Faltando poucos episódios para o fim, SAO continua praticando sua especialidade: Subindo e descendo morros.
Vou contar pra vocês que me divertir muito com o último post
comentado, principalmente com a reação de todos. Obviamente eu não estava
falando sério, pelo motivo de que eu não levei aquele episódio a sério. A nota
máxima é equivalente a uma nota nula.
Bom, depois de dois episódios fillers, Reki Kawahara retorna
com sua narrativa singular, e com escolhas duvidosas. Daí quando eu comparo com
a Stephenie Meyer, querem me bater, vê se pode!? Infelizmente nem tudo em SAO é
elogiável sem que se abra uma observação em seguida, mas depois de alguns
episódios, esse foi o primeiro que conseguiu mexer comigo de alguma forma.
O clima de tensão é até bacana, e teria funcionado mais
comigo se já não houvessem me bombardeado de spoilers do que aconteceria em
seguida (tsc, ao menos a decepção foi
menor) com a Asuna. Vou poupar qualquer critica contra o Sugou, e suas
escolhas questionáveis como antagonista, basta lembrar que ele é um vilão típico
do estúdio Hanna-Barbera (Aquele do Scooby-Doo).
Na verdade isso nem me incomoda. É uma escolha medíocre do Kawahara, verdade, mas
é uma escolha. OPÇÕES. O problema é como tudo acontece no processo.
Uma sala com cérebros projetados por hologramas, com
pesquisadores (!!!) em forma de
lesmas...............com TENTACULOS, olha, vejam bem....não é o tipo de coisa
que faz muito sentido. É apenas tão risível quanto o mistério em torno do olho
de boneca da Misaki Moe em Another. E verdade seja dita, eu já sabia o que
aconteceria, e sim, foi até menos gráfico do que eu esperava, mas eu comecei a
rir feita uma boboca porque a cena é realmente muito tosca. Principalmente
quando o tentáculo tentando estuprar Asuna e ela morde seus “órgãos”.
Isso é o que a gente chama de preguiça do autor em
desenvolver situações realmente interessantes, então ele cria uma sala virtual com
cérebros holográficos (!), e
pesquisadores (!) – Claro, não vamos
esquecer que estamos interpretando num jogo de RPG. Tudo precisa parecer de
verdade. Então, pra criar uma catarse preguiçosa envolvendo a Asuna em fuga, ele
insere esses... pesquisadores, cientistas, sei lá, dentro do jogo. Mas é precisar
ter uma dose de fanservice. Ah, crie avatares de Caracóis Tentáculos para esses
caras, mas isso aqui ainda é algo para todos os públicos, então não pode ir muito
longe (só o suficiente pra fazer sucesso
com doujins no comiket), coloque sensibilidade neles.
Bem, pessoalmente nada contra. Só não considero algo bem
bolado para a proposta. Certamente isso é algo que empobrece a narrativa, mas
eu acredito que o Kawahara não estivesse muito preocupado com isso. Já comentei
aqui antes, é uma formula que se faz sucesso, permite essas escolhas. Como já
vi comentarem, Asuna é a garota pro rape (não
pense que ela transa na história só porque o autor achou que seria maduro. É
tudo visando um público), e a Lyfa é a imouto puro amor, intocável até
mesmo pelo protagonista (por isso toda
situação paradoxal envolvendo ela e Kirito. Ela nem ao menos terá uma chance,
como Lizbeth). A estrutura narrativa é muito amadora, mas a comercial é
muito bem amarrada. Uma pena que o arranjo disso tudo seja zoado. Mas enfim,
não é assunto pra esse post.
Fora essas creppy escolhas, eu curti bastante a interação
Kirito e Sugu deslogados. Meio melodramático todo aquele choro, mas importante
para o desenvolvimento da personagem. Seria estranho, num episódio ela caindo
de amores pelo irmão, e no outro já não dando um foda. Em outro extremo, esse
background de Kirito e sua relação com o mundo online acaba sempre sendo algo
muito legal de acompanhar. Isso sendo SAO, uma série que trata de forma bonita
e fantasiosa, a relação entre o virtual e o real – Não por acaso, o cenário é
bonito e o autor constrói e dá ênfase num estilo de vida num mundo a parte,
quase que desconexo do exterior. Então, esse momento onde o Kirito chama a
atenção da irmã, e depois vê sua imagem refletida no espelho, num instante onde
o personagem parece perceber vive inteiramente dentro de um jogo, foi algo
quase tocante. Esse minuto onde ele acorda pra realidade, este parece se sentir
triste.
O cliffhager final foi bem impactante para mim, com Kirito
perdendo qualquer senso de lógica e correndo em direção a Asuna. Foi bem natura
a meu ver, e eu não esperava outra reação da parte dele. Qualquer outra séria
até incoerente com sua obstinação. Conseguiu me empolgar, mas eu sei que no
próximo provavelmente isso será broxante. O autor parece estar reescrevendo
todo o primeiro arco de SAO, né? Em ordem cronológica e andar por andar. Não
vai demorar muito e ele vai estar reescrevendo Alfheim Online, rs.
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
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