segunda-feira, 7 de maio de 2012

Comentários: Fate/Zero Episódio 18 ~ Vampiros, Zumbies, Ilha Paradisíaca & Um Coração Partido


WOW! Caraca, pra quem tá acostumado ao cenário com paletas de cores predominantemente escuras e um clima denso de Fate/Zero, esse episódio quebra completamente esse espírito! E quem diria meus queridos, o temido episódio de praia chegou a Fate/Zero.

HOHO~! Não exatamente. Sabem do que eu lembrei assim que a ilha apareceu na tela? Não, não foi daquele OVA de H.O.T.D., mas de Dead Island, que começa bem assim, com uma narrativa calma e com os habitantes de sua ilha aproveitando aquele paraíso. Esse cenário paradisíaco presente no episódio ficou muito lindo, com natureza, bichinhos por todos os lados e crianças brincando. E o pequeno Kerry é uma gracinha, não?! Sem abertura e com os créditos subindo enquanto uma “nova” história acabava de começar, a impressão que ficou era a de que se tratava de um filme [de zumbies].

E eu realmente gostei do tom adotado, com cores bem fortes. Isso inicialmente, já que pouco a pouco o tom da paleta de cores vai ficando cada vez mais escuro, acompanhando sutilmente a evolução da trama, que abandona o clima alegre e “romântico” para algo cada vez mais escuro e aterrador, bem próprio do que é Fate/Zero. E interessante isso, já que quanto mais o pequeno Kerry ia se transformando em Kiritsugu, mais próximos do que conhecemos de Fate/Zero, ficávamos. Enquanto ele vivia sua infância despreocupada e feliz ao lado de seus amigos, seu pai Noritaka, pesquisava sobre a imortalidade através de plantas, tendo como sua assistente à simpática Shirley. E assim, os dias naquela “pequena” ilha no Pacífico, eram sempre bons e melhores ainda, na presença da paixão platônica de Kerry; Shirley. Gostei do Ei Aoki ter destinado metade do episódio para esse desenvolvimento gradual que pudesse nos deixar próximos daquela criança sorridente e a sonhadora Shirley. Com certeza, isso refletiu em um sentimento de “perda” e compreensão dos sentimentos de Kiritsugu, lá na frente quando a narrativa é quebrada.


E vai, coisa mais linda aquela amizade entre os dois e ela enrolando a língua pra falar o nome dele. Uma graça ela balbuciando “Karry”. Mas a ânsia de provar a todos da ilha que as intenções de Noritaka, levam Shirley a comentar um erro fatal. Mas como já dizia Karl Marx, “O caminho do inferno está pavimentado de boas intenções”.

Agora, se já foi chocante ver a Shirley comendo descontrolamente galinhas vivas, tendo se transformado em um monstro sugador de sangue, imagine quando isso se espalha para os outros moradores da ilha, que pareciam mais um bando de zumbies do que vampiros?! Parecia algum dos filmes de Romero, mas era Fate/Zero mesmo!! KOWAII!!! Foi puro AWESOMENESS o episódio virando completamente um survivor horror e eu aqui, rindo nervosamente com aquele banho de sangue. Adorei, apesar de que poderiam ter derramado mais blood, deixou a dever para os últimos episódios do vampiresco Shiki, que esguichou mais sangue do que em filmes do Quentin Tarantino.


Este episódio não foi apenas sensacional, mas repleto de fanservices para os Type-Moon fãs, por dar uma perspectiva mais ampla para o nasuverse. A princípio parecia que estávamos imersos em Tsukihime e não Fate/Zero. Mas claro, o nasuverse é todo intrinsecamente conectado, ainda que às vezes possa ser encontradas contradições. Mas a aparição dos Apóstolos Mortos (os humanos transformados em vampiros) e a entrada dos Executores [de Tsukihime] são mais do que bem vindas e ao mesmo tempo em que não atrapalha o entendimento de quem só acompanha Fate/Zero, também coloca um doce de quem pôde acompanhar as outras obras, complementando a história desses personagens. Só faltou a cameo Ciel, MÃÃÃS...

CA-RA-LHOS, que gamante o Kaminski aparecendo do nada, explodindo miolos e aquela BGM que é pura empolgação ao fundo. PIREI com força e senti falta de uma pipoquinha pra mastigar enquanto via o bicho pegar. SACANAGEM, cadê o kit sobrevivência quando se precisa dele?


LOL, LOL, LOL ~ Muito perigon esse Kaminski todo kick asssssss! Oh, pecado ser 2D. Não, espera, esse é o charme!!!!11111FODA!!!! Nada como um gatenho de sangue frio e bom de mira pra botar colocar emoção na bagaça! IBAGENS, BONTA IBAGENS!!!




OH! ESPERE! Não é gatenho e sim gatenha~! OFMG! Pô, Japão, tá difícil distinguir os homens das mulheres, ajuda ai! Mas quem se importa, Natalia Kaminski é fodona e toda badasssss weaar. E aquela voz? MORRI TODA. Personagens machinhas são um charme. OI OI OI VEM DANÇAR KUDURO!!

E bom, deixando os surtos de lado, o Kiritsugu matando o próprio pai foi realmente surpreendente, mas tal atitude representa o nascimento de um novo homem. O episódio não poderia terminar de outra forma, se não esta; impactante e densa. E com uma nova música, Manten, composta pelo Kalafina especialmente para o episódio que passa o tom correto. E que música linda!



"Um sonho bonito é o suficiente para rasgá-lo em pedaços." -Manten ~by Kalafina

A música não apenas se encaixa perfeitamente na atmosfera insípida que este episódio acabou ganhando, mas também no clima tropical da ilha antes de todo o ocorrido, funcionando como um presságio. E a letra se encaixa bem no sentimento de Kerry, afinal foi este sonho bonito que indiretamente moldou o que ele é hoje. Kerry é confrontado com a dura verdade, de que se ele tivesse matado a Shirley na hora em que ela pediu, ele teria evitado toda aquela tragédia. Mas foi cegado pelo seu amor e a promessa de um sonho distante. E embora, ache que ele estivesse sendo duro demais consigo, isso serve de lição para que pudesse tomar a decisão que mudaria toda a sua vida. Acabar com a vida de seu pai era a atitude mais sensata, afinal, vivo e desenvolvendo aquelas pesquisas, ele poderia vir a causar muito mais mal. Mas eu não acho que seja tão simples assim, afinal ele poderia ter delegado o serviço a Natalia, mas podemos colocar na balança o ódio sentido por seu pai, em sua visão, ter usado Sherly e por culpa dele, ter perdido seu amor.

Assim testemunhamos a morte do garoto inocente e idealista, para o assassino pragmático ao qual se tornou capaz de matar centenas para salvar milhares. Esse episódio foi crucial para pudéssemos entender plenamente Kiritsugu, e sua transformação em um homem que faz o que é certo. Todas essas subjetividades alinham se perfeitamente ao episódio 16 e nós faz perguntar por que motivos este não foi exibido logo após? Todo aquele confronto com a Saber, naquele episódio, e quando ela questiona; “Na sua juventude, lá no fundo, você queria se tornar um herói. Você acreditava em um herói que salvaria o mundo. Você desejava isso mais do que qualquer um...” acaba fazendo um link perfeito com todo o ocorrido aqui e nas palavras de Shirley, o dizendo que ele seria capaz de mudar o mundo, certamente temos uma boa parte das motivações do mago Kiritsugu. Assim, temos a base fundamental para entender toda a crença de Kuritsugu e sua filosofia.


E claro, executado de uma forma soberba em minha opinião pelo diretor Ei Aoki, que sim deixou devendo no anterior, mas se redime nesse tornando-o ainda mais eficaz e bem executado que o original. Então, ele ao invés de fazer um pequeno flashback, dedica à Kuritsugu um episódio inteirinho e que, apesar do ritmo agitado, mais arrastado e melhor desenvolvido que o original. E em um episódio repleto das referências, alguém ai se recordou de GA-REI-ZERO e a forma como o anime acabava sempre com uma tela preta, créditos e música? E isso tem um impacto extra quando os acontecimentos dos episódios são mais densos e ele repete o feito aqui. Mas verdade seja dita, nos leva muito mais a Kara no Kyoukai (já leu a review do Crítico Nippon?).

A aparição de Cornelius Alba de Kara no Kyoukai foi incrível, apesar de puro fanservice. Fora isso, os executores da igreja, que conseguem ser piores e mais obstinados que Kiritsugu, a Associação dos Magos, que fazem de tudo para manter o segredo [Apóstolos da Morte] a salvo e vampiros. Só não foi melhor por não ter as estrelas de Kara no Kyoukai e Tsukihime presentes, mas ai seria pedir demais, né?!

Para um episódio de transição, este aqui foi sem dúvidas, excelente, foi divertido e ajudou a balancear a carga dramática, que se mostrou suficientemente evidente. Agora, é tomar folego para reta final e tomara que Ei Aoki consiga encaixar todos os eventos nesses episódios restantes. Até lá! 


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"Dadinho é o Caralho, meu nome é Zé Pequeno porra!!!"


[Já imaginaram se o Kiritsugu fica com a Shirley e vira fazendeiro?]