Sim, voltei com o double post
Onee-chan, vilões toscos, drama, slice of life no mundo
virtual – Poxa, SAO às vezes se parece com uma versão melhorada de BRS. E é sério,
semana passada teve alguém pesquisando isso no blog; “sword art online mesmo criador de black rock shooter”.
Mas realmente não me incomodo, não mais, como algumas pessoas com relação a alguns elementos inseridos no enredo, como por exemplo uma imouto apaixonada. É uma narrativa característica de light novels, e alguém comparou muito bem, Kirito ao Araragi, que se encontrará e ajudará diversas garotas pelo caminho, e Asuna a Senjougahara, que em algum momento ficará mais de lado, mas sempre será o principal interesse amoroso do protagonista. Claro, a narrativa de NisiOisin é inquestionavelmente superior, enquanto a de Reki Kawahara, até o momento se assemelha mais a uma novelinha teen.
Nesse novo arco não está tão diferente assim, o vilão tem um
traço tosco, e diferente de Heathcliff e Kayaba, ele parece que será do tipo
atrapalhado, um idiota completo. E trama tem como elemento catalizador... o
drama de Asuna em coma [ao lado de centenas de outros jogadores que não
acordaram quando Kirito zerou o jogo], emaranhado em conflitos familiares onde
a irmã descobre seu querido onii-chan não é seu irmão de sangue e, sei lá, se
apaixona por ele (ou já era
estranhamente apaixonada antes e agora pode ceder às luxurias). Só sei que
as tramas de SAO se desenvolvem de forma completamente atípica de um game de
realidade online, mas faz sentido se você levar em conta a obra original.
Mas, questionamentos de como o Kawahara desenvolve sua obra
a parte, o importante é que tudo funcionou muito bem aqui. Sim, eu gostei. De uma
forma geral, a narrativa deste episódio é muito superior a do primeiro episódio
do arco aincrad, embora como puro entretenimento
pipoca, tenha funcionado muito melhor do que este. Mas veja bem, aqui a
narrativa está mais caracterizada e há uma preocupação maior do autor em tornar
a estrutura narrativa algo mais sólido.
Elementos simples, com a presença de sua família ao redor,
menções ao seu passado, à forma como desde pequeno ele já demonstrava características
de se interessar por tecnologia, o que sim, já é algo que dá um chão para o
espectador pisar quando a narrativa mostrar Kirito como um expert em sistema
operacional (não fica parecendo que
aquilo é simplesmente a força do roteiro atuando). Mesmo Asuna, mostra ter
um background muito mais interessante aqui.
A caraterização daquele mundo também está muito agradável, com
um bom trabalho de exposição, como a inadaptação de Kirito, que ainda se vê
como um Black Swordsman (inclusive,
muito interessante o contraste entre mundo real e virtual pelo ponto de vista
do conflito do episódio, onde Kirito não pode simplesmente desafiar seu
oponente para um duelo) o tempo em que ele levou para se recuperar com trabalhos
de fisioterapia, e a indústria por trás do novo conceito de VRMMORPG que regerá
essa nova trama. Ao contrário do anterior, este aparentemente é bem comum. Pelo
que parece, este arco é como se fosse uma realidade alternativa, onde Asuna não
morre, mas permanece dormindo. Outros detalhes de que gostei bastante foi a
mudança completa da atmosfera, e todo o plano de fundo. A interação entre o personagens
também apresentou uma melhora significativa e a própria história em geral,
parece melhor pensada.
Foi um bom episódio, um passo inicial lento, mas necessário e
mantenho as boas expectativas para a história a seguir.
Aaaahhh, eu sinceramente achei a nova OP bem inferior a
anterior, mesmo artisticamente, essa é bem apagadinha e esquecível. Já a ED,
com "Overfly" da baixinha ghotic lolita cute cute da Luna Haruna, é
viciante e animação é bem divertida.
takaku~♪
takakuuuu~♫
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
-Plus
Shin Sekai Yori #03
Vou comentar, mesmo que porcamente, mesmo que em CAPSLOK,
mesmo que nada faça sentido, mesmo que não seja sempre, mes-SIM, VOCÊS
ENTEDERAM. Cof, cof, cof....Ao lado de Jojo e Psycho-Pass, esse é aquele anime
que me deixa ao com os olhos arregalados. E como já comentaram, realmente é um tipo
de série bem 8 ou 80. Ou você sente sono, ou você fica empolgado. E como eu
adoro esse gênero, eu fico é surtante.
Ao contrário do episódio anterior, que foi praticamente uma
aula teórica onde aquelas crianças precisavam aprender a lidar com seus poderes
numa comunidade – a escola no Japão exerce um poder enorme sobre seus alunos, a
maioria passa 80% do seu tempo estudando e ela acaba exercendo a função de
treinar aqueles alunos para o coletivismo social que encontraram na vida adulta
–, este foi bem mais intenso e envolto numa atmosfera de tensão, ainda também
pode ser visto a continuação direta deste conceito de escolinha do professor Xavier imposto desde o primeiro episódio.
E olha, até foi que foi rápido viu? Eu imaginei que demoraria ainda mais um
pouco para a trama entrar no plot, mas no final do episódio já podemos vê-lo
revelado.
Como todo episódio, esse também abre com um flashback, e
talvez seja o melhor de todos os vinculados até agora, situado 570 anos após os
eventos presenciados no inicio do primeiro episódio. Novamente, o diferencial
fica para a parte técnica, extremamente caprichada, em um estilo de animação
que se destoou do resto do episódio. Se a animação de SAO se mostra
extremamente pobre em alguns momentos, a de Shinsekai consegue atingir um alto
nível em alguns momentos. Esses pequenos fragmentos estão muito interessantes,
espero que continuem, e é uma forma bacana de contar um pouco do que ocorreram
durante esses mil anos até a trama atual. O mundo mudou bastante, mas o quanto?
A narrativa é repleta de cenas internas, e mesmo este
episódio que se passa ao ar livre, é todo feito nas imediações da vila. Tudo o
que vemos, são a ausência tecnológica, as crianças sendo doutrinadas com base
em uma crença, e todo um passado escondido. Até aqui as peças estão se
encaixando e se desenvolvendo bem, o Nekodamashii que não ataca aleatoriamente,
mas age como se fosse um filtro, eliminando quem não se encaixa nas regras pré-estabelecidas,
o desespero da mãe de Saki, que já havia perdido um filho anterior para o gato do capiroto, e agora esse falso Minoshiro,
que parece ser uma biblioteca holográfica virtual, com amplo armazenamento às
informações até agora omitidas, MÃS, a quê ele se destina, e como se formou?
São algumas das diversas perguntas, que têm tornado essa série tão deliciosa de
se acompanhar semana após semana.
Enquanto, os eventos vão ficando deliciosamente misteriosos,
daquele jeito onde você fica imaginando mil coisas que podem acontecer em uma
cena, e simplesmente acaba não acontecendo, a interação entre os personagens já
dá bons sinais de melhora aí. A Aki com o Shun naquele barco foi bem bonitinho
e repleto de sutilezas. Os efeitos continuam um show a parte, seja na forma
como a série se projeta como uma história mística, no fato da trama ser
futurista, mas ainda conceitualmente feudal e se caracterizando pela ausência
total de apetrechos tecnológicos – todos aqueles efeitos de pôr de sol,
sombreamento e textura na aplicação de camadas de cores, é o que te faz lembrar
a todo instante desta característica –, ou apenas no simples fato dos
personagens num mesmo episódio aparecerem em tomadas diferentes com looks
distintos. Parece pouco, mas é um excelente trabalho da produção. Visualmente,
Shinsekai, ao lado de As Bizarras Aventuras de Jojo, tem a produção artística mais
caprichada da temporada.
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★