Refletindo a inercia do ser humano, Natsuyuki conta uma
história em ritmo lento e com envolvente delírio visual.
Sinopse: Drama romântico focado num triangulo amoroso entre
o jovem Hazuki, que trabalha em meio período numa loja de flores, sua paixão
platônica; Rokka, a dona da loja e viúva de Shimao, que continuou preso na
terra em forma de espirito por um pedido inconsciente dela. A série traz
questionamentos hipotéticos como, “quem sofre mais, quem vai ou quem fica?” – E
como conviver com o fantasma de alguém que é muito querido pra você.
O texto contém algumas revelações do enredo, para melhor
imersão na analise.
Comentários: Eu gosto muito quando uma história mesmo
seguindo um caminho previsível e terminando da forma como era esperado, ainda
consegue te encantar, prender sua respiração, e até mesmo te fazer suspirar –
quem sabe!? Natsuyuki Rendezvous em inglês, literalmente significa “A Summer
Snow Rendezvous” e em português podemos traduzir como “Um Encontro Gelado no Verão”.
Como se nota, o título já é autoexplicativo e é até engraçado a série ter sido
exibida justamente no verão.
Eu curti Natsuyuki do inicio ao fim, absolvi cada linha de
diálogo, flutuei com uma trilha sonora composta basicamente ao piano, sorri com
os personagens, como também senti ódio. Para mim, foi uma boa experiência.
Baseado num mangá josei de 4 volumes da autora Kawachi
Haruka, Natsuyuki Rendezvous (2009)
é a história que “toda” garota sonha viver.
Temos o jovem ingênuo, sonhador, romântico, lindo, de
aparência desleixada, cabelo por fazer e aparentemente frio, mas com uma paixão
queimando dentro do peito. Hazuki é daqueles homens que não sabem como reagir
toda vez que são tirados da zona de conforto por uma mulher. E por isso ele é
tão bonito, toda vez que ele sorri sem graça ou fica sem reação, dá vontade de
puxá-lo do vídeo e mordê-lo! Seus impulsos são típicos de um jovem
inexperiente, frente a uma mulher mais madura, onde o sentimento de
inferioridade inevitavelmente aflora. Ainda
assim, ele visita a loja de flores daquela que viria a se tornar sua tenchou (gerente/chefe) todos os dias, só para vê-la,
só para ouvir a sua voz, só para poderem, mesmo que por um momento, olharem na
mesma direção. Quem nunca passou por tal situação, em se satisfazer por um
longo tempo apenas com um “oi” e algumas trocas de palavras até tentar uma
aproximação mais efetiva?
"Minhas mãos podem cultivar a terra. Podem plantar árvores e e enterrar sementes. Elas podem até mesmo carregar a chefe, mas... eu serei capaz de fazer ela sorrir daquela forma?"
Embora Rokka seja muito mais velha, já na faixa dos 30, isso não parece incomodá-lo nem um pouco. Rokka é linda, simpática, sorridente, ela transmite através da voz aquele ar de mulher madura. É o que atrai ele.
No inicio dos anos 2000, houve um aumento incrível na ficção
romântica do Japão, correspondente a uma abordagem idealizada do amor, o “amor eterno”, casto, e puro. Esse
fenômeno midiático ficou conhecido como "Pure love boom" , em outras
palavras, o “boom do puro amor”. Este
tipo de obra tem a característica de ser xaroposa, levar ao choro e portanto a
alcunha “Morte-e-choro”. Este fascínio crescente culminou no maior sucesso
editorial do Japão referente a histórias românticas; Socrates in Love (de 2004, publicado na versão mangá no
Brasil pela editora Conrad) – Que também trouxe outras obras notáveis como Train
Man (2005) e Sekai no Chushin de aiwo sakebu (2001). Esse tipo de obra
[normalmente] parte do pressuposto do personagem morto, e a sua outra parte romântica
que é condenada a viver a vida sem a sua cara-metade. Obviamente, esse fenômeno
foi absolvido por outras mídias.
E é disso que Natsuyuki se trata. E é por isso que o foco é
em Shimao e sua contraparte, Rokka. E é por isso que em certa altura da história,
Hazuki é questionado “Quem será o
verdadeiro príncipe desta história?”. A resposta já estava embutida na
pergunta, e quem não percebeu, pôde enfim vê-la no episodio final, quando Rokka
se agarra em Shimao, chorando, em um estado quase infantil, como uma criança que
se recusa a se separar de sua mãe na porta da escola, chegando ao ponto de
querer partir com ele. É a história de Rokka e Shimao. É uma crônica em versos
da paixão e o amor eterno. A história de uma mulher dividida entre o passado e
o presente, o ciúme e a aceitação, entre abrir mão de suas memorias e viver um
novo amor, o sentimento [indevido] de culpa por ter continuado viva.
A lógica, e que veríamos no episódio final, é que sim, é
possível viver um novo amor, sem abrir mão da memoria daquele amor do passado.
Mas, e quando aquele sentimento de inadequação e de perda ainda te aflige por
dentro, mesmo depois de tanto tempo? Superar a perde de alguém querido pode
levar uma vida inteira – E quando chega a hora, não é comum sentir medo de dar
um passo adiante? Pensar que esteja traindo a memoria daquela pessoa, ao se dar
ao direito de seguir em frente? Natsuyuki não é apenas uma história de amor,
mas de aceitação, ilusão e inercia, com toques de contos de fadas e referências
literárias.
A trama é extremamente simples, é aquilo que eu comentei
sobre seguir em frente sem esquecer. A complexidade vem dos sentimentos
contraditórios dos personagens. E em Natsuyuki há apenas três personagens
[qualquer outro é mera figuração e mal parece na tela] que realmente importam,
deixando a história com enormes parcelas de diálogos internos e monólogos. É
raríssimo encontrar uma série que seja tão extensiva em monólogos, mas é
justamente pelos pensamentos íntimos desses personagens serem tão expostos, que
é fácil entender seus sentimentos contraditórios [como também, é por isso que
tanta gente achou chato], embora eles mesmos não entendam.
Podemos dividir a história em duas partes. A primeira, a
mais elogiada, é arrebatadora, com um começo surpreendente. Pra quem gosta de pensar
em gêneros como compartimentos estancados terá certo problema em aceitar os
rumos da trama. Enquanto a primeira metade parece caminhar paro o típico
romance de conquista e crescimento do relacionamento com pinceladas de comédia
e drama...
Rokka -Apesar da minha idade, sinto como se estivesse flutuando
Rokka -O que foi?
Hazuki -Estou rezando.
Hazuki -Talvez devesse fazer isso no Templo Burabo, mas...
Rokka -Bura...?
Hazuki -Se for verdade que não temos como saber do futuro, então é possivel que eu tenha chances, chefe?
Rokka (pensamento)-Ele é realmente persistente...
Hazuki -Acho que uma vez ouvi uma música sobre como segurar as mãos transmite sentimentos. (referência a "I Want to hold your hand", dos Beatles)
Rokka - Acho que estou sendo encurralada pela sua juventude.
Hazuki - Não fique agindo como um tia velha!
Hazuki - Eu amo essas sua mãos calejadas.
Rokka - quê...espere!
Hazuki - São as mãos de uma trabalhoda incansável.
Hazuki - E elas tem o cheiro do sol.
Rokka - Ei... Hazuki-kun...
Rokka - Isso não é justo!
Rokka - Você não deveria.
Hazuki - Mas você não está odiando, não é!?
Rokka - Diga, por que você está tão energico hoje?
Hazuki (pensamento) - Porque o fantasma não está aqui.
[Hazuki... sempre atormentado por um fantasma do passado, tentando vencer alguém que já morreu. E Rokka querendo se entregar, mas negando]
... a segunda tem tons de melancolia, numa narrativa
cadenciada como se refletindo a apatia de seus personagens. Rokka não entende o
motivo de um jovem como Hazuki se interessar por uma mulher tão mais velha como
ela, mas ainda que se sinta confusa e divida, depois de tanto tempo sem tocar
em um homem, seu corpo torna evidente o quão atraída sexualmente ela está.
Porém, entregar seu corpo é bem mais simples que entregar seu coração, questão de
química [ela fez sexo com Shimao, pensando que era Hazuki]. E aqui Hazuki, com
todo o seu amor, busca equivocadamente uma Rokka do passado que não existe
mais, um sorriso que ela deu pra outro alguém, enquanto tenta apagar a
existência de se ex-marido, procurando ocupar o seu lugar.
Rokka nega-se a tirar o véu de luto por insegurança/fraqueza
e sentimentos de culpa ao achar que estava substituindo seu grande amor.
Shimao, o personagem mais exposto aqui, é o marido que sob sua aparente
abnegação e segurança, se mostra o mais fraco e possessivo. Enquanto Rokka e
Hazuki são passivos a toda a situação, dando dois passos pra frente e um para
trás, em comum entre os três, a imaturidade e incapacidade de aceitar as coisas
como elas são. Como podem ver, são sentimentos genuínos e verossímeis.
Essa quebra de narrativa é bem comum; Madoka Magica só
descontrói o gênero Garota Mágica a
partir do episódio três. Romeu e Julieta, de Shakespeare, só vira tragédia
depois que o casal apaixonado se casa, antes disso é um drama romântico
deliciosamente leve, com direito a algumas excelentes cenas cômicas. Natsuyuki
segue pelo mesmo caminho, eleva o coração do espectador na empatia com o casal
Rokka e Hazuki para, depois, jogá-lo bem do alto na cena onde Shimao toma posse
do corpo do jovem apaixonado.
É o ponto de virada da história, onde alguns a critica, mas
para mim, a melhor parte. A cereja do bolo é a relação entre diálogos e imagem.
Amor? Natsuyuki não se preocupa em explorá-lo, mas pontuar os erros dos
personagens, e no processo, constrói vínculos entre os personagens e seus
diálogos internos versados numa poesia banal cotidiana, e seu expectador. Ao
mesmo tempo, constrói verdadeiros poemas visuais numa textura que remete e
desenhos pintados a lápis de cor.
Shimao - "O pequeno príncipe que teve muito tempo em suas mãos,
carregava um lápis de cor ao invés de uma
espada"
Rokka - "Sinto a falta dele"
A abordagem de Natsuyuki é daquelas que legitimam as animações em geral como arte narrativa. Vemos as ações dos personagens, a forma como Shimao tenta seguir adiante ao se desfazer de todos os seus apetrechos materiais, como Rokka se sente perdida e confusa ao se retirar em uma fuga a fim de reviver suas memorias, como Hazuki ainda não amadureceu, e compreendemos e nos desesperamos (mentira, eu amei os três andando em círculos, perdidos) por um crescimento por parte deles porque a dimensão do que assistimos é maior. Isso acontece pelo que a mídia visual consegue insinuar, por sua eloquência naquilo que as personagens não dizem e não mostram.
No meu texto de primeiras impressões, comentei o quão
Natsuyuki às vezes me lembrava um filme frânces – e o que mais se destaca na
série é justamente o diálogo através do silêncio, e ação através de palavras. Sentidos
através do vácuo. Natsuyuki se utiliza da linguagem comum do shoujo [as firulas
visuais] que é a interação do ambiente com a personagem, através de diversos
efeitos visuais. Em Chihayafuru, toda vez que um lírio é desenhado na tela, é
como se fosse uma comunicação direta com o lado instintivo do expectador. Todo
o cenário é simples para destacar aquele ponto e aquela personagem. Em
Natsuyuki temos muitos flores, brilhantes, saturadas, amarelos limão, rosa
magenta e etc, em contraste com um apartamento totalmente liso [assim como é
todo o cenário do mundo real de Natsuyuki em seu silencio ambiente sugestivo],
e uma Rokka apática, desajeitada, se rastejando. Não preciso dizer o quanto
isso revela do seu estado de espirito. E o que eu mais amo no shoujo/josei, é
essa sua capacidade de ser menos “linguagem de cinema”, como [como geralmente
são] shounens e seinens, e mais “linguagem teatral”. Claro, homens normalmente
são seres muito mais visuais e por isso a necessidade dos seus demográficos serem
mais diretos.
Assim, Natsuyuki agrega o melhor que uma narrativa pode oferecer que é o silêncio falar mais intensamente que palavras e combinar perfeitamente linguagem visual com diálogos que parecem banais, mas que dizem muito através das metáforas. Ser abstrato é paradoxalmente o que o torna tão bom e ao mesmo tempo chato, porém a intensidade do enredo é tão grande que Natsuyuki consegue ser agradável, mesmo que você se pergunte o porquê, e maior qualquer deslize.
E as flores em todo o seu brilho são relacionados e fazem um
contraste com a fragilidade dos personagens – onde metaforicamente uma flor tem
uma vida tão curta como a dor ser humano se preparando para florescer, e quando
florescem, é neste curto tempo que se mostram ainda mais bonitos, e também vulneráveis.
Isso é sobre Rokka. E sobre Shimao e Hazuki, que a vêm como uma flor frágil a
ser protegida. E cabe diversas abordagens. O problema de Shimao é aceitar que
ela siga adiante, que ela não irá brilhar apenas para ele. O de Hazuki é tentar
duelar com o passado, procurando uma flor que só existe em seus delírios. Rokka
não deixou seu grande amor partir em paz, não consegue se desprender do passado
e é fraca, preferindo sempre a fuga. O amor é egoísta. O ser humano é imaturo
diante desse sentimento complexo.
E por isso, Hazuki mergulha num mundo que é tão lindo e solitário
ao mesmo tempo. Além dos diálogos entre Shimao e Rokka, o que mais me encantou
foi sem dúvidas as referências metafóricas a contos de fadas. A Pequena Sereia,
onde Rokka é Ariel, traz o dilema onde ela precisa escolher entre ficar submergida
sob as águas com Shimao e seguir com seu príncipe. Não, é sobre Hazuki preferir
ficar submerso, a encarar a realidade. E quanto mais Hazuki se sufoca em não
entender seus sentimentos – com uma Rokka [Polegarzinha] que só existe em sua
cabeça, ilusória como todo aquele mundo, tentando ser exercer o papel do
príncipe – ele se afunda cada vez mais e se distância dela, enquanto Shimao se
mostra cada vez mais perto.
Mesmo os diálogos que parecem não levar a lugar algum,
revelam todo o desenvolvimento abstrato de Hazuki, contrapondo [ironicamente,
já que o morto é Shimao] o desenvolvimento expositivo de Shimao. Ele diz que
odeia ter que seguir os passos do fantasma, preso ao passado, mas é totalmente
passivo e sentimentalmente confuso; “Então, o quê? Isso não tem nada a ver com
eu jogar a toalha ou não”. Na referência à Branca de Neve, a
Polegarzinha [Rokka] está adormecida pelo veneno da maçã [pode ser referente ao
estado letárgico da Rokka real], e quando Hazuki tenta exercer o papel do príncipe
que irá salvar a princesa indefesa, a Polegarzinha desperta do seu [falso] sono
para impedi-lo; “Você não pode ser o meu príncipe”. A metáfora é implícita e
nos traz a ideia de Hazuki a todo momento a viu mais como objeto a ser
conquistado, a princesa solitária no alto da torre precisando ser salva, e não
como a mulher pelo qual estava apaixonado. Mas esse papel não é dele.
Hazuki - "Eu quero andar perto dela, mas a distância entre nós não está diminuindo"
Hazuki - "Eu quero andar perto dela, mas a distância entre nós não está diminuindo"
"Você não consegue entender alguém até que você se coloca em seus
sapatos." – E aqui, enfim Hazuki que partiu para sua jornada de autoconhecimento
naquele mundo imaginário começa a compreender seus próprios sentimentos ao se
colocar simbolicamente no lugar de Shimao. Seu amor era despropositado,
unilateral, onde ele se colocava perseguindo os passos de Shimao, como
representado no episódio 09 com os três caminhando sobre a linha vermelha, tentando
alcançar e derrubá-lo, para chegar a Rokka. Hazuki tinha a imaturidade típica da
juventude, cego e agindo infantilmente e apressadamente, onde quando ameaçado
no episódio 10, a ficar preso para sempre naquele mundo de sonho/ilusão, foi
sua jornada de amadurecimento. Particularmente [e gosto de ver por esse ângulo], para mim a presença onipotente de Shimao nunca existiu de verdade, sempre foi um fantasma criado pelo casal como obstaculo entre eles. Rokka é apaixonada por ele, mas é a Shimao que
ela ama, sempre amou. Não há como comparar um sentimento de uma vida, com algo que acabou de
acontecer. Ou ele aceitava isso, ou ficaria preso àquele sentimento de frustração e torturado por fantasmas do passado.
“Eu
acho que eu ainda não consigo superar Shimao-kun...” –E não precisa,
Rokka, basta você aceitar que ele não está mais vivo, e seguir em frente com a
sua vida.
Natsuyuki tem seus momento confusos, não tão claros, e
fiquei bastante perdida inicialmente entre os episódios 10 e 11, ainda que todo momento se mostrasse extremamente cativante
para mim. Mas, revendo algumas cenas entre os episódios, que entendi que a
intenção não era tornar os personagens melhores [Rokka não é tão ativa e forte
como poderia ser, nunca foi, e é o que a torna crível], mas fazê-los aceitar a
realidade. Rokka e Hazuki foram capazes de aceitar o que já passou, e construir
uma vida nova juntos. Uma vida que por mais eu tivesse vontade de ver, não era
parte da história (poderia ter um gaiden
de 1 volume, só focado neles). Hazuki fecha a história, permanecendo ali
até o fim, simbolicamente se mostrando presente na vida dos dois enquanto
viverem. É assim que é... uma pessoa querida pode morrer, mas ela nunca irá
desaparecer de nossa memorias enquanto vivermos. E enquanto Hazuki e Rokka
viveram, o Shimao permaneceu vivo ali entre eles. Foi assim que interpretei,
quando enfim ele se lança ao infinito no final.
Hazuki - "Com sua permissão, podemos comer o seu marido juntos.Se for uma questão de ética, podemos lamber juntos pra experimentar."
Natsuyuki é um drama romântico incomum, tem seus momentos
bem humorados, mas, essencialmente é um drama. Com uma narrativa que nos brinda
com o idealismo do amor eterno, se torna diferente de, por exemplo, Ano Hana e sua abordagem melodramática,
que de certa forma também trata de superação e aceitação. Natsuyuki é mais
maduro, não é melhor por causa disso, mas é um charme e tanto quando
normalmente animações privilegiam comédias românticas e ímpetos hormonais dramáticos.
Natsuyuki é suave, é calor [Natsu] e inverno [Yuki], sentimentos complexos numa
história simples, e é por isso que gostei tanto, e pra mim, se tornou uma história maravilhosa.
Ps.: Direção pontual, e animação média, mas eficaz nos mínimos
detalhes, do gesto minimalista de um personagem, à coloração do cenário, até uma trilha sonora envolvente e apaixonante.
Ps².: Também fiquei surpresa ao ver que o neto dos dois aparece no final (>\/<). Se fosse novela espirita, o Shimao teria reencarnado como filho deles.
Ps³: Menção honrosa para meus seiyuus queridinhos, Jun Fukuyama e a Sayaka Ohara como Shimao e Rokka.
Nota: 08/10
Diretor: Kou Matsuo
Roteiro: Kou Matsuo (todos os 11 episódios)
Estúdio: Dogakobo
Episódios: 11
Ano: 2012
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