O Melhor De Blood-C Uncensored

Blood-C (2011) é um anime que começa com um ritmo maçante (embora eu deva confessar, que ao contrário da grande maioria na época, eu não me incomodei com esse fato) e pelo menos, nos três primeiros episódios, o enredo não progride e o slice of life não cativa. Porém, a partir do quarto, a trama começa a engrenar, para nos últimos episódios atingir um nível alucinante.

Mas eu não estou aqui pra fazer uma review de Blood-C (que já foi devidamente feita), mas comentar que eu assisti a versão Blu-Ray do anime, algo que definitivamente eu não costumo fazer, somente para aproveitar o que há de melhor nessa série. A história por trás de Blood-C é interessante e consegue manter um suspense (até mesmo quem não estava acompanhando, se mostrou interessado em saber do que se tratava aquilo, de verdade) bacana e surpreendeu na hora da revelação. Mas Tsutomu Mizushima, que é considerado um dos grandes diretores atuais, não parece combinar com esse gênero, vide Another.  Seu estilo de direção é completamente diferente e embora, tanto Another, como Blood-C, possuem sequências muito bem dirigidas (incluindo ai, storyboard, execução, animação), perde se e muito, no feeling. O resultado é que, o melhor de Blood-C, acaba sendo as excelentes cenas de ação, bem animadas pelo estúdio Production I.G., destaque para o episódio 09 que se tornou um verdadeiro massacre escolar, onde a cenas de gore apresentam efeitos sensacionais (parte técnica, impecável e gestos pulsantes por parte das personagens) e a coreografia das lutas de Saya com o Furikumono com cara de sapo, estão embasbacantes (!). E claro, o vibrante episódio final, onde ocorre uma verdadeira chacina coletiva e mostra uma sequência orgasmante de Saya correndo atrás de Fumito. Tudo parece casar de forma excelente, desde a escolha da arte (aqueles coelhos carnívoros com aparência fofa são incrivelmente fofos, se me permitem a redundância), até a execução. 

Fazendo mais uma comparação com Another, percebe que os últimos episódios de ambos os animes, são bem catastróficos, mas a diferença primordial que vemos e que denuncia a falta de tato de Mizushima para algo do gênero, está em como tudo flui bem no episódio final de Blood-C. Em Another, os diálogos eram primordiais, o que acabou deixando a série um tanto quanto inconsistente. Porém em Blood-C, a parte final praticamente não exige diálogos mais pensados, é muita ação, gritaria e correria. Visualmente, ele faz escolhas muito acertadas, porém espero não vê-lo novamente em algo do gênero, tão breve e felizmente, o filme The Last Dark, estará nas mãos do ótimo Naoyoshi Shiotani, um dos co-criadores da franquia Blood e membro do Production I.G..

E como já é comum nesse gênero, os personagens são bem idiotas, tendo sempre atitudes idiotas. Mas é divertido ver como se parecem com ratos de laboratório, sempre correndo para o lado errado, não correndo quando precisavam correr, e claro, gritando, gritando muito e agindo pouco. São bem burros mesmo e com personalidades irritantes [além de mal caratismo], como as gêmeas Nene e Nono (aliás, dublagem excelente. Adorei ver o lado irritante delas, hê). Me diverti, reparando isso nessa maratona, além de ter notado como tudo se encaixa perfeitamente para o desfecho final. Antes mesmo daquele trio de Pernambuco começar a servir empadinhas com carne humana, o Fumito de já se mostrava na vanguarda, servindo seus famosos guimauves feitos à base de sangue e que lembram órgãos humanos. Quando toda a verdade enfim, vem à tona no episódio 11, não pude evitar sorrir nessa frase; “Você é uma estrela sem script, que nem sabe que está em um filme” – Porque é bem irônico, uma vez que o clássico Blood: The Last Vampire é justamente assim, apresenta uma Saya lindamente badasssssssss em um thriller alucinante, mas sem roteiro definido.

Mas ao que tudo indica o novo filme da famosa franquia do Production I.G., terá um roteiro melhor desenvolvido (e que teve direito a um anime de tv –Blood-C – e toda uma divulgação para contar a origem dos fatos) pautada no conflito politico. Bem, mas não quer dizer que The Last Dark vai deixar de ser um filme pipoca e se tornar algo cabeça. Isso já se mostra visível através dos trailers. Isso quer dizer que, o fato de não ter maiores ambições, o torna ruim? De forma alguma. Como notado nesse último trailer divulgado, que sintetiza todos os outros, The Last Dark se mostra praticamente impecável e tem tudo para ser um dos melhores filmes de ação, da animação japonesa de 2012. Claro que ficar advogando por algo que não se preocupa em ser nada além de pura e simples diversão, para quem não curte o gênero, parece algo bem tolo, mas o trailer já mostra suficientemente toda a proposta (ou gosta, ou desgosta logo de cara). E o marketing é bem feito e vende exatamente aquilo que irá oferecer. O que eu acho ótimo e desde já, fico na curiosidade em saber se todo esse investimento trará algum retorno $$$$, uma vez que os volumes do Blu-Ray de Blood-C venderam muito mal e o The Last Dark precisou de uma "mãozinha" do governo Japonês (obviamente, não é pura generosidade, uma vez que o filme do falecido Satoshi Kon, Dream Machine, já estaria finalizado). 

Bem, dei um pouco de volta, mas está tudo dentro dos planos. Abaixo, algumas imagens que selecionei de Blood-C, versão uncensored, porque a arte dessas mutilações é lindíssima. O bacana é que até o episódio 06, nada foi censura, mesmo com aquele banho de sangue. Provavelmente, pela morte de personagens humanas, causarem mais impacto (além da obvia estratégia de vendas de BD).E pra quem assistiu o trailer de The Last Dark, repararam na presença divosa de Watanuki (XXXHOLiC) aos 00:15? Haja ansiedade, mas vocês já podem ir escutando a música tema, METRO BAROQUE, da Nana Mizuki-chan, que o pessoal do CLAMPproject ripou, e ir entrando no clima. 

[FUUUUUUUUU~MIIIITOOOO~]

Mais detalhes de The Last Dark, você encontra nesse post. E mais posts referentes ao filme, devem surgir aqui no blog, porque eu estou no puro hype!

E porque você ainda não segue o Elfen Lied Brasil, no twitter? @ElfenLiedBR

Algumas imagens selecionadas [são ampliáveis], abaixo: