sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Comentários: PSYCHO-PASS #15 – Vive la révolution!


Um episódio mais brando, se comparado com o anterior, mas com excelentes pontos que estabelecem uma ligação fantástica com o que está por vir. Build-Up.


O mundo dos animes related tá pegando fogo com toda essa polêmica envolvendo o AKB48 (que nojinho disso tudo. E, aliás, não é só no Japão que os produtores se tornam donos de seus artistas, nos EUA também. Só ainda não chegaram aos extremos de fazer o artista raspar o cabelo, mas o jogo e as regras são o mesmo. Que o diga a Kristen Stewart, vilanizada porque mulheres são seres diabólicos! Apesar de que também se submetem ao jogo, ciente das regras. Sendo assim, fazem parte e contribuem para o mesmo. E a obra prima do querido Satoshi Kon, que critica esse mundinho torto, continua super atual, mesmo sendo da década de 90: Perfect Blue. Assisssssstam!! É Hitchcock, Aronofsky e David Lynch versão anime. LOOL ), e em Pycho-Pass também está. Só que literalmente! E CAAAAARALHOS VOADORES, o que a foda foi aquele cliffhanger? AAARRRGHHH MORRO TODA! Shougo estava simplesmente irresistível nesse episódio! EU PEGAVA!

A trilha sonora que tocou quando eu vi este sorriso é essa aqui! Desculpe Kou, mas quando o Shougo sorri e lança este olhar malvado, eu fico dividida >_< FAZ MALDADES COMIGO SHOUGO-KUUUUUUUN ~66

Mas respira, vamos começar do inicio. Novamente rendo elogios rasgados ao timing da direção e do roteiro do Urobuchi que está muito mais lapidado e ajustado à uma narrativa audiovisual. Para se ter uma ideia, mesmo os extensos diálogos repletos de referências literárias estão menos verborreicos.  Complementando, e não substituindo a experiência visual. Prova disso é a melhor sequência do episódio, fora o gancho final, ser justamente a troca de ideia entre Shougo e seu aliado, Choe Gu-Sung, através de um extensivo diálogo que você pode interpretar como sendo uma declaração de amor do próprio Urobutcher aos livros impressos. Aqui, mesmo que indiretamente, ele dá o seu ponto de vista com relação à crescente discussão acerca dos E-books virem à substituir os livros e tornarem o papel impresso em algo obsoleto – E este se trata de um futuro bem próximo. Foi uma ode ao velho estilo de leitura e devo dizer que fiquei maravilhada (tanto que assisti essa parte umas 3 vezes).

Concordo com o Shougo. E-books não podem substituir a sensação do ato de folhear, página por página e senti-las em seus dedos. De parar os olhos em cima de alguma página e ficar aéreo... Ah, me sinto tão jovem idosa falando assim! Tenho certeza que se você tem o hábito da leitura, compreendeu exatamente o que o Urobuchi estava falando. Eu me senti diante de um ávido leitor – O que é bem verdade, o Urobuchi é uma biblioteca ambulante. Foi incrível o paralelo traçado por ele entre Philip K. Dick, George Orwell e William Gibson com relação à sociedade que Shougo almeja. É quaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaase uma quebra da quarta parede, com o Urobuchi brincando com as maiores inspirações de PP. Sim, porque PP tem um argumento que o Urobucha já havia usado anteriormente em  Jouka no Monshou, com poucas alterações. Este que por sua vez é uma VN doujishin work inspirado no universo de Equilibrium, filme Sci-Fi americano.


Estava até comentando isso no twitter semana passada, sobre, apesar das inspirações primarias, tudo acaba sendo relacionado aos grandes nomes da ficção cientifica, como Philip K. Dick. Embora PP leve isso ao extremo e seja um amálgama de diversos autores e obras. Bom, querem saber minha opinião com relação ao por que Shougo vislumbra o futuro como o de “O caçador de androides” (Originalmente: Do Androids Dream of Electric Sheep?)? Nessa obra, há robôs que são mais fortes e ágeis que o ser humano, inclusive se equiparando à eles em inteligência. Esses robôs são conhecidos como replicantes e utilizados como escravos na colonização e exploração de outros planetas. Mas daí um grupo de robôs mais evoluídos que os outros, provocam um motim na colônia, o que faz com que sejam caçados por um esquadrão de policiais de elite chamados de “Blade Rune”. A ironia nisso tudo, é que eles têm ordem para mata-los, mas, isso é passado através de um eufemismo: Ao invés da palavra execução, fala-se em remoção [da fruta podre]. Te lembram algo? Sim, siiimmm, o diálogo da Chefe de Segurança com Gino, com relação à Shougo. Ele tem plena consciência de que será caçado, ainda que consiga derrubar o sistema e indiretamente instaurar uma nova ordem, afinal, bem ou mal, os métodos que ele está usando são bárbaros.

Outro ponto, que também leva à mesma ideia: a citação à William Gibson, que inclusive já teve uma de suas obras referenciada nos primeiros episódios (o terceiro); Johnny Mnemonic. Na época eu nem conhecia, mas hoje entendo a mensagem. Nesta obra, há a conspiração de uma possível cura de uma doença que atinge o mundo do século XXI. Em PP, a conspiração é promovida pelo Dr. Shougo, que representa a cura.

São referências que, se você conhece; funciona como plus, se não; também não prejudica a sua experiência. A narrativa continua uniforme e compreensível. São dois aliados num diálogo envolvente, com direito à um Choe Gu-Sung brincando com o nível de conhecimento de Shougo. Choe é como se fosse o espectador, que não assistiu, não leu, nem tem conhecimento dos nomes citados. Está boiando! E então Shougo lhe dá a dica por onde começar. Eu ri quando ele disse que ia fazer o download. OH MAH GOD! E novamente: A cidade projetada de PP é muito, especialmente a vista panorâmica vislumbrada neste episódio, Blade Runer! Enfim, particularmente vejo PP não como um Cyber Punk como Kaiba ou Ghost in the Shell, mas como uma homenagem ao universo cyber punk através de uma trama distópica.


Falando em Shougo, têm se discutido a validade de seus métodos. Minha posição é de que, obviamente ele é um criminoso (embora pessoas tendem a endeusar terroristas, vide a nossa própria história contemporânea. E eu tive um choque quando descobri que Tiradentes não era o herói que pintavam para mim no ensino fundamental). Na história, o vejo como o anti-herói. Aquele carinha que tem um objetivo, às vezes nem tão nobre, mas que irá beneficiar a muitos. E ao contrário do herói, não possui pudor em usar os métodos necessários para alcançar este objetivo. Ele realmente não se importa com as vítimas no processo, ele tem o seu objetivo. Mesmo Hittler tinha um objetivo, era estudado e inteligente; visto como um gênio, que por um acaso, tinha objetivos que não iam de encontro à certas etnias e raças.

Ficou implícito que, como sendo sua terra natal, ele viu o Sibila se erguer e formar uma nova ordem. O que o deixa com bastante em comum com Ginoza, talvez, se pensarmos que sua família possa ter sido dissipada pela implantação do sistema. Se for o caso, a teoria de que ele é parente/filho/neto da Chefe de Segurança, seria bem plausível, levando em conta o seu nível de conhecimento acerca do sistema.

Há algo escondido aí, e eu imagino que seja a grande reviravolta do enredo. A revolução começou, mas isso já se mostrava obvio. E o Urobuchi adora PLOT TWISTS, estabelecendo pontos de viradas, às vezes surpreendentes, e estou no aguardo deste momento em PP (Madoka Magica teve 2. Até Fate/Zero teve, apesar de óbvios por serem algo já pré-estabelecidos no Fateverso. Mas seria bom um no nível de Saya no Uta, tipo “vocês estão todos mortos, buuawhahahaha”).

Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★

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>Vive la révolution! E sinceramente, ela não poderia começar de verdade sem antes houvesse uma repercussão acerca dos eventos do episódio anterior. São apenas os minutos iniciais, mas são colocados de uma forma empolgante! Eu sentia falta dessa repercussão externa no primeiro cour. São segundos, minutos, que fazem certa diferença na percepção. A população começa a temer, é claro, a possibilidade que isto possa se repetir. Nisto, vários boatos começam a circular na internet. Boatos repercutidos por Choe, provavelmente. Isto por ele ele tinha outro objetivo em mente, além de apenas ejetar um choque de medo na veia dormente da população...

 

> Isto aqui nos leva aquela pergunta: O que você faria se não se sentisse seguro ao sair de casa, ao andar na rua, ao cruzar com alguém, sem ter a certeza de que essa pessoa poderia lhe atacar e seguir caminhando tranquilamente sem que isto signifique que ele sofrerá alguma punição?  This! Sem ordem, sem lei, tudo vira uma balburdia. Não demorou para a população perceber que poderiam revidar contra as pessoas com capacete (os Psico-Hazard), afinal, quais eram as suas armas? E assim, Shougo acerta dois objetivos em plano de mestre. Desestabiliza a fé das pessoas no Sibila e chama a atenção da forma militar, que obviamente, é diminuta, para atacar o servidor, ruindo definitivamente com o Síbila. Com ele destruído, não há nem porque haver uma revolução, quem é que iria aprovar o ressurgimento dele? O que vai restar é apenas o puro caos, até que a ordem seja restaurada.


 

> "Portanto, a Secretaria de Segurança Pública atual não tem nem o pessoal, nem o equipamento para suprimir (...)" --HUEHUEHUEEHUEHU RIDÍCULO! Eu achei cômico essa sequência com a Chefe de Segurança mostrando o despreparo do estado para um situação como esta, mas é sim completamete compreensível. Um estado regida com um sistema tão extremo, não demandava nenhuma força além da necessária, que é a força de elite. E bem, armas de fogo e qualquer poderio militar se tornou obsoleto, o que demonstra a fé que tinham no Síbila. Quem imaginaria que uma pessoa conseguira conseguiria orquestrar uma conspiração dessas? Isso mais uma vez fica evidenciado quando Ginoza vê com descreto o que Akane lhe disse. Mesmo presenciando uma sanguinolenta guerra cívil, ele é incapaz de raciocinar o básico para qualquer detetive. Depois que as Dominators se mostraram impotentes, eles parecem mais crianças com brinquedos na mão, sem preparo.

E yay, temos novos personagens, e alguns até têm nomes (ao contrário da Chefe de Segurança). Eles são bois para abate, galere! BLOOD, BLOOD, BLOOD º/

E enfim o logo da Segurança de Fronteiras faz sentido, com os drones que tomam conta dos limites do arquepelogo sendo convocado às pressas para combater na guerra civil.

 

>  ¯\_(ツ)_/¯ As caras e bocas do Kagari são as melhores DGSJFHGADFJGH! E não apenas isso, as melhores colocações são dele!

Akane: "Temos que detê-los"
Kagari: "Por que você simplesmente não atropela-os com o carro?"
Akane: "De jeito nenhum"
Kagari: "Bem, eu pensei que era uma boa ideia"

HAHAHAHAAHA a expressão da Akane foi como a de uma mãe desaprovando algo que o filho disse!

Quem faz parte com Koukane normalmente é o velho Masaoka, com o Kagari ficando com Yayoi e Gino. Seria um indicio de que ele vai morrer? OH, NOOOO!!! Além de soltar spoilers gratuítos de Gundam, na TL, o Urobuchi assiste e ainda chama seus seguidores pra assistir PP quando o episódio tá começando na Fuji Tv. Ele andou dizendo que o episódio 16 é uma verdadeira obra prima. Hmmmmmmmm......................................... SERÁ? Que será PHODA, não tenho dúvidas!

> O foco agora são as instalações do Ministério da Saude e Bem Estar da Torre de Nona. Caaaaaaaaara, ESTOU NA PURA TENSÃO pra ver o próximo episódio! Só fazendo um adento, "Nona" é uma das três deusas Parcas romanas, que equivalem às deusas Moiras na mitologia grega. Essas três deusas controlavam o destino individual das pessoas, o fio da vida, sendo Nono a "reguladora", aquela responsavel por girar este fio. A que toma as decisões mais importantes sobre a vida de uma pessoa. Não se assemelha ao Síbila?