Sangue! Sangue! Sangue! Sangue (e sexo)...
Vítima de uma vagina demoníaca! Mais ou menos... |
Amar é aceitar o seu parceiro, mesmo que ela tenha uma
horrenda mutilação corporal e uma vagina demoníaca com dentes cortantes, mesmo
que ele tenha asquerosos monstros tentáculos brotando dos poros – E se o Japão
é hoje conhecido como o país dos desenhos pornográficos, muito se deve a caras
como Yoshihiro Nishimura (GOTHIC & LOLITA PSYCHO) e Yoshiaki Kawajiri (Wicked City). Sem dúvidas, bons diretores, mas também controversos. E sexistas ao
ponto de fazerem as mulheres normais terem medo de compartilhar com eles o
mesmo elevador.
Sexo explícito e violência desmedida são algo que você encontra
facilmente em qualquer horror trash no Japão, e não é diferente com Bio Hunter,
embora se comparado com outras séries do gênero, se mostre bem fraco. Aliás,
Bio Hunter é fraco em todos os sentidos. Possui uma animação mais sólida que Wicked
City, por exemplo, anime dirigido por Kawajiri, mas o roteiro é fraquíssimo e a
direção se contenta apenas com o feijão com arroz. O fato de Kawajiri ter uma
participação pequena como responsável pela adaptação do texto do mangá, também
justifica o fato de Bio Hunter não conseguir ser bom na melhor característica de
uma série do seu gênero: Ser trash!
Dessa vez, ao invés do protagonista à lá Sylvester Stallone,
só que moreno e com sua contraparte feminina, nós temos Koshigaya e Komada – O
cara pegador com bigode fininho que denota sua pinta de cafajeste, e o
cabeludinho com rabo de cavalo (Shiryu,
é você?), romântico –, dois biólogos moleculares na vanguarda da ciência
evolutiva, que atuam como professores normais numa universidade, e biólogos caçadores
de bestas demoníacas à noite. O lance é que pessoas estão sendo infectadas
continuamente pelo "Vírus Demônio", e cabe a eles aplicarem a vacina
nessas pessoas e revertê-las ao estado humano. O problema é que Komada está
infectado por uma variação do vírus, e até agora não encontraram a cura. Em meio
a isso, os dois personagens tentam salvar o interesse romântico de Komada e de
quebra, o mundo de uma terrível besta parasita.
Eu senti um certo sadismo cínico no desenho dessa cena. Vejam, uma mulher provavelmente na faixa dos 30, vestida recatadamente, mas com uma lingerie provocante.
Hááááá!!! A sinopse típica, mas executada sem muito brilho.
Há algumas cenas de ação bacanas entre tantas conveniências típicas do gênero,
mas nada muito inspirado. Quer um exemplo de conveniências típicas do gênero?
Em Bio Hunter, um dos sintomas do vírus é o intenso apetite sexual e o irresistível
desejo de tirar os fígados suculentos de mulheres núbeis [na faixa dos 20/30
anos], mas curiosamente eles não conseguem arrancar os seus intestinos sem
antes lhes tirar o sutiã. Risos.
Eu gosto dessa transgressão e não dispenso uma boa
bizarrice, mas Bio Hunter acabou se mostrando bem inexpressivo. Não há nada que
se destaque. Mas, se mesmo sendo tão fraco, ganhou uma review aqui.....Não! Não
significa nada além do fato de que foi porque a reviewer o assistiu faz pouco
tempo e estava fresco na mente.
Nota: 03/10
Diretor: Yuzo Sato
Roteiro: Yoshiaki Kawajiri
Estúdio: Madhouse
Ano: 1995
Tipo: OVA
Quantidade: 01
Duração: 60 min.
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