Oh, não! Mais garotas? É necessário mesmo?
Bom, é uma série com estrutura de harém, afinal (e aguarde que logo deve pintar o amigo do protagonista), no mínimo 4 garotas são necessárias e cada uma dessas
garotas normalmente representam um tropo, assim como costumam se caracterizar
por uma cor de cabelo. Coisa boa: felizmente Gokukoku no Brynhildr não vai
atingir o nível de um Nisekoi ou Negima, com centenas de garotas. Até agora
tempos a menina oppai (Kotori), a
despudorada e petanko; vulgarmente chamadas de garotas sem peito (Kazumi), a tsundere gothic-lolita e
também petanko (Kana) e o interesso romântico
que é certinha e romântica, praticamente uma Marie Sue (Neko).
Eita, tá bom de fetiches?
Essas subtramas servem mais para introduzir os personagens e
definir o mundo da série, tanto que suas resoluções são bem rápidas e
interligadas a um gancho que leva a uma nova subtrama enquanto o enredo
principal se desenrola unilateralmente. Os ocorridos aqui despontam para um
grande potencial da trama principal e se observar atentamente, perceberá várias
linhas conceituais se entrelaçando. A paixão de Murakami pelo espaço e o fascínio
pelo desconhecido universo alienígena; Neko que diz poder provar a existência
deles, levando Murakami é uma local pouco acessível onde ocorreu o fatídico desastre;
o desaparecimento da garota após a queda; seu reaparecimento anos depois sem
memórias do ocorrido; sua habilidade que aparentemente suga suas memórias; e
neste episódio a revelação do que há por trás do pino propulsor nos pescoços
das bruxas – mas será que todas elas abrigam essa criatura grotesca em seu
interior? A saber. Mas por hora, dá para tirar algumas conclusões de que há realmente
um elemento alienígena na história, que não necessário (apenas suposições) veio do espaço. Chamamos de alienígenas criaturas
desconhecidas que são ameaças que estão num plano superior, do qual não temos
controle ou conhecimento, com a incompreensão gerando o medo. Da mesma forma
que a tecnologia implantada violentamente no corpo dessas garotas para elas
ainda ingênuas é algo semelhante à magia, para uma criança como a Neko, ver um
corpo desfigurado se assemelharia uma alienígena.
Mas tudo isso ainda é muito vago. O que são essas simbiontes
e qual a motivação do laboratório? Gokukoku no Brynhildr tem uma estrutura idêntica
à Elfen Lied, como a amiga de infância, perdas de memórias, a infância
roubada, o papel marcante da praia da Kamakura e a as províncias-irmãs de Kamura e Enoshima unidas por uma ponte, um centro de pesquisas e operações onde
garotas são submetidas a experiências e etc. e etc. Acho que seria um pouco
decepcionante se no fim das contas a motivação antagônica for novamente uma
ideia megalomaníaca de extermínio e renascimento da humanidade.
Gosto das habilidades dessas usuárias de magias e as classes
em que se dividem. É pseudociência, mas funcional para proposta. O aspecto que
mais gostei nesse desfecho foi do raciocínio lógico de Murakami. Todas as
bruxas possuem seu ponto fraco, por mais poderosas que possam ser – a velha
sabedoria de nunca fazer um personagem completamente invencível, mas
atribuir-lhe pontos fracos – elas podem ser manipuladas em um confronto psicológico
ou duelos de raciocino. Por isso gosto da saída encontrada por Murakami: é impensável
que ele ou Neko pudessem vencer uma oponente tão poderosa, dessa forma ele mexe
com as causalidades para alterar o futuro trágico. Ferindo-a, por mais que ela
resistisse em retornar no tempo, seus instintos em luta pela sobrevivência acabaram
falando mais alto. É tudo manipulado para que essas cadeias de acontecimentos
favoreçam o mocinho, como por exemplo, a Kana ser uma vidente, mas se não fosse
assim, não teríamos um conflito. O mais importante é como tudo soa logico e
funcional. Eventualmente, espera-se que haja a reviravolta necessária, que
talvez leve a este misterioso prologo:
Enfim, esse episódio ficou caracterizado pela descontração e
erotismo. Oh, sim, é do autor de Elfen Lied, né?!
É sempre assim quando a Kazumi
está presente. Eu gosto muito desse alto astral e falta de pudor da personagem,
que não se reprime em tirar qualquer espécie de vantagem que puder, mesmo que por
meios questionáveis. Ela ainda é astuta e acredito que fará uma boa parceria
com Murakami, ambos são inteligentes e racionais, ao contrário da Neko. Gostaria
que todos os personagens ouvissem mais os conselhos da Kazumi, que por mais
individualista e interesseira que possa parecer, ainda mantém sentimentos
quentes ardendo no peito, além de ser adepta do direto ao ponto. Acho que é isso que gosto tanto na personagem, ela
é uma sobrevivente, ainda consegue esboçar sorrisos largos que outras não podem
fazer. A próxima trama trará um clima de paranoia crescente com presença
estranha de Kotori. Vejamos como isto fica no anime, porque no mangá essa parte
me deixou aflita.
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
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-A vida dessas garotas não é fácil! Obrigadas a lutarem para sobreviverem e a se matarem, cada uma ilustra um sonho interrompido. Sim, eu fico pensando nessa questões õ.ó
-Adoro o fato deles terem morrido de verdade, ainda que por um instante. Pena ter essa censura. Aposto que todos pensaram que era uma imagem falsa, daquelas apenas para estabelecer uma atmosfera de suspense e um gancho, sendo que em seguida ela é repetida e tudo não passou então de uma ilusão de ótica do personagem observador [nós].
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