Comentários: Death Parade #06 – Cross Heart Attack

Mais uma vez, a série vai a extremo oposto e apresenta a tempestuosa relação de um fã e um ídolo no mundo além. Nesse episódio, Mayu passa a exata definição de fangirlsmo!!!!!!

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Wow, um episódio de Valentine's Day! Ao contrário de todo o romantismo do episódio 3 Rolling Ballade, este segue por um viés muito mais cômico, bem ao estilo comédia romântica, que geralmente é o gênero mais lembrado quando o assunto são casais, por ser tratar de um entretenimento mais descontraído e leve.

Na primeira cena fica temos a representação visual da idealização romântica da Mayu, ter uma morte romanticamente trágica (em certo período histórico isso era muito popular), mas na segunda só quem assistiu Titanic vai pegar a referência ao final emblemático hahahaha

Este episódio é a prova definitiva de que abertura não é enganosa, ela realmente reflete o espirito do show, que tem os seus momentos graves e densos, mas de um modo geral a tônica da direção têm sido uma execução sóbria. Imagino que muitos não esperavam por isso, e outros tantos se decepcionaram, mas continuo achando divertidíssimo o quanto Death Parade tem conseguido me surpreender episódio a episódio e se permitindo ir além da formula básica e experimentar – claro que nem tudo funcionou, como vemos no episódio 2, mas a direção tem sido até aqui uma grata surpresa, Yuzuru Tachikawa está demonstrando ter pleno domínio sobre seu universo.

Não que essa promoção do humor em meio a uma série com elementos temáticos de horror e sobrenatural seja inédita, lembro bem de um episódio de Jigoku Shoujo bem atípico, em que a própria personagem título se transformava numa abelha em uma fantasia colorida de pelúcia. Eu ficaria realmente surpresa era se visse algo assim em Mushishi.

Bem, mas o que me surpreendeu realmente foi ver que há outras “paradas” naquele mundo, não se restringindo ao Queen Decim. Este é mais um fragmento na mitologia da série, que aos poucos vai formando um mapa.

Como Arita Mayu (Atsumi Tanezaki) aparece na abertura, eu acreditava que ela seria uma personagem recorrente daquele mundo, e é uma pena caso isso não venha a ser pois ela e Genti formariam uma dubla invocada – na cena pós-créditos, quando ela o agarra enquanto grita pelo ídolo no palco, foi impossível não enquadrá-los como um casal, em uma contexto onde o cara está totalmente entediado e fora do clima do restante das pessoas enquanto a garota dá pulos e gritinhos pelo boy magia! Ainda assim, ela aparece creditada como personagem fixa, então... o que será que vai ocorrer para ela ser mantida naquele mundo? O fato de terem tantos personagens em apenas um cour é um tanto intrigante – e ainda há mais um a ser introduzido.

OAKDAOPDKAOPDKAPODKAPODKAPDKAODK ORGASMOS INFINITOS!!!!! HAHAHAHA EU UUUURREI FORTE!!! entendo completamente o sentimento (๑>◡<๑)

Enfim, não há muito que eu queira falar sobre este episódio, as questões humanas são bem simples e aludem a sentimentos e comportamentos comuns que convivemos todos os dias. Este episódio é um belo exemplo de direção que pode transformar um roteiro mais fraco em algo realmente divertido e empático, ou seja, algo a mais. No caso, a forma do episódio se sobressai ao seu conteúdo, especialmente no que diz respeito a caracterização de Mayu e o modo como ela interage com os outros ao seu redor. Suas expressões elásticas e disformes são um show a parte, mas o detalhe que realmente merece menção é como a personagem exala tanto apelo erótico, e a direção intencionalmente transforma algo que poderia soar fora do tom ou apelativo, em comicidade, através do comportamento escroto que Mayu exibe na maior parte do tempo, seja por algo que ela diz ou através de suas expressões. Outro aspecto a se destacar, e que tem se mostrado substancial no comportamento de alguns personagens, é o aspecto cultural; neste caso, primeiramente ela desperta nenhuma atração nele, por ter um comportamento que muitos consideram inadequados para uma garota, como ser tão desinibida e com traquejos rudes.

De todo modo, o clímax foi realmente muito bom, explorando novamente o caráter humano imprevisível em situações limites. Por trás da personalidade geniosa e olhar maduro, Mayu demonstra o olhar de uma garota ainda ingênua e doce, enquanto o idol Harada (Mamoru Miyano), de um cara com aparente personalidade rasa e comportamento frívolo, mostra ser muito mais do que isso e encontra sua redenção... apesar dele mesmo continuar o mesmo – acima de tudo, ele também demonstra certa docilidade em seu caráter e um quê de ingenuidade. Freud certamente diria que esse seu comportamento tem raízes na frustração sexual dele com a mãe, mas a gente fica por aqui.

Nota de rodapé: a morte de ambos neste episódio fugiu do convencional, hahahahah. Especialmente a morte da Mayu.... que morte ridícula. Sempre tive medo de morrer no banheiro... espero que isso nunca ocorra, e olha que já passei perto várias vezes. LOL

OKADOPAKDAPKSD EU RI TANTO DESSA CARA DO GENTI!!!!

Avaliação: ★★★☆☆
Staff do Episódio
Roteiro: Yuzuru Tachikawa
Storyboard: Jun Shishido
Diretor de Episódio: Jun Shishido
Diretor Chefe de Animação: Shinichi Kurita
Animação: Ryouta Azuma
Direção: Yuzuru Tachikawa
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