sexta-feira, 22 de março de 2013

Comentários: PSYCHO-PASS #22 – Mundo Perfeito


Ou melhor, o círculo da vida continua... E é nesta premissa que o episódio intitulado “Mundo Perfeito” se encaminha do inicio ao fim.

Mas antes de adentramos nesta questão, me deixa dizer que AAAAAMEI este episódio – a primeira parte introspectiva e ao mesmo tempo pulsante que me fez dar à louca em plena madrugada, a segunda que se caracteriza como um prologo do recomeço –, ao chegar ao final eu mal sabia exatamente o que pensar, havia apenas no meu rosto um largo sorriso e o impulso de gritar e sair sambando no meu quarto. AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHH *puxa os cabelos* HUEHUEHUEHUEHUEHUEHUEHU!!!!!

Não foi exatamente como eu esperava. E se saiu melhor do que eu esperava (confesso que tive muito medo antes de dar play de ver uma correria desenfreada pra explicar e ligar pontas soltas, com direito à Akane detonando tudo. Sei lá cara, não é algo que daria pra ser construído em 20 e poucos minutos e ainda manter um bom feeling. Então, sim, antes pontas soltas com um final bem construído, do que uma ejaculação precoce). Eu sei que todo o fandom de PP está dividido, alguns eufóricos, outros revoltados (com certa razão). Tecnicamente o conjunto da obra tira um pouco do brilho deste belo final, mesmo que haja uma continuação, mas fracamente, nenhum anime da temporada atual [fora Chihayafuru 2] ou da outra conseguiu me deixar tão capturada e presa ao seu enredo como PP fez. Nem Shinsekai Yori, nem mesmo Zetsuen no Tempest, talvez JOOOOOOJO, sim... JOJO porue Jooooojo faz a criança interior de cada um ressurgir, mas imagino que seja algo bem particular. O que me leva a nutrir paixão particular por PP são suas digressões, alusões e tantos detalhes que contemplam o espectador dedicado que gosta de discutir, interpretar, especular e sorrir algo um tanto quanto arrogante e dizer: Entendi, mas ainda cabe interpretações. E só por isso a existência de textos tão verborrágicos como estes de PP, se tornam válidos XD. Ou não, mas se você ainda me lê, deve ser porque é válido.

Enfim, só sei que fiquei aturdida com este final por uns bons minutos.


Que mistura de sentimentos, Tipo, foi bom....caraca, isso foi bom. Quase a sensação de um primeiro beijo, quando você guarda toda uma expectativa, pensa que iria ver fogos de artificio estourando à sua volta, estrelas, discos voadores, e embora tudo ao redor desapareça você nem tem tempo para pensar nessas coisas. Mas, depois do beijo, você fica pensando "é, não foi aquilo que eu imaginava, é diferente, mas é muito bom e eu quero mais". Aí eu fiz como todo casal faz assim que dá o primeiro beijo no parceiro: eu dei o segundo. E o segundo beijo [e todos os que vêm depois] é sempre melhor que o primeiro; nele as emoções estão mais controladas e você pode degustar melhor. Você consegue até raciocinar!

Ok! Chega de analogias com estranhas conotações sexuais. Mas eu ainda estou tão eufórica, que não sei exatamente como introduzir uma linha de raciocínio logico e assertivo neste texto. ESTOU DOOOOOOOWN!!!

Vamos fazer assim...

LADO A

Sem dúvidas o ponto alto do episódio, nem mesmo aqueles que se decepcionaram com o desfecho, poderiam ficar impassíveis diante de diálogos de efeito tão carregados de emoção (“Ninguém aceitou sua justiça. Ninguém entendeu sua raiva também. Então você virou as costas para confiança e amizade, e até abandonou o único lugar ao qual você podia pertencer, para vir até aqui. E mesmo assim você ri da minha solidão?”) e filosóficos (“A lei não protege as pessoas. As pessoas protegem a lei.”). Pontuais e afiadíssimos.


O desfecho para o conflito entre Akane, Shougo e Kougami foi magnifico, elétrico e envolvente, tendo toda sua atmosfera construída através do suspense da expectativa do espectador. A direção que também vem numa crescente digna de nota, teve neste episódio o seu melhor momento onde tudo fluiu objetivo e fluído (Yay, o rio flui fluidamente. Oi?). Uma direção tão segura que cortou o suspense do drama policial para uma narrativa reflexiva e poética, de uma forma tão abrupta, mas que pelo bom timing discorre com muita naturalidade no vídeo. Episódios atrás eu reclamei do uso da trilha sonora, e neste episódio você vê uma variedade incrível e oscilante, mas isto não seria possível sem o bom timing da direção. A sequência que Shougo deixa de atirar em Akane e sai introspectivamente cambaleante, com uma música clássica tocando ao fundo, além de emocionante foi também um momento de pura beleza.

Principalmente quando enfim ele cai de joelhos e abre os braços, respirando fundo e com um sorriso de satisfação; pela primeira vez em PP eu senti o Shougo um personagem mais humano e menos unidimensional. Se mostrou alguém completamente consciente do quão bom é estar vivo. Não apenas estar respirando, mas usufruindo tudo o que a sua liberdade [de pensar e agir] pode oferecer. Ele abrindo o braço e respirando fundo, é uma cena absolutamente fascinante e para mim, a mais linda de todo o anime. É a síntese do enredo representada em um simples gesto. Um desfecho digníssimo para aquele que é um dos melhores personagens da galeria do Butcher.   


Naoyoshi Shiotani consegue se destacar em sequências de ação, neste episódio temos algumas que além de arrepiantes, foram muito bem animadas. Kougami e Shougo travaram um embate físico com enquadramentos e ângulos alucinantes, e Akane dando uma Chuck Norris de saia MEODEOS O QUE FOI AQUILO OPKDPAODKADOK fez eu pular da cadeira, foi foda! Sim, foi, mas também foi engraçado, porque você nunca imaginaria a franzina inspetora Tsunomori agarrada na traseira de um caminhão em alta velocidade (!!).  FUCK THE POLICE! Apesar de que o CG pobre de PP e o storyboard econômico tirou um pouco do brilhantismo da sequência. Adoraria ver esta sequência pelo estúdio BONES.

Pelo pouco que pude observar da repercussão do final, algumas pessoa se mostraram confusas do porque de Shougo não ter matado Akane. Oras, ele puxa o gatilho, mas a arma já se encontra sem balas e então a abandona, se dando conta de que está perdido [naquele estado, uma arma era única coisa possível de garantir sua vitória]. Kougami à recarrega logo em seguida.


LADO B

"Todos são solitários. As pessoas não precisam mais uma das outras. Pode sempre se encontrar um substituto para qualquer talento. Qualquer tipo de relação pode ser substituída. Eu tinha me cansado de um mundo desses. Mas por alguma razão... A ideia de que alguém além de você iria me matar, nunca passou pela minha cabeça.”

E assim, chegamos à segunda parte do episódio, e este diálogo é imprescindível para entender a mensagem final de Butcher. Também vale o diálogo entre Shion e Yayoi:

Shion: “A divisão 1 mudou pra caramba, não? Shu, Masa, Shinya... Todos se foram.”

Yayoi: “Significa que homens à moda antiga não são mais adequados à este trabalho.”

Shion: “Chamar eles de moda antiga não é maldade? Por que não os chama de românticos?”


AIIIIIIII.... surtos à parte, foi mais um belo diálogo construído apontando a cínica e irônica coincidência de apenas os enforces com uma mentalidade arraigada no velho padrão de uma sociedade sem o Sibyl System, foram mortos.

Sim, essa parte dá um gostinho amargo na boca de quem esperava um desfecho pautado no Síbila. É justo o descontentamento. Como comentei no texto do último episódio, PP nunca teve um enredo character driven e sim, story driven. De forma que este desfecho se sente um pouco deslocado. Shougo deveria ter morrido entre o episódio 16 e 18 como se especulava, mas a partir deste ponto é perceptível uma alteração na linha narrativa, que até então, mesmo tendo em Shougo que faz a ação e provoca a reação dos demais (e por isso era aceitável os personagens serem apenas boas construções arquétipas, fora Akane e talvez Ginoza que por serem os astros das tramas mais dramáticas e conflituosas de PP, sempre receberam atenção neste aspecto para que estas cenas pudessem soar convincentes), polarizava o conflito em torno do Síbila. A partir deste ponto, você nota que a trama do Síbila é colocada de lado e a de Shougo em evidência. O ponto aqui, é que mesmo Shougo sendo a figura máxima da série até então, o Coringa de PP [como dizem alguns...], o foco era o Síbila. Já nestes últimos episódios, o foco se voltou para o conflito de Shougo (sinceramente, eu sinto como se o Butcher estivesse arrastando sua participação, seu envolvimento nestes  últimos episódios foi tão aquém do personagem que ele é... Será que originalmente não era pra ele ter morrido naquele primeiro embate com Kougami? A se pensar).

Tecnicamente é incoerente, e eu não faço ideia do que aconteceu [o Butcher não é de fazer essas coisas], mas se fosse pra dar um palpite, eu diria que quando ele começou a escrever PP, ele tinha em mente fazer uma obra fechada, de inicio, meio e fim – no segundo cour, é notável a mudança de direção. E obviamente, não haveria nada para contar após a derrocada do Síbila ou de uma provável revolução.


Ainda assim, este final foi fascinante. Principalmente essa última metade do episódio. Deixa um gostinho amargo na boca, não pelo Sibila ter se mantido, isso nunca foi importante (embora sempre fora atraente), mas por sua descentralização logo no desfecho. Independente disto, este terço final é lindo por si só e seria um ponto final perfeito para essa história. Voltando aos 4 primeiros parágrafos dessa parte B, vamos falar de círculos... Círculos da vida.

Kougami estava lendo um livro já nos créditos; “Em Busca do Tempo Perdido: No Caminho de Swann”, escrito ao longo de 14 anos por Marcel Proust (1871-1922) em uma série de 7 livros que abrange toda a sua vida, da infância à fase adulta. Uma obra que fala sobre ciclos recorrentes, uma história de aprendizados que você absorve durante uma vida, algo tão vasto e complexo como a própria existência. O autor passa a ideia de que só teremos consciência plena dessa vastidão e complexidade após vivê-la completamente. Ciclos recorrentes que sempre retornam para a sua essência. Daí a importância da memória como fonte direta dos sentimentos, quase sempre induzida pelos sentidos e o contato com um objeto, como se um espírito do passado habitasse as coisas e pudesse ser recapturado. Os momentos mais intensos dos personagens são aqueles em que uma sensação se transforma em sentimento, em que um estímulo sensorial desperta uma lembrança – basicamente, a memoria sensorial, onde mesmo que sua mente não seja capaz de se lembrar, o seu corpo ainda guarda aqueles vestígios e padrões comportamentais –, ou mesmo uma imagem como a emblemática madeleine, uma das mais famosas passagens da literatura quando o narrador come uma "madeleine" (um bolinho) molhada no chá e vê sua consciência mergulhar involuntariamente no passado.


Falando de “No Caminho de Swann”, não há porque um leitor neófito saber que tal ou qual personagem se metamorfoseará em outro. Será somente no último volume do ciclo que as descrições do efeito da passagem do tempo nos personagem serão confrontadas com aquilo que o leitor imagina para o desfecho da trama. Não vou explicar detalhadamente, é algo para ser sentido, como este terço final de PP, que fala justamente disso: ciclos. Akane agora ocupa o lugar que era de Ginoza, que por sua vez agora ocupa a posição de Kougami como justiceiro e braço direito de Akane, que agora sê vê a líder da divisão 1, olhando para a novata inspetora Mika, que um dia fora aconselhada e confortada por Yayoi [que viu nela o seu próprio eu do passado em seu envolvimento com Rina. Ei, cadê a Rina?] a se manter firme. Akane um dia esteve na  mesma posição de Mika. Mika Shimotsuki, sim, aquela que perdeu a melhor amiga no arco da Oryou e fora confortada por Yayoi. Ciclos recorrentes da vida que trazem estranhas percepções sensoriais, recordações de um caminho já trilhado e compartilhado.

Yayoi e Mika no episódio 08.... Yayoi está próxima de formar o harém de PP, já andou investindo até na Akane! 

Como disse Akane, alguém um dia irá desligar a energia.

Bem, é uma mensagem linda sobre a existência humana. Mesmo que não alcance o feito almejado, você influencia diretamente alguém que futuramente irá continuar o seu legado direto ou indiretamente. Alguém que terá aprendido com você, irá te substituir, assim como foi com Akane e Kougami, Ginoza e Masaoka. Um encontro, um conselho, um capricho do destino pode mudar todo o futuro de uma pessoa, como no caso de Mika. De certa forma me lembra um pouco o final de LOST, sobre essa coisa de papeis de cada um no circulo da vida

E com isso surge a pergunta; na sequência que virá, Kougami exercerá o papel de substituto de Makishima Shougo? Isto pode ser muito interessante. Que venha o Mundo Perfeito (será o título da sequência? Hahahaaha).

 

Avaliação: ★ ★ ★ ★ (avaliação do episódio, é claro)




***

Vamos à última galeria aleatória de PP (será?), apesar de já ter escrito muito

> Akane e Kougame em lados opostos... sintase da próxima temporada. Anotem aí, que a coisa vai ficar caliente por demais, hooooomi! Oxiiii.

>DGJKDSLFHAKFJGH OH MY FEELS! ALL THE FEELS KOUKANE! Geeeeeente, pelo amor de deus, o que é isso. Sente o carinho, owwwnn >_< Ele podia deixar ela pra trás, podia ter batido nela e a desarmado desde o inicio, mas NÃÃÃÃÃÃO, ele obedeceu tudinho como um bão cãozinho quando a dona dá uma ordem <33 #Yaaaaaay

> Essa risada maligna do Síbila foi sinistrão.õ_Ó

>Akane cortou ainda mais o cabelo. Se eu ficasse legal, também cortaria o meu assim, mas né... Adoro esse padrão de beleza dela, que não é midiático, mas naturalmente lindo.

> "Megane Mode" HUEHUEHUEHUEHE ESSES JAPAS SÓ NO TROLLING com Estatua da Liberdade enquanto Gino fala sobre óculos.

> .................................................. Ginoza já era um pedacinho de mal caminho, sem os óculos então, JESUS, que olhos são esses? E e esse rostinho? E este olhar de ~perigon~? Aí eu gamo!!!



>FUUUUUUCKKKKKK YESSSSSS!!! Olha, francamente, eu não saberia dizer qual está comendo melhor!! HNNNNNGGGGGG <3 E os peitos de Shion são flácidos, aliás, os seios delas são tão criveis e realísticos que nem parece que isso faz parte de um anime com seus seios exagerados e irreais. Curioso é que a Yayoi é a tomboy da relação, mas quem é a ativa é a Shion. As coisas na cama realmente se invertem, né?! XDDDD Pra vocês verem, 2 homens gostosos (aliás, o Shougo tava uma delicinha todo suado, hen, hein meninas? Ôh esse homem no meu chuveiro......... o banho iria durar mais de hora!) na história, e quem mais pega aqui é a Yayoi!

> DAFUQ Saiga?

> Pela cabine e os sons do mar, Kougami está em alto mar... ou algo assim. Confere produção?

AAAADEUS, e votem na enquete!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!