sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Comentários: PSYCHO-PASS #06 – Return of the Lunatic Prince


OMFG, Psycho-Pass virou um anime colegial...


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Tá aí, eu gostei desse episódio. Mais do que anterior, que eu não curti tanto, mais por questões pessoais do que qualquer outra coisa. Porém, obviamente este foi tecnicamente inferior. Acredito que conseguiu corresponder bem a media da série, que tem se mantido entre bons episódios, e algumas ressalvas.

O que eu mais gostei desse foi a centralização, que ao contrário dos anteriores, contem subtramas (3, pra ser mais precisa), inserções de linhas de tramas de episódios anteriores (talvez, excluindo apenas o primeiro e segundo episódios. A partir daqui, todos parecem ser interligar à Shogo. Ou ao menos, foi o que ficou subtendido), e tudo desenvolvimento simultaneamente e conectado ao enredo central. Eu gosto muito disso.

E em termos de narrativa, mostra o quão superior este conseguiu ser, com relação ao episódio 05.

Com essa formula, e devemos ir assim até atingir a trama principal. Enquanto isso o universo de PP continua se expandindo, mas ainda não sei exatamente o que esperar de um antagonista como o Shogo. A principio imaginei que ele fosse um anarquista, lutando contra o sistema, mas todo aquele plot do arco dos episódios 04 e 05 se auto anulou, restringindo-se apenas a uma ideia. No máximo, o que podemos tirar desses episódios [ao menos, por enquanto], é a construção de Shogo, e a relação entre aquele mundo governando pelo Sibila, e o nosso atual (isso ignorando a crítica exposta na narrativa). Basicamente, não mudou muito a forma com o mundo virtual é visto por seus usuários, e por quem não consegue entender esse fenômeno. A única mudança seria as circunstâncias, mas em ambas as sociedades, esses usuários querem é fugir da realidade.


 
hahaha adoro a química entre esses dois.  >__^
Olhando para trás vemos várias referências. Primeiro as cinematográficas, incluindo aí series japoneses que marcaram época e são respeitadas mundialmente (Cowboy Bebop X GiTS), depois as literárias com cânones da literatura; como Platão, Rousseau, Nietzsche, Terayama Shuji (um vanguardista e obscuro escritor japonês. Isso foi no episódio 05) e por fim George Orwell.

Confesso que achava essa falta de sutileza algo meio forçado, mas todas essas citações contribuem bastante para a compreensão da ideia a ser passada em cada episódio/arco, sempre mantendo, mesmo que vagamente, uma ligação com o plot central da série. Por exemplo, Platão revela muito da natureza filosófica de PP, algo já existente no próprio conceito. Não há como desvincular, e é algo característico de ficção cientifica.

Mas diferente de outras referências, o mundo virtual abordado anteriormente não parece ter muito lugar dentro do enredo. Eu fico um pouco decepcionada porque não sei o que esperar de Shogo, embora tenhamos ai algumas pontas soltas que esperando para ser interligadas. Ele não ter um motivo exato para ir contra o sistema, além do possível sadismo, é uma ideia que me deixa deveras receosa. Qual a intenção dele, ao se envolver em todos esses casos criminosos? Watashi Kininarimasu!!! Mas eu confio no Gen Urobuchi, já que ele adora surpreender quando chega no clímax de suas series. Sempre foi assim, quando se trata de obras originais. O final de Saya no Uta ainda ressoa grotescamente em minha mente.


Por outro lado, se Shogo continua sendo uma incógnita, uma das agradáveis surpresas do episódio foi à volta da trama do episódio 03; Johnny Mnemonic. Como se suspeitava, aquele disquete parece que terá um papel fundamental no enredo, e que aparentemente faz um elo direto com Shogo. Isso também trás uma luz para a discussão do episódio passado, sobre interrogatórios. Então o que sabemos até aqui, é:

O CID investiga os casos suspeitos.


Porém, não há como regular manualmente as Dominators, que agem no modo automático.

E o obvio; eles não tomam decisões próprias, cabendo o julgamento ao Sibila. Logo, mesmo quando o caso é suspeito, eles precisam acatar a ordem de eliminação letal.

A discussão com relação a alguém capaz de se antecipar e burlar o Sibila foi sagaz – Mostra que o enredo de PP está bem amarradinho e segue contínuo – e é Kogami que parece estar mais perto da verdade. Afinal, são anos de uma vida dedica a estudar o caso deixado por seu amigo; Sasayama.


Esses episódios/arcos curtos, com temas próprios, mas seguindo uma narrativa linear, com flashbacks intercalados entre as tramas, tem se mostrado extremamente eficaz. Neste aqui, além de descobrirmos um pouco mais sobre Kogami, e enquanto Akane tenta fazer o mesmo, escavando o seu passado, o prelúdio envolve completamente a trama principal.

Como era de se esperar de uma sociedade como aquela, os pais/governo se preocupam com o CC de seus filhos/cidadãos, mas parecem se esquecer de que às vezes as piores ameaças estão dentro de casa. Shogo parece ter se infiltrado como um professor, dessa vez.

As citações a uma das peças mais emblemáticas de Shakespeare, Tito Andrônico (Titus Andronicus), envolve completamente a forma de matar de Oryo Rikako, que está claramente sendo manipulada por Shogo.  

Tito Andrônico traz a história de vingança envolvendo o imaginário general da Roma Antiga, que dá nome à peça, que quer se vingar de Tamora, Rainha dos Goth. Lavinia, sua filha, é estuprada, tendo o seus braços, pernas e língua cortadas pelos filhos de Tamora. História sangrenta, com mutilações que parecem ter inspirado Urobuchi a produzir a obra de arte no final do episódio, rs. A Lavinia provavelmente será o próximo alvo de Oryo, que traça por meio de desenhos a forma que dará às suas vitimas plastinadas.

Assim como ocorreu na adaptação em mangá de Goth, a inspiração em Tito Andrônico é na forma escultural em que as vítimas são mutiladas, expostas sempre como uma obra de arte esplêndida.

O ponto mais interessante na forma como o corpo de Yoshika é exposto, é que se assemelha bastante ao logo de PP; sim, o Caduceu – O símbolo da medicina, envolto no símbolo da justiça. É muito bem bolado, né? O Sibila representa a justiça e a medicina psicoterapêutica. É o sistema quem julga, e o sistema quem trata de quem está “doente”. Inclusive, abrindo um parêntese aqui no que eu estava dizendo, na conversa de Ginozo com a mulher que parecia sua superior em comando, a narrativa torna evidente através de seus diálogos, que é sabido pelo governo que o Sibila é incapaz de medir com exatidão a linha tênue entre a genética e o comportamento criminoso. Isso nos leva à discussão do segundo episódio envolvendo Kagari, onde fora capturado pelo governo ainda criança, por simplesmente sua genética mostrar uma tendência a se tonar criminoso quando mais velho.
Agora, voltando ao que eu estava comentando, o corpo de Yoshika é montado de uma forma que se assemelha bastante ao logo de PP, com seu corpo invertido, braços, pernas e língua cortada. Vou falar o que já é obvio. A língua, representando a liberdade de expressão castrada pelo Sibila. Os braços entrelaçados, a liberdade de ação. O Sibila determina tudo na vida da sociedade, desde suas prováveis profissões, ao comportamental. E por fim, as pernas, que trazem a ideia de liberdade movimento. As rosas escondendo sua genitália [acima dos seios] seriam os óbvios segredos que o sistema omite de toda a população.

A cabeça parece exercer a ideia de um cálice, que se levarmos em conta a descrição de Oryo, aqueles olhos arregalados e com medo, poderiam ser a ideia da verdade revelada depois que se toma o vinho detentor de toda a verdade. Enfim.

Pra terminar, mais algumas incógnitas. Akane é definitivamente um elemento estranho ali. Além de seu Psychopass continuar inalterado, ela também não se embriaga, mesmo sendo tão franzina e frágil (pra não dizer que ela não parece ser o tipo que bebe). Junte isso, com a preocupação de Ginozo a nova personagem, que temem que ela siga os mesmos rumos de Kogami. Interessante que Kogami também e descrito como aquele que também, basicamente, era um prodígio. Agora, o que valeu episódio foi a risada gostosa que ela dá quando indagada por Kagari, se ela não estaria apaixonada por Kogami. Eu gostei pra caramba, porque foi um gesto tão natural, muito mais envolvente do que se ela tivesse agido como uma tsundere. Também gosto de como o roteiro se esforça para mostrar o seu cotidiano, não é que animes, fora os de slice of life, costumam se preocupar.

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Essa aqui é uma comparação entre a cena de Psycho-Pass e a do mangá de Goth, ambas em referência à Tito Andrônico.


"Yayoi não se incomodaria com uma coisa dessas. Ela gosta de coisas mais violentas e apaixonadas" – HAHAHAHAHAHA AAAADOREI a expressão da Akane, perdida no meio das duas sapatas. E a atitude da Yaoy tesão, tão natural como se não tivesse nada a esconder.


Eu vi essa imagem no tumblr e não resisti! E essa da Akane rindo? SO TRUE!

Eu vi essa montagem e...OH GOD! Vomitei paralelepipados!!!

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