Garota que morre e se transforma em um zumbi moe. Garotas que se transformam em armas. Uma
divindade Cthulhu que pode se transformar em várias formas, mas acaba optando
em ser uma linda garotinha moe. Uma fantasminha pervertida. E uma garota que anda armada com uma tesoura na calcinha. A Spring Season estava cheia delas:
Garotas estranhas.
Sinopse: “Abra a sua boca”, diz Urabe, uma nova
estudante, e então ela enfia o dedo na boca, lambuza com saliva e tasca o dedão
salivado na boca de Tsubaki. Quem nunca, né?
Essa é a rotina diária que Urabe e Tsubaki compartilham – Um
dos três casais mais excêntricos [e adoráveis] da história dos animes. Isso
porque Tsubaki é viciado na saliva de Urabe. A Urabe Mikoto é uma estudante
transferida e pouco sociável, estando sempre dormindo durante as aulas. Com
essa atitude, seus colegas acabam mantendo uma
certa distância dela, aliado ao fato dela ser meio estranha, com um cabelo
tampando boa parte do rosto e nunca sorrindo. Certo dia, após as aulas, Akira
Tsubaki acaba tendo que voltar à sala de aula por ter esquecido um material.
Ele acaba flagrando Urabe dormindo [como sempre] e tenta acordá-la.
Sonolenta, ela vai embora, mas acaba deixando pra trás, mais
especificamente em sua carteira, uma poça de baba. Claro, como todo garoto
normal, exalando testosterona, ele se leva pelo impulso e prova da saliva de
Urabe, que pra sua surpresa é incrivelmente doce! No dia seguinte ao incidente,
ele acaba caindo em febre durante as aulas. Urabe, desconfiada, vai visita-lo
em sua casa e o pergunta se ele provou de sua baba (!). Com a afirmativa, Urabe faz Tsubaki provar novamente do seu
“néctar” e ele se recupera instantaneamente. “Sua doença era simplesmente uma ~doença de amor~”, lhe diz Urabe. Tsubaki
estava viciado na saliva dela. A partir daquele dia, sempre no caminho de ida
da escola pra casa, Tsubaki prova da saliva de Urabe, um ritual que se repetiria
todos os dias. Agora os dois estão
ligados, e a baba é o elo, e assim Urabe se torna na namorada misteriosa de
Tsubaki.
***
Nazo no Kanojo X [NazoKano – Sendo o “X”, a representividade
do tom misterioso do enredo] foi sem dúvidas o melhor romance da Spring Season.
Uma história de amor, que lida com o despertar de emoções e sentimentos entre
um rapaz e uma garota ao iniciar suas primeiras experiências com o sexo oposto.
Este é um plot bem explorado, mas nem sempre bem executado. O próprio autor do
mangá original, Riichi Ueshiba, vem de dois trabalhos [Yume Tsukai e Discommunication]
que faz alusão à descoberta e questionamentos acerca do sentimento mais ambíguo
do ser humano, que é o amor. Esse parece ser o mantra de Ueshiba, que em
NazoKano usa das armas mais inusitadas como uma forma de capturar a atenção do
seu leitor, e então difundir a sua mensagem. A forma como Ueshiba encontra para
expressar sentimentos é impressionante, indo de sonhos freudianos repletos de
significados ocultos, até à forma metafórica com que Tsubaki e Urabe se
relacionam e mantêm um vinculo afetivo.
NazoKano é um romance completamente idealizado, embora com
personagens que tomam atitudes palpáveis para a idade. Mas diferente de um Kimi ni Todoke ou Video Girl Ai, que atendem às convenções [Garota tímida não sabe
como chegar no garoto mais popular do colégio/Garoto cheio de hormônios
fantasiando com garotas gostosas], quebra a regra mostrando o vinculo afetivo
entre dois sexos da forma mais crua [e verdadeira] que existe; através dos
fluídos. Quando eu era pequena [lá pelos 8/10 anos], eu achava beijo na boca
algo repulsivo. Aos 12: “Beijo de língua?
Eca! Que nojento, nunca farei isso” [que boba eu, nem imagina o quão bom é
sentir a língua do outro na sua boca]. Aos 14, na rodinha com as amigas: “Sexo oral? Crissstooo!!!! Nããããão!!!!!!111
Jamais farei isso no meu marido (*e todas riam juntas*). Nunca. Nunca” – Bem, hoje eu já não
tenho essa certeza, RISOS.
Claro, o fetiche é um tabu, que se falado em voz alta, acaba
sendo visto de forma negativa pela sociedade, por quebrar o padrão
comportamental. Mas, talvez o melhor de NazoKano, seja o fato de que a série
não retrata apenas a atração sexual, mas também emocional através de respostas
físicas [Como quando Urabe experimenta a baba de outro rapaz para ter certeza
do que está sentindo, ou quando fica toda ~mole~
com Tsubaki atrapalhando os seus cabelos] que dialogam com as incertezas do
primeiro amor.
NazoKano choca por ser [principalmente] um romance entre
dois adolescentes que se contextualiza através do asco, indo de encontro a
noção que se tem sobre relacionamentos românticos. Premissas esquisitas e
inusitadas sempre existiram na indústria, mas não há tantas metáforas que evidenciam uma
tensão sexual ou estado psicológico dos personagens [principalmente em comédias
românticas]. Os dois casos mais comuns que vemos como um padrão são as
hemorragias nasais e a ruborização das faces dos personagens. Quando se pensa
nisso, FLCL [ou até mesmo KareKano] é aquele anime que imediatamente
ascende à mente, com suas metáforas sugestivas para o comportamento hormonal de
seu protagonista. Mas ainda sob uma ótica que permite que a série não saia da
zona de conforto do espectador, com um apelo sexual mais sútil – diferente de
um Panty & Stocking with Garterbelt,
que se encontra totalmente na curva em vários sentidos.
A série se equilibra na tênue linha entre a sutileza e o
asco. A baba é propositalmente desagradável, assim como todos os diversos
fetiches otakus também podem vir a ser, mas para quem já tem prévio
conhecimento acerca dessa subcultura, não provoca espanto algum. Pra chamar a
atenção, precisaria ser algo que provocasse e tirasse esse espectador de sua
zona de conforto. E polêmicas a parte, o autor conseguiu o que queria. Em um
nota de rodapé do volume 02 do mangá , Ueshiba dá a atender que 16 anos é a
idade das descobertas, de desbravar o desconhecido – Uma idade onde os
adolescentes ainda não estão com uma vida sexual plena, mas sem dúvidas um
brilhante momento de tensão única na vida de alguém nessa faixa etária.
“Se, por acaso, esse tipo
de relação delicada viesse a emergir em nossa sociedade atual, não seria mais
provável ocorrer com 16 anos de idade entre os jovens adultos? .... Isso é
porque é em torno dos 16, quando as crianças estão mais frágeis e tendem ser
incertos sobre sua vida, e assim, eu começo com todas as minhas histórias,
neste período de tempo, onde os personagens parecem crianças começando a
trilhar seu caminho para a vida adulta.” – Ueshiba Riichi
Neste caso, o material original ser publicado na revista Afternoon da Kodansha, uma revista com
público alvo no jovem adulto, diz muito. A Afternoon se coloca virtualmente
como sucessora da extinta revista Garo por sua experimentação e títulos tão
diversos numa mesma revista, como por exemplo, títulos retrô’s como Ah! Megami-sama (conhecido como Oh My
Goddess)e Genshiken à extremos
como Blade of the Immortal e Vinland Saga. O estilo artístico é inconfundível,
indo do mais artístico ao mais rabiscado. O que eu quero dizer com isso, é que
NazoKano tem esse característico apelo etchi [ecchi], se passa num ambiente
escolar, MÃÃS, apesar de ter uma premissa limitada, consegue se desvencilhar
bem dos velhos clichês tão comum ao gênero [obviamente, amparado por seu
público alvo, que quer algo além de apenas peitinhos].
Com isso, a história pode se focar mais no roteiro e menos
no etchi, este que por sua vez acaba se mostrando como um componente bem
natural e justificado. Mesmo os flashes constantes na calcinha de Urabe quando
ela saca sua tesoura, entre outras cenas repletas de erotismo, acaba sendo algo
que soma à tensão da trama. O foco acaba sendo no sentido de estranheza que os
adolescentes sentem em torno das garotas nessa faixa etária. Algo que o anime consegue
esboçar muito bem, onde em meio à descoberta do sexo, consegue também situar com
maestria o sentido emocional. Embora no anime, como não poderia deixar de ser
se tratando de uma mídia audiovisual, a baba acaba sendo um componente bem mais
exagerado e fetichizado que no mangá.
Esse elemento de estranheza faz uma série de referências
ganharem um significado especial para a trama. Aquela estranheza que todos ao
chegar a uma certa idade sentia, com o corpo pegando fogo e ao encostar em
alguém do outro sexo. Como descrito por Ueshiba, NazoKano é uma série de robô
gigante onde a menina é o robô. Uma serie que talvez seja mais inidentificável
para garotos, mas que também através de suas personagens femininas, dialogam
com garotas. A troca de intimidades, e a sutil competição, entre Urabe e Oka
são elementos beeeeem próprios do universo feminino. Algo que o anime consegue
mostrar bem, embora o diretor Ayumu Watanabe tenha escolhido não exibir a
perspectiva de Urabe, tornando a ainda mais misteriosa. Felizmente, o feeling
não se perde, ainda que acabe dando uma sensação de repetição a certa altura,
evidenciando o ritmo lento.
Urabe é uma garota misteriosa, pouco se sabe sobre ela, além
do fato dela gostar de UFOS e coisas relacionados ao espaço. Ao decorrer dos
episódios, são várias e várias referências gráficas a alienígenas, o que faz
com que alguns desconfiem que Urabe seja uma força mística. Pura bobagem e perderia
todo o charme se fosse assim. Urabe não é um alien, mas apesar de ser uma
adolescente normal, é vista como se fosse um ser estranho. Nada mais normal do
ponto de vista daquele garotinho, que muitas vezes nos veem como seres alienígenas.
“Eu nunca faço ideia do que a minha namorada
misteriosa está pensando, mas é por isso que eu fico tão feliz quando
conseguimos nos conectar” – Tsubaki.
Se no quarto de Urabe, nos temos espalhado por todos os
cantos referências obvias a seres alienígenas que revela sua natureza estranha,
no de Tsubaki, nos temos filmes clássicos Sci-Fis em forma de pôsteres, numa
referência ao fato do garoto estar descobrindo um universo [ou uma raça] novo. O Planeta Proibido, 2001, uma Odisseia no Espaço, The Big O (opa, este é anime), Star Wars e O Dia em Que a Terra Parou. Em meio a tantas metáforas obvias este
apelo Sci-Fi que agrega ao feeling retrô da série, também trás a tona a sacada
esperta do mote que move a história de Ueshiba, que é a saliva numa abordagem
cientifica.
A saliva, como um componente de digestão, permite que você
ingira alimentos e senta seu gosto. Mas Urabe têm um sistema digestivo
"estranho" que não só permite que ela sinta o quê outra pessoa está
sentindo, como também proporciona uma troca de experiências através de sua
saliva, que acaba também “infectando” a pessoa que ingere essa baba,
proporcionando a ela a mesma técnica de Urabe. Uma baba que transmiti emoções,
estados de espírito e até ferimentos. Um jeito fantasioso de representar a
experiência clássica de Pavlov [que inaugurou a psicologia científica com o Reflexo Condicionado]. Se intencional,
eu não sei.
Na abertura nos temos os limões, um fruto amargo que libera
uma grande quantidade de saliva, que por sua vez é a representatividade do
beijo. Que gera certas curiosidades acerca do que é o sexo não apenas para
Tsubaki, mas para Urabe também. Por que eles sonham com insinuações sexuais?
Como chegaram a isso? Como Tsubaki fez uma conexão entre o néctar pegajoso de
uma flor e baba de Urabe? Por que ele prová-lo? Os diálogos são ótimos, a química
entre esses dois personagens é excelente, e até por isso nem sempre a resposta
vem de forma didática, mas das interações entre os personagens.
É bacana perceber que com o desenvolvimento dos personagens,
aos poucos eles vão percebendo que o quê os une, está além daquela saliva, mas
que aquilo também desperta sentimentos assustadores em ambos. Um dos momentos
mais icônicos, é sem dúvida quando Tsubaki tem uma série de sonhos onde ele
está tocando nos seios de Urabe e quando esta, o permite toca-los, ele sai de
controle e a agarra. Na sequência, descobrimos que Urabe não é indiferente a
isto. Descobrimos também que ela tem simbolicamente o ponto G na orelha.
Ficando completamente indefesa quando Tsubaki começa a lamber aquele local. Ela
chora [tem garotinhas ai que sorriem quando se masturbam e chegam ao orgasmo,
mas é a primeira vez que vejo alguma chorando. LOL]. Ao chorar, Tsubaki acaba
se assustado e parando o ato. Não que ela estivesse se importando, mas ele não
compreende e se assusta. Representação PERFEITA. É dessa estranheza e falta de
tato em lidar com esse desconhecido que a série trata. E trata de forma esplendida.
Nazo Kano se desenrola de forma lenta. Gradual. Progressiva.
Mas altamente contundente em sua mensagem. Valem pelos momentos singelos como
quando Tsubaki pega com as mãos no cabelo de Urabe e ela se sente estranhamente
bem com isso. Quando enfim ela permite que Tsubaki a abrace [ali, ela se abre
para ele, deixando o se aproximar do seu corpo, não restando nela, mais nenhuma
dúvida quanto ao que sente por ele]. Ou mesmo quando Tsubaki não entende o
motivo de Urabe não deixa-lo segurar suas mãos dizendo "Só porque todo mundo faz isso, não significa que temos que fazer".
Afinal, primeiro vem o beijo, depois vem à fase de conhecer um ao outro, e
então, deixamos que o garoto pegue em determinadas partes do nosso corpo, o que
é evidenciando metaforicamente através do anime, com o abraçar, correspondendo
a um aspecto mais íntimo do que a troca de salivas.
E bem, sabemos que atualmente não é bem assim. E aqui,
certamente a série ser um passeio pela década de 80 e 90, é o que dá força à
sua premissa.
O mangá conhecido como
Mysterious Girlfriend X [Nazo no Kanojo X] provavelmente não é uma história
completamente definida no presente. Se o mangá fosse definido nos tempos
modernos, Tsubaki e Urabe teriam esse perfil de adolescente moderno, trocariam
mensagens de texto um com o outro, entre outras coisas (...). Por outro lado, enquanto
que a atmosfera do mangá pode ser muito reminiscente à década de 1980, quando o
autor estava em sua adolescência (...), há cenas em que Tsubaki empresta e pede
emprestado DVDs para uma estudante mais velha, então você não pode dizer que é
uma história completamente definida no passado também.
Aliás, eu muitas vezes
ouço o rádio enquanto eu trabalho, e às vezes deixo sintonizado nas canções
pops mais recentes. Uma vez que não tenha comprado nem um CD de músicas pop em
quase 15 anos, eu não reconheço nenhum dos nomes das músicas ou dos artistas
que são mencionados. Como eu ouço essas músicas que não reconheço, eu fico
pensando sobre como as linhas de melodia, ritmo e letras, tudo se sente
diferente quando comparado ao que eu ouvia de pop loucamente quando era um
adolescente, no entanto, em um nível mais fundamental, eu tenho a impressão de
que não mudou muito desde a época que em fui introduzido à música pop. Ou seja,
um monte de coisas vai mudar conforme o tempo passa, mas, por exemplo, um
menino se sentir excitado e reagir quando vê que uma bonita estudante transferida
vai se sentar ao lado dele: não importa quando isso aconteça, eu não acho que isso
vai mudar muito. Com esse pensamento em mente, eu acabo não pesquisar o que é
popular hoje em dia, e sentindo que não importa se a história se passa no
presente ou um pouco no passado.(...)
XX novembro de 2008
Riichi Ueshiba
NazoKano é uma série com uma staff completamente deslocada da cena atual da indústria dos animes, encabeçada pelo veterano Ayumu Watanabe, que apesar de experiente, até então só havia trabalhado com as versões cinematográficas de Doraemon [e atualmente ele dirige Uchuu Kyoudai] e um outro projeto desconhecido. Sem dúvidas, uma excelente escolha. O estúdio Hoods formado por ex-funcionarios do estúdio Gonzo, e que só havia no catalogo séries echi’s, consegue surpreender ao pegar um material diferente e lhe dar o tratamento que merece. Os estilos de animação, o character designer do personagens, os tons aplicados, a belíssima e noventista trilha sonora composta por Tomoki Hasegawa e mesmo a dublagem brilhante da estreante Ayako Yoshitani no papel de Urabe com um tom de voz completamente diferente do que se vê atualmente [sendo uma dublagem e tom de voz bem mais comum nos animes antigos], privilegiam o feeling retrô da série. Claro, valendo a citação aos estilos visuais da Urabe sempre alternantes entre os estilos dos anos 80, 90 e 00. Roupas, televisores, pôsteres, interação, o detalhamento foi primoroso. No episódio de praia [um dos melhores que já vi em animes], Tsubaki se mostra surpreso e encantado pelas garotas estarem usando biquínis com certa ousadia. Estes que só vieram se tornar populares no Japão, por volta dos anos 80.
NazoKano nos proporciona um delicioso passeio nostálgico por
décadas diferentes e que não vivenciamos, mas que se mostram de forma atraente.
A sequência de sonhos no primeiro episódio fez se sentir como um delicioso
musical dos anos 80, com efeitos de animação belíssimos.
Ainda assim, com um conceito tão bacana e uma execução que
acabou ficando acima da média quando o assunto era comédia romântica, há alguns
tropeços. A decisão de deixar Urabe em segundo plano acabou fazendo falta
quando na metade da série, sente-se a falta de um fôlego das repetições. O fôlego
veio no conflituoso arco da ex-paixão de Tsubaki [a Hayakawa]. Arco dinâmico,
que conseguiu se desvencilhar de mais uma armadilha do gênero, mas que acaba
tenta uma resolução xoxa, clichê e idealizado, parecendo algo “no final, salvamos o mundo com o poder do
amor e todos ficaram amigos” [embora tenha valido a pena somente por ver a Urabe saindo do nada em um robô de papelão numa sequência de timing e clímax FODÃÃ MANOW. Eu fiquei atônita]. É o desfecho mais pobre que uma série pode
apelar. Tecnicamente, o estúdio Hoods cometeu alguns errinhos primários, como
no episódio 06, com os seios de Urabe mostrados de forma desproporcional, essa
lag na animação, erro de continuidade nos takes da cena do cemitério no último episódio
com relação aos galhos de cerejeira.
Mas ainda assim, nada que afete o aproveitamento total da
série. O 3DCG é bem integrado e a paleta de cores trás aquele feeling de
nostalgia. E animação embora apenas mediana, no padrão de qualquer anime TV, possui uma boa fluidez. Destaque para o belo filtro aplicado que as vezes deixam as cores ainda mais vivas. NazoKano é uma comédia romântica bem diferente das que encontramos
normalmente, também se distingue pela seu enxuto elenco de personagens [fixando-se
entre 5 ou 6], se centrando nos protagonistas. Afinal, é ver o progresso sutil na
relação desse casal estranho e suas descobertas, seus conflitos, possessividade um com o outro, é onde mora toda a graça da
série, que brilha na subversão dos elementos típicos de todo romance.
Nota: 08/10
Direção: Ayumu Watanabe
Roteiro: Deko Akao
Episódios: 13