terça-feira, 30 de outubro de 2012

Comentários: Sword Art Online #17 – Sugu Meets Makoto


Essas asinhas de borboletas não ficam legais nos personagens masculinos....

Olha, eu peguei esse episódio pra assistir com bastante mau humor, eu odeio esses dias de final de mês, porque meu humor fica bastante oscilante e as cólicas menstruais ficam zunindo – ENTÃO, eu não vou falar sobre a minha menstruação neste post (fica pro próximo), mas eu imaginei que seria uma experiência meio frustrante levando em conta o caráter enrolation que acentuava sobre este episódio. Quer dizer, o caráter introdutório. Mas eu o achei bem agradável. O Kirito realmente é um personagem muito simpático, não consegui deixar de sorrir com a postura de Don Juan dele perante a Leafa (ou Lyfa).  

Foi um episódio basicamente com a interação entre Kirito e Leafa, com boa estruturação em cenas que conseguem ser envolventes e divertidas na medida para que o espectador não se canse com o forte teor expositivo da narrativa. Até aqui, Leafa também se mostrou bem carismática, conseguindo desvencilhar da chatice típica de tsunderes. Ela possui a característica básica desse clichê de se importar, se afetar facilmente, mas ao contrário de Asuna, parece estar num nível mais moderado. E como peça de reposição, é uma troca equivalente, e eu acho que nós saímos na vantagem (sim, sim, a Sugu tem peitões @@). Ou ao menos, eu espero que o autor não cometa os mesmos equívocos que cometera anteriormente.


Meu único ponto de crítica até o momento é com relação ao fato dela nem ao menos desconfiar da identidade de Kirito. C'mon, como que a Sugu nunca ouviu falar do “Herói Kirito”, que zerou SAO? Tanto quanto irmã do Kirito, ou caracterizada como Leafa, não é um argumento convincente ela nem sequer desconfiar. Seu irmão foi o grande herói Kirito, isso é de conhecimento público, ou ao menos a narrativa do primeiro episódio deixou isso embutido. Aparece um jogar claramente novato, com o mesmo username, com uma forte resignação a encontrar algo importante, e ela nem sequer desconfiar, me faz coçar a cabeça. Mas bem, a tendência é que isso se torne cada vez mais e mais aparente, então veremos como essa situação irá se sustentar. Só que desde já, fico receosa.

Também não gosto dessa estrutura narrativa de “mal entendido”. Se não é uma chave importante no enredo, o ideal seria que Sugu e Kirito se reconhecessem (ou ao menos ela) logo. É uma estrutura narrativa que particularmente eu não gosto muito por ser bem pobre e com o único intuito de criar situações inválidas. Puro embromation, que não leva a trama a lugar nenhum. Não gostei disso em Sakamichi no Apollon, e também não gosto em SAO. E sim, eu sei que a intenção é sustentar o fanservice da imouto, mas, tal qual foi em Ore no Imouto, é algo meio covarde por parte do escritor em questão, porque ele nunca irá levar aquilo adiante, e consequentemente essa trama em especifica, fica simplesmente estagnada com um desenvolvimento que não se sustenta a longo prazo.

Eu gosto desse conflito incestuoso, mas o clichê de imouto, atualmente muito trabalhado principalmente em light novels, é muito raso, com escrita pobre. Mas ainda não estou crucificando [não completamente, rs], vou esperar pra ver. No mais, previsível, eu sei, mas se não me tivessem contado, eu só teria percebido neste episódio, pois ainda estou meio dormente em SAO. Acabo não prestando atenção em pequenos detalhes óbvios.


Quanto a Asuna, eu vou dizer pra vocês que eu gostei pra caramba do destino que o autor deu pra ela. MIMIMIMIMIMIMI destruíram a personagem. PQP, você começou a assistir SAO em que episódio? Ela foi destruída há muitos episódios atrás e sinceramente se tornou um peso morto, só valendo mesmo como interação romântica com o Kirito. Ao menos aqui, a narrativa está sincera e sólida. Não tenho problema nenhum com garotas frágeis em histórias fictícias, isso só precisa ser bem definido e desenvolvido. Simbolicamente representando a Princesa presa no alto da torre, a espera de seu príncipe, ficou até legal e é capaz da personagem enfim conseguir se expressar melhor aqui. Asuna tem uma personalidade forte, mas não se enganem, é somente uma casca. Apesar disso, eu gosto da persistência dela e o fato de ao menos sempre resistir de cabeça erguida. Eu achei bacana a forma como ela repudia Sugou. Ela estava com medo, sentia repudio, e mesmo travada, conseguiu não ser um elemento passivo, erguendo a voz em protesto.

Assim, eu vou esquecer completamente a outra Asuna e encarar essa aí de forma diferente. Ao menos, tentarei. Insinuações sexuais, investidas abusivas, antagonistas caricatos, e etc, como um catalisador para o desenvolvimento do enredo, são algo que pode causar enorme empatia com o público [que torcerá pela vítima, se sentirá nervoso, com raiva] se bem trabalhado e sabendo tocar na ferida moral do espectador. Mas também pode se mostrar algo desastroso e tosco (alguém se lembra de BRS?). Até aqui, ainda está na medida, mas é uma estrutura que tende e incomodar muita gente. Discordo quando dizem que não combina com a narrativa. ALO me parece ser bem light que SAO, e no geral, empregando diversos clichês diversos a torto e a direito, diferente da [tentativa] de soar algo mais maduro, do primeiro arco. Aqui o autor assumiu descaradamente uma escrita bem mais infanto-juvenil. Todo o subtexto meio dramático, e não sei o quê vilão lascivo, é trabalhado com leveza, e de maduro não tem nada.

Eu também ficava assim, sempre que acaba de teclar/falar com "my love". Bem, eu também fico assim quando estou em estado de excitação e de puro surto.

E eu acho que fico contente por isso. Seja como for, Sugou é um vilão falso, caricato, pobre, raso, vazio, insira o insulto que desejar, mas ao menos tem se mostrado bem sólido e com motivações verossímeis. Mesmo o seu avanço sobre Asuna e todo esse plano megalomaníaco, são bem embasados. É toscamente repugnante, e se isso consegue provocar o espectador, é um ponto válido. No caso de ALO, o que irá depor contra ou a favor, será a jornada de Kirito. Que ao que tudo indica, começa no próximo episódio.

Ah, a cena do Kirito aprendendo as técnicas de voo com Leafa não tem lá nada que chame a atenção tecnicamente, infelizmente, mas foi divertido. Os gritos envoltos em risos descontrolados da dubladora de Leafa, a Ayana Taketatsu, tocaram o meu cérebro. Foi genuíno. Foi belo. Foi....verdadeiro. Enfim, tchau. Não, pera, também achei fofo a Yui com o Kirito. Eu quero uma Yui pra mim! Tão....~moe~.  Tá, tchau!

~moe~

Avaliação: