WOW!!! Finalmente um episódio que me soou agradável. O clima
estava denso do inicio ao fim e doeu um pouco ver todos se divertindo ali,
sabendo que a qualquer momento, algo aconteceria. Acabou que foi menos do que
eu esperava, mas teve uma boa execução e isso é o que importa, mesmo sem
grandes revelações. O pior é que eu não apostava muito nesse episódio, mas
fizeram algo bacana e respeitaram a essência da série e ainda permearam um
sentimento de apreensão por todo o episódio.
E olha, teve até um suspense agradável, meio intrincado na
trama do episódio, coisa que eu sempre me queixo em Another. Tá, eu sei,
Another oferece diversão e é feito na medida para quem não é tão acostumado com
esse tipo de série, mas na maioria das vezes, sempre faltou um tempero ali para
quem quer mais do que ficar estudante o mistério; quer degustar a série e senti-la
na pele. Esse episódio, olhando bem, não ofereceu nada e foi completamente
vazio, mas prendeu a atenção. O que não quer dizer nada, afinal, Lost sempre
prendia a atenção, mas como um episódio isolado, foi o suficiente para mim. Foi
bem mais do que se poderia esperar de um episódio de praia e valeu por ter me
deixado na fissura. Nem o excesso de moe
me incomodou tanto assim, embora seja algo que chame atenção em tanto “Mei sorrindo”, “Mei segurando o polvo”, “Mei
inocente”, “Mei waifu”.... KAWAII
DESU~! AAARGH (mostra a língua)!!! A
mei é a personagem ideal para o meu querido Keion, mas tudo bem, só eu penso assim. E deve haver quem reclame
que não houve fanservice. Ai eu pergunto, a Mei em um maiô e fazendo o que sabe
fazer dentro da serie – ou seja, ser um legítimo produto pra fazer otaku babar –
não é o suficiente? Querem peitinhos? Seus sacaninhas.
Enfim, a Mei é uma grande bobagem em Another, assim como
aquelas bonecas (cadê os defensores
daquelas bonecas “assustadoras”?). Matem essa personagem!!! Nada contra
romances ou climas agridoces, até mesmo porque, acho que isso é mais bem
executado pela Izumi, que hora age de forma tsun com Teshigawara e dere~dere
com Kouchi. É divertidinho, bonitinho e além de não soar discrepante, é o
suficiente para algo do tipo, para dar um alivio cômico.
MAS VAMOS FALAR DE COISA BOA? VAMOS FALAR DA IOGURTEIRA TOP
TERM?
BRIN-CA-DEI-RA!
Eu confesso que me assustei um pouco no inicio, pois achei
que essa era a viagem escolar, que tinha sido programada pela Reiko, mas não,
foi apenas uma saída estratégica dela, com alguns alunos, para um resort hotel
a beira mar, para se encontrarem com Katsumi Matsunaga, antigo colega da
professora duas faces. Com exceção do corpo estranho dentro de todo o contexto
do anime, que é a presença da Mei (vamos
deduzir isso na conta da PA Works, que quer vender seu peixe da forma mais
fácil e preguiçosa), me soou completamente bem produzido e executado, o que
mascarou a falta de substância apresentada. Sim, novamente eu digo, foi vazio,
mas bem executado. Quer dizer, nota-se uma grande presença de sátira durante
todo o episódio, como se estivessem brincando com certos clichês, com uma
sensação de perigo eminente exalando por toda a parte. Isso desde o momento em
que colocaram seus carros na estrada e Reiko se mostrou um demônio da velocidade.
A cena do petroleiro foi tensamente divertida, com Reiko tentando
ultrapassa-lo. Soou como no clássico Duel, de Steven Spielberg, onde há um
duelo entre um tanque de combustível e um Opala (acho que é opala) em meio à estrada.
[Adorei essa parte FUFUFUFUFFU]
Kou Otani, compositor da trilha incidental de Another, dessa
vez executou uma BGM na medida certa e bem sútil, mas ainda assim que
incomodasse e não deixasse que aquele sentimento de felicidade geral entre os
personagens que saíram pra investigar sobre os fenômenos, e acabaram
aproveitando para se divertirem, pudessem contagiar o espectador. Vai dizer que
você não ficou esperando que algo acontecesse a todo o instante? No fim das
contas, Katsumi Matsunaga, o colega de Reiko pouco participou, mas fez aumentar
ainda mais o mistério e o suspense em torno dos acontecimentos de 15... Não, 14
anos atrás. Sim, porque é praticamente consenso que a Reiko seja a morta (me lembrei novamente do filme, Os Outros) e
o mistério foi praticamente entregue, sem precisar pensar muito, já que os próprios
produtores esfregaram isso e seguem afirmando, batendo na mesma tecla para que
não haja dúvidas (“não se pode julgar um
livro pela capa” e fora, as mensagens subliminares, como a Reiko ser posta em ângulos
de segundo plano e sempre opacos. Prevejo um certo drama, será que o frio
Kouchi dá conta ou vai agir naturalmente de novo diante a morte de alguém
querido?). Mas ao menos ao meu ver, que nunca nem me liguei muito nesse
mistério de Another, é saber COMO tudo aconteceu. Isso sim, me parece muito
interessante, pois, por mais que a identidade do extra tenha sido revelada, há incontáveis
pecinhas ainda esperando para serem encaixadas nesse quebra cabeça e isso me
soa muito mais atrativo. Saber os motivos, os meios e como foi, pode ser uma experiência
mais atrativa. Isso se, souberem criar bem todo um clima e desenvolve-lo. Sendo
assim, não me importo o quão clichê seja e nem que usem (e vão usar) a Mei como um Deus Ex-Machina.
[Eu não sei o que a Izumi tem na cabeça de trocar o Teshigawara pelo insonso Kouchi, mas... EURI!!!]
Outro ponto interessante nesse episódio foi à certeza de que
calamidade pode atacar fora de Yomiyama. Isso significa que o Chibiki está
errado? Não necessariamente. Segundo sua dedução, o fenômeno tem um alcance
limitado. Mas, isso porque o morto sempre esteve em Yomiyama, não é mesmo?! Mas
o que acontece quando ele se desloca? Matsu disse que tinha impressão que havia
visto Reiko recentemente em algum lugar, mas só se recorda do funeral de um ano
e meio atrás. Uma pista meio descolada da outras, mas a certeza de que algo foi
deixado para trás, como o antidoto e o veneno. No fim, quando ia revelar mais,
um vendaval começa. É sempre assim.
E depois desse episódio à la Tubarão-Like, o próximo será
algo meio zumbie? Sim, porque eu vi a Sanae em cena, ali. De qualquer forma,
com o próximo, entramos na reta final de Another, e faltando apenas 4 episódios
para o fim, o próximo certamente deverá embaralhar ainda mais a situação.
P.S: Uma boa morte, a de Katsumi. Lá se vai mais um
personagem inútil. Antes ele do que a Izumi ou o Teshigawara.
