segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Comentários: Sword Art Online #25 – A Semente do Mundo


Um encerramento digno, que representa tudo o que foi ALO.


Fraco, inconsistente, irregular, antagonista à lá Black Rock Shooter (ao menos este compensava pelas boas sequências de lutas), um verdadeiro conto de fadas otaku com direito à valsa nas nuvens com a imouto. E, não era realmente previsível que o autor não tinha a menor intenção de desfazer esse triangulo amoroso? A forma como Kirito trata Sugu não é como a de um irmão.

Não que eu me importe realmente, Kirito é um bom jardineiro que cuida bem de suas rosas.


Apesar de a sequência inicial perder muito da sua densidade por causa dos maneirismos do Sugou, eu confesso que até me diverti ordinariamente. A fúria do Kirito é compreensível e a miscelânea de imagens onde ele recorda o atentado de Sugou para com Asuna e a crescente BGM ao fundo contribui para possamos compactuar com sua revolta. É aquele instinto primitivo no qual por alguns minutos ficamos completamente cegos, e o momento onde Kirito coloca a faca na garganta de Sugou e para por alguns segundos ponderando os prós e os contras daquela atitude, se sente muito genuíno.

Essa semana eu estava lendo mais um caso lastimável de molestamento nos metrôs de São Paulo; a garota ao perceber começou a gritar e chorar, e ela conta que seu pai mesmo mancando, conseguiu alcançar o molestador e desmaiar ele com um soco na nuca. E eu já vi casos piores de lixamento aonde o elemento às vezes chega a ser morto por alguém próximo da vítima. Kirito felizmente não cruzou a linha, mas eu gostei dele ter chegado até à borda dela. Aliás, eu tenho minhas ressalvas com relação ao Kirito, mas eu gosto do fato dele ser muito mais próximo a alguém real do que grande parte dos protagonistas shounen-likes, que tendem a serem demasiadamente puristas (obviamente por serem destinados ao consumo do publico infantil), ao contrário de SAO.


No extremo oposto, Sugou é só decepção. Nada nele faz sentido; se essa caraterística afetada até fazia um pouco de lógica dentro do jogo, fora dele soa extremamente no sense. Ser o “rei do mundo”? LOL, o autor deveria ter deixado claro que ele é completamente psicótico. Seria bacana uma cena dele internado num manicômio, não preso como se fosse alguém em plenas faculdades mentais.

Mas não, vamos lotar o screentime com personagens randons subaproveitados durante a história. Claro, o autor fez certo em retratar um pouco do cotidiano de Asuna e Kirito ao lado dos demais numa escola especial, também o reencontro deles com os velhos conhecidos de SAO, mas foi tão burocrático que tudo o que eu poderia fazer é ficar conferindo quantos minutos faltava para o fim.

Faltou envolvimento emocional para que tudo aquilo tivesse sentido para mim. Para quem lê a novel, certamente isso não pesa contra, mas para quem acompanhou apenas a versão animada, é pedir demais que sinta empatia por um reencontro com personagens que não dizem nada. Mesmo Kirito e Asuna, que são sim um casal carismático, eu senti que faltou uma certa ~magia~. Magia esta que quase pôde ser sentido com Sugu e Asuna. Será porque ela é a heroína principal de ALO? Provavelmente.

Eu digo quase porque apesar de preferir este casal, eu não conseguia parar de pensar no quão canalha o Kirito estava sendo HAHAHAHAHAHAHA.

Vadio, não quer, mas faz questão de continuar sendo dono do coração da garota. Eu conheço muitos assim! CACHORROS!



A pouca presença que Asuna tinha em tela, foi embora junto com os lindos cabelos amarelos que ela tinha.

E bem, a sequência final com todos voado juntos em uma só direção faz parte da mágica da série. Agora, esses japoneses possuem verdadeira fixação por OVOS, né? De Berserk, à XXXHOLiC – Já perdi a conta do numero de séries onde um ovo esconde o segredo do plot do enredo. Mas por que diabos o Kirito iria compartilhar com todos o segredo da programação de um game que foi responsável por aprisionar e matar milhares de pessoas mundo afora? Não tem lógica, será que ele não aprendeu a lição?

Tudo bem querer usar o jogo novamente, mas liberar o seu código para milhares de anônimos me parece tão incoerente (até mesmo para SAO). Outra questão que poderia ser mais bem trabalhada visualmente foram os efeitos de mais uma tragédia envolvendo um MMO. Cai naquilo que eu falo sempre; não fale, mostre. Teria muito mais impacto.


Enfim, acabou. Apesar dos altos e baixos, foi divertido. Uma experiência completa do que se entende como entretenimento, que abrange desde assistir, até ir discutir junto com outras pessoas. O sucesso popular de algo se mede assim, na reação de sua audiência. Como entretenimento pipoca, SAO cumpriu sua missão. Uma pena que nossas empresas não são antenadas o suficiente pra aproveitarem isso no momento certo, né mesmo?! Não vou prometer uma review, porque eu sempre prometo e acabo enrolando (até hoje não fiz a de Another). Obrigada por acompanharem e comentarem civilizadamente.

Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★

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 > WOOOAAHHH õ_Ó Eu nunca tinha visto uma foto do Reki-chan, e ele não e um gordo tetudo! Mas tem carinha de nerd (lá no Japão é otaku) viciado em games e viciado em cheirinho (ééééhhh) de lolis!

 > Sugu pareceu eu ali, nos compromissos sociais que sou obrigada a comparecer com gente da firma de meu pai.

> Lembra do carinha que descobriu que sua parceira (ou namorada, sei lá), era na verdade um homem em SAO? MELHORES HISTÓRIAS DE AMOR, por favor!

> Kawaii!

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