Pra falar a verdade, isso de comemorar o dia das mulheres é
uma grande bobagem, não vejo muitos motivos para comemoração, apenas reflexão
mesmo – Que no fim das contas, é o que data propõe. Afinal, é o marco de uma data
importante de conquista para todas nós. E nesse universo da cultura japonesa,
tão intrinsecamente machista, sexista, misógino, cultural, muitas vezes as
mulheres são retratadas como meras peças decorativas, um corpo físico sem alma,
uma Rei Ayanami. Seja na alta sociedade ou nos guetos otakus, apenas dizem sim
ou fazem cara de “estupro consentido”. Claro que você pode se questionar pelo
fato de eu chamar isso [aqui] de
arte e tecer tais comentários, porém, particularmente, é bem mais chocante ver
uma mulher sendo tratada como objeto ou subvalorizada numa obra para “todas as
classes” e classificação livre do que algo estritamente fetichista e restrito
ao cubo.
E bem, já tendo explicitado um fragmento de tudo que eu penso
nada melhor que encerrar com uma das minhas personagens favoritas: A Bruxa Beatrice.
A Beato, a Beatoriche, a Beatroll que todos os fanboys de Umineko no Naku Koro
ni, adoram ou odeiam. E o anime pode ser sido uma merda, mas nos deixou uma boa
trilha sonora, algumas belas cenas animadas e claro, obvio...excelente dublagem
do time de seiyuus....todos. Mas em especial, vou destacar hoje a de Sayaka
Ohara (xxxHolic – como Yuko Ichihara)
como Beatrice. A mulher deu um verdadeiro show de interpretação, sadismo e
emoção. Mais, ela vestiu bem a personagem, transmitindo bem todo seu gênio impulsivo
e ambíguo. Eu sou completamente fangirl, apaixonada, piradinha pela Ohara. A mulher é puro badass e kick-ass. E bem, não
apenas a Ohara, mas a Mike Ito como Eva Ushiromiya, a Atsuko Tanaka como Kyrie
Ushiromiya, a Ami Koshimizu como Rosa Ushiromiya – Isso para ficar apenas nas
principais. As mulheres de Umineko são um show a parte. Fortes, guerreiras e ambíguas,
elas são a alma da série criada por Ryukishi07. E pra fechar a data, nada
melhor que o “bailinho” dado por Beato no “Banquet of the Golden Witch” do
episódio 11, fazendo aquilo que muitas de nós têm vontade de fazer: Coloca-los
na corrente e trata-los como “mobília”. Pra lá, pra cá, e cackle cackle.
Obviamente, o melhor disso tudo, é o Battler nuzinho, acorrentado e submisso. E
ainda achei que adaptação ficou bem aquém, poderiam ter mostrado muito mais. Fora isso, “You are too young to be eaten, wait a few years and ask me that again”;
melhor apreciação só para quem leu Umineko.
Afinal, inverter os papéis de vez em quando é bom e faz bem pra relação. E enfim, os empresários japoneses notaram que as mulheres também são consumidoras e compram bastante, quando o produto é do seu agrado. [Também têm a opção de visualizar o post com husbandos em uma versão príncipe-like: Mai Waifu/Husbando: Girls Just Want To Have Fun]
