FUUUUUUUUUUUUUUUUUMIIIIIIIITOOOOOOOOO—
Após a aplicação de uma nova lei de Proteção da Juventude, os menores de idade estão proibidos de circular nas ruas à noite e o uso da Internet é regulada pelo governo. No entanto, os jovens continuam a lutar por sua liberdade através de métodos clandestinos. Um grupo chamado Sirrut, declarou guerra à Fumito Nanahara, um homem que possui grande influência política e econômica. O grupo se utiliza da melhor arma que possuem: a Internet. E enquanto procura por mais informações sobre o inimigo, eles se deparam com uma série de lendas urbanas referentes à existência da "Torre", uma organização secreta, onde aparentemente Fumito faz parte. Os boatos que correm são sobre a realização de experiências envolvendo seres humanos. Determinados a expor a verdade ao público, os membros do Sirrut começam a investigar. Quando eles estão num metro, seguindo uma pista, uma monstruosa criatura aparece do nada e começa a atacar os passageiros. Enquanto o pânico e caos se propagam, uma garota se coloca de frente àquela criatura com uma espada japonesa na mão e os olhos frios como o gelo.
Ops! Calhou que o hype de quem esperava ansiosamente [eu
inclusa, é ooooobvio] pelo longa metragem que prometia elevar a tensão sexual
entre a vampira e o lobisomem,
conseguiu ser mais divertido que o próprio longa.
Blood-C: The Last Dark é a sequência direta da polêmica
série de tv Blood-C, uma produção que surgiu com um marketing barulhento,
trazendo dois nomes de peso: CLAMP, representado pela Nanase Ohkawa como roteirista e argumentista da nova premissa; e Nana
Misuki interpretando a mística protagonista da franquia, que nessa releitura,
dança, canta e pouca encanta – embora o seu balé para cima dos furukimonos numa
dança sangrenta, tenha se transformado num espetáculo e tanto.
E era basicamente isso que eu esperava deste filme. Saya é o
tipo de personagem que não necessita de planos de fundos elaborados. Uma
personagem de poucas falas e expressões, que nasceu pra arrepiar e fatiar. Com enredos pobres e sequências de ação encharcadas de sangue. Blood+ traz consigo um enredo mais substancial
e diversas possibilidades para uma personagem como a Saya. Até certo ponto,
pode-se considerar Blood-C e consequentemente o seu longa metragem, como uma
sequência espiritual de Blood+.
The Last Dark e a série de tv brinda o fã da franquia “Blood” com altas referências às produções anteriores – os primeiros minutos do filme são um deleite visceral na famosa sequência do trem em movimento, imortalizada em The Last Vampire, com Saya e um furukimono travando um embate. É sujo e nojento, e claro que Saya não consegue impedir que ele faça várias vítimas suculentas. Ela nunca consegue. E todos sabem que quanto mais, melhor!
The Last Dark e a série de tv brinda o fã da franquia “Blood” com altas referências às produções anteriores – os primeiros minutos do filme são um deleite visceral na famosa sequência do trem em movimento, imortalizada em The Last Vampire, com Saya e um furukimono travando um embate. É sujo e nojento, e claro que Saya não consegue impedir que ele faça várias vítimas suculentas. Ela nunca consegue. E todos sabem que quanto mais, melhor!
Eu gosto de longas metragens que não se preocupam em ser
algo além de cinema de gênero. O indonésio The Raid é praticamente impecável no
que propõe; ação e violência, com uma trama simplória que se resume em uma linha. Um prato cheio para o
publico de produções "B". E The Last Dark tem seus momentos inspirados. A ação
corporal bem fluída e enquadramentos objetivos transmitem certa tensão. The Last Dark se destaca que a maioria das séries animadas de horror e ficção cientifica acabam pecando; a iluminação e as cenas com ações em ambientes escuros.
O problema é que as cenas de ação ou tensão são à conta gotas e não raramente envoltas em uma lógica estúpida e burocrática que tira um pouco do prazer. O novato diretor de Psycho-Pass, não compromete, mas lhe faltou a criatividade Tsutomi Mizushima, das sequências vibrantes e doentias de Blood-C pós slice of life.
O problema é que as cenas de ação ou tensão são à conta gotas e não raramente envoltas em uma lógica estúpida e burocrática que tira um pouco do prazer. O novato diretor de Psycho-Pass, não compromete, mas lhe faltou a criatividade Tsutomi Mizushima, das sequências vibrantes e doentias de Blood-C pós slice of life.
Pra piorar, as cenas de ação, e o próprio desfecho do longa
metragem, sofrem pelas incoerências do texto da Ohkawa. A certa altura, um
vilão diz para Saya estar ciente de sua incapacidade de matar seres humanos e
debocha dela. E de fato ela é colocada contra parede por este motivo, mas eis
que então ele se transforma em furukimono, depois de rir por ela não poder
mata-lo pelo fato de ser humano. MAS HEIN, será que ele é sado????
No entanto, nada é tão estúpido quanto o desfecho da trama,
com direito a uma bola monstruosa enorme de CG, bem questionável. Ao final,
não há nenhuma entrega que faça ter valido a pena assisti-lo, nem mesmo pelo
puro e sádico entretenimento, com Ohkawa se entregando ao velho truque do mal entendido, mesmo recurso de Shakugan
no Shana Final que também entrega um final poeticamente vazio na ausência de um
duelo convincente e visceral, que a tanto se esperava. Não se
sinta frustrado se não tiver entendido plenamente o final, a velha Ohkawa é
conhecida principalmente por seus desfechos lisérgicos. As vezes ela acerta,
como em Blood-C, que embora tenha problemas no ritmo inicial e a princípio uma escrita pobre, tem uma trama por
trás que eu considero puramente fantástica, carregada de uma espiral de suspense
e horror, que lembra os filmes de Dario Argento [da tríade do horror italiano ao
lado de Lucio Fulci e Mario Bava], ainda que sem a mesma classe narrativa.
Outras vezes, ela joga a merda diretamente no ventilador. A
impressão que fica com este filme, é que Ohkawa escreveu o roteiro por
obrigação. Não há nada aqui que justifique a existência de The Last Dark,
acrescentando muito pouco ao final da série; o gancho deixado se revelou tão
tolo quanto crianças fazendo arte para chamar a atenção da mãe. Fumito foi um
antagonista chato e esquizofrênico. A subtrama de conspiração não possui
qualquer peso ou significado para a trama global do filme, sendo desconexa e sem
sentido. Igualmente os personagens coadjuvantes que parecem ter a única função
de completar o screentime. Os antagonistas são apenas estúpidos, não conseguem brilhar nem na morte. Poderia ser legal se a montagem das cenas não fosse
burocráticas. A única personagem de fundo que faz algum sentido nessa história
é Mana, o par romântico não declarado de Saya. As duas protagonizam algumas
cenas picantes que valem pelo fanservice, apenas isso. A razão de existir de
Mana é fazer par e criar tensão e conflito com Saya, mas ela não ser uma
personagem melhor, a torna totalmente esquecível.
Saya por outro lado, está ótima como a personagem icônica que é este visual com atributos mais sexual, lhe cai bem. Muito disso se deve à interpretação incrível de Nana Mizuki, com seu tom de voz grave e machinho, contrastando com feminilidade visual da personagem. Ficou atraente, principalmente por ela ser o oposto de Mana, que é delicada. Sim, você sente o coro queimando sempre que Saya e Mana estão juntas. Pura libido! Só é uma pena que a jornada de Saya e sua própria existência soe sem proposito. Este é um longa metragem sobre a Saya, em que a própria é diminuída e só não passa despercebida por ser... a Saya.
Saya por outro lado, está ótima como a personagem icônica que é este visual com atributos mais sexual, lhe cai bem. Muito disso se deve à interpretação incrível de Nana Mizuki, com seu tom de voz grave e machinho, contrastando com feminilidade visual da personagem. Ficou atraente, principalmente por ela ser o oposto de Mana, que é delicada. Sim, você sente o coro queimando sempre que Saya e Mana estão juntas. Pura libido! Só é uma pena que a jornada de Saya e sua própria existência soe sem proposito. Este é um longa metragem sobre a Saya, em que a própria é diminuída e só não passa despercebida por ser... a Saya.
Por último, o tão comentado e esperado crossover com
xxxHOLiC, que também é desprovido de qualquer história elaborada, se tornando
apenas um fanservice barato de baixa qualidade – se você levar em conta que a Ohkawa não se
preocupou em ao menos embutir qualquer densidade ou ligação desse encontro com
qualquer ponto chave do enredo. A espada que Saya pega de Watanuki é desprovida
de qualquer sentido para a trama seguinte. Ao contrário da série de tv, em que
a presença de Watanuki realmente teve um motivo, por mais que se questione,
coerente.
O mundo do entretenimento está repleto de histórias de
vingança, uma das mais notáveis é Kill Bill, utilizando a fragilidade do enredo
para criar sequências alucinantes e bem orquestradas. Totalmente visual, no
melhor que essa mídia pode oferecer. Infelizmente Ohkawa e Jun'ichi Fujisaku, que ajudou no roteiro, tentaram criar um
contexto complexo e utópico, mas não tiveram capacidade para desenvolvê-lo adequadamente sem
cair no ridículo. Sinceramente, eu adoro a Ohkawa, mesmo num enredo falho como
este você ainda nota fagulhas de sua criatividade, mas The Last Dark é o seu
pior trabalho, desde a fase inicial do CLAMP. A moral da história é um longa
metragem sem bom ritmo por se focar muito numa subtrama vazia, diálogos pobres
sobre personagens que não interessam para o enredo, um caçada [Saya VS Fumito]
sem emoção e muitas perguntas, como, por que diabos alguém torraria milhões em
algo tão medíocre que não serve nem para o gênero? Ou, por que todo esse drama
se tudo o que Fumito queria era um abraço cheiroso? Em resumo, The Last Dark é insonso e se perde em tramas mirabolantes.
Raio X
A franquia nasceu da mente de Jun'ichi Fujisaku e Kenji Kamiyama, que conceberam a
personagem que já nasceu fetichizada; seifuku (uniforme escolar), katana, nada de passado ou laços, solitária e com certo sexy appeal. Seifuku na
época era algo muito atrativo para o publico masculino, inclusive Naoko
Takeuchi criou os uniformes de Sailor Moon através deste ponto de vista.
Com o sucesso, Saya se tornou ícone e ganhou várias releituras
para diversas mídias. Blood-C é a terceira adaptação animada, depois de Blood+,
que trouxe uma nova visão para a personagem, mas sem abandonar sua identidade
visual. A série tem bastante apelo no ocidente, e no Brasil temos todas adaptações em mangás lançados pela editora Panini, e em breve os da saga Blood-C estarão aportando aqui por essa mesma editora.
O longa The Last Dark foi financiado em 50 milhões de ienes (cerca de 650.000 dólares americanos) pela
Agência de Assuntos Culturais, o que gerou certa polêmica. Todo ano há cinco
projetos que recebem incentivos para sua produção, o mais recente beneficiado
foi o novo filme de Dragon Ball Z, que estreia agora em 2013. Com o apoio do
Ministro da Economia, o projeto de incentivo privilegia projetos de apelo
internacional.
Nota: 04/10
Ano: 2012
Tipo: Filme
Tipo: Filme
Estúdio: Production I.G.
Diretor: Naoyoshi Shiotani
Roteiro: Jun'ichi Fujisaku, Nanase Ohkawa
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