Dias de Inverno, Tomam forma os Desejos
Ok, desta vez eu estou atrasada pra caralha! Mas acham mesmo que eu iria ficar sem comentar este episódio? Nãnãnã. Na verdade não há muito do que comentar, já que se trata de um episódio-ponte, mas além de pequenas coisinhas agradáveis, ele destaca a máxima de UBW que é algo recorrente em toda esta série, que é o que há por trás de Shirou. Existem dois pontos em relação a este aspecto que se tornaram gritantes neste episódio. Primeiro em relação ao arquétipo do Shirou, que já era algo obvio até aqui, mas que novamente é bem sublinhado, mostrando sua paradoxal relação com o passado. É importante que a série continue trazendo isto à tona em uma construção gradual, para que no momento certo, a idéia central em torno disto possa encontrar as pessoas que assistem de uma forma natural. Leia-se: EMYA. Talvez o momento mais emblemático de todo FSN? Talvez? Enfim, neste episódio se percebe diversas pontas soltas que são uma espécie de brincadeira com os expectadores. Quem conhece bem a história ou é um pouco mais atento, irá se divertir com todas as referências explicitas sobre a esperada reviravolta do enredo. Quem não conhece ou ainda não sacou... bem, vai se surpreender. Muito.
Shirou é um personagem que podemos dizer, é como uma lousa em branco. Já discutimos muito isto em comentários anteriores, mas a grande questão ainda permanece. Sabemos os porquês, mas não conhecemos com exatidão as razões internas de Shirou – é ele um narrador confiável? Podemos ter certeza de que o que ele disse para Rin é realmente verdade? Ele disse tudo? O que me leva ao segundo ponto: ufotable tem se esforçado e feito um bom trabalho em caracterizar esse lado ambíguo do personagem, mas neste episódio a fim de destacar algo de muito errado que há na forma como ele encara diversos conflitos, a equipe de produção sob o comando do diretor Takahiro Miura, acaba lhe conferindo reações muito caricatas, distante do padrão ~frio~ e “realista” que a produção vem imprimindo. É diferente de quando você vê a Rin, que é a principal personagem que traz leveza e humor para os episódios, saltando pelos ares. Este momento em que o Shirou parece um andróide dos anos 80 teoricamente deveria ser um momento mais equilibrado – um pouquinho grave –, só que acaba se tornando involuntariamente cômico e tosco. Eu gargalhei tão alto nesta parte, que nem posso dizer que não me divertir, mas de fato destoa do tom.
No mais, é Rin sendo a personagem mais amor e querida de UBW (fãs da Illya vão chupar!). A impressão que tenho, é que podem jogar a Rin sozinha protagonizando o Show da Rin o episódio inteiro, que ainda vou pedir bis. Para quem não suporta a personagem, deve estar sendo um calvário! No entanto, mesmo estes, vão ter que se dobrar diante a interação dela com o sedutor, sarcástico, provocativo e romântico Lancer. Sério, gente. É algo que já se nota na primeira menção de Lancer para Rin, os dois tem muito química. Mais até do que com Archer (o que já é um absurdo!, levando-se em conta que eles soltam faíscas mesmo quando estão separados – pensem só num Archá com dorzinha de cotovelo por achar que Rin formou um contrato com Lancer! AOSKDPASODKKAS EU ME RACHO!). Além disso, Rin mostra que mesmo quando é disputada como um troféu por esses homens, ela ainda é uma tempestade incontrolável (apesar da vexatória transa com o Shirou – calma gente, isso foi na visual novel). Ok, meus lindos e minhas gostosas, próximo episódio é Lancer VS Archer. No original, eu fiquei encantada com o duelo e a capacidade de resistência de Archer. Mas não estou lá muito empolgada, porque, né.... espero algo bonito.
Avaliação: ★★★★★
Staff do episódio:
Roteiro: Tatsuki Ichinose
Diretor do episodio: Akihiko Uda
Storyboard: Tatsuki Ichinose
Animação: Hisayuki Tabata, Miyuki Ishizuka, Yuka Shiojima
Direção: Takahiro Miura
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