Manjou?
~moe~
Episódio menos intenso que o anterior, mas seguindo o mesmo
padrão de narrativa. Interação, algumas cenas divertidas que se esforçam em
mostrar aquele cotidiano monótono da forma mais envolvente possível enquanto
várias tramas vão se formando ao fundo. Destaque para a segunda metade que sem
dúvidas conseguiu ser muito mais eficaz na soma de todos esses elementos. Nos
primeiros 10 minutos, a única coisa que realmente chamou a minha atenção foi o
clima de game Survival Horror que pairou no ar, tal qual a sequência entre Airi
e Kai no episódio anterior.
É algo bem particular, mas esse cenário de R;N têm me
encantado desde o primeiro episódio. Toda a sua imensidão que traz uma sensação
de falsa tranquilidade, o design de toda a vizinha que me lembra muito as
pequenas cidades afastadas americanas, rodeadas por desertos. Em geral a fotografia
da série é muito eficaz em questões de verossimilhanças, você olha para aquelas
nuvens e aquele céu, com todos aqueles tons e... bom, eu sinto muito familiaridade.
Seria ainda melhor se fosse algo mais refinado.
A sequência com Aki descendo as escadas atrás de pistas na
sala subterrânea tomada pela escuridão visualmente teve algo de horripilante,
pena que esse feeling sutil de tensão não foi ampliando ainda mais. Frau em seu
“esconderijo” também é digno de nota, com um cenário muito bem feito, a mistura
de iluminação foi o toque definitivo para o timing visual da cena. Lembrando
que a Frau é a típica nerdinha otaku. O cenário representa a verdade. E eu
achei mítico. Essa parte visual fecha muito bem com o sol ao fundo tomado por
nuvens e todo aquele alaranjado que contribuiu para a atmosfera depois que Aki
tem aquele espasmo e perde a consciência. O Pôr do Sol são sempre meio melancólicos
quando vistos em campos abertos.
O som que saiu do cassete quando Kai dá play lá no porão, é
o mesmo som executado em Chaos;Head, numa cena envolvendo Noé II – Se não me
engano, chegou a tocar no último episódio do anime. Estou comentando por
curiosidade mesmo, essas referências não têm a menor importância pratica dentro
da história, a não ser de easter eggs para quem jogou a série primogênita do
ponto e vírgula. Então, nem há porque descrever todo o contexto, mas a canção
se chama Toryanse e no Japão ela é executada em semáforos para indicar para os
pedestres quando é seguro atravessar a rua, e não por acaso sua tradução é algo
como “Deixe-me passar”. Fazendo uma pequena atualização, na verdade se chama "Kagome Kagome", e eu acabe confundindo com Toryanse.
O enredo em si do episódio, foi bem fraco, mas valeu por
alguns momentos isolados; A Junna continua um amor, e a sequência onde ela é
usada de cobaia pela Aki para conseguir patrocínio já indica o papel dela
dentro da série. PROBLEM? Nenhum. Ela parece que fantasia bastante, e isso
serve como alivio cômico. Aliás, ela ao lado de da Frau, aka Furugoori Kona,
prometem fazer uma dupla e tanto. As alucinações foram legais, mas A Frau rouba
toda cena sempre que aparece com toda a sua excentricidade. Já sou fangirl, por favor!
E agora que todos os membros do clube de robótica estão
reunidos, o episódio 07 promete ser mais interessante, já que o caráter introdutório
da série parece chegar ao final aqui, com um drama pra lá de manjado entre
Subaru e seu pai – Lembrando que Junna indica tem um conflito semelhante,
envolvendo robôs –, mas que talvez seja eficiente. Quem sabe? Por enquanto o
que me interessa mesmo é a trama principal e como isso tudo envolve Aki e Kai.
No mais, o fluxo suave entre um clima mais leve e o tom mais pesado no final,
ficou ótimo. Good.
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★