Pense que agora são 5 e 30 e não estou com a menor vontade de ir dormir. Mas além de assistir animes, jogar e ler, qual a outra melhor forma de passar o tempo em uma hora em que, não se encontra praticamente ninguém para conversar? Isso mesmo, escrever. E como tem a ver com animes, dividirei com vocês. Imagino que muitos aqui devam gostar de histórias de vampiros, certo? Esses personagens mitológicos que habitam em nosso imaginário e histórias de horror ha décadas e décadas e continuam fascinando e encantando todo o mundo. Vampiros são como o rock'n roll, está sempre indo e vindo, mas nunca morre. E não faz muito tempo, tivemos um revival e vampiros voltaram a ficar no topo da lista de popularidade. Se foi algo bom ou não vai da concepção de cada um, não estou aqui para falar mal ou bem da saga Crepúsculo.
E se eu não estiver enganada, esse ano tivemos pelo menos 3 animes com essa temática. Começando por Dance in the Vampire Bund, passando por Shiki e enfim terminando o ano com Fortune Arterial. Deixando o primeiro de lado, quero focar apenas em Shiki e em Fortune. Alias, foi assistindo uma cena épica de Fortune Arterial que comecei a pensar nisso mais seriamente. Que este anime tem uma trama para lá de discutível, é um fato, mas a partir do episódio 10, me senti bem mais excitada com os rumos que a trama tomou. Nos episódios anteriores o maior dilema dos vampiros, que é morder a pessoa amada ou deixar que ela viva como qualquer mortal, ganhou o destaque merecido, onde Erika já não se satisfaz mais em beber o sangue gelado que fica nas bolsas de plástico (sabe se lá, de onde eles conseguem aquilo O_o). Kohei é avisado pelo irmão de Erika que a jovem está passando por um momento difícil, por não conseguir mais se satisfazer com o sangue gelado e por isso estaria ficando cada vez mais fragilizada. Como esperado do personagem principal da história, ele quer fazer algo para diminuir o sofrimento de sua querida vice-presidente e assim se oferece para ser seu servo. Em Fortune Arterial, os vampiros tem o seu próprio servo, que servem para alimenta-los sempre que quiserem e obedecer qualquer ordem dada por seus mestres. Mas Erika se recusa, pois quer viver uma vida comum, como qualquer humano. Algo que acredito ser impossível para ela, uma vez que o vampiro precisa se alimentar de sangue.
E esse desejo latente por sangue humano quentinho correndo nas veias é algo que nunca muda, seja qual for a história. Estamos acostumados a ver varias versões sobre vampiros e, cada autor pega o elemento que achar necessário na mitologia, mas o fato deles precisarem de sangue é algo que permanece quase sempre imutável, pois esta característica atribui conflitos. Em Shiki acontece uma verdadeira revolução no universo vampiresco; os vampiros receberam um nome, que segundo a personagem Sunako, soa muito bem; Shiki. Ou demônio cadáver, termo que tem tudo a ver com a mitologia clássica. Podem chama-los de Okiagari também, isso não é ótimo?! Quando um humano é mordido diversas vezes por um vampiro, ele acaba morrendo. Mas em Shiki, ele tem a chance depois de morto de se levantar e se tornar um vampiro, mas se o seu sangue não for bom o suficiente, vai apenas apodrecer na cova. E também há chances da pessoa retornar não como vampiro, mas como uma sub-espécie da raça; lobisomens. Assim como os servos em Fortune Arterial, os lobisomens mitologicamente são subordinados de vampiros e isso vai variando de história para história.
Mas ainda que Shiki tenha radicalizado bastante, o sangue ainda é um elemento importantíssimo. Pois os cadáveres retornam sedentos de fome e só o pescoço de alguém pode sacia-los. No episódio 20 podemos ver que, assim como Erika de Furtune Arterial, a enfermeira mordida por Shikis; Ritsuko acaba de retornar do mundo dos mortos e a fome que sente é imensa, mas se recusa a morder e se alimentar do sangue humano. Ela pode parar com a dor que sente ao morder sua amiga, mas prefere definhar a ceder aos impulsos que sente. Quando bem abordados, esse tipo de drama vivenciado por alguns personagens se torna bem interessante de se acompanhar. Além de renderem ótimas discussões sobre moral, ética, amor e etc. Se você fosse um vampiro, deixaria seu orgulho de lado e morderia alguém, uma pessoa querida? E se fosse um grande amor, não seria tentador ter alguém importante do seu lado, por toda a eternidade?
Em Fortune Arterial, eu pude ver umas das sequências mais bonitas e românticas que já vi em animes. Independente do que eu ache da trama, foi uma belíssima cena, onde Erika tenta resistir aos seus impulsos, mas acaba caída em meio a floresta, rastejando no chão, pelo dor que sentia. Então chega Kohei e estende sua mão para ela, e quando se abraçam, fogos de artifícios começam a explodir no céu e o sangue escorre de seu pescoço. Seguida de uma bela trilha sonora, foi uma cena emocionante para os românticos de plantão. Romance e tragédia é algo que combina muito bem com vampiros. E em Shiki, no episódio 20, podemos ver algo que está mais para o lado trágico que do romântico, onde Thoru e Ritsuko se unem, deixando a suposta vitima fugir, e então ele se posta ao lado dela, que agoniza em dor, e podemos ver um belo efeito de transição. Me fazendo lembrar uma bela cena do filme Entrevista com o Vampiro, onde um casal de vampiros ficam presos em uma jaula, com o sol quase nascendo. Bem, eu vou ficando por aqui, pois ja escrevi mais do que o pretendido.
Vale a pena, dar uma olhada nessa seqüência
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