segunda-feira, 28 de abril de 2014

Comentários: Gokukoku no Brynhildr #04 – Parasita

Oh, não! Mais garotas? É necessário mesmo? 
Bom, é uma série com estrutura de harém, afinal (e aguarde que logo deve pintar o amigo do protagonista), no mínimo 4 garotas são necessárias e cada uma dessas garotas normalmente representam um tropo, assim como costumam se caracterizar por uma cor de cabelo. Coisa boa: felizmente Gokukoku no Brynhildr não vai atingir o nível de um Nisekoi ou Negima, com centenas de garotas. Até agora tempos a menina oppai (Kotori), a despudorada e petanko; vulgarmente chamadas de garotas sem peito (Kazumi), a tsundere gothic-lolita e também petanko (Kana) e o interesso romântico que é certinha e romântica, praticamente uma Marie Sue (Neko).

Eita, tá bom de fetiches?

Essas subtramas servem mais para introduzir os personagens e definir o mundo da série, tanto que suas resoluções são bem rápidas e interligadas a um gancho que leva a uma nova subtrama enquanto o enredo principal se desenrola unilateralmente. Os ocorridos aqui despontam para um grande potencial da trama principal e se observar atentamente, perceberá várias linhas conceituais se entrelaçando. A paixão de Murakami pelo espaço e o fascínio pelo desconhecido universo alienígena; Neko que diz poder provar a existência deles, levando Murakami é uma local pouco acessível onde ocorreu o fatídico desastre; o desaparecimento da garota após a queda; seu reaparecimento anos depois sem memórias do ocorrido; sua habilidade que aparentemente suga suas memórias; e neste episódio a revelação do que há por trás do pino propulsor nos pescoços das bruxas – mas será que todas elas abrigam essa criatura grotesca em seu interior? A saber. Mas por hora, dá para tirar algumas conclusões de que há realmente um elemento alienígena na história, que não necessário (apenas suposições) veio do espaço. Chamamos de alienígenas criaturas desconhecidas que são ameaças que estão num plano superior, do qual não temos controle ou conhecimento, com a incompreensão gerando o medo. Da mesma forma que a tecnologia implantada violentamente no corpo dessas garotas para elas ainda ingênuas é algo semelhante à magia, para uma criança como a Neko, ver um corpo desfigurado se assemelharia uma alienígena. 
Mas tudo isso ainda é muito vago. O que são essas simbiontes e qual a motivação do laboratório? Gokukoku no Brynhildr tem uma estrutura idêntica à Elfen Lied, como a amiga de infância, perdas de memórias, a infância roubada, o papel marcante da praia da Kamakura e a as províncias-irmãs de Kamura e Enoshima unidas por uma ponte, um centro de pesquisas e operações onde garotas são submetidas a experiências e etc. e etc. Acho que seria um pouco decepcionante se no fim das contas a motivação antagônica for novamente uma ideia megalomaníaca de extermínio e renascimento da humanidade.

Gosto das habilidades dessas usuárias de magias e as classes em que se dividem. É pseudociência, mas funcional para proposta. O aspecto que mais gostei nesse desfecho foi do raciocínio lógico de Murakami. Todas as bruxas possuem seu ponto fraco, por mais poderosas que possam ser – a velha sabedoria de nunca fazer um personagem completamente invencível, mas atribuir-lhe pontos fracos – elas podem ser manipuladas em um confronto psicológico ou duelos de raciocino. Por isso gosto da saída encontrada por Murakami: é impensável que ele ou Neko pudessem vencer uma oponente tão poderosa, dessa forma ele mexe com as causalidades para alterar o futuro trágico. Ferindo-a, por mais que ela resistisse em retornar no tempo, seus instintos em luta pela sobrevivência acabaram falando mais alto. É tudo manipulado para que essas cadeias de acontecimentos favoreçam o mocinho, como por exemplo, a Kana ser uma vidente, mas se não fosse assim, não teríamos um conflito. O mais importante é como tudo soa logico e funcional. Eventualmente, espera-se que haja a reviravolta necessária, que talvez leve a este misterioso prologo: 
Enfim, esse episódio ficou caracterizado pela descontração e erotismo. Oh, sim, é do autor de Elfen Lied, né?!
É sempre assim quando a Kazumi está presente. Eu gosto muito desse alto astral e falta de pudor da personagem, que não se reprime em tirar qualquer espécie de vantagem que puder, mesmo que por meios questionáveis. Ela ainda é astuta e acredito que fará uma boa parceria com Murakami, ambos são inteligentes e racionais, ao contrário da Neko. Gostaria que todos os personagens ouvissem mais os conselhos da Kazumi, que por mais individualista e interesseira que possa parecer, ainda mantém sentimentos quentes ardendo no peito, além de ser adepta do direto ao ponto. Acho que é isso que gosto tanto na personagem, ela é uma sobrevivente, ainda consegue esboçar sorrisos largos que outras não podem fazer. A próxima trama trará um clima de paranoia crescente com presença estranha de Kotori. Vejamos como isto fica no anime, porque no mangá essa parte me deixou aflita. 

Avaliação: ★   ★ ★
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-A vida dessas garotas não é fácil! Obrigadas a lutarem para sobreviverem e a se matarem, cada uma ilustra um sonho interrompido. Sim, eu fico pensando nessa questões õ.ó
-Adoro o fato deles terem morrido de verdade, ainda que por um instante. Pena ter essa censura. Aposto que todos pensaram que era uma imagem falsa, daquelas apenas para estabelecer uma atmosfera de suspense e um gancho, sendo que em seguida ela é repetida e tudo não passou então de uma ilusão de ótica do personagem observador [nós].

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