Que episodio chato. Me engaram, eu quero meu dinheiro do ingresso
de volta e-OH ESPERE!!! Mas olha bem, tá tudo errado e acho que perdi o fio
condutor da trama em algum momento, pois não me recordo de quando que Another
virou slice of life romântico. Sério, eu quase chorei nos 12/13 minutos de
exibição quando começou a tocar aquela música triste. Me senti assistindo
Clannad novamente. Tá tudo errado. TUDO ERRADO NESSE ANIMU. Demitam esse
roteirista e esse diretor pelo amor de Deus. Eu me senti completamente
violentada moralmente com esse episódio. Poucas vezes na vida assistir algo tão
esdrúxulo, acho que desde..... De.... School Days? Nesse exato momento, eu
estou quase chorando aqui, chorando de puro nervosismo. MEEEEODEOS, QUE
EPISÓDIO RUIM. /ela grita e dramatiza
Esse episódio me pareceu mais uma tentativa de ser Susumiya
Haruhi, misturado com Clannad e Keion. Sinceramente, estou ofendida e nesse
momento nem a Deusa Athena pode ouvir meu clamor. Mas okay. Em respeito a vocês,
irei respirar fundo, morder a língua, parar de destilar veneno e fingir que o
episódio #06 de Another é digno de comentários sensatos. Vamos lá, 3... 2...
let’s go!
Eu fiquei perplexa |
Convenhamos que haja poucas coisas melhores quando se quer
matar o tempo com um bom entretenimento, esperar chegar à noite/ ou madrugada,
pegar sua pipoquinha e refrigerante e sentar na frente do seu monitor para
assistir um bom anime de suspense e mistério, que prenda sua atenção e te
envolva completamente. Mas infelizmente, não foi o caso deste episódio, que foi
de doer. Foi chato em todos, literalmente todos, os aspectos. Apresentou uma
narrativa precária que deixou uma impressão de emenda de situações
desconjuntadas.
Pressupunha-se que esse episódio deveria trabalhar a relação
entre Mei e Kouchi, e ao mesmo tempo desenvolver o mistério envolto da supersticiosa
maldição que envolve a classe 3 e seus estudantes a 26 anos.
Eles realmente trabalham em cima de Mei e Kouchi, mas de uma
forma completamente destoante da atmosfera do anime e o que já era problemático,
se torna ainda mais frágil com um roteiro chupinhado de romance de banca de
jornal, onde tentam uma construir uma relação, mas da forma mais preguiçosa possível
e que acaba gerando um anticlímax como resultado. Claro, é fácil, posso até
imaginar a discussão entre roteirista e diretor: “Vamos colocar o Kouchi completamente apaixonado pela Mei, escrevemos
uns diálogos “mela calcinha” que as otakinhas adoram e deixamos a heroína o
mais moe possível, para atrair o interesse dos otakinhos. Vamos fazê-los conversar
sobre coisas do dia-a-dia, interesses em comum, mostra-los em um tour pela
cidade numa áurea completamente romântica que lembre aqueles filmes infanto-juvenis
idealizados. Pra completar, a cereja do bolo. Escolha ai um instrumental suave
para os momentos de descontração e um mais melancólico, para os momentos mais
emotivos. Vamos arrancar lágrimas dos espectadores num drama comovente”.
Another sempre nos trás referências. Dessa vez foi ao filme Pulp Fiction, para celebrar o Valentine's Day. Que injusto, senti vontade de sair dançando também, mas eu torci o pé |
Isso quebrou completamente o já criticado clima. As
consequências vieram, obviamente. Os diálogos com o professor Tatsuji Chibiki
na biblioteca e Reiko Mikami já na residência e com os avos maternos de Kouchi,
são cruciais para o enredo, não preciso nem saber dos spoilers pra perceber
isso, mas acabam perdendo completamente o impacto, a tensão e o gozo que
deveriam ter. Ocuparam apenas 1/5 do episódio e soaram como uma recompensa para
os bravos guerreiros que resistiram à comédia romântica barata, imposta na
maior parte do tempo com um roteiro fraco e constrangedor. Acaba que eu já
estava completamente saturada e com os sentidos dormentes, que mal pude
aproveita-los. Na verdade, eu tive que revê-los, porque eu estava praticamente
dormindo com todo aquele blá blá blá (afinal,
não assisto Another, esperando slice of life e romance, já tem outros que
cumprem bem o papel).
Acho que eu estou sendo muito dura. não fui tocada pela magia do amor |
A primeira pessoa morta não é a Misaki Mei, mas Yomiyama Misaki,
um homem. Ai sim, uma boa surpresa e que faz jus ao titulo, OUTRO. Além disso,
Another nos dá um solo para pisar, ao elucidar as regras que envolvem a
maldição e fala mais sobre o aluno extra, mas nada muito elucidativo.
Intrigante mesmo é Reiko Mikami, que certamente é uma peça importante nesse
quebra-cabeça. Ela esconde algo que envolve a morte da mãe de Kouchi, acredito
eu, caso siga pelos velhos clichês. Mas podem nos reservar ai um bom plot
twister e ela ser o morto, como especulado no Subete Animes. Faz sentido completamente, com somente estas pistas
que temos em mãos, mas eu não acredito muito nessa possibilidade. Penso mais
que, ela viu algo ou fez parte desse algo, envolvendo a tragédia de anos atrás.
Realmente estou exigindo muito de Another. Preciso rever meus conceitos |
Mas bem, pequenas conjecturas, fragmentos estilhaçados em
uma execução lastimável e ESCOLHAS duvidosas. Another é pretencioso e acaba
caindo em sua própria armadilha e se contradizendo. Kouchi apenas mostrou ser o
tipo de personagem que eu já imaginava que fosse. Mei é apenas um arquétipo e
nada mais, como eu temia. Ela é o objeto, Kouchi é o espectador otaku e assim a
trama segue ao som de “HARE HARE YUKAI”
de Suzumiya Haruhi no Yuuutsu, com Mei e Kouchi dançando no centro do salão
numa sequência até então inimaginável numa série do porte garboso de Another. Nós
somos os alunos ao fundo, completamente alheios à graça daquilo e sem entender
a lógica em tal inserção. O escopo é bom, a ideia é não é nova (nunca é), mas infelizmente a execução é
pífia. Vamos ser honestos, as expectativas já começavam a minguar antes que
alguém visse o primeiro episódio, mas até aquelas estimativas baixas nunca
tenderam ao medíocre. Mesmo faltando sazon em Another, e com todo o “mimimi” pela parte consumidora assídua desse
tipo de material, este sempre se mostrou um anime no mínimo, bom/competente (pecando na falta de tato) e feito na
medida para o povão da internet (já que
ao que parece, nem com todo moe do mundo, Another será tão popular no Japão).
Aquele cliffhanger foi sensacional, quase morri de rir com o andar do professor e toda encenação |
Esse episódio mostra que, infelizmente em Another, as partes
individuais valem muito mais do que a soma. Como um pseudosuspense, a câmera
simplesmente observa. Não há preparação, configuração, tensão. Há apenas
premissas de mistério dentro das cenas. Enquanto séries mais competentes
preenchem o tempo com diálogos intrigantes e inquietantes, Another se segura
com a utilização aleatória do tempo e tenta imaginar se o público ainda está
presente. No final, todos nós ainda estamos presentes, só que um pouco cansados
e aborrecidos, como ficaríamos com um agradável convidado para jantar que se
excede em sua permanência e histórias pessoais que pouco interessa aos outros
na mesa.
No fim, tudo será explicado tintim por tintim, Another terá “inovador”
em sua proposta e em meio à haters e fanboys, com sorte, algo assim não será
copiado posteriormente (e se juntará na
mesma cova de Blood-C – Amém). A sua waifu se salva da morte, mas o anime
não.
P.S.: A zica tava solta nesse episódio, pois a animação não
estava fluente como de costume, com os personagens duros, se movendo como robôs.
Espero que volte ao normal, no próximo, tanto roteiro, como animação.
Mas essa minha opinião, sobre a visão que tenho desse episódio e o que ele representa. Sinta se a vontade para expressão a sua ou até mesmo questionar a minha. O mundo seria entendiante sem boas discussões.