Oh my feels!!!
Montagem de alguém do tumblr que explicita exatamente a orma como eu vi essa cena HAHAHAHA |
No episódio anterior eu comentei sobre o meu desejo de ver
um bom desfecho para este caso, e especialmente um fim digno para a Oryo, e não
é mesmo que fui prontamente atendida? Será o que Butcher Gen leu os comentários
deste blogu sobre desenhos animados coreanos? OH, YES, YES! Estamos sendo constantemente
vigiados. Cuidado com o que vocês falam, hein. Tá, não.
Ainda assim, este episódio não conseguiu me agradar como um
todo, porém foi eficaz em ser incrivelmente divertido, ao ponto de eu não
questionar nada em todos os seus quase 23 minutos. Kogami chegando à conclusão
de que o caso não seguia o mesmo padrão do anterior, eu apenas conseguia
suspirar com a troca de olhares entre ele e Akane. Aquilo foi tão HHNNGGG.
Akane, sua bobinha!
Kogami marchando tão imponente em direção a Oryo eu não
sabia se surtava por toda aquela postura emanando sensualidade e testosterona
[KOGAMI GOSTOSO], ou se ficava tensa pelo que poderia acontecer com a Oryo, no
fim eu apenas consegui me revoltar loucamente com a postura daquele velho filho
da puta que atrapalhou a mise en scène dele ao apontar a Dominator para ela.
Oryo Rikako
Crime Coefficient is 473.
Enforcement mode is Lethal Eliminator.
Aim
carefully and eliminate the target.
A partir daí foi pura TENSÃO, enquanto eu sorria e mastigava
as jujubas pelo puro nervoso. Os Enforces procurando por Oryo no galpão,
enquanto ela fugia de cães mecânicos e do caçador com um rifle na mão, com
Shogo ao fundo tão lindo e divoso se divertindo com toda a situação e recitando
trechos fragmentados de Titus Andronicus – Mais alguém se lembrou do episódio
onde Kirei recita um Salmo da bíblia, em Fate/Zero II? –, puuuutz, eu senti toda
essa sequência muito vibrante, envolvente e um tanto quanto brutal.
E foi um fim digno para a Oryo, embora ela tenha sido tão
estúpida, acabou se mostrando uma antagonista muito simpática. Mesmo o seu
desfecho, ela faz umas caras assustadoras e se mantém calma, ao ponto de ainda
desdenhar do seu algoz no final. E claro, eu totalmente fraca, fraca, fraaaaca
não pude evitar soltar um gritinho quando ela cai na armadilha de urso e quando
aquele rifle simplesmente detona sua cabeça, arrancando-a fora. Aliás, que puta
cena mais sádica, aquele POOOOW seguido da cabeça dela caindo na água foi
lindo, revi umas 3 vezes com um sorriso largão na face. FUCK. YOU. BITCH! Eu
quase pude ver o rosto sádico de Urobuchi ao escrever essa cena, se divertindo.
CARAMBA, o Shogo é o próprio Urobuchi, e ainda fez questão de deixar uma
pontinha de fanservice para fazer as fangirls delirarem “Tenho a sensação de que ele vai
ser mesmo muito divertido”. E assim, um arco se fecha com uma BGM
absoluta ao fundo e as cortinas de fumaças se dissipam prometendo um conflito
interessante logo à frente.
Foi um episódio dinâmico, ao ponto de eu respirar aliviada
ao termino do mesmo. Acredito que nesse, a direção teve uma execução próxima do
ideal, balanceando bem áudio e visual. A narrativa em Psycho-Pass às vezes me
incomoda em ser expositiva ao extremo e a dificuldade da direção em tornar isso
o mais atrante possível visualmente, estendendo por demais os diálogos quando
na verdade não estão dizendo nada de novo, apena o obvio. Mas eu gosto quando
isso é feito de forma dinâmica, já que Psycho-Pass parece querer atingir vários
públicos e ainda ser cult. Se vão conseguir, só as vendas de BD/DVD e singles
dirão, mas isso implica em ser mais literal em tudo.
No inicio do episódio, Shogo questiona Oryo sobre o motivo
de ela só escolher as alunas daquela escola. Ela lhe responde àquilo que esteve
implícito na narrativa desde o inicio do arco. Oras! Como podemos ver pela
reação extremada do diretor (que sim, se
explica por tudo o que aquela escola representa, e também explica o porquê ele
interveio quando Kogami apontou a Dominator para a Oryo. Foi tudo muito abrupto
e ele não poderia imaginar que uma aluna estive por trás de todos aqueles
crimes....Se nem o Ginoza imaginava, pff), e pelo pânico gerado nas alunas
quando o velho Masaoka saí da sua forma holográfica de Drone, aquela é uma
escola bastante convencional, que tem como objeto formar garotas femininas e “boas”
mulheres que atendam ao pré-requisito da sociedade paternalista.
A primeira escultura de Oryo é uma obvia crítica ao sistema.
Também fica implícito o quanto Shogo a observava, que ele
sabia das possíveis falhas nesse método de Oryo, mas não fez nada para evitar,
porque ao que parece ele está à procura de alguém que possa ser “único” e não
se deixar levar por questões pessoais, além de estar buscando se divertir nesse
processo todo. Logo, não há porque ele intervir e aconselhar, apenas observar
sadicamente. Fica aí a minha ansiedade em querer saber como ele pretende lidar
com Kogami.
E não havia nada de original realmente no método de Oryo,
além de se obviamente muito falho, o que deixa ainda mais obvio o quão ridículo
é o Ginoza, e os Enforces não terem ligado rapidamente todas as pontas soltas
desse método. O serial killer seguia um padrão, matando somente alunas daquela
escola, e sempre as transformava em obras de arte, então não há nada de
realmente tão brilhante na dedução de Kogami, pelo contrário, investigar a
mensagem por trás daquelas “artes” seria o qualquer detetive de ficção policial
faria.
No inicio, eu até achava isso legal, pois também apontava as
falhas do sistema, porém isso tem ficado cada vez mais difícil de aceitar sem
demonstrar certa descrença. Mesmo que o Sibila acabe tirando muito do instinto
policial do CID, que fica muito dependente das analises frias de uma máquina, às
vezes parece que a capacidade dedutiva de Ginoza e os demais estão deterioradas.
Ele, Ginoza, ainda levanta a questão obvia de não ser possível uma estudante
como a Oryo, ter armado todo aquele esquema sozinha, espero que essa linha seja
retomada lá no próximo episódio. Não acho bacana enaltecer Kogami em detrimento
dos outros personagens. Urobuchi, você
tá fodendo com os personagens, faz isso não!
As referências a Shakespeare neste episódio foram absolutas.
De Hamlet, à Titus Andronicus. E
foi a meu ver, o melhor uso de referências na série, onde todas as citações se
misturam ao conflito da trama em uma bela montagem entre roteiro, BGM e visual,
onde tudo foi mostrado visualmente e institivamente. As belíssimas citações de
Shogo são trechos de vários atos de Titus Andronicus que se assemelham e muito ao
caminho trilhado por Oryo do inicio ao fim, incluindo todo o cenário que alude
bastante à narrativa da peça – O grupo de caça que persegue a rainha dos Godos,
Tamora, a forma como ela é caçada, e jogada aos cães selvagens, e também gosto
da chuva incessante que parece transmitir emocionalmente uma das linhas de
diálogos da peça onde alguém cita figuramente uma chuva torrencial. E o próprio
título do episódio, "The Rest, Is Silence", passagem emblemática de
Hamlet, onde as últimas palavras do personagem são “O Resto é Silêncio”.
Mas o que esse título quer dizer, afinal? Na minha
concepção, diz respeito à forma como Shogo vê Oryo (se alguém tiver uma interpretação diferente, diz aê). Essa é uma
fala do último ato da peça, onde Hamlet começa o seu plano de vingança. Oryo,
mesmo que implicitamente, é motivada por um desejo de vingança, tanto que ela
procurar afrontar a sociedade, transformando seus manequins (as garotas que acabaram virando suas
vitimas, e que pelas suas palavras eram treinadas para serem donas de casas perfeitas)
em obra de arte, e até o rancor que sentia pelo caminho trilhado por seu pai. Em Hamlet, as mulheres eram mal tratadas, e as
situações chegam num ponto onde amigos viram inimigos com uma facilidade enorme.
Acredita que a relação entre título e a trama, são os sentimentos
que ambas expiram. Durante toda a história, Hamlet luta com as palavras do
fantasma do seu pai, pedindo vingança. Hamlet está perturbado, e depois que ele
morre, não há mais ninguém para continuar a linhagem, não há mais nada além que
o silêncio. Enfim, mimimi, episódio divertidíssimo e pulsante, embora a
construção do roteiro não me agrade por expor muito a fraqueza dos personagens
de Urobuchi na forma como tudo é conduzido.
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
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> Quer dizer que certas artes são consideradas perniciosas? E alguns vícios. Um cara que coleciona bonecas, o outro que é viciado em tabagismo, e até livros? Gostaria que isso fosse mais explanado.
> À direita, o livro verdadeiro que Shogo segura. O preço é bem salgadinho, nhé!
> Sentirei saudades da voz da Maaya Sakamoto. R.I.P. Oryo!!!!!
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> Quer dizer que certas artes são consideradas perniciosas? E alguns vícios. Um cara que coleciona bonecas, o outro que é viciado em tabagismo, e até livros? Gostaria que isso fosse mais explanado.
> À direita, o livro verdadeiro que Shogo segura. O preço é bem salgadinho, nhé!
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