sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

5 Luxos & 1 Lixo: Openings da Fall 2013

As aberturas da última temporada do ano. Uma uma mistura de muitas coisas.
É. Essa temporada não foi tão boa para openings. Dentre todas aqui, a única que considero realmente digna de nota é a da primeira posição. Nada de anormal! De qualquer forma, fiquei extremamente satisfeita com os três primeiros colocados. Bora conferir! 

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5) Little Busters! Refrain
Música: Boys be Smile
Interprete: Suzuyu


Ah! Essas aberturas que dizem muito com muito pouco. Ou talvez seja o que chamamos de minimalismo? A composição visual é simples e sustentada com certa fragilidade pela canção tema, mas o visual da narrativa ainda se sustenta e a força no timbre vocal de Suzuyu é um plus, embora o casamento entre som e imagem esteja longe da perfeição. O tema amizade fica evidente já na primeira cena e a partir de então, drama, superação, bolinhas coloridas que denunciam o uso descarado e sem vergonha do key magic (característica da produtora dos jogos do qual o anime se origina, com desfechos de superação só possíveis pela fé) e efeitos que esmaecem o cenário, que no fundo é mais um spoiler bem escondido naquelas mensagens subliminares. Enfim, não assistiria este anime só por esta abertura genérica e eu consigo pensar em outras duas capazes de ocupar este lugar, mas há um certo charme dissonante ai.

4) Yozakura Quartet Hana no Uta
Música: Sakura no Ato
Interprete: UNISON SQUARE GARDEN



Este é o tipo de abertura que se propicia muito da sua musica tema, que é onde está sua grande força. Com uma música envolvente, alto astral e refrão chiclete, a abertura opta por uma composição mais simples, mas com boa edição que acerta nas sequências de ação e filtros em algo mais direto. Acho que não diz muito para quem está de fora e não acompanha o anime, mas para quem acompanhou, foi um convite a não saltar o player. Curiosamente não é o tipo de música que me interessaria em baixar e ficar ouvindo. Vai entender né? É a força do audiovisual. 

3) Freezing Vibration
Música: AVENGE WORLD
Interprete: Konomi Suzuki


Gosto desta música interpretada de modo gritado e acelerado ritmicamente pela Konomi Suzuki com uma poluição sonora ao fundo, que parece estar exprimindo algo de dentro, onde estes gritos soam como uma resistência desesperada em meio ao caos, um grito de liberdade. Simultaneamente, as sequências de ação ao fundo refletem sempre este sentimento, com as personagens erguendo os punhos e suas armas, duelando consigo e entre si, buscando se superar. Não assisto a esta segunda temporada, mas a abertura até faz parecer bom. Nossa, me apaixonei pelos gritos da Konomi Suzuki. É nestas horas que eu digo... Se você quer gritaaaar, então grite comiiiigoooo!!~ Ié, ié, iééé! O grito é a expressão máxima da libertação, e a primeira cena com a personagem a plenos pulmão é representativa! Até que combina com o título da série; “Vibration”, e eu achando que este ‘vibration’ se referia a vibração dos seios das garotas. =P

2) Tokyo Ravens
Música: X-encounter
Interprete: Maon Kurosaki


Aqui nós temos um bom exemplo de uma boa música, envolvente para quem curte o estilo, e em sintonia com o que se vê no vídeo, se tornando interessante até mesmo para quem não acompanha a série.  É o meu caso! Nada marcante, mas eficaz no seu bom ritmo cênico e musical. Nem mesmo o correr desengonçado de um personagem a partir dos 33 segundos atrapalha o timing. Pelo contrário, ele está em sintonia com percussão da música e sua postura cômica mais diverte do que ofende, lol. Cortes rápidos e precisão visual em comum acordo com a melodia é algo que parece e é até simples pra quem tem sensibilidade, mas meio que ausente em meio a muita coisa sem personalidade a cada temporada. Bônus: Maon Kurosaki! Ê muler

1) Monogatari Series Second Season
Música: Kogarashi Sentiment
Interprete: Chiwa Saito & Shinichiro Miki


Versão curta: lindo trabalho artístico com gostinho oldschool atrativo até mesmo para quem não assiste ou aprecia a série, com diversas jogadas conceituais, mas que também te permite apreciar pela ótica da encenação. Uma das minhas preferidas entre outras do estúdio, que outrora, fez ótimos trabalhos com suas aberturas.

Versão longa: Chiwa Saito é uma seiyuu magnifica, consegue deixar meu coração em brasas ao interpretar a Homura em Madoka Magica, mas em Monogatari ela faz uma Senjougahara com tanta segurança e personalidade, que não consigo imaginar qualquer outra pessoa no lugar. Ela ééé a Senjougahara! Com isto, deixo evidente meu entusiasmo com ela interpretando pela terceira fucking vez um tema de abertura na série. Que ela faz com enorme simpatia ao lado best girl Kaiki interpretado por Shinichiro Miki. E a voz de ambos casam de modo tão agradável, que mesmo não sendo uma canção no sentido mais tradicional, eu poderia ouvi-la continuamente. O que torna este dueto tão simpático e caloroso é o fato deles interpretarem a canção vestidos de seus personagens. Ali quem está cantando não é a Chiwa nem o Shinichiro, mas a Senjougahara e o Kaiki em algum tipo de comédia romântica melodramática ao melhor estilo cinema francês em um jogo teatralmente afetado bem típico da direção caracteristica de Shinbo Akiyuki e Shin Oonuma, e isto contribui muito pra imersão neste arco que consegue ser ainda mais intimista que o arco Tsubasa Tiger.

Subjetividade que já fica evidente na fantástica OP dirigida por Shin Oonuma (WataMote/ Tasogare Otome X Amnesia), que entra no clima ao estabelecer um ponto de duvida quanto ao seu teor romântico, de modo tão melindroso quanto o próprio personagem Kaiki. Afinal, as aparências enganam – ideologia não apenas do personagem mentiroso que é, mas da série como um todo. Mas ainda que não seja algo que se deva interpretar literalmente, é inegável a existência de um vínculo sentimental muito forte unindo Kaiki e Senjougahara. O amor é um sentimento muito abrangente e paradoxal, e o ódio não é sua antítese, mas seu reflexo mais intenso. Quanto mais intenso, mas difícil distinguir paixão e ódio. Por vezes, eles são indistinguíveis.

Kogarashi Sentiment faz um trabalho incrível ao capturar perfeitamente a natureza complexa da relação Senjougahara e Kaiki optando por uma narrativa nostálgica – visível pelo trabalho de arte característico de animes do final dos anos 1980 e anos 90 – que remete ao tempo em que ambos se conheceram. Senjougahara de branco, simbolizando sua inocência e fragilidade emocional, e Kaiki casualmente despido de sua máscara acinzentada; que lhe dá um aspecto obtuso que mais se assemelha a uma muralha. Unindo-os, está à presença onírica de Nadeko. Representa uma ameaça latente, responsável por uni-los novamente. O resto são detalhes e nos mais, esta arte retro na Senjougahara ficou fabuloso. A caranguejo fica bem em todas formas! ~_<

Em tempo: voltando aos meus tempos de amante do horoscopo, a serpente fecha o ciclo e represente uma gama complexa e paradoxal de arquétipos, então, interessante todas essas serpentes esvoaçantes surgindo da Senjougahara, envolvendo-a e também surgindo na mente de Kaiki.  O caranguejo é o símbolo do retorno ao passado, pontuando sua personalidade. Em comum, ambos representam o renascimento da vida. Fica ai a questão.

#Lixo
Diabolik Lovers
Música: Mr. Sadistic Night
Interprete: Hikaru Midorikawa and Kousuke Toriumi


Direção deficiente nos pequenos detalhes. Como o corte lento nas sequências quando claramente o ritmo musical exige cortes mais secos. Mas a execução acaba sendo mais lenta do que deveria e bem menos empolgante. Infelizmente não faz o suficiente pra ser uma pérola, mas tem seu valor simbólico com relação à openings que conseguem ficar abaixo até do que consideramos mediano, yay! Bônus: sensual e pervertidamente vulgar. Do jeito que as diabinhas gostam! Fica a dica! 


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