Ãnh... Oi?
Essa semana eu vivi duas emoções muito intensas no que se
refere a animes; primeiro com o episódio decisivo de Chihayafuru 2 que
conseguiu me deixar em pé na ponta da cadeira, completamente alucinada, e este
de Shingeki no Kyojin. Enquanto o primeiro me deixou eufórica, este conseguiu
me deixar encolhidinha e colada na cadeira. Duvido que eu tenha piscado durante
os 24 minutos, duvido que eu tenha até mesmo respirado! No entanto eu estou
aqui, então eu respirei, mas eu realmente não senti nem mesmo o meu corpo. É
uma experiência que não sinto com frequência, o de ser tragada pra dentro da
tela e Shingeki já conseguiu este feito uma, duas, três vezes só nessa
temporada. Cheguei num nível de envolvimento que nem mesmo os spoilers que
alguns espertinhos se divertem em passar, conseguiu estragar essa experiência.
Eu sei o porquê deste titã estar esmagando os outros e isso
não me impediu de ficar... Impressionada com aquela brutalidade. Aquele urro me deixou zuumm. “Naquela hora... Eu só fiquei confusa. Nunca ouvi falar de um titã
matando outro. E aos poucos, eu fiquei emocionada... Por que aquela cena... Foi
como ver a fúria da humanidade encarnada”. Eu teria ficado mais confusa
se já soubesse sobre o que se trata, mas ainda estou um pouco perdida (nem sei o que esperar ao certo), e
ansiosa, querendo mais. Mais Mikasa em suas fantásticas acrobacias, Hiroyuki
Sawano pontual na trilha sonora e que Tetsuro Araki continue afiado. Apocalipse
e tamanha intensidade, eu realmente não achei que seria tanto quando comecei a
assistir este anime. E é isso! Há muitas coisas pra se falar, mas deixarei a palavra com o Pedrinho e com vocês.
Me entretenham!
Comentários Soltos
-Os 2 primeiros minutos de recapitulação foi um claro
recurso para poupar animação. Isso é o de menos, claro, a animação com a Mikasa
sendo foda e o titã partindo pra cima do outro foi muito bom.
-As partes que caem do titã que se assemelham a uma romã
parece ser algum simbolismo DNA, corpo humano e batidas do coração, uma pequena
referência sobre o provavelmente virá no próximo episódio. A romã através de
séculos sempre foi muito reverenciada por suas propriedades medicinais.
Comentários do Critico Nippon (@PedroSEkman)
Se o episódio anterior foi apenas um flashback melodramático
digno de um anime menos competente, só pra contar o que poderia ser resumido em
uma frase - que Eren e Mikasa eram irmãos de criação - (ou para fazer o Eren
não morrer sem matar ninguém além de bonecos. De qualquer jeito, é lamentável
ambos). E quando se focava no tempo presente era para babaquices completamente
inverossímeis como a burguesia trancando a passagem com uma carruagem enquanto
a multidão não fazia nada com titãs em seu encalço, e eu tenho que acreditar
nisso.
Este foi completamente superior (óbvio).
Com uma direção formidável, ágil em mostrar situações
diversas de desespero: autoridades usando sua patente para fugirem e ameaçarem
seus subordinados; recrutas encurralados em desesperança e optando pelo
suicídio; estabelecer o problema do gás de locomoção, tornando seu universo
ainda mais rico; Mikasa descobrindo e reagindo à morte de Eren; a falta de
coragem unânime entre os novatos; e enfim, o Titã contra Titã. São tantos
núcleos bem apresentados e construídos em um episódio só, que me faz lamentar
ainda mais a mancha deixada pelo anterior. Foi fascinante pular de uma trama
pra outra, cada vez mais apavorado.
Com uma paleta de cores completamente diferente daquela de
quando o Titã Colossal começara o ataque em Trost, quando os jovens recrutas
ainda eram cheios de esperança e energia. Agora usando apenas cinza melancólico
e opressivo, ou cenários internos com chamas pálidas e sombrias, tornando tudo
claustrofóbico mesmo longe dos titãs. E há muito que os sons diegéticos me
chamam atenção, ajudando imensamente na composição do equipamento deles e suas
armas. Graças ao barulho do gás, da explosão e correria dos cabos, o barulho de
vento, tudo fica mais plausível e real com tanto destaque.
Aqui sim, desenvolvendo Mikasa e seus sentimentos, com a
ajuda da voz firme e segura de sua dubladora. Porém, se Jean é destacado como o
covarde, infelizmente não podemos dizer muito diferente de Annie ou de Armin ou
de Sasha (aishiteru) ou de qualquer outro ali que não agiu de forma diferente.
Quando vamos ver alguém além da Mikasa fazer alguma coisa? Assim, encerra e continuamos na batalha de Trost, deixando a
ansiedade imensa de mais uma longa semana.
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