One, two, three.. *daí entra aquele assovio delirante do Axl*
N-não é sobre isso que quero falar!!
É difícil não ouvir o nome de Yuugo Kanno e inevitavelmente
não associá-lo à ilustre Yoko Kanno, afinal, a pronúncia e escrita dos nomes é
muito similar. E ao contrário da veterana Kanno (Cowboy Bebop, Wolfs Rain), o Kanno responsável pela trilha sonora
de Psycho-Pass é bem desconhecido e com animações que também não estão na ponta
da língua de muita gente. E julgando pelo trabalho dele em Hataraki Man e D.C.
~Da Capo~, ele demonstra bastante competência ao misturar sons eletrônicos e
influências clássicas, concebendo um som bem pop. Como se pode notar na soundtrack de Hataraki Man, ele
utiliza bastante riffs de baixo. Eu não conheço tanto assim, sou uma negação
tocando, mas adoro e tenho um baixo (fiz
minha mãe comprar, na época, pelo embalo de K-On! – Qual é? Eu sei que não
estou sozinha e muitos também começaram a se interessar por instrumentos
justamente por causa deste anime u_ú) para alimentar minha paixão não
correspondida, desde que descobri o Red Hot Chili Peppers.
As composições de Yuugo Kanno, ao menos no que se refere à
Hataraki-Man e Da Capo, não são muito convidativas para se ficar ouvindo num
playlist, apesar da vibe que passam para os animes em questão e das composições
temas sempre se destacarem. Mas em Psycho-Pass ele está bastante versátil e
compôs uma trilha sonora que muito se assemelha à de um seriado policial live
action, e é exatamente essa nuance que o anime emana, principalmente em sua
primeira metade. Já na segunda metade da série ,a trilha se mostra ainda mais
poderosa ao se misturar à sua atmosfera e envolvendo a plateia, seja nos momentos
de mais tensão, ou de pura contemplação. Nisto, o flerte das composições com
temas clássicos conseguem acertar em cheio tanto em cenas de perseguição ou nos
momentos de puro pretensiosismo filosófico.
No entanto, neste soundtrack, a vocação é aos ritmos
eletrônicos, arranjos de cordas e faixas melódicas. Há alguns altos e baixos,
que são ofuscados pela boa progressão de uma música para outra, entre temas
curtos e outros mais elaborados. A vontade quando se começa a ouvir, é não
parar mais e ficar repetindo em looping.
A primeira faixa, “PSYCHO-PASS”, começa delicada, flertando com sintetizadores, cordas de guitarra em riffs chorosos e violinos melancólicos, bem ornamentais e então vai crescendo de uma forma contagiante. Apertei o repeat diversas vezes.
Já a segunda, “Sono Juukou wa, Seigi o Shihai suru”, é bem
ao meu estilo particular. Toda intensa e pueril. O fluxo continua extremamente
bem fluído nesta faixa e igualmente contagiante, porém de uma forma mais
sombria e menos enérgica, embora os violinos vão se intensificando até chegar
num clímax orgasmante. É daquelas trilhas para embalar os momentos mais emblemáticos
de uma trama. É a trilha incidental que eu gostaria de ter em alguns dos
momentos de minha vida, onde eu olharia com uma expressão poética para o
horizonte e fecharia os olhos, abriria um meio sorriso de canto de boca e então
saltaria no abismo infinito.
E o álbum fecha com a bolacha, de boa qualidade, “Inochi no
Arikata”, com uma melodia triste que começa com dedilhados de piano, preparando
terreno para a entrada dos violinos, que fazem um duo espetacular da versão
tema “PSYCHO-PASS”. Essa é aquela onde você escuta com as luzes do quarto
apagadas e se entrega à melancolia. Um encerramento apropriado para um anime
com roteiro de Gen Urobuchi.
Faixas: 15
Onde encontrar: Anime Ost
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