E essa nova temporada, como anda?
Resolvi pela segunda fazer um apanhado de tudo o que ando
assistindo e traçar alguns curtos comentários. Obviamente não viso julgar a
obra por completo, mas apenas parcialmente. Alguns ficaram pelo caminho, e
outros seguem.
***
Maoyuu Maou Yuusha
Estúdio: ARMS
Episódios: 12
Assistidos: 03/12
Status: Assistindo
Episódios: 12
Assistidos: 03/12
Status: Assistindo
Maoyuu está tipo aquele joguinho da fazendinha! Alguém que
usava Orkut na época, se lembra? Aquilo se tornou uma viral dos infernos. Até
mesmo nas rodas de amigo da escola, ou familiares (principalmente), o assunto
sempre ia para este lado; “Ei, tem roubando minhas galinhas” (!!!).
Bom, já fiz toda uma introdução sobre Maoyuu no post de primeiras impressões,
e o que posso dizer aqui, é que do primeiro episódio até este atual, a série
conseguiu manter o seu bom nível, sempre mesclando política (e suas diversas definições) e comédia romântica.
É uma equação que me agrada bastante. Embora o Yuusha (Herói) continue sendo um frouxo, ele é
um herói divertido. Há algo de ironicamente sarcástico num herói habilidoso que
consegue matar dragões, enfrentar exércitos perigosos, mas não possui a desenvoltura
para guiar um relacionamento, ficando nas sombras da ‘esposa’. Com todo este
lance de economia e cada um desempenhando a sua função, me faz lembrar as
regras de um lar, principalmente agora que Yuusha se desprendeu de Maou (Rei Demônio) para fazer aquilo que ele
realmente sabe, enquanto ela cuida do castelo. Não lembra a estrutura
tradicionalista de um lar?!
Quem queria uma narrativa mais pesada, torce o nariz, e
penso no quão difícil seria adaptar um conceito destes para o vídeo, sem soar
muito cansativo [e ainda vender]. A comédia otaku é um outro porém, mas que
também não me incomoda. A relação entre Maou e Yuusha têm ficado cada vez mais
divertida, e pasmem, envolvente. Eles realmente convencem como um casal virgem.
Nos meus comentários acerca do primeiro episódio, eu
comentei sobre Maou não ser contra a guerra. O que não é exatamente verdade, como se
pode ver. O que ela busca é a harmonia. Imagino que a narrativa mais carregada
deva ficar mais para o fim, e por enquanto o que vemos é o básico da estrutura
agrícola, que é vital, não apenas para o ciclo da cadeia alimentar, como para a
rotação de culturas, e consequentemente a economia. Trata-se de um método usado
praticamente desde o inicio da agricultura como a conhecemos, onde os
fazendeiros encontraram a solução para a infertilidade e pragas diversas, no
cultivo de safras por estações/temporadas. Este intervalo possibilita o cultivo
da terra, onde um simples pastar de porco que deixam seus estrumes naquele
local, a está fertilizando. A não rotação de culturas pode causar diversos e
graves danos ecológicos. Enfim, o que estes três episódios fizeram foi
introduzir este conceito que trará a expansão de pequenos mercados e por
consequência, afetará a economia. Os personagens irem para um pequeno vilarejo
para implantar este conceito foi uma ótima sacada, para que possamos
compreender melhor como efeitos mínimos podem afetar toda uma estrutura.
***
Kotoura-San
Estúdio: AIC classic
Episódios: 12
Assistidos: 02/12
Status: Assistindo
O queridinho dos otakus que assistem animes em “tempo real”
e dos blogueiros. Poucos davam alguma coisa por Kotoura-san, que com uma
estreia impactante, vem despontando como a surpresa da temporada. Mas o que a
série tem de especial, não passou apenas do impacto inicial, carregadamente melodramático
– O tipo de narrativa que normalmente se espera encontrar em séries shock value
[Elfen Lied, School Days]ou tearjerker [Life, 1 Litro de Lágrimas, Air TV]; que
têm justamente o intuito de chocar e criar situações exageradas, que cause no
espectador sentimentos de empatia e revolta.
Claro, Kotoura-San tem seus méritos, que não se limitam ao
fator choque, nem fica presa ao drama. Contudo, por causa dessa forte
exposição, o lado emocional de Kotoura-san soa muito superficial e não cria
nenhum link entre o conflito da pequena Koutora e o espectador. Mas, te prende
na tela, e a pressão esmagadora sofrida por ela, acaba instigando. E quando
você pensa que acabou a narrativa quebra toda aquela pressão e se transforma
numa comédia escrachada e igualmente exagerada.
Não, não... nada de LSD com diversas subjetividades, é bem
batido na verdade. Eu não me senti tão envolvida no humor farofa e com pitadas
de erotismo da série, mas é aquela máxima: Comédia é algo muito pessoal, subjetivo,
e toca cada um de uma forma diferente com base em diversos fatores. Confesso
que soltei um riso frouxo em alguns momentos, mas nunca quando o timing da
narrativa pedia (sabe quando começam
aquelas risadinhas de fundo nos sitcons?). Na verdade eu prefiro um humor
menos obvio e mais subjetivo (aí que
chata!). Kotoura-San é uma história sobre uma garota com habilidades ESP(extra Sensory Perception), que, não
sabendo lidar com estes poderes, acaba sendo afastada das rodas sociais e
sofrendo bullying, como já é de praxe em séries que abordam esta temática. Pra
piorar, a culpa do casamento falido de seus pais recai sobre ela. É, a pequena
Kotoura tem uma vida desgraçada! Pare de se lamentar da sua, com 21 anos,
virgem e desempregado.
O desafio da série será o de se desvencilhar dos clichês (na verdade, não, 'desvencilhar', mas conseguir o feito de não soar repetitivo e criar situações novas) e
mostrar quem tem mais gasolina pra queimar, do que o mostrado até agora. Até o
momento, se mostrou sim uma estreia promissora e sem nada de especial. É mais uma comédia romântica de “estranho
casal” onde a garota, é meio
diferente das demais. Kotoura-San tem o mesmo character designer e diretor de
Mitsudomoe e Yuru Yuri, o que explica qualquer sensação de “já vi isso antes”.
Com relação à parte técnica: Um trabalho incrível de direção um pouco mais
arte, para contornar um orçamento nem tão bom.
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
***
Hakkenden Touhou Hakken Ibun
Estúdios: DEEN
Episódios: 13
Assistidos: 02/13
Status: Dropped
Quase toda temporada tem sua cota de animes medianamente
bons, mas que acabam passando despercebidos. Hakkenden é um destes?
A única adaptação shoujo da temporada, e este anime me
lembra bastante Otome Youkai Zakuro, outro shoujo adaptado pelo estúdio
J.C.STAFFF com bastante competência, e que também passou despercebido por sua
premissa bem pouco ambiciosa. Em ambos as séries, temos como mote o preconceito
contra aqueles que detém poderes sobrenaturais, com um contexto histórico [me
refiro apenas ao cenário e à época que a história se passa] ao fundo. Basicamente
um embate entre crenças.
Mas, Hakkenden mostra um universo muito mais amplo,
envolvendo inclusive a igreja católica. Enfim, eu não pretendia conferir, mas
ouvi bons comentários a respeito do primeiro episódio e fui conferir. É
realmente um primeiro episódio decente, é uma temática que me agrada, mas o desenvolvimento da
trama que inicia a história não é nem um pouco convidativa, resultando em um
segundo episódio tedioso. Falta uma boa dose de humor, e personagens
envolventes, levando em conta que em algum momento a série irá apelar para o
drama e conflitos pessoais, mesclados com algumas sequências de ação
sobrenatural. Talvez até guarda alguma surpresa pela frente, mas sinceramente não estou nem um pouco interessada.
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
***
Amnesia
Estúdio: Brains Base
Episódios: 12
Assistidos: 03/12
Status: Assistin...(exitante)
Status: Assistin...(exitante)
A história da mocinha que perdeu a memória, tendo que se
deparar com um mundo desconhecido à sua volta, além de uma eminente sensação de
que algo muito errado paira no ar, é um conceito interessante. Principalmente
porque a fantasia, ilusões e sonhos parecem estar se sobrepondo à realidade,
deixando-a ainda mais confusa, sem saber o que é real e o que é imaginação. O
primeiro episódio foi um dos piores da temporada, dentre os animes que assisti (e que se fazem presente neste post).
Narrativa engessada e direção pouco eficaz em tornar este produto atrativo.
Junte à isto, personagens inexpressivos e sem carisma.
No entanto, do segundo episódio, ao terceiro, é nítido como
a história evolui, ainda que os personagens continuem desinteressantes no geral
e com um look visual breguíssimo, eu realmente me senti instigada a desvendar
essa cama de gato. Shin, o namorado da nossa heroína, tem se mostrado
um personagem interessante e misterioso/suspeito, e é dele que vem todo o meu
interesse em saber onde tudo isto vai dar. Eu diria que o grande problema de
Amnesia é a direção água com açúcar de Yoshimitsu Ohashi (Sacred Seven). A BGM é bem inexpressiva na maior parte, apesar da OP e da
ED serem ótimas. No mais, as cores e character designer não deixam muito a
desejar, pelo contrário, a despeito do baixo orçamento. Eu não sei por que eu
estou tão curiosa com isto, mas vamos continuar conferindo enquanto este sentimento existir!
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
***
Chihayafuru 2
Estúdio: Madhouse
Episódios: 25
Assistidos: 02/25
Status: Assistindo (É CLARO!)
Conflitos! Essa é a palavra mais em evidência nesses 2 episódios de Chihayafuru 2. Isso evidencia que o maior desafio agora serão dos personagens consigo mesmos, e para com a equipe, agora com a individualidade de cada um aflorada e entrando constantemente em choque com os demais. A Adesão da Sumire ao cast fixo de personagens foi excelente (embora eu odeio essa bitcher, e a ache extremamente irritante por querer roubar o Taichi da Chihaya. GRRRR VADIA), e até aqui ela tem demonstrado um excelente potencial a ser explorado. Em 2 episódios, podemos notar a personagem crescer cada vez mais ao ser envolvida sem perceber pela magia do Karuta. “...Eu não quero escrever poemas sobre arrependimentos”, diz, determinada a correr atrás do seu grande objetivo, que é conquistar o coração de Taichi.
É incrível ver como o karuta passa a tomar conta dela,
pegando-a desprevenida em diversos momentos e causando uma certa revolução na
forma como encara as coisas. Esperamos que de uma personagem fútil e blasé, ela
possa amadurecer nesta jornada. E enfim temos um triangulo amoroso real, porque,
que me desculpem os Aratafags, o Arata não passa da uma sombra na história (haters gonna hatear). Este contraponto
entre karuta e o amor, era algo evidente deste a primeira temporada, mas só
agora vem recebendo o desenvolvimento adequado. E está interessante. Com
relação à Chihaya, é paradoxal como ela se mostra forte através das lágrimas, e
ao contrário da temporada anterior, aqui ela vem demonstrando uma liderança
fascinante, ainda que o maestro da equipe continue sendo indiscutivelmente a
Kana. É difícil não sentir afeição por todo o carinho que a personagem nutre
pelo karuta. O que leva à questão de: Karuta, um esporte tradicionalíssimo e limitadamente
regional dentro do próprio Japão, é colocado dentro do contexto da série como
mais do que um esporte, é poesia. É entrar em contato consigo mesmo. Um esporte
que mesmo disputado por equipes (e para
tanto, exige certa harmonia), é no fundo, no fundo individualista.
Talvez, seja esta a grande bandeira desta temporada. Quem sabe?
É sem dúvidas uma forma bonita de conectar uma geração já velha, com uma nova,
através de um esporte tradicional, ao mesmo tempo em que mantém o esporte vivo.
Inclusive, membros da staff de produção, afirmaram que nunca havia jogado ou
presenciado partidas de karutas antes, e foi apenas com o anime que passaram a
ter contato com o mesmo.
Ponto negativo para a OP, que está muito abaixo da primeira,
e para a animação que caiu significativamente da primeira temporada, para esta (compreensível, só de ter sido possível
essa segunda sessão, já é um feito), com o character designer que sempre
foi o apelo visual mais forte da serie, inconsistente em diversos momentos. A
produção, liderada pelo ótimo Morio Asaka (Sakura
CardCaptors, Chobits!), continua com um trabalho autoral incrível. No mais, Chihayafuru continua instigando em nós aquela gana de torcer para o que se vê no vídeo, e equilibrando bem o drama com o humor. Espero que a tensão e estratégias psicólogicas nas partidas decisivas também continue em alta.
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
***
Bom, na segunda parte, comentários sobre Tamako Market,
Sasami-san@Ganbaranai e outros.
Dica de Leitura:
-Primeiras Impressões da Temporada de Animes Inverno 2013 (Across the Starlight)