segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Comentários: Fate/Zero #11 (Diálogos do Graal)



Este episódio #11 de Fate/Zero foi tão insano, tão enlouquecedor, que me leva aos limites do autocontrole para não vir aqui e digitar tudo em “Caps Lock” – A vontade é estar em um meio fio de rua ou na sala de aula discutindo esse episódio enlouquecidamente, desenfreadamente, com os olhos arregalados naquela empolgação MASTER. Sabe aquela sensação de ter assistido o episódio inteirinho com um monstruoso sorriso no rosto? YEEEES!!! Aconteceu comigo, eu NEM PISQUEI. Pra quê piscar? Pra quê respirar? A cada ação dessas ai, eu poderia estar perdendo uma frase, um gesto, um olhar do FODENDO trio de Reis mais SURTAAAANTE da história dos animes. O momento em que Rider confronta ideologicamente a Saber, eu pareci o meu gatinho quando fica todo ouriçado, senti um arrepio insano percorrendo pelo corpo e não era “borboletas no estomago” não, e muito menos algum espirito estranho tomando conta do meu corpo. O que eu posso dizer sobre este episódio, é: LOL.... “silêncio”... “sons estranhos e indefiníveis saindo de minha boca”... gotas de suor, arrepio, ansiedade, risinhos histéricos e por fim, EXTASE, EXTASE, EXTAAAAASE. OH-MY-GOOOOOOOOOOOOOD!!!! Rideeeeer, Riideeeeeeeeeer!!! Vem aqui seu lindo, me deixa dar uma volta na sua carruagem e surtar insanamente, porque OLHAAAA, OLHA BEM....

Enfim, Gen Urobuchi, levou uma fangirl à loucura. Se com um simples episódio como esse, ele conseguiu me nocautear, eu não quero nem ver (BRIN-CA-DEEEEIRA, QUERO VER SIM E VOU TER ORGAMOS VISUAIS) o ápice de Fate/Zero. Se fizerem bem, tudo que tem no romance original, eu vou ficar completamente sem folego com esse anime.

Cena épica

 UH! Ainda tem alguém me lendo? Desculpe o desabafo acima, mas realmente fiquei hiper na pilha com esse episódio e acho que eu sempre serei uma garotinha empolgada mesmo, paciência. De qualquer forma e antes de qualquer coisa, notaram como a qualidade da animação nesse episódio caiu significativamente? Se formos comparar com o episódio anterior, que foi uma fuga aos propósitos de Fate/Zero (como comentei enfaticamente aqui), este está tão mais a baixo que até uma simples mortal como eu, percebi. E acredito ficar mais escandaloso devido à força da narrativa, que exige mais recursos, como o exercito de Ionian Hetairoi. Mas é claramente visível pela percepção de alguns ângulos e olhares adotados. Mas ainda está ótimo, excelente, para um anime de padrão tv. Isso na minha visão, de uma expectadora que só vai ficar de “mimimi” com recursos técnicos, quando estes realmente prejudicarem o enredo. E bem, felizmente não é a Deen que está animando este anime e...

Momento divertido e crucial

Este episódio de Fate/Zero, apesar de supremo, também teve uma ligeira alteração da forma como tudo acontece na Light Novel. Mas sabe? Tanto faz na verdade, aqui nós vemos que a direção de Fate/Zero, tem personalidade. A melhor adaptação, não é aquela que segue exatamente como está no original, mas sim aquela que melhor consegue transmitir as nuances do original, para uma nova plataforma, algo bem complicado. Nem sempre algo presente em um livro, jogo, mangá, ficará bem no vídeo e é pra isso que o diretor existe, fazer com que funcione e esse episódio, funcionou maravilhosamente bem. O monologo de Rider foi incrível e representou Gen Urobuchi em um dos seus melhores momentos (sim, quem já leu ou assistiu mais coisas dele, sabe que ele tem o dom de se superar tanto nas tragédias, quanto nos diálogos). O mote de juntar as figuras dos três grandes reis dessa guerra; Gilgamesh, Alexandre e o lendário Arthur (Arthuria, no caso), para juntos discutirem seus ideais tomando vinho, já foi sensacional, o desenvolvimento então, teve em sua execução, o prêmio de uma ideia realmente ótima. 

Rider e sua convicção do que é ser um Rei verdadeiramente

Ali, há um contraste entre os três, uma ambiguidade que foi um importante fator que enriqueceu todo o monologo de Rider. "Diálogos do Graal" é tal qual o nome do episódio sugere. Uma conversa, como se estivessem na mesa de um bar, entre os três sobre o Reinado e o desejo que todos querem fazer ao Graal, só que nas dependências do jardim de “Einzbern Castle”. A discussão entre eles e todo aquele discurso filosófico, soou muito mais interessante, principalmente depois de 10 episódios. Diferente do primeiro episódio, e todo aquele enorme monologo, que imagino eu, deva ter sido um “saco” para quem não estava mais intimo da série ou nem mesmo, chegou a assistir o anime original, Fate/Stay Night. Agora é diferente, já estão todos mais envolvidos com os personagens e a história e tudo parece fazer muito mais sentido. Argumentativamente, Rider acabou com a Saber, é a impressão que se fica é que tal qual, a dor deva ser a de soco na boca do estomago. 

Saber e toda sua dor - Lindo demais, do ponto de vista fotográfico

Mas o melhor disso tudo, é que foi uma discussão sobre pontos de vistas ambíguos, ali, nenhum dos dois está errado em seus propósitos. Saber se apega muito a noção de que um rei, deva obedecer a um código de moral, tanto que ela é o orgulhoso cavaleiro que se apego ao "Código Antigo de Cavalaria". Nesse ponto, ela se parece bastante com Dorothea [Dorothea: O Martelo das Bruxas]. Seus ideais, motivações e código de honra, são iguais e pressão que essas duas sofrem no campo de batalha, onde o fato de serem mulheres, as deixam completamente deslocadas daquele cenário, trás outro ponto de vista bem peculiar pra discussão: Será que o fato de ambas serem mulheres, é o que as fazem ter uma linha de raciocínio completamente diferente daqueles homens, acostumados com a guerra – Aliás, não só acostumados, eles gostam, eles sentem prazer em guerrear. Essa me parece ser uma visão bem masculina, alias, tendo em vista séries como Dragon Ball Z, onde os personagens abrem mão de tudo para estarem lutando com outros iguais e quando são puxados de volta para a tranquilidade do dia a dia, se sentem tristes. 

Outra fotografia lindíssima, quero ver isso no BD
Mas bem, não sei se vocês chegaram a ler algumas entrevistas do Urobuchi, com o diretor e co-fundador da Type-Moon, Takashi Takeuchi, sobre o projeto Fate/Zero, mas ele diz que é exatamente isso que ele queria. Fazer com que Saber fosse e se sentisse intimidada perante os outros reis. Do meu ponto de vista, acho isso não apenas excepcional, como algo que acrescenta muito no background da história e da personagem. Sinceramente? Ela pode ter perdido a discussão para o Rider (mesmo que aqui, é importante ressaltar a ambiguidade dos pontos de vistas de cada um), mas passei a gostar ainda mais dela, como personagem e principalmente por ela conseguir se manter tão feminina em um campo de batalha. Fora que, os dois frente a frente, e poder ver a expressão de cada um, foi puro awesomeness!!!

Teria Assassin morrido de verdade?
A convicção de Rider foi incrível e o ponto alto do episódio. Certo ou errado é o que ele acredita e seu fantasma nobre mostrou que ele não é apenas aquele típico clichê raso de personagem barulhento, mas que não faz nada. Eu já o considerava um dos melhores personagens, mas ele se superou ao me fazer vibrar daqui. E bem, outros grandes momentos estão por vir. Rider é um egoísta, mas acima de tudo, representa bem o sentimento de um ser humano. Ele é um Rei, tirano ou não, o Ionian Hetairoi simboliza todo essa devoção ao seu rei. Já Saber é idealista e pouca prática, sua Excalibur cristalina bem o desejo do sonho de salvar a Grã-Bretanha e aquele sentimento de “um por todos, todos por um”. Cada povo, cada expectador, se identifica com o ponto de vista do rei que melhor lhe convier. Porém, essa é a Guerra do Santo Graal, e numa guerra, não há espaço para ideologias e sonhos. É isso que o episódio representa, uma transição feita com perfeição e esse foi o primeiro grande episódio, antes do momento crucial. E isso é delicioso, mas após o episódio final, infelizmente teremos que amargar uma boa espera para a segunda fase de Fate/Zero, que só volta depois da próxima temporada, sendo substituído por Bakemonogatari, que ocupará o mesmo slot no canal de tv aonde ambas as séries são vinculadas. 

Mas é uma parada estratégica, e já não vejo a hora de ver os episódios que virão no BD, onde a Ufotable prometeu redesenhar algumas coisas, incluir as cenas que ficaram de fora, por censura (esse episódio, infelizmente também foi censurado). Então, em uma versão de diretor, estendida para cerca de 30 minutos, deverá conter bons detalhes de tudo que não vimos, mas há de se ressaltar o excelente trabalho que fizeram dentro do tempo limite de cerca de 22 minutos, onde até mesmo a censura, não incomoda tanto. Seria um tanto frustrante ter metade da tela borrada. Acredito que, a censura deva ser sútil e bem trabalhada. Mas, será que terão mesmo coragem de liberar a censura para a cena das crianças? A promessa é que sim, mas veremos.

Delícia, delícia, assim você me mata @_@

Enfim, fico por aqui. Foi um episódio sensacional, aonde vimos um pouco de um grandioso Rei, o carismático e confiante Iskander, nosso amado Rider, que sufocou a queridinha da Saber, mas que foi muito bom. Esperemos dela, uma resposta à altura lá na frente. Vai ser lindo, anotem ai e lembrando que, Gen Urobuchi estudou meticulosamente as rotas de Fate/Stay Night e não faria nada aqui em Fate/Zero, que não se justificasse lá na frente. Então, pra quem assistiu já assistiu Fate/Stay Night, entende e sabe qual a resposta para o dilema de Saber e sua ideologia romântica, que aliás, também acaba terminando da mesma forma em Dorothea. Ponto de destaque para os soldados da Grécia, Ionian Hetairoi, não sei nem como descrever toda aquela epicidada. Foi tão ÉPICO, que quando apareceu o flasback, da Saber desolada sobre o monte de cadáveres de seus guerreiros, eu soltei um “WOOOOW” bem alto.

Mas AWNNNNNNNNNNNNNNNN @_@!x

EU REPAREI! Elas são lindas!

Apesar do meu colapso nervoso de ver três dos personagens que eu mais gosto (só faltou o Lancer), o Archer ficou mais como um expectador. Certo ou errado? ERRADO, né gente! Ele é tão BADASS, tão foda, que mesmo em silêncio, mostrou o porquê se considera o “Rei dos Reis”. Seja no alto de sua arrogância ao providenciar um vinho realmente a sua altura para aquele encontro, ou nas vezes que somente olhou para Saber e Rider e silenciosamente sorriu. Pra ele está tudo certo, ele não tem porque se meter na discussão. Ele é superior aos dois (ou pelo menos, ele acredita e se posta como tal). Uma curiosidade, é que a Ufotable suavizou o comentário final que ele faz com relação a Saber, nos últimos minutoss. Na Light Novel, não fica dúvidas quanto ao interesse dele em Saber e a forma pretenciosa com que ele faz isso, coloca ela muito abaixo do que se entende por um rei. Mas vai, eu ia adorar ver ele se utilizando do seu charme vulgar e cafajeste pra cima de Saber. E CHEEEEEEEEEEEGA,perdi a noção do tempo nesse post e se deixar, não paro mais. Até mais.

Por fim, o momento mais AWESOMES!!!

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