timing certo de Ei Aoki, estavam muito
melhor condensada e coordenada nesse combate que no desfragmentado Gilgamesh VS
Rider (que vale muito pelas particularidades).
O dinamismo da rotação de câmera tornou tudo ainda mais emocionante visualmente
e dramaticamente. Basta ver a forma como Saber reconhece enfim, a verdadeira
identidade de Berseker: Através de sua espada (fiquei arrepiada e boquiaberta com a densidade dessa sequência), Arondight.
Aqui, as familiaridades são algo mais para serem sentidas e captadas, do que
serem expostas através de infindáveis diálogos [tanto aqui, como no duelo dos
outros dois reis]. Tão sensacional quanto Saber perceber a identidade dele
através de sua espada, é o fato de Berseker compreender o comprimento exato da
Excalibar. CAAAARAMBA, eles foram companheiros de batalha, dividiram a mesma
mesa, a mesma mulh-OPS! Então, não posso deixar de ficar extasiada com todo
esse timing, tanto da animação, quanto do Gen Urobuchi. Já começando pela
brilhante sacada de “ressuscitar” um dos mais leais companheiros de Arthuria e
assim, maximizar seu conflito. Do ponto de vista técnico, isso é brilhante e
Nasu deve ter resmungado: “porque não
pensei nisso antes?”. KKKKKKKKKKKKK não.
Continuando nessa mesma sequência, foi sensacional e delirante
o Cavaleiro da Honra se despindo de sua armadura, enquanto sua Arondight se
torna visível. Se por um lado, em sua armadura de CG envolta por aquela nevoa
negra, tem a habilidade de se transformar em quem quiser e ter completo domínio
de qualquer objeto, por outro, ela acaba bloqueando todas as outras suas características
que o tornou naquele lendário cavaleiro negro. As coreografias estavam de tirar
o fôlego, a arte empregada pela staff do ufotable envolvido nessa mega produção
televisiva, está num nível admirável. A consistência de Bersker em todos os
episódios que aparece como uma forma de CG alienígena, aqui acaba se tornando
algo mais marcante quando enfim ele se despe dessa armadura e faz a transição
de um ser completamente despirocado, a um cavaleiro amargurado. E a medida em
que a sua áurea vai se dissipando, sua armadura passa a ser desenhada a mão, o
que além de ser muito bonito visualmente, dá essa ideia de que agora ele é
real.
Outro destaque para mim, nessa mesma sequência que sim, foi
a mais alucinante e bem montada do episódio; são os veículos desenhados a mão
na cena onde Berseker está completamente insano disparando seu infindável arsenal
de balas e Saber marotamente usa o carro como escudo. As balas estavam
perfeitas e....MEODEOS, aquilo tudo estava num nível de [quase] foto realismo
incrível. A Saber, usar o carro como cobertura enquanto tenta atingir Bersker,
foi algo fantástico. Uma fotografia deslumbrante e em pouco tempo, aquele
estacionamento subterrâneo se transformou em um legitimo campo de batalha, com
fogo e feeling de thriller no ar. Foi uma excelente opção abrir mão do CG,
embora eu imagine que este episódio tenha custado uma nota preta. Próximo
episódio quero ver a Saber, arregaçando com tudo e o final... bem, espero por
algo fora de série. Afinal... Kiritsugu e Saber, enfim fazendo dupla. Eles que
são intimamente tão parecidos, mas sempre conflitantes.
E bem, pra terminar aqui, todos sabemos que lenda do Rei
Arthur possui diversas versões (apesar
de que, ele realmente existiu. Jamais duvidarei das provas históricas
encontradas). E aqui, nos temos a versão fundida ao fateverso. Onde,
resumidamente, Arthur é uma mulher, mas tendo se disfarçado como homem. Casando
assim com Guinevere, já que Arthuria deveria ter uma rainha por razões
politicas e ainda manter seu sexo em segredo. O casamento por razões obvias,
não foi consumado, com Guinevere posteriormente mantendo um caso (não apenas caso, eles eram apaixonados) com
Lancelot. O famoso filho bastardo do Arthur, Mordred, aqui acaba sendo um homúnculo
criado por magia e alquimia. A parte da alquimia deu a nossa Seiba um órgão masculino
onde se recolheu seu esperma e com alquimia, o embrião foi desenvolvendo no
ovário da irmã de Arthuria; Morgana. Este nasceu como um clone perfeito de
Arthuria, e futuramente a apunhalou pelas costas.
Eles estão esperando o quê pra transformar essa sinopse em
algo concreto? Mais interessante do que todo o fateverso. Aliás, as histórias
de boa parte dos heróis são muito interessantes e eu uivaria com gaidens para
cada herói do time principal. E claro Lancelot terminou seus dias longe do
reino de Arthur e sem o amor de sua vida. Certamente amargurado, mas não
enlouquecido, mas esta é uma especialidade da classe Berseker e como podemos
ver no sonho de Kariya no episódio...21, seus ressentimentos foram elevados ao
nível máximo até atingir o estado berserker (duh).
E bem, fechando de forma esplendorosa com Kirei recitando o
verso 23 da bíblia. Aquilo foi arrepiante e revelam todo o ardor de Kirei para
o tão esperado momento que ficará frente a frente com Kiritsugu e como
mencionado na light novel, com tanta paixão, tais palavras sagradas e de
benção, não poderiam deixar de sair de seus lábios. Enfim, Kirei se sentia
abençoado. Episódio magistral e que coloca a trágica quarta Guerra do Santo
Graal, em um nível em que se sente realmente a tragédia a flor da pele. Seja o
corpo da Iris que jaz sem vida e com uma taça em seu interior, Kirei que busca
destruir todos os pilares de Kiritsugu, este que por sua vez já não tem mais
nada, num estado de alma dormente. Kariya completamente louco e agonizante,
Wave perdido, Sir Lancelot amargurado e emocionalmente instável, Saber
desesperançosa... e pressionada como tinha que ser. Afinal, estamos numa peça
que conta os rumos trágicos da famosa quarta guerra. Nós vemos tudo isso ao som
da maravilhosa “if you leave” ao
fundo, onde enquanto Kirei recita o versículo da bíblia, vemos slides de cada
um desses personagens envoltos no desfecho dessa fatídica guerra. Lindo demais,
não poderia terminar de forma melhor.
P.s.: Só queria registrar que foi tocante a linha de diálogo entre Gil e Wave.
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