sábado, 2 de março de 2013

Comentários: Robotics;Notes #19 – Vivendo Na Wired


Háááááá!! Como sempre diz o @PowerOtaku quando lanço este post, vamos à mais um comentários robóticos de Robo;Notes!

SOKDKASPDOKASDPOSKDASD RINDO E RINDO AQUI~ Yay, não é bem assim, okay?!

Cof...cof...


Errr... Isto não deveria ter sido épico? Sei lá, sei lá... Foi bom, acima da média para Robo;Notes, e ainda assim não conseguiu me deixar empolgada. E olha que realmente a história teve uma reviravolta surpreendente. Mas cadê a emoção? Eu senti mais como uma maquina operando no piloto automático, até mesmo a Misa me pareceu terrivelmente robótica, a explosão da Aki não soa envolvente como deveria (no episódio anterior seu receio ao se deparar frente a frente com a irmã, realmente tenha alcançado este ponto), apesar de seu desgosto ser algo compreensível e algo que se espera quando o conflito de um personagem atinge o seu ápice.

A diferença de um episódio como o anterior, para este, é a narrativa. Um ritmo pautado em situações cotidianas é algo que a série consegue executar bem, por ser algo predominante durante toda a execução, no entanto, sente-se um descompasso quando o enredo ganha um tom mais escuro ou dinâmico. O que se vê no vídeo é uma trama mal cadenciada, afinal, muito do que acontece em episódios mais dinâmicos, repletos de reviravoltas, revelações, correria e o caralho a quatro, é o resultado de uma sólida e progressiva construção lá atrás; por isso chamamos momentos como este de R;N de CLÍMAX [o ponto mais elevado de um prazer]. Você sentir prazer ou não num clímax vai depender de todo este processo evolutivo. Cara, isso tá parecendo tão pr0n!


Mas então, falando do episódio em si, realmente foi inesperado ver que o verdadeiro vilão da história era o Kimijima (não tenho certeza de quem foi, mas creio que alguém já havia levantado essa possibilidade nos comentários dessa seção) e pasmei: O caboclo está vivinho da silva e se tornou uma espécie de deus ao manter sua consciência na rede. Quem diria que a Wired iria se expandir tanto, hein?! PRESENT DAY. PRESENT TIME HAHAHAHAHA!! Quanto à sua relação com Misa e Mizuka, já era esperado, levando em consideração que o SS Anemone está interligado com todos os principais eventos da história, incluindo as mudanças de atitudes destes personagens, que passam a omitir por algum motivo a relação que mantinham. Talvez o mais fantástico, seja a descoberta da Frau (AAAAHHHHHHHHHHHH FRAAAAAAAUUUUUU; por que és tão maravilhosa?), de que sua mãe forma o elo que faltava neste quebra cabeça. Logo, a trama se mostra bem amarradinha, em que diversas pontas soltas, agora fazem completo sentido.

O que me instiga curiosidade ainda é saber qual é a motivação da Misa. Sim, porque ela não me parece assim tão indiferente à Aki, me soa mais como se ela tivesse erguido uma muralha entre as duas, e para mantê-la afastada, lhe trata com certo desprezo. É notável as referências aqui à Chaos;Head e Steins;Gate (infelizmente sua adaptação em anime corta muitas das referências à série anterior). Tem se discutido que Misa pode estar sendo manipulada por ondas cerebrais, assim como a Airi ao entrar em contato com a música Kagome Kagome e então mirar a arma para Kai e companhia, e no caso esta tecnologia é usada em Chaos;Head, através do Noah IV. A própria música Kagome Kagome, é utilizado em Chaos;Head como um elemento que provoca essa alienação. Mas sinceramente, não creio nessa possibilidade, Misa não parece ter sofrido lavagem cerebral, pelo contrário, em diversos momentos ela se mostra bem consciente do que está fazendo. E também fica claro que a morte de Mizuka foi obra do Kimijima (o irônico é Kai ter forças físicas para parar e imobilizar um homem adulto como o Sawada, que possui um porte físico superior ao dele, e não conseguir deter aquelas pernas mecânicas, rs).


Uma das minhas grandes curiosidades, e que cheguei a comentar algumas vezes nos primeiros posts, era sobre como seria a utilização do conceito de AR na série. Com o passar dos episódios, isto ficou restrito às brincadeiras de Kai com a Aki no PokeCom e acabou sendo inexplorado. Bom, agora ele volta à tona, com Misa criando diversas ilusões de realidade avançada pelo país afora, para causar pânico na população. Ah, cara, uma coisa é AR, algo manipulável num tablet, outra são hologramas 3D incrivelmente reais. A justificativa é novamente o dispositivo Noah IV, capaz de manipular ondas cerebrais e assim causar ilusões que se tornam realidade. A foda toda é que [spoilers de Chaos;Head, selecione para ler >>>] é que Takumi destrói essa tecnologia no final da série, o que não deve ser realmente um problema para o Comitê dos 300, eles devem possuir a formula do projeto.

Com a participação de figuras icônicas de Steins;Gate, direta e indiretamente (ainda estou aguardando o Daru), R;N se torna sem dúvida a produção do ponto e vírgula que melhor utiliza do conceito do projeto, amarrando acontecimentos das séries anteriores, tirando proveito do fato de se localizarem no mesmo universo. Infelizmente, na execução se mostra o oposto: a que mais desperdiça o potencial do conceito. E sabe? Me senti contente de ver citações ao pai da Nae, e a própria Nae estar desempenhando aquele papel que um dia foi da Suzuha, que é ser uma agente infiltrada, investigando uma organização perigosa. Pena que a caracterização dela em R;N seja tão pobre, o que foi aquela sequência em que ela espanca dois brutamontes e a câmera sequer se foca no embate físico? Decepção resume o sentimento sentido, que exige certa suspenção de descrença (olha o porte físico da menina, poxa. E tem mais, estou achando a forma como a Nae vem sendo retratada, muito aquém de sua persona em S;G, mesmo quando uma criança inocente, ela nunca se mostrou ser o tipo meio lesado, porém esperto).  


Nota também no contraponto que se forma aqui, em que a produção pega os principais elementos de C;H e S;G, como: Um equipe reduzida à uma, duas pessoas como agentes ativos do Comitê dos 300. Em S;G foram os Rounds, também com uma personagem do time oposto infiltrada, sem que ninguém desconfiasse, papel que agora fica com Misa, fazendo o Sawada de trouxa. Em S;G também tínhamos um agente da lei infiltrado, que aqui é o Sawada. Com relação à C;H, note como ao invés de personagens experientes e já envolvidos com todo tipo de tecnologia e estudos avançados de S;G, agora temos são adolescentes comuns e inexperientes que acabam envolvidos nessa espiral de acontecimentos. Percebe que R;N faz um amalgama, e tenta relacionar o feeling mais adolescente de C;H, com o tom um pouco mais maduro de S;G. Em algum ponto a formula desandou.

Sinceramente, estou adorando este argumento, como eu disse, está bem amarradinho, mas o desenrolar da história e sua execução, não me agrada nem mesmo como um episódio isolado. Ah, olha que bacana, viram como agora se justifica o fato da equipe ter se mostrado um tanto quanto amadora a principio? Porém, agora com uma força de elite acionada por Misa, já que não precisam mais se preocupar em chamar a atenção, é que virá a prova dos 9. Como se encaixará Aki e Kai nisso tudo? Espero ver um desfecho convincente, pelo menos (mas as criticas quanto ao final da história não são favoráveis, então fico bem com o pé atrás). E os malditos monopólios? E o GunPro2, é apenas isso mesmo, somente uma idealização de Aki? A resposta está bem perto, por enquanto a pergunta retórica: Junna não é realmente importante, apenas um mascote, mas e Subaru, realmente se tornou uma figura deslocada dentro de tudo isto, não é?

Eeeeeeeeeeeenfim, faço minhas as palavras do @cnetoin em seu blog: "Este episódio, o décimo nono de Robotics;Notes, manteve a pegada de seu capítulo anterior e abriu novos portões para o seu sucessor. Um bom episódio, mas que provavelmente pouca diferença poderá fazer a esta altura dos acontecimentos..."



Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★

Dica de Leitura:
-Kagome, Kagome, o Pássaro Engaiolado (Netoin!)

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