segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Meus Animes Preferidos Em 2011



Olá! Na verdade, eu já deveria ter feito esse post há muito tempo, mas sabem como são as férias de Janeiro, você nunca cumpre quase nada do que foi estabelecido no final do ano anterior. Mas valeu a pena esperar, pois um anime que acabaria ficando de fora, entrou como uma zebra na lista, desbancando concorrentes de peso como Tiger&Bunny, Yondemasuyo, Azazel-san e outros nem tão mais medianos, como GOSICK. No final de 2010, quando comecei a considerar de forma séria a me tornar blogueira, fiz o Meus animes preferidosem 2010, resolvi manter o nome, ao invés de adotar um “Awards” no nome, por que não assisti e nem conferir as estreias de todos os animes para poder usar um critério mais técnico e justo – E claro, a preguiça em criar categorias especificas pesou bastante.

Eu sei que Tiger & Bunny é a surpresa do ano de 2011, juntamente com Madoka, que juntos iniciaram uma famigerada franquia, diante dos excelentes lucros alcançados. Eu gostei, foi excelente, mas entre ele e a segunda temporada de Kaiji, escolhi aquele que me envolveu um pouco mais. Com isso, além das series escolhidas realmente serem produções sólidas e merecedoras de serem lembradas, também me divertiram muito, se tornado de alguma forma, marcantes para mim. Aposto que vocês também preferem aqueles que te fizeram vomitar DOUBLE RAINBOW, do que aqueles em que nós blogueiros, apontamos como sendo “o melhor”. Animes assim, nos lembram que existe um coração batendo no peito. Mas claro, melhor ainda quando o anime consegue te divertir e ainda ser bom tecnicamente (roteiro, direção, execução trilha sonora).

Vamos começar? Em ordem decrescente.

10 - Kaiji: Hakairoku Hen


Juntamente com Tiger&Bunny, foi minha grande surpresa de 2011, muito embora, esse eu só tenha vindo a assistir em uma maratona que fiz nessas férias de janeiro. Kaiji nunca me interessou, assim como aqueles super heróis. Mas depois de tanto hype e pressão de alguns amigos do twitter (na verdade, @WalkerRah e @Qwerty foram os responsáveis), resolvi assisti e me apaixonei.

Digamos que em Kaiji, nunca uma partida de cartas foi tão emocionante. Engraçado que,como já chegaram e disseram para mim, o anime passa uma ideia de ser comédia nonsense, mas é pura tensão psicológica, recheada de sadismo e altos mindfuks.

Ao menos a primeira temporada. A segunda, Kaiji: Hakairou Hen é infinitamente inferior à primeira temporada, tanto em execução, quanto no roteiro. Mas, ainda continua sendo uma série extremamente envolvente e fascinante. Nessa segunda temporada, Kaiji volta mais fodido do que nunca e vai pagar pelo seu exagero e orgulho no final da segunda temporada, sendo explorado em um trabalho escravo, embaixo da terra (!!!). E agora, como que Kaiji sairá dali? É basicamente isso, Kaiji é uma mistura de jogos de azar, moral japonesa de nunca desistir de seus objetivos, com o próprio Kaiji sendo essa “bandeira” (ele é praticamente o Rambo japonês, só que menos forte e mais inteligente), sadismo, terror psicológico, a série dos anos 90; MacGyver (eu nunca assisti, mas os informados devem saber qual é o da série) e Missão Impossível.

Eu digo, é impossível. IM-POS-SIVEL assistir Kaiji de forma indiferente, sem se envolver muito com aquilo. É muito drama, muitas reviravoltas, personagens feios, estratégia de sobrevivência e sim, HUMOR NEGRO. É pra saltar da cadeira e rolar na cama. Zawa, Zawa, Zawa! RECOMENDADISSIMO (para quem procura novas emoções)!!

Estúdio: Madhouse
Episódios: 26
Gênero: Psicológico, Adulto, Thriller, Esportes

09-FATE/ZERO: PARTE 01


Uma reunião entre Type-Moon, Yuki Kaijura e Gen Urobuchi é sucesso na certa. Propositalmente destoando do tom empregado na série original, Fate/Stay Night, produzida porcamente pelo estúdio DEEN, Fate/Zero já chegou deixando alguns receosos e provocando dúvidas. Afinal, será que seria tão medíocre quanto foi à série predecessora? Será que daria pra assistir esse sem antes ver Fate/Stay Night? Indagações assim, logo foram desfeitas depois da estreia e Fate/Zero mostrou a que veio, com excelente iluminação, qualidade técnica assustadoramente boa para um anime que estava sendo exibido pela tv e emanando um clima ÉPICO e um tom maduro e obscuro. Parecia que estávamos assistindo a um filme, repleto de diálogos interessantes.

Fate/Zero foi escrito por Gen Urobuchi em formato de livro, ao invés de uma Visual Novel, como é a original, contando os eventos da Guerra do Santo Graal, 10 anos antes da que ocorreu em Fate/Stay Night, mas de uma forma bem peculiar, ao estilo Gen Urobuchi. Para quem o conhece, sabe como ele adora trabalhar o lado psicológico dos personagens, utilizando alguns elementos de horror, envolvendo os personagens numa áurea de tragédia. Mas o interessante aqui é como ele estudou todo o material original e procurou ser fiel, respeitando as características de cada personagem, assim como procurando evitar que acontecimentos de Fate/Zero, não batessem com a cronologia de Fate/Stay Night. Mas tudo claro, imprimindo sua marca.

Fate/Zero é dos poucos animes atuais que conseguem transmitir bem um clima de “épico”, em uma série que aborda uma guerra, entre seres humanos, envolvendo espíritos de heróis já falecidos, para lutarem entre si em uma combate que envolve muito mais do que ação e luta, mas muita estratégia e jogo sujo. A primeira temporada veio e construiu o clima, deixando um cliffhanger orgástico como elo para a parte 2 que estreia agora em abril. A cuidadosa e sutil direção de Ei Aoki (Hourou Musuko) e a “interpretação” dos personagens embalados pela boa OST oferecida por Kajiura (que ainda não mostrou todo seu talento, como foi em Kara no Kyoukai) transformaram Fate/Zero na jornada mais envolvente de 2011. E você, vai ficar de fora da Guerra do Santo Graal?

Estúdio: ufotable
Episódios: 13
Gênero: Ação, Fantasia, Sobrenatural, Drama, Histórico

08-Chihayafuru



Adaptação de um mangá josei, premiado e prestigiado no Japão, onde o tema é um jogo regional, envolvendo cartas e poemas.

Animes e mangás envolvendo jogos, costumavam não me atrair muito, mas ultimamente tenho me interessado bastante por alguns. E Chihayafuru não é aquele que usa a jogatina meramente como plano de fundo para sua trama. Não. Os jogos envolvendo cartas são o principal elemento ali, ficando como plano de fundo, a história pessoal de cada personagem. Mas como isso poderia ser divertido? Eu não conheço o original, mas o diretor Morio Asako (Chobits), consegue passar o clima ideal, transformando o Karuta, jogo da série, na sensação da última temporada de 2011.

Alinhe isso, a excelente produção da Madhouse, que imprimiu uma qualidade sensacional em Chihayafuru, com uma paleta de cores quentes e um character designer redondo, clássico e bonito. E claro, uma bela execução. Chihayafuru merece destaque por conseguir empolgar e emocionar em um jogo de cartas com clássicos poemas japoneses, e fazer com que seus espectadores se veem envolvidos completamente naquele clima de competição. Não foi pouco os momentos em que, inexplicavelmente senti vontade de chorar. E olha que não é uma série com mote no drama. Mas tudo é tão emocionante, que as lágrimas parecem querer brotar, mesmos nos momentos em de vitória. Chihayafurué um anime com bastante influência no lado cultural japonês, muitas coisas que nós nem temos contato e nem conhecimento necessário pra se entender perfeitamente o sentimento daquilo que está sendo transmitido no vídeo, mas ainda assim consegue ser encantador. Recomendo para quem curte animes hipsters e ligeiramente elitistas. Mais do que isso, para quem curte uma história bem produzida, com enfoque no lado feminino.

Estúdio: Madhouse
Episódios: 25
Gênero: Drama, Esportes, Romance

07-Ano Hana


Ou simplesmente Ano Hi Mita Hana no Namae o Bokutachi wa Mada Shiranai [Nós ainda não sabemos o nome da flor que vimos naquele dia] foi aquele anime que causou uma comoção assustadora no fandom, em sua exibição.

Nada menos, nada mais do que um clássico “tearjerker” (algo como “causador de lágrimas”), aquele tipo de série feita propositalmente para manipular o espectador e lava-lo às lágrimas. É o tipo de série “odiada” pelos “críticos”, pelo argumento tecnicamente pobre e por se sustentar em cima do melodrama. Mas essas séries costumam serem bem populares, influentes e tendem a ser adoradas pelo “povão”. E claro, eu sou consumidora voraz e fiel desse filão, já devo ter derramado uma tonelada de lágrimas com series assim.


Eis aqui um anime que chegou com toda cara de visual novel (algo meio Clannad, meio Saikano) e com claras intenções de entrar no seleto grupo de animes de dramas que figuram no imaginário de quem gosta desse gênero. Ele chegou de mansinho e conquistou o coração de qualquer um que goste de uma história agridoce; romântica e triste. Mas o melhor de Ano Hana, é que o mote não é no romance, mas sim na amizade. O que acabou gerando uma sensação geral de nostalgia em quem assistiu. Um grupo de amigos, separadores por uma grande tragédia, voltam a se reencontrar, quando a alma de uma amiga de infância, já falecida, volta para reunir a todos e assim poder descansar em paz. O grande “mistério” jazz no título (o nome daquela flor) e ao final, decepcionou alguns, emocionou outros, mas sem dúvidas é uma produção que merece ser recordada, por ter conseguido mexer com os sentimentos de tanta gente. É bem produzida, tem uma trama rasa, mas completamente envolvente. Recomendado para quem curte drama e uma história sobre amizades perdidas.

Estúdio: Aniplex
Episódios: 11
Gênero: Drama, slice of Life

06-Kimi ni Todoke S2


Segunda e última temporada do shoujo clássico mais bem produzido de 2011. Digo clássico, para aqui não cometer um pecado contra Natsume Yuujinchou, que também é shoujo e apesar de ainda não ter assistido, é super elogiado por todos os lados. Em sua continuação, Kimi ni Todoke volta para resolver o romance entre Sawako e Kazehaya, com o mote centrado no romance, ao contrário da primeira temporada, que investiu mais no desenvolvimento de Sawako e nas amizades, deixando o romance em segundo plano.

O romance desses dois personagens soa muito piegas, mas confesso que me peguei chorando em diversos momentos pela delicadeza da trama e sua abordagem. É um romance idealizado, fantasioso e que só existe no universo dos shoujos, mas que ainda conseguiu impressionar e se destacar pela ótima execução do anime, boa OST e excelente parte técnica empregada pelo estúdio Production I.G, naquela que foi sua produção mais assertiva (ao lado de Usagi Drop) de 2011 e não me mencionem Guilty Crown, nem Blood-C.

Uma história, que pega velhos clichês, os utiliza, e ainda consegue entusiasmar ambos os sexos e ambas as idades, merece destaque. Kimi Ni Todoke é o melhor no que se propõe a ser; Inocente, romântico e delicado. Nunca gostei tanto de uma personagem tão abitolada quanto Sawako. Vomitei arco-íris e chorei sorrindo. Indicado para os meninos assistirem com suas namoradas do lado e para as meninas que procuram um romance, com uma história que nunca irão viver na vida real.

Estúdio: Production I.G
Episódios: 12
Gênero: Romance, Drama

05-Hourou Musuko


Um dos animes mais desprezados e ignorados pelo fandom em 2011.

A produção do estúdio AIC, em parceria com o Aniplex, passaria despercebido e esquecido depois de um ano tão bom para os animes, como foi 2011, se não fosse os blogueiros. Vai dizer que não? Hourou Musuko teve uma bela execução, produção caprichada e uma história que realmente tende a assustar o grande público. Ou no caso do Japão, aqueles que compram. Não é espetacular, e esse foi seu grande erro. Ser sútil e bom para uma obra desse naipe, não é o suficiente, precisa ser excelente, excepcional e com uma narrativa que consiga envolver o grande público. E Hourou Musuko tem cara de produção independente, tal aqueles filmes latinos americanos que brigam por uma indicação ao Oscar, mas que nunca serão premiados, a não ser que “gritem” tão alto, ao ponto de chamar a atenção dos jurados.

Ser competente não basta. Mas é o suficiente. E Hourou Musuko ao propor uma discussão sobre o transexualismo e travestismo, com uma narrativa tão madura e sucinta, personagens tão bem construídos e com a peculiaridade de ainda serem crianças de 11 a 13 anos, consegue envolver aqueles que procuram mais do que diversão, mas também uma trama séria e que instigue o lado crítico. E ainda é bonitinho e romântico. Recomendado para aqueles que acreditam que faltam boas tramas aos animes atuais. Vocês realmente estão procurando, senhores críticos do sistema?

Estúdio: AIC
Episódios: 11
Gênero: Gender Bender, Drama

04-Usagi Drop


O anime mais amor de 2011 sem dúvidas é Usagi Drop. Envolvente do inicio ao fim, a história sobre um solteirão que adota uma pequena órfã, cativou a audiência e trouxe a tona nos garotos, a vontade de serem pais e cuidarem de uma menina tão adorável quanto a Rin. Logicamente, o fandom de animes é carente de animes com essa pegada mais família (quanto tempo faz desde Clannad After History?) e esse ar inocente. Mas Usagi Drop alcançou o sucesso com seus próprios méritos. Afinal, tem que ser mais do que bom para algo tão simples, se tornar tão arrebatador.

Usagi Drop, como Hourou Musuko, é competente e bom, mas sua narrativa é muito mais carismática, envolvente e calorosa. É assustadoramente simples e plano do inicio ao fim, sem grandes reviravoltas de roteiro ou fio condutor. É apenas o dia a dia do solteirão, que tem que adequar a sua vida à nova realidade e aos poucos, começa a ser ver como a figura paterna daquela garotinha tão esperta e carente. Problemas como a Rin ter uma grande febre, assuntos delicados que envolvem sua família, o fato de sua mãe a ter abandonado, a recusa da família em adota-la, adequar o horário de trabalho, com o horário em que a garota sai da escola, ter que estar sempre presente e responder questões que nem mesmo ele sabe – Esse é o mote de Usagi Drop.

Usagi Drops me fez vomitar oceanos de arco-íris e cantar pôneis malditos com um guarda chuva na mão.
Execução correta, produção primorosa do Production I.G, personagens cativantes e uma história simples, mas com um frescor que dá vontade de chorar. Mas só se for com um belo sorriso no rosto e o coração saltitante de felicidade. Recomendado para.... existe alguém que ainda não assistiu Usagi Drops? Sério?

Estúdio: Production I.G.
Episódios: 11
Gênero: Slice of Life, Drama

03-Mawaru Penguindrum


Kunihiko Ikuhara, pinguins, uma boa ideia na mão e uma excelente execução. Ao contrário de Usagi Drop, Mawaru Penguindrum dividiu opiniões, mas sem dúvidas foi um grande anime e mostrou que Kunihiko Ikuhara continua sendo um excelente diretor e argumentista, mesmo que aqui, ele tenha apenas reciclado ideias vistas anteriormente em Shoujo Kakumei Utena e se utilizado de diversas referências externas que deixaram a todos confusos, pela dificuldade em compreender as diversas camadas utilizadas no roteiro, mas sua direção se mostrou firme e objetiva do inicio ao fim. E olha que, um anime como Mawaru Penguindrum, é fácil de se perder, principalmente com tantos episódios.

Mas Ikuhara foi um excelente comandante. O fato de Mawaru ser descaradamente uma história ambiciosa e “pseudo cult”, fez com que ele fosse julgado do inicio ao fim, com discussões acaloradas. Fora as diversas teorias, um fio condutor intrigante e as várias reviravoltas no roteiro, que fizeram Mawaru ser um dos animes mais discutidos de 2011 (acredito que, ficando atrás somente de Steins;Gate e Madoka Mágica).

Mawaru Penguindrum é um espetáculo do inicio ao fim, que divertiu, emocionou e ainda fez pensar. Sinceramente, me senti assistindo a uma grande espetáculo do Cirque du Soleil, onde jamais esperei ver elementos de fantasia e surrealismo serem tão bem utilizados em um anime. No fim das contas, se mostrou um drama surpreendente, com uma bela crítica como plano de fundo e uma OST que fez a diferença. Alinhado a isso, ótima produção da Brains Base, que fez parecer que o anime tinha mais verba do que realmente recebeu.

Só não viu quem não quis. Recomendado principalmente para fãs de pseudo cults e todas aquelas histórias sobre “abobrinhas” especulativas.

Estúdio: Brains Base
Episódios: 26
Gênero: Fantasia, Drama, Comédia, Mistério, Psicológico 

02-Steins;Gate


“Tutturuuuu, Okarin” – Você certamente já ouviu essa frase por ai. Ou; “El Psy Congroo”. Steins;Gate é sensacional do inicio ao fim, começando do primeiro episódio com aquele cliffhanger inquietante e terminando com o protagonista Okarin, socando o ar com determinação, para salvar a pessoa que mais lhe importava. Steins;Gate é o anime com mais reviravoltas de 2011, e todas extremamente surtantes e enlouquecedoras.

Personagens carismáticos, um roteiro bem trabalhado, conciso, bem amarrado e com pouquíssimas falhas. Infelizmente, faltou um bom diretor para dar o toque de “epicidade” que Steins;Gate merecia, e o orçamento pobre, também tirou parte do brilho do character designer original. Mas ainda assim, com tantas limitações técnicas, o roteiro se sobressaiu à direção, ao orçamento e alcançou uma verdadeira multidão de fãs.

Steins;Gate merece o segundo lugar, pois com um orçamento baixo, uma direção inexperiente, ainda conseguiu ser sensacional e uma das melhores adaptações de visual novels para anime. E não é sem menos, foi a primeira adaptação onde o Sci-Fi e o elemento “viagem no tempo” foi transporto com fidelidade, sem envolver magias ou qualquer parafernália sobrenatural, e trazendo a tona elementos que causam fascínio ao imaginário coletivo. Em 2011, não teve um anime que me fizesse tão feliz, que me deixasse tão louca e ansiosa para o próximo episódio, como Steins;Gate. O final de Mawaru Penguindrum quase me matou de tanta emoção, mas Steins;Gate foi como um todo e não apenas em um episódio especifico. Ainda hoje, quando me lembro, fico toda arrepiada e com vontade de sair gritando.

Estúdio: White Fox
Episódios: 24
Gênero: Ficção Cientifica, Thriller, Drama

01-Madoka Mágica


Madoka Mágica é um anime que, mesmo se não tivesse me envolvido tanto, acredito que teria colocado em primeiro lugar nessa lista. Essa é indiscutivelmente a grande produção de 2011. Execução afiada de Akiyuki Shinbo, um roteiro simples, mas montado de forma engenhosa por Gen Urobuchi e a impactante OST oferecida por Yuki Kajiura. Sem mencionar o character designer incomum, de Ume Aoki, que deu o tom de “originalidade” que um projeto assim precisava, destacando as personagens entre tantas outras de rostos iguais que tem por ai.

Steins;Gate pode ser o anime dos surtos psicóticos, mas Madoka Mágica é a união da técnica e do roteiro que deu certo e que, em sua exibição, se tornou unanimidade praticamente e provocou uma comoção geral em seu último episódio. Nunca vi tantos artigos em blogs surgindo assim, na velocidade da luz e escritos com tanta paixão e calor. Obviamente, eu só tenho a lamentar por quem não pôde acompanhar em tempo real, comigo e tantos outros, pois nunca terá o mesmo impacto que teve em que viveu aquilo. Presenciamos o surgimento de um possível clássico (que só o tempo irá julgar ou não como tal). Foi sem dúvidas, um momento muito especial, aquele momento em que “todos” falam a mesma língua.

O fator especulação ajudou bastante no hype de Madoka, o característico fator surpresa de Gen Urobuchi, pegou a todos desprevenidos e a direção de Shinbo, faz o anime parecer um filme, com uma narrativa tão linear e execução soberba. Madoka Mágica faz questão de nos lembrar que sem nossas fantasias e sonhos, a realidade nunca terá o mesmo brilho. Considero Madoka uma obra prima. E é como dizem, assistir Madoka Mágica pela primeira vez é sensacional. Uma segunda vez, é ainda melhor. 

Estúdio: Shaft
Episódios: 12
Gênero: Mahou Shoujo, Thriller, Psicológico, Drama

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