Shogo, meu corpo está pronto! Me use, me abuse, porque seria
um crime resistir a este sorriso õ_Ó’
Eu adoro arcos de histórias que se relacionam entre si, pois
dá a nítida sensação de progresso no enredo e dos personagens envolvidos, ao
mesmo tempo em que extrai o melhor que este tipo de narrativa tem a oferecer. Este
episódio não apenas puxa o “gancho” do episódio anterior, como ainda podemos
ver um pouco mais dos personagens e principalmente algo que Psycho-Pass tem
deixado muito a desejar; os elementos sociais que formam àquela sociedade – Gen
Urobuchi têm se concentrado muito na psique dos personagens através de uma
perspectiva demasiadamente expositiva, e talvez por isso já no episódio nove esses
personagens ainda não soam tão envolventes como já deveriam ser, e a história
dê a impressão de estar faltando algo.
Ainda assim, Psycho-Pass segue sendo o meu segundo anime
preferido da temporada, e na minha concepção este episódio consegue ficar,
ainda que sem a pegada FOOOODA e todo aquele clima de tensão altamente
surtante, no mesmo nível do anterior. E ainda ganha um PLUSSSS porque mesmo
depois de eu fechar o player e dar um tempo pra toda a adrenalina passar, racionalmente
ainda é um episódio redondinho que responde alguns dos meus questionamentos
anteriores, embora ainda continue sendo uma história intrigante pra caralho.
Certo, pausa para o moe!!!
Alguns colegas chamam a Akane de retardada e mongoloide, e
cá entre nós ela umas atitudes e uns gestos que....As vezes ela fica
simplesmente voando com o olhar vago, ou com umas expressões UUUGUUUHH- E é
algo que consigo perceber também nos primeiros episódios, ela é meio
desajustada e avoada (dizem que todo
gênio é assim). De certa forma isso consegue casar perfeitinho com a
personalidade dela, e anda de quebra, bate com a idade da personagem (e seu plano de fundo que veio a tona no
reconhecimento daquele professor), mas eu realmente adoraria ver uma
crescente nela nessa reta final, pois até agora só o Kogami vem mostrando um
background bacana e numa boa crescente.
Eu gostei muito do retorno do caçador Senguji, eu já tinha
me simpatizado com a sua figura anteriormente. Ele é muito cool e tem cara de
ser um bastardo maldito hahaha. Eu só não imaginava que seu corpo fosse todo mecânico,
com exceção das áreas nervosas e o cérebro. Isso explica as limitações de suas
expressões. Também aumenta a vibe aterrorizadora existente em volta dele.
Alguém comentou no MAL sobre se parecer muito com o Mad Pierrot de um dos
episódios mais emblemáticos de Cowboy Bebop, e realmente pode ser uma
inspiração, embora eu não esteja totalmente certa. Aguardemos os próximos
episódios então.
O diálogo que abre o episódio, entre ele uma
jornalista, foi ótimo. Não tenho muito que acrescentar a respeito, mas foi muito
interessante as expressões dela para as respostas dele. Em uma linha simples,
onde ele diz que não há diferença entre o seu modo de viver e àquela sociedade,
Urobuchin conseguiu dar sequência à mesma discussão do arco anterior, porém por
um novo viés. Discutia-se anteriormente o estado dormente da sociedade, com o debate
sobre o efeito Angst [desespero] sobre a mesma. Aqui, ele dá uma cutucada,
relacionando o fato deles não conseguirem mais viver sem aquela tecnologia.
Mas não para por aí, o tema ainda é explanado de uma forma
sensacional através de Kogame e Akane. A palestra com aquele professor foi
muito interessante. Primeiro porque serve como uma extensão sobre o que não sabemos
sobre ela, o que faria aquela explosão emocional ao final do episódio ficar
mais impactante e emocional. Segundo, porque é bem irônico que no pré-Sibila,
fossem as pessoas que fizessem essas leituras. Terceiro, porque dá vislumbres
referentes à origem daquela sociedade.
Desse encontro, se originou toda a conversa entre Akane e
Kogami no carro (eles ficam tão bem
juntos, hã!?), referente à natureza do Sibila de inferir na liberdade cultural,
infligindo uma censura, já que o conhecimento poderia levar a um Psychopass
sujo. Mas é obvio que não é apenas isso, podemos concluir que seja basicamente
porque alguns materiais poderiam levar as pessoas terem uma melhor compreensão
de si mesmos e de sua sociedade. A comparação feita por Kogami foi brilhante,
realmente parece que não, mas o conhecimento realmente pode levar a um estado
de estresse e perturbação psicológica. Dependendo do contexto, quanto mais se
sabe, mais psicologicamente abalado você fica.
Também gosto de como essa metáfora de Kogami reflete sobre a
OP da série, com Akane afundando e talvez procurando algo em meio à escuridão.
Espero que isso seja um bom prenuncio.
No episódio passado eu comentei sobre como gostaria que
aquelas sequências com prisioneiros tão distintos fossem mais bem explanado. Ao
menos, ao que se refere a livros e conhecimentos gerais, não ficou devendo
nada, achei o contexto excelente. Eu me sinto até meio burra e avoada por não
ter percebido antes e conexão entre esse PLOT dessa trama e o romance Fahrenheit
451, que eu mesma indiquei posts atrás (acho
que posso ser perdoada dessa vez, final de ano letivo é tenso). Depois de
ter escrito e postado, eu me lembrei de que me esqueci de citar o Sabujo, um
cão mecânico deste romance, que fora sem dúvida alguma a grande inspiração de
Urobuchi para os bichinhos de estimação de Senguji.
Mas o melhor, é que toda essa trama é muito similar à de Fahrenheit
451, principalmente no que se refere ao conhecimento através dos livros. A
história de Fahrenheit se passa num futuro anti-intelectual e distópico, onde qualquer
um que fosse pego lendo livros sofriam desde penas severas, à férias integrais
no hospício. O ponto onde eu quero chegar é o fato que a própria sociedade
suprimiu a literatura como autocensura para procurar num estado de alienação,
uma felicidade tangível, e o governo tirou proveito de toda a situação, claro.
Este é o argumento de Fahrenheit 451, que me parece estar
sendo nessa trama a grande referência de Urobuchi, afinal, é só trocarmos a
autocensura da população pelos livros, pelo sistema Sibila, com o governo
fazendo todo o resto, como suprimir todo o acesso às informações dos primórdios
daquela sociedade, com o apoio daqueles que viveram essa transição. Por isso,
não se surpreendam se o desfecho de PP terminasse em uma guerra civil, com
Akane tomando consciência e despertando, e consequentemente, sendo
perseguida--- Ah, seria bom demais pra ser verdade, enfim. Em Fahrenheit 451, o
autor tece críticas acidas á sociedade que em sua visão, era medrosa, acanhada,
e não pensavam por si mesmos sendo facilmente manipulados pelo sistema (na real, o livro é uma crítica direta à
televisão e àqueles que trocam os livros por ela).
O que mais eu posso dizer? Alguns comentários aleatórios
então. Senguji vê as pessoas como caças, esta que depois de muito tempo acabou
se tornando um hobbie refinado para pessoas abastadas financeiramente. Ainda
hoje, mesmo o tiro ao alvo, continua sendo visto como uma excelente fonte terapêutica
por trabalhar a mente da pessoa de dentro pra fora. Então, vejo sim bastante
lógica na metáfora de Senguji na conversa com Shogo. Destaque para Ode to Joy
de Beethoven ao fundo – Casou com a vibe dos diálogos entre os dois.
Shogo botou Senguji atrás de Kogami? Isso não vai prestar e
algo me diz, que será o ponto de virada em PP *espero que sim*. O RC comentou
sobre como Kogami e Akane se assemelham a Sherlock Holmes e John Watson, e
Shogo com o professor Moriarty – Eu realmente preciso concordar com esse ponto
de vista. E a pergunta de sempre continua martelando: Qual é a do Shogo,
afinal?
Eu já disse que não gosto dessas citações aleatórias a filósofos?
Principalmente quando a frase é usada completamente fora do contexto original [ou
seja, não difere muito dos diversos fragmentos de Clarice Lispector espalhados
pelo saudoso Orkut e o Facebook]. Eu acho de um pretenciosismo bem boring.
AAARRRRGHHHHHH, não poha, Platão não queria dizer isso, senhor Senguji. Fuck you!!!
E GINO-SAN FICOU TODO MORDIDINHO HAHAHAHAHAAHA, UUHULLLLL,
ADOREI! Se fode ai otário hueuhehueuh!!! O que eu acho? Eu achei foda, certos
homens acham mesmo que podem vir com banca pra cima de algumas mulheres, só por
estas terem uma aparência frágil, ah vai se foder. Apesar de que, né, eu fiquei
aqui do outro lado rachando os bicos de rir das gesticulações da Akane, eu no
lugar do Gizo começaria a rir. Bem, o Kogami sorriu, eu sei no fundo do coração
ele deve ter achado aquilo tudo muito HNNNGG. TIPO: GAOOO! No mais, não dá pra comentar mais nada,
adeus. Não, pera, a explicação do Ginoza sobre o motivo dele ter se perdido no
caso anterior conseguiu me comprar, mas apenas por causa do fator emocional.
Apenas por isso. Embora, ainda ache-
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> Eu nunca saberia por mim mesma, mas essa casa é uma replica de Fallingwater, uma das casas mais famosas em todo o mundo, sendo sinônimo de luxo e isolamento. Assim, vemos que realmente não é todos os lugares ali que são monitorados, existindo diversos pontos cego. Isso dá certa vida à cidade, tornando-a mais real... e também complexa, o que vai exigir melhor desenvolvimento mais a frente.
> Como sempre, quase todo episódio dá dicas sutis referentes ao estado em que a cidade se encontra. Dá pra se concluir que o nível do mar subiu, mas é apenas isso?
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> Como sempre, quase todo episódio dá dicas sutis referentes ao estado em que a cidade se encontra. Dá pra se concluir que o nível do mar subiu, mas é apenas isso?
> Velho Masaoka é pai do Gino? Agora sim, tenho certeza que ele deve morrer em algum episódio. Oh, Gen...
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