domingo, 5 de maio de 2013

Comentários: Shingeki no Kyojin #05 – A Volta dos Titãs


Novamente, o protagonismo matando vidas inocentes.

FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF

Essa foi a única reação que consegui esboçar ao término deste episódio. Estou com um pouco de vergonha em confessar isso, mas eu fiquei de boca aberta, em um misto de risos frouxos e choque. Um mixed feelings realmente bom, por um lado eu estava alucinada com as sequências de ação, por outro eu ainda não estava acreditando no que acabara de assistir. Isso me levou de volta ao FUCKING AWESOME GA-REI-ZERO (2008), que já impacta de cara ao matar personagens inesperados, inclusive a protagonista (isso não é um spoiler, ou é? /pergunta séria). Todos advertiram “não se apeguem a nenhum personagem”, mas caramba, é uma história que precisa de uma base de personagens – ao menos por certo tempo – para se desenvolver bem, então eu não esperava realmente que alguns personagens fossem morrer tão precocemente. Embora a bonitinha de tranças maria-chiquinha não mostrasse muita expressividade durante estes episódios, me surpreendi com o que aconteceu ao Thomas. Mais ainda ao Eren.


Na hora que eu vi o Eren sem uma perna, eu pensei comigo "...não... coisa da minha cabeça". Depois tive a impressão de ele ter perdido um braço, e eu "....n-não". Aí ele foi engolido e eu “PORRA, PAREM DE ZUAR!!”. Fui ver o episódio pela segunda vez e tava lá... PUTZ, E AGORA?  CRAZY MAN, EU FIQUEI MUY CRAZY!! É Shingeki no Kyojin quebrando meus paradigmas quanto à battle shounen!! Tá, não, o posto de transversor do battle shounen ainda é de Hoshi no Samidare e logicamente não sou tão ingênua ao ponto de após a surpresa inicial, continuar acreditando que o autor não tem cartas na manga, guardadas. É exatamente isso que me assusta. O Eren não vai ficar mutilado, e mesmo tendo sido devorado literalmente, de alguma forma ele sairá dali, com o auxílio de Mikasa; ou pior, sozinho, talvez de uma forma bem apelativa, mas ainda confio que o autor Hajime Isayama possa me surpreender mais uma vez.

Se anteriormente estava implícito que o titã colossal simplesmente aparecia do nada e sumia como se evaporasse no ar, agora ficou explicito. Fiquei tão “?????” quanto o Eren. Isso não me agrada nem um pouco. Nenhuma explicação pode ser lógica o suficiente sem apelarem para o sobrenatural, mas também não consigo pensar em nada e estou com medo.

Além disso, agora sabemos que eles não se alimentam, não morrem facilmente, muito menos quando são feridos e mantam os humanos por matar. O que? Isso explicaria o sorriso em seus rostos, eles realmente são sádicos? Olha, enquanto eu discordo da totalidade de que eles não matam por sadismo – é claro que alguns deles devem sentir prazer, dá pra sentir essa vibe pelo olhar, não exatamente pelo sorriso plástico –, tenho que concordar que a motivação deles visarem os seres humanos é puramente instintiva. Se a teoria de que os titãs são o próximo passo da evolução do ser humano estiver correta, é claro que eles se sentem ameaçados e vão exterminar essa ameaça. Você já viu isso em Elfen Lied, Shinsekai Yori e outros que não me lembro agora. Ou quem sabe eles buscam vingança? Caso seja, se fortalece a teoria de que são um experimento que saiu errado, que, aliás, é uma característica presente nas duas obras citadas acima. Chego à conclusão de que só pode ser uma das alternativas, com base nas informações dadas no episódio.

Por que este é um ponto vital (não respondam)?

Sempre pensei que os titãs fossem criaturas naturais, seres fantásticos, sem qualquer ligação pseudocientífica com a humanidade, mas francamente, com um titã colossal evaporando do nada e sempre efetuando as mesmas ações, fica difícil pensar em um elemento natural, pois sua forma de agir é antinatural. Estariam as muralhas protegidas por alguma barreira pra ele sempre aparecer do lado de fora? Talvez magia negra.

Só é impossível aceitar sem questionar na besteira de que titãs não se alimentam. Até bactérias se alimentam! A não ser que estejam mortos e... !!! Err... eles não estão mortos, estão? Talvez eles sejam zumbis, afinal, eles só morrem se atingidos num ponto vital! Talvez aquele comentarista, o Silas, não estivesse tão equivocado quando disse que os titãs são humanos que... *bagunça os cabelos* AAAAHHH CHEGA!

EU TÔ CRAZY E ESTOU SORRINDO FEITO UMA BABACA ENQUANTO ESCREVO. SnK está cada semana mais e mais divertido. Não está fácil ter que me amarrar na cadeira pra não ir atrás do mangá.


É válido citar o plano de fundo por trás do caos estabelecido, colorindo em tons carmesins um cenário que poderia ser ainda mais sanguinolento e violento, MAIS.. MAAAAIS, sabe?! Os diálogos entre Bartkour e Dot Pixis (imagem acima) ilustram bem a influência politica no péssimo planejamento militar que possuem. Algo já explícito em episódios anteriores, como a posição de cada uma das muralhas dando a entender que os mais poderosos ficam mais distantes das áreas de riscos, mais protegidos e abastados. Não dava para prever a existência de um titã tão poderoso, mas o ato de colocar os soldados mais gabaritados em posições defensivas e na segurança particular da nobreza, já denota o quanto aquele povo são tratados como gados, que são valiosos vivos enquanto podem sustentar a boa posição outorgada pela classe nobre,  enquanto homens menos competentes são colocados na linha de frente como mera distração, afinal, nunca se pensou em realmente derrotar os titãs. O que nos leva de volta ao péssimo planejamento e pouco conhecimento (ou será que não é interessante que se aprenda mais sobre eles?) que possuem acerca dos titãs. Por que mandar inexperientes, como a turma do Eren, para a missão mais perigosa, enquanto Mikasa e a turma mais forte para a realocação? Enquanto é interessante para os nobres manterem este estado feudal, para o povo acaba sendo uma dieta forçada de capim e água, como podemos notar na adorável esfomeada Sasha e na motivação em servir às forças militares. É um plano de fundo que pode tornar a história ainda mais rica, caso o autor queria explorá-lo.


Agora, digno de nota realmente, é que mais uma vez o protagonismo e a velha cartilha shounen acaba tirando a vida de pessoas importante para os protagonistas. Eu havia comentando anteriormente em como isso fica latente em ‘Túmulo dos Vagalumes’, sendo o protagonista o responsável indireto pelo trágico desfecho. Não muito diferente de Eren, que esquece a formação estabelecida e sai inconsciente puxando a todos os seus colegas para a morte certa. Eu realmente fico contente e ver seu idealismo quebrado pelo autor, ao lhe trazer consequências graves do seu ato impensado, por ser Eren ainda bastante imaturo. Presumo que ele precisará mais do que força de vontade para conseguir seu objetivo. Neste aspecto, consegui perceber o Jean Kirschtein (Kisho Taniyama) uma figura interessante neste episódio. Diferente do Eren, ele é bem multifacetado, se o autor resolver investir nele, vejo potencial para um bom personagem.

De novo aplaudo Hajime Isayama por seu domínio narrativo, fiquei impressionada com as respostas dadas e como elas justificam tudo até aqui (eu ainda espero algumas explicações para algumas respostas dadas neste episódio), até mesmo o porque de haver pouca ofensiva com armas de fogo e o motivo de lutarem contra os titãs fisicamente com armas tão frágeis. Legal que, para os titãs, nós somos como mosquitos, né. E quanto maior o tamanho, menor o reflexo.  Isso me faz pensar que... O que seriam de nós se criaturas como ratos, baratas e mosquitos tivessem inteligência e não instinto...

Enfim, já falei demais, deixarei o resto com o Pedrinho, mas já adianto que me molhei toda com todas aquelas piruetas, planos de câmera e o caralho a quatro, apesar das inconsistências. Só senti falta de uma investida maior na violência visual, não exatamente um show de gore, mas HORROR, tensão atmosférica;  até mesmo GA-REI-ZERO conseguiu ser mais forte neste aspecto.

Avaliação: ★ ★ ★


NÃO SOLTEM SPOILERS, EU TÔ DE OLHO! 

#Aleatoriedade

-Esse sequência foi realmente incrível, tanto em feelings, quanto tecnicamente. As casas em CGI dão uma broxada legal, há muitos quadros estáticos, péssima anatomia, problemas na fluidez do character designer, mas o storyboard é sempre muito inventivo e conseguem deixar a ação ainda mais vibrante.

-Eu queria mais disso nesse episódio. 

-Mikasa não usa apenas baton, mas também brilho facial XD

***


Comentários do Critico Nippon (@PedroSEkman)


Por mais que sejam meros 20 minutos, houve claramente três fases no episódio.

Um "início" fabuloso com o titã colossal, - e o mistério do raio continua e irrita - o pânico dos habitantes e os titãs aparecendo. 

Então começa um "meio" sem absolutamente ritmo nenhum, a urgência some abruptamente, conversa fiada entre soldados, e até uma partida de xadrez de desconhecidos. Foi quase inacreditável tamanha direção capenga e aborrecida. E por mais interessante que é aprender detalhes sobre os titãs (e é muito), foi a hora mais errada. Aliás, que diabos de ponto fraco é esse se nem explodindo a cabeça funciona? Não faz o menor sentido. Nem tentem.

Chegamos ao "final" voltando ao bonde andando, e já imagino pessoas reclamando da agilidade dos garotos, o que é simplesmente algo aceitável dentro do universo proposto, assim como em Fullmetal Alchemist ou Naruto. Aliás, se os mecanismos fossem nas mãos, seriam vários homens-aranhas. Vemos que era um otimismo realmente juvenil que o grupo mantinha. Observar os titãs mais do que corpos moles que andavam como zumbis, agora pulando e atacando, é realmente assustador. Dá uma dimensão completamente nova do que eles estão lidando. Os humanos ainda parecem absurdamente despreparados mesmo após tantos anos. E não fosse pelo final de Eren, eu estaria reclamando horrores do seu salvamento anterior, quase tão abrupto quanto o raio do gigante. Será que ele usou a mesma técnica do titã colossal para salvá-lo?

Não sei se tem alguém ainda dizendo que o anime é inferior ao mangá, mas seja quem for, é completamente louco. Apesar de altos e baixos, o que mais me chama atenção - como já salientei nos anteriores - é a total desesperança. Eu não vejo saída para eles, e é o que me mantém assistindo compulsivo. É a mesma fascinação por filmes de terror, e não é a toa que escrevi uma trilogia sobre.

BREAKING: Maurício de Sousa desenha um titã para a série

***