Eu penso que o bom de um blog, é a liberdade que você tem
para poder fazer a abordagem que bem entender, sobre qualquer assunto. Mas
claro que é preciso manter antes de tudo um respeito pelo seu público. Pessoal
que me acompanha aqui e no twitter, sabem que eu não ando muito empolgada com
esse anime de Mirai Nikki, ao contrario de muitos. Logo, ficar martelando na
mesma tecla durante semanas além de chato é repetitivo. Então vou comentar
abertamente, sem garantia de acompanhar todos os episódios aqui no blog, como
fiz com Steins;Gate e outros. Então, o que eu achar que é interessante
comentar, o farei. Assim como também, não pretendo me limitar apenas a Mirai
Nikki, valendo para qualquer anime que eu esteja acompanhando. Pra começar,
alguns breves comentários sobre o episódio #02 de Mirai Nikki e o #03 de
Fate/Zero.
Mirai Nikki #02
Mesmo que eu tenha minhas reservas quanto ao anime até o
momento, eu entendo perfeitamente o fato dele ter funcionado com tantas pessoas
mesmo com uma qualidade técnica tão bizarra quanto ao apresentado no primeiro
episódio. Nesse segundo episódio não incomoda tanto pelo fato de não ter sido tão
requisitado nesse aspecto, mas ainda assim foi um episódio muito artificial e
faltou a emoção dos thrillers de tirar o fôlego – prometo para vocês o mínimo de
comparação possível com o mangá.
Nesse episódio, a direção do Naoto Hosoda está bem menos
confusa e “broxante” do que no anterior, já que dessa vez ele não tentou inovar
na dinâmica e na forma como os eventos acontecem originalmente. Penso que, se
você tem talento, ousar e meter a mão descaradamente para imprimir a sua marca
naquela obra, é algo mais do que bem vindo. Muitos criticam o Shinbo, do
estúdio SHAFT por isso, mas por mais que ele cometa diversos equívocos, eles é
simplesmente um dos melhores diretores atualmente – e particularmente o
considero genial por sua abordagem. Mas aqui Ó pra você, Naoto Hosoda.
Falando do episódio em si, tivemos a introdução do primeiro
dono de diário, a “FODALISTICA” da Minene Uryu, que está atrás do seu alvo, o insonso
Yuki.
Primeiro ponto. Sim, faltou emoção e sobrou superficialidade.
Segundo ponto: Não, eu não dormi nesse episódio, como quase aconteceu no
anterior. Terceiro ponto: Essa é uma das sequências mais loucas da obra original
e por mais que tenha faltado muito para a versão animada alcançar o que eu
chamo de “PUTAQUEPARIU, QUE FODA”, foi legal pela ação. As bombas explodindo, o
raciocínio logico da Yuno, formando com Yuki uma das duplas mais improváveis da
história do entretenimento japonês. Eles são literalmente e logo vocês vão
entender isso, a representação do Yin e Yang. Minene que é detentora do diário
da fuga, tirando aquela moto sabe-se lá de onde, já é algo botar toda a verossimilhança
que por um acaso você possa estar esperando no anime. Sério, não espere que
nada ali faça algum sentido. E divirta-se, caso consiga.
Ok. Eu consegui assistir o episódio dois e não foi tão sofrível
assim. Mas foi terrivelmente perturbador a desempenho de Tomosa Murata como
Yuno Gasai. Me desculpem o caps look, maaas:
QUE HORROOOOR, foi extremamente broxante!!! Alguém demita essa mulher, por
favor, e no lugar coloquem a Yukari Tamura, seiyuu experiente e muito
talentosa. Ela é expert em interpretar personagens mais complexos ou que exijam
certo jogo de cintura. Para quem não se liga muito em fixa técnica, foi ela que
dublou a Rika Furude em Higurashi no Naku Koro ni e eu digo, aquilo é um
interpretação. Ela me dava calafrios sempre que mudava o tom de voz, de algo completamente
doce e meigo, para uma entonação mais adulta, distanciando do lado infantil da
personagem – simplesmente me dava calafrios. Agora, se tem algo que se destacar
nesse episódio, foi à abertura. SENSACIONAL e concorre diretamente como a
melhor da temporada. Ela é cantada por Yousei Teikoku e se chama Kuso
Mesorogiwi. Tanto harmonia, quanto animação se casam perfeitamente, inclusive
com certa criatividade e apresentando spoilers discretos, só completamente perceptíveis
para quem leu o mangá. Adorei o tom lúdico e a pegada rocker presente na música
tema. O encerramento é apenas ok, agradável.
Fate/Zero #03
Olha bem, não vou me alongar muito no que diz respeito a
esse episódio, para tristeza de alguns. Mas claramente a série vem conseguindo
manter o bom nível do primeiro episódio, então não há como eu não ter curtido
pra CARAMBA o terceiro. Os personagens
estão se mostrando cada vez mais com substancia, aquele algo que tem estado em
falta em 90% de todos os animes que venho acompanhando.
O desenvolvimento da trama segue em um ritmo simplesmente
delicioso, sem pressa, trabalhando em várias pontas: a trama central, o
desenvolvimento pessoal de cada personagem e a misteriosa intriga que vem
crescendo paralelamente a tudo isso. Esse episódio confirma tudo isso que eu
disse e eu mal posso esperar para assistir o primeiro estrondo que promete ser
bem barulhento. Para os frágeis de coração, se preparem para o jogo sujo e para
as altas doses de “EPIC AWESOMES”.
Os diálogos continuam pesados e a tensão crescente, assim
como todos, já não vejo a hora de ver uma luta realmente daquelas de soltar um “WOOOW”
mega hiper empolgado. Sobre Fate/Zero, há muito que se comentar, mas por hoje o
principal motivo de eu falar sobre a série aqui é a cena da Saber com a Irisviel,
que teve diálogos magníficos, pra fazer fanboy derramar lágrimas de felicidade.
Acredito que vá funcionar melhor com quem já tem um envolvimento á mais tempo
com as personagens. Para quem curte Yuri, toda aquela intimidade entre as duas,
não quer dizer nada, mas certamente devem ter fantasiado bastante, não? É a Saber
caramba, e de terninho e tudo! Delirem fanboys. E era só isso mesmo, por
enquanto.







