Sinopse: Cerca de mil anos no futuro, a civilização foi retrogradada
e os seres humanos estão vivendo dispersados dentro de pequenas comunidades. As
Pessoas nesta época tem um poder psíquico chamado “Juryoku”, o chamado “Cantus”,
que materializa as coisas que eles imaginam em sua mente. Saki, Satoru, Maria,
Mamoru e Shun – nasceram e cresceram em uma tranquila cidade utópica,
transbordante de uma rica vegetação. Um dia, Saki e seus amigos encontram um
pequeno robô fora da cidade. Ele registra a velha história dos seres humanos.
Ele diz que o “Juryoku” foi encontrado no século 21, e a descoberta causou uma
guerra mundial entre as pessoas dotadas e não dotadas. O mundo era governado
pelos psíquicos, e o reinado do terror tinha começado. As crianças aprendem
sobre a história cheia de sangue e horrores por trás de toda a sua sociedade. O
conhecimento dessas informações fazem com que suas vidas estejam em constante
perigo.
'Do Novo Mundo' é a tradução literal para Shinsekai Yori (que irei tratar da forma abreviada “SSY”),
e é daqueles títulos que embora pareçam óbvios [afinal, o enredo gira em torno
da ideia de um novo mundo após a mais um estagio de evolução humana], sua
essência é revelada apenas depois que toda a cortina de fumaça se esvai, no
episódio final.
O tal “novo mundo” nada mais é que o velho o mundo. Os anos
se passaram, e a humanidade ao invés de evoluir, retroagiu. Não no sentido de
espécie, mas no que é essencialmente humano em cada um. E o cenário dessa
involução em SSY é soberbo. A história se passa mil anos no futuro, onde
biologicamente os seres humanos evoluíram, mas o mundo se encontra em ruinas.
Destruído por eles mesmos. É uma metáfora fabulosa sobre a dificuldade do ser
humano em lidar com tudo aquilo que lhe foge do controle, exprimindo o aspecto
mais primitivo do ser humano; sua característica animal.
Nessa história, somos contrastados e refletidos nos
bakenezumis (rato monstruoso), uma
espécie que embora tenha fisionomia de ratos, mimetizam o padrão comportamental
humano e são dotados de inteligência. Eles só se diferenciam de nós na
aparência animal; repugnante, amoral, vil, inferior – é assim que eles se
parecem para nós. Yusuke Kishi, autor da obra original, ciente que os seres
humanos possuem uma disposição de pré-julgar através do primeiro contato
visual, antes de nos mostrar mais sobre a tribo bakenezumis ou promover a
estreia daqueles entre eles que possuem a capacidade de falar, os introduz com
certa unilateralidade, fazendo com que sua subjugação fosse encarada com
naturalidade. Assim como Saki, Satoru,Shun, Maria e Mamoru, nos é ensinado que
devemos temer aquela subespécie, tornado natural a atitude predatória da classe
superior; os humanos.
Não pretendo entregar pontos cruciais do enredo,
atrapalhando a experiência de ineditismo de quem por ventura esteja lendo e
ainda não tenha assistido, afinal, antes de qualquer coisa SSY é tão suspense
quanto ‘Rebecca, a mulher inesquecível’ – Ambas as obras possuem desfechos que
justificam todas as voltas dadas por seus autores no andamento da história,
criando diversas subtramas que distraem o leitor/espectador da real natureza
daquele argumento. Como não poderia de deixar de ser em uma obra que preza pela
sua qualidade de roteiro, todas essas subtramas aparentemente desconexas que
parecem ter apenas o proposito de substanciar seus personagens, são interligadas
por um fio condutor que explode triunfal em seu episódio final.
Mas quero ilustrar alguns tópicos.
Lendo algumas criticas e impressões referentes ao desfecho
de SSY, percebi muitas alusões à eugenia, e Guerra do Pacifico; duas das
interpretações mais válidas sobre a série – inclusive qualquer similaridade com
a sociedade japonesa acaba sendo algo natural e obvio, principalmente numa obra
que fala sobre... Sociedade – mas senti falta de opiniões que falasse objetivamente
da concepção do autor (em ficção cientifica
eu considero indispensável o contexto da história). Em certo episódio, Saki se questiona que matar
bakenezumis era como estar matando seres humanos. SSY é uma história moldada em
etologia, e o autor vai tecendo com fios vermelhos um tecido banhado a sangue,
enquanto deixa algumas dicas pelo caminho; o conflito bakenezumi e a forma como
mimetizam os seres humanos, que por sua vez matam seus próprios filhos para uma autopreservação [e autopreservação
é a justificativa para o conflito bakenezumi, como bem dito pelo rato humanoide
Kiromaru, em dado momento crucial], mas quem pode julgá-los? Como disse Saki
[em outro momento crucial], eles foram motivados pelo medo. Também vale trazer
à tona o demônio do karma e Espíritos Malignos, destino dos jovens que alcançam certa idade (no final da puberdade, momento em que desenvolverem
habilidades psicocinéticas: Cantus) e por suas instabilidades emocionais
acabam se tornando uma besta, que com seus Cantus podem destruir sozinhos toda
uma aldeia. A grande ironia proposta pelo autor está no último Espírito Maligno, fruto do medo.
Afinal, o que nos faz humanos?
Akki e um soldado bakenezumi |
Spoilers [*selecione para ler* >>] Akki não era um Espirito Maligno, era
totalmente humana e até certo ponto lúcida, mas criada com bakenezumis como
igual e ao mesmo tempo subjugada por eles, assim como eles eram pelos seres
humanos. Akki os trata como entidades
divinas, vide imagem acima, uma total subversão de valores daquela sociedade. Há
diversos estudos científicos que defendem que o conhecimento adquirido
determina a forma de ser e o comportamento do ser humano através da educação,
da influência do meio ambiente das experiências sociais e culturais vividas
pelo mesmo. O comportamento dos indivíduos é explicado pelo que está presente
num contexto, o conjunto de estímulos sentidos num ambiente e o que é aprendido
numa dada situação, ou seja, os conceitos adquiridos através das experiências e
aprendizagens adquiridas na socialização.
Uma das maiores questões debatidas há milhares de anos é: “qual
a origem das características dos seres humanos”. Por isso, vários
filósofos e psicólogos estudaram e criaram teorias que os levaram a tirar
conclusões a cerca do que leva os seres humanos a ser como são e a maneira como
se comportam, com diversos estudos como “como se explica que nos comportemos de
forma diferente dos outros?”, “O que nos torna humanos?”. Korand Lorenz (1903-1989), um dos pais da
etologia , realizou centenas de experimentos com animais, o que o levou a
descobrir um comportamento que ele chamou de “Imprint”, ou “Impressão”. Animais
como os patos, assim que nascem se fixam na imagem do primeiro animal, ou
objeto móvel, que estão perto deles e passam a segui-los como se fossem sua
mãe. A Etologia parecia apenas mais um ramo interessante da biologia, que descrevia
e estudava o comportamento dos animais, mas os etologistas se voltaram para observar
um novo e curioso animal; o homem.
Lorenz dizia que a agressão resulta do instinto da luta que
assegura a sobrevivência dos machos mais fortes, que assim podem obter parceira
para passarem os seus genes para a geração seguinte. Onde eu quero chegar com
tudo isso? SSY é um estudo etológico em vários níveis traçando um paralelo
entre animais e seres humanos. Uma dicotomia interessante que mostra uma linha
divisória entre espécies como algo bem tênue.
Para ilustrar isso, vamos a alguns tópicos de SSY:
>Em 2021 Dc, surge o primeiro usuário de Cantus, com a
ficcional Sindrome Hashimoto Applebaum.
Ele invade a casa de 19 mulheres e as estupra, matando 17 delas. Outros surgem.
São objetificados e então temidos, afinal, a evolução de uma espécie se dá com
a extinção da anterior. O Japão passa por 4 dinastias até a ciência conseguir um
meio de inibir a violência do novo homem e criar um estado de harmonia onde
estas habilidades pudessem se reprimidas através da arma mais poderosa de
controle de massa: a religião e seus dogmas. Posteriormente, a educação – favor
não confundir com conhecimento adquirido.
>O despertar do Cantus como elemento determinante do fim
de um clico educacional. É o fim da puberdade e as crianças vão deixar o ensino
fundamental e entrar no ensino médio. Um ponto interessante, que seria muito
bom de discorrer sobre ele se eu tivesse comentado SSY semanalmente episódio
por episódios, é sobre a metáfora no selamento do Cantus de Saki (no primeiro episódio) que se assemelha
à perda da virgindade; representando o fim da puberdade e o inicio da
adolescência (ver imagens acima, onde Saki sente a dor ao ter o que representa seu Cantus, penetrado por agulhas, fora toda a contextualização do ritual).
>Ao deixar a Escola Harmônica e ingressarem na Academia
do Saber, eles aprendem a controlar e desenvolverem suas habilidades psicocinéticas
[ou Cantus, como preferirem]. Vale destacar o questionamento de Saki quando
eles estão visitando uma fazenda nos arredores da escola e avistarem animais
[para eles] exóticos, sobre como não havia diferença alguma entre humanos e
animais. Ela diz isso pelo aspecto doutrinário, que não diferia em nada ao que
eles recebiam naquela sociedade. Este arco do anime trouxe consigo algumas
criticas sobre o ritmo, por muitos considerarem uma volta desnecessária, mas fica obvio mais à frente o porque deste
arco. É onde os personagens vão incorporando diversos dogmas culturais e religiosos
[sob o aspecto budista] daquele novo mundo, como sabedoria na utilização de sua
habilidades, não saírem dos limites da cidade, e não ficarem deslocados dos
demais.
>Então entramos um novo ciclo, e os personagens agora
entram no ginasial. A Academia da Apoteose seria o equivalente a uma faculdade
para nós. O time skip é sútil, mas você percebe que os personagens envelheceram.
Novamente, este arco traz consigo mais algumas criticas quanto à exercícios aplicados
aos personagens, mas a intenção é obvia; buscar uma interação entre aqueles
jovens e recriar uma sociedade virtual com todos já de posse de suas
habilidades. Como uma faculdade, aqui é onde se separa o joio do trigo. A
escola exerce um grande papel educacional e doutrinário no Japão, com muitos
vivendo os melhores momentos antes de ingressarem sociedade exatamente neste período,
como fica bem implícito neste arco de SSY – É o momento de aventuras, do ímpeto
sexual, de desbravar o desconhecido, se revoltar e desobedecer às normas
impostas. Inclusive, uma grande sacada do autor é promover um world building a partir do ponto onde os
personagens principais ainda são pré-adolescentes e fechar essa ponta quando
eles se “formam”. Ele pega como gancho justamente uma idade onde todas as
atitudes dos personagens se tornam pungentes. No ocidente, o ginasial exerce um
fascínio maior, por ser a porta de entrada para o mundo adulto, por isso tantos
seriados, filmes e quadrinhos se passando nesta etapa.
>Ainda neste mesmo arco retratado acima, a sequência mais
polêmica do anime [sempre, sempre, quando falamos de Homoafetividade, trazendo à
tona uma homofobia velada]. Embora a direção não tenha sido boa neste aspecto,
e mesmo algumas decisões tenham sido questionáveis, tornando mais evidente o calcanhar
de Aquiles de SSY (os personagens),
há todo um contexto por trás referente ao estudo da etologia. Saki, Satoru,
Shun, Maria e Mamoru e grande elenco são ensinados a saciarem sua libido com
alguém do mesmo sexo, mimetizando animais. Mais especificamente os macacos
bonobo, que resolvem seus conflitos praticando o coito. Uma forma de evitar
stress e conflitos muitas vezes oriundos da idade; impulsos sexuais, tensão
menstrual, crise de identidade e etc., características do bicho homem estudadas
na etologia referente ao seu comportamento natural. Estes conflitos são
dissipados através dos hormônios sexuais. Algo interessante é que este é um
aspecto não muito longe da sociedade moderna, no Japão mesmo a Homoafetividade
é aceita naturalmente até certa idade, tal qual em SSY, mas não vamos adentrar
nisso.
>A entrega de certo personagem do grupo principal [neste
mesmo arco] aos gatos impuros [criaturas desenvolvidas para matarem ameaças em
potencial], revela o instinto de autopreservação dos seres humanos. Atos que
deixam Maria com um profundo desgosto pela sociedade.
>Tá, chega. Por último, o aspecto mais contundente: O aprendizado.
Assim como os animais, os seres humanos são ensinados a como se portar no seu
habitat. Mais um vez, o bakenezumis são um reflexo para ilustrar isso. O que aconteceriam
se animais tivessem o nosso padrão de inteligência e acessassem informações que
lhes despertassem questionamentos?
Então, aí está a resposta caso você tenha se perguntado o
porque do autor ter optado por cobrir vários ciclos da vida dos personagens,
entre infância, adolescência e adulta. Lembre-se que nada aqui é minha verdade,
estou apenas contextualizando de forma básica. Yusuke Kishi disse em entrevistaao ANN, que sua inspiração para escrever SSY surgiu depois de ler o livro “A
Agressão: uma História Natural do Mal” publicado em 1963, onde Korand Lorenz defende
que o comportamento agressivo animal é controlado por mecanismos de regulação e
inibição. Ele conta ainda que levou 30 anos para refinar o argumento que lhe
surgira na época. O resultado é um fragmento do que vemos em sua versão
adaptada, que tecnicamente dá dicas de um trabalho de pesquisa e argumentativo irretocável,
tais como referências à velha sociedade, à ruinas, registros, termos científicos
e um argumento narrativo coeso do inicio ao fim.
A narrativa através de Saki, como um memorando do novo mundo
para a geração futura, traz algumas reflexões pertinentes; enquanto sim, é
realmente uma mensagem otimista (“Espero que quando nossos filhos crescerem, a
sociedade esteja muito melhor”). A humanidade está sempre se reinventando,
evoluindo, e depositamos nos nossos filhos a esperança daquilo que ainda não
podemos, e talvez nem iremos ver. Mas também é meio triste (“Sim, mas existe sentido numa
vingança tão cruel? Não sei mais o que é certo”). Isto de que teremos
de aprender a lidar com sacríficos e dores durante nossa vida, e que não,
definitivamente nunca alcançaremos um estado de total amor e harmonia, é
emulado sutilmente em todos os pontos da narrativa. Da mimetização e
conhecimento adquirido da arte da guerra de uma civilização antiga, já em
ruinas, pelos bakenezumis, ao rígido controle da sociedade do novo mundo, que
para sobreviver, precisam sacrificar a si mesmos e aos seus filhos. Clichê, mas efetivo, belo e
arrepiante na mensagem de que os seres humanos sempre conseguem se reerguer e
que por mais desgostoso que fiquemos a vida segue; ela ser bela ou não, é algo
a se definir através do seu ciclo social – Saki no final, dizendo “O
objeto de medo transforma-se em esperança...”, em uma referência de
contraste à Maria é uma ode a vida e as decisões tomadas por cada um que
influenciam diretamente em sua qualidade e sociedade em que vive. Ao menos, é
como interpreto. Um daqueles raros finais irretocáveis de gozo absoluto,
coerente com todo o enredo.
Nota: 08/10
Ano: 2012/2013
Estúdio: A-1 Pictures
Diretor: Masashi Ishihama
Adaptação de Roteiro: Masashi Sogo
Episódios: 25
Recomendação: The Music of Marie (Mesma temática temática de aprendizado e doutrinas em comunidades utopicas, dessa vez se focando apenas no aspecto religioso)
Similar: Shiki, Kamisama Dolls, Higurashi no Naku Koro ni
Dica de Leitura: Examining Shin Sekai Yori – Eugenics (NopyBot, inglês)
Trívia
-No final do anime
“O poder da imaginação é o que muda tudo”, numa primeira camada uma alusão ao Cantus escrito num placa da escola, que vai além; uma mensagem de que só e a educação muda o mundo. É um termo muito eloquente na ficção cientifica. As grandes ideias revolucionarias da humanidade vieram através da imaginação. Este é o proposito primário da ficção cientifica, que além de entreter, questionar o comportamento da sociedade frente a novas descobertas e a de legar conhecimento.
Nota: 08/10
Ano: 2012/2013
Estúdio: A-1 Pictures
Diretor: Masashi Ishihama
Adaptação de Roteiro: Masashi Sogo
Episódios: 25
Recomendação: The Music of Marie (Mesma temática temática de aprendizado e doutrinas em comunidades utopicas, dessa vez se focando apenas no aspecto religioso)
Similar: Shiki, Kamisama Dolls, Higurashi no Naku Koro ni
Dica de Leitura: Examining Shin Sekai Yori – Eugenics (NopyBot, inglês)
***
Trívia
-No final do anime
“O poder da imaginação é o que muda tudo”, numa primeira camada uma alusão ao Cantus escrito num placa da escola, que vai além; uma mensagem de que só e a educação muda o mundo. É um termo muito eloquente na ficção cientifica. As grandes ideias revolucionarias da humanidade vieram através da imaginação. Este é o proposito primário da ficção cientifica, que além de entreter, questionar o comportamento da sociedade frente a novas descobertas e a de legar conhecimento.
-No mundo animal
Existe ainda a agressividade dominante, imposta por um líder
justamente para evitar desentendimentos entre os liderados. Nos ratos, há
sempre um indivíduo que domina o grupo: diante de qualquer desordem, ele se
aproxima e faz gestos ameaçadores, como se fosse atacar. Nunca chega às vias de
fato, mas a encenação inibe os animais que desejam brigar entre si.
-No mundo animal 2
Além dos macacos e do ratos, o autor de SSY também pegou uma referência da espécie dos lobos; o membro que mostrar maior fraqueza será substituído por um mais forte, a fraqueza extrema não é tolerada em nenhum membro da matilha. Membros de uma matilha não podem se atacar mutualmente, a punição é a morte por vergonha, ou o feedback da morte.
As crianças ficam chocados quando deparados com moscas rodeando um animal morto no terceiro episódio. Aquele fora o primeiro contato deles com a morte, e as moscas lhes despertaram uma memória genética, deixando-os assustados.
-Arte
SSY sofreu com diversas inconstâncias na animação e character designer em todos os seus episódios, indo a extremos de um episódio à outro. Mas há de aplaudir a staff do anime, que nos brindou com visuais e estilos artísticos fascinantes em diversos episódios, que deixaram SSY com uma pegada mais classuda e um quê experimental que combinou muito bem com o feeling da série. No entanto, nunca iremos nos esquecer dos enquadramentos estranhos nas partes íntimas da Saki e o desenho de sua vagina e nádegas, um tanto quanto distorcidas.
-Critica
Novato, Masashi Ishihama derrapou feio em diversos momentos chaves, mas mostrou que tem muito potencial. A adaptação do roteiro também não é tão apurada como deveria ser. De fato, as minhas maiores criticas quanto à SSY provém da direção e roteiro, que tomam diversas decisões questionáveis. SSY é uma história onde os personagens são fundamentais para a perfeita harmonia da narrativa, no entanto eles não despertam nenhum interesse. Não que eles precisassem soar humanos, ser uma representação visceral, SSY é uma história guiada pelo roteiro; e Saki, Shun, Satoru, Maria e Mamoru deixam a dever por falta de uma maestro melhor. Ainda não entendo o porque resolveram chutar o pobre Satoru para escanteio na adaptação, se o final tinha tudo para ser ainda melhor com sua figura mais presente.
-Por que não, 10?
SSY é o tipo de série que não deixam muitas dúvidas sobre dar um 09 ou 10, te deixando com um sorriso bobo e a mente em fagulhas ao final de sua exibição, mas enquanto a história é instigante e apreensiva, a adaptação acaba deixando outros aspectos devendo.
-Trilha Sonora
Shigeo Komori que já havia produzido a trilha sonora da primeira temporada de K-On! e seu longa metragem, mostra versatilidade em compor a ost de uma série de suspense, que por serem atmosféricas, precisam de músicas que consigam tocar a alma e fazer as cenas soarem inebriantes. O resultado é a entrega de uma das melhores soundtracks de 2012.