sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Comentários: Galilei Donna #02 - Quatro Mulheres e Um Segredo

E a perseguição às meninas douradas continua – só os fortes entenderão!
E as pepekas de nossas galileias valem ouro. Ao menos é o que parece, hahaha. Não apenas piratas do céu (!) estão atrás da misteriosa herança/tesouro de Galileu como também existe uma agência, que aparentemente possui grande poder capital, em conluio com a polícia local. Não, não, não se surpreendam porque deve ter mais gente envolvida, mais gente querendo. Mesmo porque, o Cicinho tem mais cara de anti-herói que se tornará aliado [e provavelmente interesse romântico da Hazuki amorzinho].

Além do mais, é a fórmula básica desse tipo de enredo sobre um pequeno grupo (que costuma se reduzido até se tornar dupla. Neste caso, trio) contra o mundo. Todos ao seu redor se revelam pessoas não confiáveis e traidoras. Não será surpresa se for o caso de Anna Hendrix (Marina Inoue). Muito pelo contrário, ela é muito suspeita e tem cara de ser o último degrau ou algo assim.
Isso me lembra o incrível thriller Doze Horas de Terror do igualmente incrível Marcos Rey. Nessa história, dois personagens passam 12 horas sendo perseguidos por uma quadrilha em São Paulo, sendo traídos e vivendo o verdadeiro terror por 12 horas. Mas Galilei Donna desponta com um mundo muito mais expansivo que o cenário de uma única cidade. Elas vão dar a volta ao mundo com bandidos ao seu encalço – ao menos, é o que parece pelas dicas deixadas pela OP. A questão do tempo também é algo presente não apenas na OP, mas nesses dois episódios através da ampulheta pendurada no pescoço da fofa da Hozuki. Ela que sem dúvidas será a chave fundamental para o código dessa misteriosa herança.

Acredito que sua descoberta se dará da união das três irmãs. Não apenas na possibilidade de redescobrirem os laços de amor entre elas, mas, que as pistas talvez se encontre em ou com cada uma delas. As três que possuem habilidades distintas que dão ao grupo unicidade e força em sua jornada. Ao contrário da grande besteira que são aquelas três protagonistas de Coppelion, aqui essas habilidades tão comuns, tão mundanas se justificam porque até pouco tempo, cada um delas viviam uma vida pacata sendo preparadas para lutar na sociedade, não com criminosos. As habilidades de artes marciais da Kazuki se mostraram uteis ao trio neste episódio e deu dinâmica ao grupo, dividiu bem a responsabilidade entre cada uma delas onde cada peça deverá se mostrar fundamental para a unicidade triangular. Se saírem em jornadas para o mundo e se a trama se tornará tão grande, certamente o conhecimento de leis da Hazuki trará a luz a muitas questões burocráticas.
Enfim, pra fechar este tópico de teorias e questionamentos quanto ao futuro da história, Galileu Galilei sempre teve grandes conflitos e embates com a igreja católica, ainda que fosse um católico fervoroso. Atualmente muito se fala sobre genialidade, originalidade, criatividade. Galilei pegou várias experimentações, invenções, outros estudos e deu o pontapé inicial para os primeiros estudos e teorias astronômicas, físicas e matemáticas quanto ao heliocentrismo, provocando desavenças entre colegas cientistas e a igreja. Foi perseguido pela inquisição, teve que negar suas crenças cientificas para não ser queimado, foi amigo do papa que o livrou de muitas e novamente, condenado até a morte por tentar separar o pensamento religioso do cientifico numa época em que se acreditava que a terra era quadrada (!!!), embora Nicolau Copérnico tenha dito que era redonda tempos antes e devidamente queimado pela inquisição por proferir tamanha barbárie. Galileu errou em vários cálculos (por que, né? Na época não conheciam nada sobre astronomia que não fosse oriundos de conceitos religiosos), mas sua contribuição é enorme.

Okay. Então eu pergunto: como que Galileu Galilei irá se relacionar com este enredo, com suas tramas? Ou se restringirá à sua descendência e ao MacGuffin estabelecido em torno do mistério de sua herança? Seria legal ver conceitos no qual viveu sendo espelhados na história, como a astronomia e a religião. Claro que o simples fato da história se passar numa realidade pós-apocalíptica já abre um leque enorme de possibilidades de correlações com Galileu.

Quanto ao episódio. Novamente uma boa direção, mas que pecou em dar vivacidade às cenas de ação. Se no primeiro episódio a fuga de Hozuki no endiabrado scooter elétrico foi o ponto alto, as cenas envolvendo o confronto entre dois mecha-peixe de CG ficaram muito engessadas. E isso se repete neste episódio em que Hozuki no mobile suit fish invade a delegacia. Se a sequência de ação é para ser absurda – intencional pelo próprio design – ela precisa realmente soar absurda. Para isso, o storyboard e animação precisam ser algo próximo de explosivo, vivo, quente.
Essas sequências ficaram apáticas. A construção é similar a de determinada sequência na parte final de Kick-Ass 1 em que os personagens invadem o prédio do inimigo, mas no filme, essas sequências são mais divertidas. Claro que não tem a mesma carga de violência e embora falte senso de perigo, a ingenuidade que permeia é até justificável: definitivamente matar soldados era algo fora de cogitação para um personagem como Hozuki. Aliás, a Hozuki é a única das irmãs que me deixa um pouco irritada por ser tão indecisa e ter dificuldades em tomar decisões no momento que importa. Mas não estou reclamando, faz sentido se olharmos para a idade dela e o fato dos conflitos familiares parecerem ter um peso significativo nessa personalidade. Seria bom se isso fosse desenvolvido com propriedade. No mais, Hozuki ser moe e infantil é factível com sua idade. O que faz com que essa diferença de idade entre elas seja ainda mais legal, porque a idade delas é respeitada. Gosto de como agem de acordo com o que são.

No entanto, também tem sequências muito legais, como essas abaixo...Kazuki ÍDOLO badassery chutadora de bundas gordas /o/

Awww yeah!!! Já que não sei artes marciais pra chutar bundas na rua, preciso seguir a cartilha da Anna. Mas pra isso preciso de um spray de pimenta!! ( ͡° ͜ʖ ͡°)

... e os aspectos técnicos continuam impressionando. A paleta com cores quentes é muito apropriada para uma história de aventura. Também é lindo ver os personagens conversando e saindo fumaça de suas bocas. Afinal, estão na Toscana!

Por fim, foi um episódio mais seco que o anterior, e uma ponte necessária para estabelecer o mundo, os personagens, as motivações, impulsionar as irmãs para a ação e tornar o MacGuffin algo urgente no roteiro – Maguffin é um elemento, ferramenta de roteiro, que dá motivação a uma trama e é usado para conduzir essa história, mas que serve apenas como distração enquanto se tenta descobrir seu real significado. São importantes para os personagens, não para nós. Em alguns casos, o mistério nem é desvendado, porque não é o ponto a ser alcançado (descobri isso assistindo Hitchcock). Não acho que seja o caso aqui.

E ai, teorias do que pode ser esta herança? Provavelmente uma informação importantíssima e valiosa relacionado, claro, a astronomia. Que num mundo pós-apocalíptico sucumbido pela era glacial (talvez seja a fórmula para algo parecido com o que aconteceu em Suiseino Gargantia), faria todo o sentido. 

Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
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-Unicórnio de papel na cor preta? Se o branco simboliza a esperança, o preto seria... Nada disso, não sei onde eu vi um unicórnio ai se nem sequer se parece com um. Na verdade é um tsuru, segundo fiquei sabendo aqui.
-Oh, MAAAMA!! Eu sinto, mas já estava na hora de ter um pouco de sangue nesse anime. 


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