Nova anime para tv, estreia na próxima temporada (abril),
enquanto isso vamos especulando...
Sim, a nova produção roteirizada por Gen Urobuchi, que como
ele mesmo já disse, vem se tornando bastante requisitado desde que ele se tornou
um nome forte no mainstream, quando fora convidado por Akiyuki Shinbo (Bakemonogatari) para
roteirizar e criar um argumento referente à um anime sobre garotas mágicas. É
bem peculiar essa ascensão do Urobutcher, ele sempre foi uma figura conhecida na
indústria por seu trabalho na desenvolvedora NitroPlus, e paradoxalmente também sempre muito
underground. Depois de relutar e aceitar o convite de Nasu para escrever
Fate/Zero (2006/2007) – que se
tornou um trabalho muito popular, eu diria que uma das raras exceções onde uma
prequel para outra mídia, feito por outro autor, ganha tanta notoriedade entre
os fãs –, ele foi então descoberto pelo mainstream.
Primeiro com Blassreiter (2008), projeto multimídia entre o estúdio GONZO e a NitroPlus,
que rendeu um anime, com argumento criado por ele, uma light novel já
finalizada e um mangá ainda em andamento. Então veio a adaptação para anime tv
de Phantom ~Requiem for the Phantom~ (2009),
de sua visual lançada em 2000, com ele roteirizando 3 episódios. Porém o estouro mesmo aconteceu com foi com Madoka
Mágica (2011). Há bastante similaridade
entre Akemi Homura e Kiritsugu Emiya, o que talvez se explique pelo convite de
Shinbo ter surgido bem na época em que as novels de Fate/Zero estavam sendo
lançadas. E o Urobuchi adorar reciclar o que ele acha que deu certo numa
história anterior.
Psycho-Pass pode ser considerado uma expansão do universo
de Jouka no Monshou (um dujishin work
baseado no filme americano Equilibrium), assim como Suisei No Gargantia (Gargantia on the Verdurous Planet) lembra
bastante Blassreiter. Sendo sincera com vocês, eu não estaria tão interessada
neste anime se a composição da história não fosse do Urobuchi. Numa primeira
impressão, remete muito à Rinne no Lagrange e Bodacious Space Pirates, num
aspecto de cenário genérico com personagens imunes à qualquer perigo real.
Pow, o que eu estou dizendo? Temos em Robotics;Notes um exemplo
melhor nessa temporada, heh. Até mesmo Makoto Ishiwata que fez o designer dos
mechas de Robotics;Notes e Blassreiter, retornou (e que mecha feio). E eu vou dizer, não gosto
desses mechas médios. Também não curto os grandões, que no entanto impõe
respeito.
Ao menos, os recentes trailers lançados de Suisei no
Gargantia possuem um visual e animação bem atraentes (duvido que mantenha a fluidez), muito superior à Psycho-Pass e
Robotics;Notes, também do estúdio Production I.G.. Pelas imagens oficiais, o
cenário de Gargantia é bem complexo e possui uma beleza exótica, o que é um alívio para os olhos. Em Psycho-Pass aquele cenário com CG’s ruins (fora as Dominators, que são muito bem
feitas) até combinam com o tom cinzento da série, mas aqui é tudo muito
pulsante, até mesmo no character designer. Não lembra o trabalho feito
inicialmente com Madoka Mágica no marketing promocional, antes de ganhar
contornos mais obscuros durante sua execução?! Gargantia tem uma premissa enigmática
e o ótimo character designer de Hanaharu Naruko, famoso pelo hentai Shoujo
Material, adiciona uma pimenta nessa salada. Espero que se torne um banquete,
claro.
Segundo o Urobucha, Gargantia já estava escrito antes mesmo
da estreia de Psycho-Pass, o que não quer dizer nada. LOL~ Apenas que,
realmente ele vem tendo bastante trabalhos, que provavelmente sempre são
aceitos com a condição de que Urobuchi possa continuar sendo Urobuchi (assim como aconteceu com Fate/Zero, com
ele só aceitando escrever quando Nasu lhe garantiu liberdade para dar sua visão
obscura e trágica do mundo, quando se encontrou com Shinbo, ele também teria ficado receoso que o diretor quisesse que ele escrevesse um outro Nanoha).
Na verdade eu tenho minhas expectativas, como por exemplo um
polvo tentáculos gigante surgindo no mar e quebrando Gargantia ao meio, ou alienígenas.
Estes são temas bem corriqueiros do Urobuchi nas visuais novels, mas até o
momento só houve uma insinuação em Madoka Mágica acerca de acerca do universo
lovecraftiano. O certo é que a presença de Hanaharu Naruko não é simples obra
do acaso, assim como também não é de Akira Amano como character designer de
Psycho-Pass (apelo da massa fujoshi,
designer de personagens que façam do produto algo atraente visualmente para
quem compra de verdade), assim como também não o de Ume Aoki em Madoka (expressar muita ternura, meiguice e fofura,
principalmente por ser dela o designer de Hidamari Sketch, uma série que
expressa justamente isso). Me agradaria bastante se neste trabalho ele
mostrasse sua faceta mais doentia, não no sentido de gore (uma adaptação de Saya no Uta não seria nada mal, hein?!), mas de
loucamente insano, como este trabalho dele:
Bom, segue a sinopse oficial.
A história se passa num longínquo futuro. A Aliança Galáctica Humana têm lutado constantemente pela sua sobrevivência contra uma grotesca raça de seres conhecidos como “Hidiaasu”. Durante uma batalha intensa Redo e o seu mech Chamber são engolidos por uma distorção no tempo e no espaço. Ao acordar do seu estado de hibernação artificialmente induzido, Redo apercebe-se que chegou à Terra, um planeta fronteiriço completamente inundado onde as pessoas vivem em navios gigantes, recolhendo relíquias das profundezas dos oceanos.Redo chega a uma das frotas chamada Gargantia onde é forçado a conviver com Amy, uma garota de 15 anos que trabalha como mensageira. Para Redo que está habituado a viver em guerra estes dias de paz continuam a surpreende-lo.
Em meio a isso tudo, o importante é que teremos a diva Sayaha Ohara. Yeaahh!