Novamente, o protagonismo matando vidas inocentes.
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Essa foi a única reação que consegui esboçar ao término
deste episódio. Estou com um pouco de vergonha em confessar isso, mas eu fiquei
de boca aberta, em um misto de risos frouxos e choque. Um mixed feelings realmente
bom, por um lado eu estava alucinada com as sequências de ação, por outro eu
ainda não estava acreditando no que acabara de assistir. Isso me levou de volta
ao FUCKING AWESOME GA-REI-ZERO (2008),
que já impacta de cara ao matar personagens inesperados, inclusive a protagonista
(isso não é um spoiler, ou é? /pergunta
séria). Todos advertiram “não se apeguem a nenhum personagem”, mas caramba,
é uma história que precisa de uma base de personagens – ao menos por certo
tempo – para se desenvolver bem, então eu não esperava realmente que alguns
personagens fossem morrer tão precocemente. Embora a bonitinha de tranças maria-chiquinha não mostrasse muita expressividade durante estes episódios, me
surpreendi com o que aconteceu ao Thomas. Mais ainda ao Eren.
Na hora que eu vi o Eren sem uma perna, eu pensei comigo "...não...
coisa da minha cabeça". Depois tive a impressão de ele ter perdido
um braço, e eu "....n-não". Aí ele foi engolido e eu “PORRA,
PAREM DE ZUAR!!”. Fui ver o episódio pela segunda vez e tava lá... PUTZ,
E AGORA? CRAZY MAN, EU FIQUEI MUY CRAZY!!
É Shingeki no Kyojin quebrando meus paradigmas quanto à battle shounen!! Tá,
não, o posto de transversor do battle shounen ainda é de Hoshi no Samidare e
logicamente não sou tão ingênua ao ponto de após a surpresa inicial, continuar
acreditando que o autor não tem cartas na manga, guardadas. É exatamente isso
que me assusta. O Eren não vai ficar mutilado, e mesmo tendo sido devorado
literalmente, de alguma forma ele sairá dali, com o auxílio de Mikasa; ou pior,
sozinho, talvez de uma forma bem apelativa, mas ainda confio que o autor Hajime
Isayama possa me surpreender mais uma vez.
Se anteriormente estava implícito que o titã colossal
simplesmente aparecia do nada e sumia como se evaporasse no ar, agora ficou
explicito. Fiquei tão “?????” quanto o Eren. Isso não me agrada nem um pouco. Nenhuma
explicação pode ser lógica o suficiente sem apelarem para o sobrenatural, mas
também não consigo pensar em nada e estou com medo.
Além disso, agora sabemos que eles não se alimentam, não
morrem facilmente, muito menos quando são feridos e mantam os humanos por
matar. O que? Isso explicaria o sorriso em seus rostos, eles realmente são
sádicos? Olha, enquanto eu discordo da totalidade de que eles não matam por
sadismo – é claro que alguns deles devem sentir prazer, dá pra sentir essa vibe
pelo olhar, não exatamente pelo sorriso plástico –, tenho que concordar que a
motivação deles visarem os seres humanos é puramente instintiva. Se a teoria de
que os titãs são o próximo passo da evolução do ser humano estiver correta, é
claro que eles se sentem ameaçados e vão exterminar essa ameaça. Você já viu isso
em Elfen Lied, Shinsekai Yori e outros que não me lembro agora. Ou quem sabe
eles buscam vingança? Caso seja, se fortalece a teoria de que são um
experimento que saiu errado, que, aliás, é uma característica presente nas duas
obras citadas acima. Chego à conclusão de que só pode ser uma das alternativas,
com base nas informações dadas no episódio.
Por que este é um ponto vital (não respondam)? |
Sempre pensei que os titãs fossem criaturas naturais, seres
fantásticos, sem qualquer ligação pseudocientífica com a humanidade, mas
francamente, com um titã colossal evaporando do nada e sempre efetuando as
mesmas ações, fica difícil pensar em um elemento natural, pois sua forma de
agir é antinatural. Estariam as muralhas protegidas por alguma barreira pra ele
sempre aparecer do lado de fora? Talvez magia negra.
Só é impossível aceitar sem questionar na besteira de que
titãs não se alimentam. Até bactérias se alimentam! A não ser que estejam
mortos e... !!! Err... eles não estão mortos, estão? Talvez eles sejam zumbis,
afinal, eles só morrem se atingidos num ponto vital! Talvez aquele comentarista,
o Silas, não estivesse tão equivocado quando disse que os titãs são humanos que...
*bagunça os cabelos* AAAAHHH CHEGA!
EU TÔ CRAZY E ESTOU SORRINDO FEITO UMA BABACA ENQUANTO
ESCREVO. SnK está cada semana mais e mais divertido. Não está fácil ter que me
amarrar na cadeira pra não ir atrás do mangá.
É válido citar o plano de fundo por trás do caos
estabelecido, colorindo em tons carmesins um cenário que poderia ser ainda mais
sanguinolento e violento, MAIS.. MAAAAIS, sabe?! Os diálogos entre Bartkour e Dot Pixis (imagem acima) ilustram bem
a influência politica no péssimo planejamento militar que possuem. Algo já
explícito em episódios anteriores, como a posição de cada uma das muralhas
dando a entender que os mais poderosos ficam mais distantes das áreas de riscos,
mais protegidos e abastados. Não dava para prever a existência de um titã tão poderoso,
mas o ato de colocar os soldados mais gabaritados em posições defensivas e na
segurança particular da nobreza, já denota o quanto aquele povo são tratados
como gados, que são valiosos vivos enquanto podem sustentar a boa posição outorgada
pela classe nobre, enquanto homens menos
competentes são colocados na linha de frente como mera distração, afinal, nunca
se pensou em realmente derrotar os titãs. O que nos leva de volta ao péssimo
planejamento e pouco conhecimento (ou
será que não é interessante que se aprenda mais sobre eles?) que possuem
acerca dos titãs. Por que mandar inexperientes, como a turma do Eren, para a
missão mais perigosa, enquanto Mikasa e a turma mais forte para a realocação? Enquanto
é interessante para os nobres manterem este estado feudal, para o povo acaba
sendo uma dieta forçada de capim e água, como podemos notar na adorável esfomeada
Sasha e na motivação em servir às forças militares. É um plano de fundo que
pode tornar a história ainda mais rica, caso o autor queria explorá-lo.
Agora, digno de nota realmente, é que mais uma vez o
protagonismo e a velha cartilha shounen acaba tirando a vida de pessoas
importante para os protagonistas. Eu havia comentando anteriormente em como
isso fica latente em ‘Túmulo dos Vagalumes’, sendo o protagonista o responsável
indireto pelo trágico desfecho. Não muito diferente de Eren, que esquece a
formação estabelecida e sai inconsciente puxando a todos os seus colegas para a
morte certa. Eu realmente fico contente e ver seu idealismo quebrado pelo
autor, ao lhe trazer consequências graves do seu ato impensado, por ser Eren
ainda bastante imaturo. Presumo que ele precisará mais do que força de vontade
para conseguir seu objetivo. Neste aspecto, consegui perceber o Jean Kirschtein
(Kisho Taniyama) uma figura
interessante neste episódio. Diferente do Eren, ele é bem multifacetado, se o
autor resolver investir nele, vejo potencial para um bom personagem.
De novo aplaudo Hajime Isayama por seu domínio narrativo,
fiquei impressionada com as respostas dadas e como elas justificam tudo até
aqui (eu ainda espero algumas explicações para algumas respostas dadas neste episódio), até mesmo o porque de haver pouca ofensiva com armas de fogo e o motivo
de lutarem contra os titãs fisicamente com armas tão frágeis. Legal que, para
os titãs, nós somos como mosquitos, né. E quanto maior o tamanho, menor o
reflexo. Isso me faz pensar que... O que
seriam de nós se criaturas como ratos, baratas e mosquitos tivessem
inteligência e não instinto...
Enfim, já falei demais, deixarei o resto com o Pedrinho, mas
já adianto que me molhei toda com todas aquelas piruetas, planos de câmera e o
caralho a quatro, apesar das inconsistências. Só senti falta de uma investida
maior na violência visual, não exatamente um show de gore, mas HORROR, tensão atmosférica; até mesmo GA-REI-ZERO conseguiu ser mais forte neste
aspecto.
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
NÃO SOLTEM SPOILERS, EU TÔ DE OLHO!
NÃO SOLTEM SPOILERS, EU TÔ DE OLHO!
#Aleatoriedade
-Esse sequência foi realmente incrível, tanto em feelings, quanto tecnicamente. As casas em CGI dão uma broxada legal, há muitos quadros estáticos, péssima anatomia, problemas na fluidez do character designer, mas o storyboard é sempre muito inventivo e conseguem deixar a ação ainda mais vibrante.
-Eu queria mais disso nesse episódio.
-Mikasa não usa apenas baton, mas também brilho facial XD
***
Comentários do Critico Nippon (@PedroSEkman)
Por mais que sejam meros 20 minutos, houve claramente três fases no episódio.
Um "início" fabuloso com o titã colossal, - e o mistério do raio continua e irrita - o pânico dos habitantes e os titãs aparecendo.
Então começa um "meio" sem absolutamente ritmo
nenhum, a urgência some abruptamente, conversa fiada entre soldados, e até uma
partida de xadrez de desconhecidos. Foi quase inacreditável tamanha direção
capenga e aborrecida. E por mais interessante que é aprender detalhes sobre os
titãs (e é muito), foi a hora mais errada. Aliás, que diabos de ponto fraco é
esse se nem explodindo a cabeça funciona? Não faz o menor sentido. Nem tentem.
Chegamos ao "final" voltando ao bonde andando, e
já imagino pessoas reclamando da agilidade dos garotos, o que é simplesmente
algo aceitável dentro do universo proposto, assim como em Fullmetal Alchemist
ou Naruto. Aliás, se os mecanismos fossem nas mãos, seriam vários
homens-aranhas. Vemos que era um otimismo realmente juvenil que o grupo
mantinha. Observar os titãs mais do que corpos moles que andavam como zumbis,
agora pulando e atacando, é realmente assustador. Dá uma dimensão completamente
nova do que eles estão lidando. Os humanos ainda parecem absurdamente
despreparados mesmo após tantos anos. E não fosse pelo final de Eren, eu
estaria reclamando horrores do seu salvamento anterior, quase tão abrupto
quanto o raio do gigante. Será que ele usou a mesma técnica do titã colossal
para salvá-lo?
Não sei se tem alguém ainda dizendo que o anime é inferior
ao mangá, mas seja quem for, é completamente louco. Apesar de altos e baixos, o
que mais me chama atenção - como já salientei nos anteriores - é a total
desesperança. Eu não vejo saída para eles, e é o que me mantém assistindo
compulsivo. É a mesma fascinação por filmes de terror, e não é a toa que
escrevi uma trilogia sobre.