terça-feira, 25 de setembro de 2012

[+18] Bio Hunter: Daqueles Esquecidos


Sangue! Sangue! Sangue! Sangue (e sexo)...
...Na verdade não é exatamente isso. Foi mal.

Vítima de uma vagina demoníaca! Mais ou menos...

Amar é aceitar o seu parceiro, mesmo que ela tenha uma horrenda mutilação corporal e uma vagina demoníaca com dentes cortantes, mesmo que ele tenha asquerosos monstros tentáculos brotando dos poros – E se o Japão é hoje conhecido como o país dos desenhos pornográficos, muito se deve a caras como Yoshihiro Nishimura (GOTHIC & LOLITA PSYCHO) e Yoshiaki Kawajiri (Wicked City). Sem dúvidas, bons diretores, mas também controversos. E sexistas ao ponto de fazerem as mulheres normais terem medo de compartilhar com eles o mesmo elevador.

Sexo explícito e violência desmedida são algo que você encontra facilmente em qualquer horror trash no Japão, e não é diferente com Bio Hunter, embora se comparado com outras séries do gênero, se mostre bem fraco. Aliás, Bio Hunter é fraco em todos os sentidos. Possui uma animação mais sólida que Wicked City, por exemplo, anime dirigido por Kawajiri, mas o roteiro é fraquíssimo e a direção se contenta apenas com o feijão com arroz. O fato de Kawajiri ter uma participação pequena como responsável pela adaptação do texto do mangá, também justifica o fato de Bio Hunter não conseguir ser bom na melhor característica de uma série do seu gênero: Ser trash! 

Dessa vez, ao invés do protagonista à lá Sylvester Stallone, só que moreno e com sua contraparte feminina, nós temos Koshigaya e Komada – O cara pegador com bigode fininho que denota sua pinta de cafajeste, e o cabeludinho com rabo de cavalo (Shiryu, é você?), romântico –, dois biólogos moleculares na vanguarda da ciência evolutiva, que atuam como professores normais numa universidade, e biólogos caçadores de bestas demoníacas à noite. O lance é que pessoas estão sendo infectadas continuamente pelo "Vírus Demônio", e cabe a eles aplicarem a vacina nessas pessoas e revertê-las ao estado humano. O problema é que Komada está infectado por uma variação do vírus, e até agora não encontraram a cura. Em meio a isso, os dois personagens tentam salvar o interesse romântico de Komada e de quebra, o mundo de uma terrível besta parasita.

Eu senti um certo sadismo cínico no desenho dessa cena. Vejam, uma mulher provavelmente na faixa dos 30, vestida recatadamente, mas com uma lingerie provocante.





Hááááá!!! A sinopse típica, mas executada sem muito brilho. Há algumas cenas de ação bacanas entre tantas conveniências típicas do gênero, mas nada muito inspirado. Quer um exemplo de conveniências típicas do gênero? Em Bio Hunter, um dos sintomas do vírus é o intenso apetite sexual e o irresistível desejo de tirar os fígados suculentos de mulheres núbeis [na faixa dos 20/30 anos], mas curiosamente eles não conseguem arrancar os seus intestinos sem antes lhes tirar o sutiã. Risos.

Eu gosto dessa transgressão e não dispenso uma boa bizarrice, mas Bio Hunter acabou se mostrando bem inexpressivo. Não há nada que se destaque. Mas, se mesmo sendo tão fraco, ganhou uma review aqui.....Não! Não significa nada além do fato de que foi porque a reviewer o assistiu faz pouco tempo e estava fresco na mente. 

Nota: 03/10
Diretor: Yuzo Sato
Roteiro: Yoshiaki Kawajiri
Estúdio: Madhouse
Ano: 1995
Tipo: OVA
Quantidade: 01
Duração: 60 min.
Similar: Judge (1991), Urotsukidoji: A lenda do Demônio, Wicked City, Demon City Shinjuku