Comédia obrigatória: DBZ ABRIDGED + Raps do FLICK!

UPDATE!

Saudações do Crítico Nippon!

Quem acompanha um pouco dos meus comentários nas redes sociais, já deve ter notado meu fanatismo pelo clássico de Akira Toriyama. Sendo assim, resolvi usar essa minha paixão e voltar às origens do Crítico Nippon em textos diversificados como os “Ousadias e covardias nos animes”, “Preguiça de desenhar”, “Personagens aparentemente iguais”, “Top 10 – Luta entre Companheiros”. Venho com essa dica de inteligente comédia criada pela equipe do site americano Team Four Stars.

Dbz Abridged é uma compilação paródia das sagas do Dragon Ball Z original (nada de DBKAI-fag-censura). E se isso soa como uma babaquice tremenda por estarmos acostumados à tantas envolvendo filmes em que só adicionam palavrão, definitivamente é mais. Com um humor inteligente, sacadas geniais (“Isso no chapéu de Gohan é uma esfera? Isso não o torna um alvo fácil para vilões que poderiam querê-la?”), o riso vem através justamente disso, e não de personagens vomitando nomes feios. Incluindo comparações diversas, como ao fazer Kuririn dizer ao comer uma semente dos deuses: “Santo Legume Ex Machina!”, ou colocando a música de quando o Marinheiro Popeye come espinafre para ficar forte quando os personagens fazem o mesmo com a semente dos deuses; os exemplos são abundantes.

Perspicaz em sua montagem, e uma escolha interessante para aqueles que não querem ver o Dragon Ball Kai censurado, mas também tem preguiça dos fillers do Dragon Ball Z, os episódios dessa paródia duram por volta de 10 minutos cada, abrangendo vários do original em cada um. Usando até mesmo os fillers para fazer graça, e cortando vários outros, temos exemplos como aqueles no Caminho da Serpente e durante a viagem para o Planeta Namek. Ainda em andamento, a saga dos Saiyajins e do Freeza juntas ocupam apenas 30 episódios.

Criando novas personalidades para uns e acentuando ainda mais outras já clássicas, temos uma galeria divertidíssima: Goku como um pai irresponsável sem perceber, e louco por comida, que inclui no cardápio o dragão Ícaro de Gohan; passando por um Nappa infantil e doce e fantasmagórico (com direito a um clipe ao som da clássica música de Ghost Busters); passando por um Gohan que junto com os seus poderes ocultos desperta um vocabulário rebelde; um Kuririn preocupado em não ser o primeiro a ser derrotado nas batalhas (e a contagem ao longo dos episódios das vezes em que ele falha é hilária); um sr. Popo absolutamente assustador (“A primeira regra do treino do sr. Popo, você não fala sobre o treino do sr. Popo.”); e diversos outros.

E se no parágrafo anterior citei filmes clássicos como Ghost Busters e a icônica frase de Clube da Luta, o uso delas é recorrentes e sempre divertidas. Incluindo aquela usada em vários Planeta dos Macacos, quando Gohan chega para Oozaru Vegeta que está segurando Goku e diz “Take your stinkin' paws off him, you damn dirty ape!”; ou quando Cooler (sim, fizeram paródia até dos filmes!) faz sua transformação usando o que parece uma máscara na boca, eles logo lembram de Bane do Cavaleiro das Trevas Ressurge (“Quando o planeta estiver reduzido a cinzas, aí sim você terá minha permissão para morrer!”). E há tantas outras que seria como citar as referências literárias de Psycho Pass. Afinal, como não amar a (falta de) sutileza de terminar o especial de Cooler com a música “Theres always someone cooler than you” de Ben Folds? E espere só até ouvir os diálogos em que eles brincam com a porca adaptação de DragonBall Evolution! É ouro!

Seguindo uma lógica de personalidades e mudanças dentro da própria paródia, DBZ Abridged se mantém consistente ao nunca esquecer das mudanças e piadas passadas que fizeram. E confesso que não consigo passar mais de um ou dois minutos sem gargalhar imensamente com as tiradas do Team Four Stars. Já fiz maratonas com amigos e amigas e todos se divertiram e alguns chegaram em casa e terminaram tudo. Assim, espero que apreciem também. Não é sempre que vemos uma dedicação dessas em paródias, que fuja completamente dos palavrões debilóides. DBZ Abridged é um prato cheio de cultura pop e merece ser apreciado.

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Iniciado em 2011, enfim o Flick termina seu trabalho envolvendo todas as sagas de Dragon Ball Z. Seus raps são resumos de todos os acontecimentos do anime, muito bem embalados, e ainda que corte algumas partes importantes (o roubo de Vegeta às esferas de Freeza; a fusão denominada Vegetto; etc) em nada compromete o trabalho como um todo. Bem construídos e com rimas excelentes, é outra ótima opção para relembrar com carinho a obra do mestre Toriyama (e se parecer difícil a compreensão no início, já é possível encontrar versões legendadas). Usando como trilha do fundo as OSTs do próprio anime, quanto mais se ouve, mais viciante fica. É fantástico. Flick, você tem minha eterna gratidão.

Saga dos Saiyajins