domingo, 28 de julho de 2013

Comentários: Shingeki no Kyojin #16 – Quem Morrerá Por Nós?


Trilha sonora alternando entre um ponto e outro, mas sempre grandiosa; direção competente, personagens cheios de chorume. Este foi o episódio da semana.

Okay, enfim Shingeki no Kyojin começou a se mover daquela build-up amena em direção a uma execução mais vibrante. Meu corpo não pôde ficar indiferente a isto. A linha narrativa sobre o suposto traidor que matará os titãs que seriam estudados sendo valorizada [provavelmente voltando à tona em algum momento], a decisão sobre o caminho a seguir sendo estendido até o termino do episódio deu o peso dramático necessário ao significado do que é fazer parte da Tropa de Explorações. Em filmes de guerra, o roteiro tem dois caminhos a seguir, ser um filme de ação (Rambo) ou um filme que valoriza as ações (O Resgate do Soldado Ryan). A diferença está na densidade que o diretor coloca na narrativa, valorizando cada cena e cada ação de determinado personagem dramaticamente.

Shingeki nem sempre consegue ser exato nesta fórmula, mas é um aspecto que eu gosto bastante neste anime. Este episódio, por exemplo, a construção é tão boa, que o clímax tem um impacto maravilhoso sobre o expectador. A trilha sonora desempenha um papel crucial – mais uma vez, e como eu goooosto dessas inserções – e a composição visual foi fundamental ao refletir o interior daqueles personagens, mas tudo isto seria inútil se não pudéssemos entender o que eles estavam sentindo. A música externa as emoções, os efeitos visuais as torna tangíveis, mas você não pode entender algo que não viu que não sentiu, apenas foi dito. Alguém vai te dizer sobre um acidente de trânsito, uma pessoa teve o crânio esmagado (pai estava me contando este causo dia desses após ter pegado uma rodovia) por uma roda de caminhão “pááh, o estalo foi como o estouro de uma melancia”. Ainda que desperte sua atenção, ainda que sinta repulsa, é algo que no fundo você é indiferente, ainda que seu corpo diga o contrário. Não irá perder o sono por causa disto.


Enfim, nesta cena eu senti um pouquinho do feeling que eu sentia ao assistir Evangelion. Dessa vez foi diferente de todas às vezes anteriores, posso afirmar isto com convicção. A BGM se tornou muito mais grave ao visualizarmos o titã devorando humanos, o medo que sentiam dessa vez estava um pouco mais sóbrio e com menos estilizações, fazendo com que o drama fugisse daquele timing cômico e se tornasse envolvente. Geralmente, titãs devorando pessoas é mostrado com uma BGM pesada ao fundo ou simplesmente com tons épicos, que se no primeiro momento conseguiu impactar devido a surpresa, depois foi caindo no marasmo porque o ser humano se adapta rapidamente, e essas cenas não tinham um peso dramático elevado, por mais que tudo fosse muito intenso, a direção sempre tendia pro melodramático. A BGM de Shingeki tende a favorecer a ação, então foi muito bom ver as ações dos personagens sendo valorizadas por um mais cortante. Dessa forma, eu pude sentir um tremor pelo corpo ao ver naquela cena do Erwin empunhando a mão no peito e as bandeiras da Tropa de Explorações tremulando toda a imponência que aquele pelotão carrega, fazendo jus a serem recebidos e despedidos com a atenção e admiração dos camponeses. Para mim, o episódio deveria ter terminado ai, com a imagem daquelas duas crianças diante de seus ídolos, sem mensurar a complexidade daquilo tudo, com os soldados partindo a toda e sem aquela inserção do encontro de todos antes da partida. O lero lero entre a tchurminha tirou um pouco desse feeling abrasivo da sequência.

Há mais o que se discutir, como a ótima abordagem na morte de Marco, principalmente o quote do Jean sobre nem todos terem mortes dramáticas, mas em circunstância aonde ninguém irá nota, caído num canto escuro e passando despercebido, o que ironicamente torna sua morte mais emblemática do que poderia parecer anteriormente – e o abalo de Eren à morte de Marco não tem peso na narrativa, eu nem sequer achei que eles pudessem ser tão apegados [o Jean eu entendo, o flahback fala por si só, mas... os outros...?]. Mas sabe o que? Eu quero fechar este post com a imagem espiritual de todas aquelas pernas dando meia volta ao brado de Erwin, os outros personagens se segurando em galhos invisíveis para não serem puxados juntos pela corrente, suas lágrimas, suas pernas bambas, naquele grito sensacional do Jean exprimindo pra fora aquele sentimento terrífico interno. A Sasha Batata...  GENTE!! Gostei tanto, que carregarei essa sequência por um bom tempo, porque até então, eu surtava com a explosão climática, mas dessa vez foi com um simples drama. Erwin, você foi DEMAIS! DEMAIS! 


Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★



___________________________________________


-Wow, wow, woooow! Só faltou o chapéu pra xerifinho do Kansas!


-Francamente, não entendi qual é a da Annie, será que não há mais nada por trás dessa recuada ou ela realmente não se interessa nem um pouco por essa ideologia? Ela realmente desde sempre mostrou pouco interesse por tudo aquilo, mas gostaria que acontecesse algo e ela se juntasse aos demais ou fosse importante de alguma forma. Eu esqueci o nome daquele carequinha ali, que personalidade franca, mas gostei de ver como ele estava dividido pelo medo, tentando encontrar nos outros a justificativa para tomar a sua decisão final. Por fim, ainda que sentindo que deveria ter dado o fora dali, ele cumpre a vontade que eu acredito ter estado sempre dentro dele. A expressão de contentação dele a ser um dos poucos a permanecer foi impagável. 




-Eu acho que Ymir iria mesmo sem Chriska, mas acho que Chriska não iria sem Ymir. Bom, apenas suposições, de qualquer forma hhhhhnngggggg. Ah! Foi de ir no Google imagens pegar imagens das duas (<3) e peguei um spoiler tão desgraçado... HUEHUEHUEHUEHUEUHE PUTAMERDA! HAHAHAH SE FODE AI. Bem, valeu a pena, peguei uma delas se beijando e-- Tchururuu tchuuu pãpãrãrãpãMIAU~

***

Comentários do Critico Nippon (@PedroSEkman)


Por motivos de força maior, não poderei ver e comentar o episódio dessa semana. Então vou divagar sobre algo já lançado: Psycho Pass.

Aquele que, como todos sabem, é o grande vilão por trás de tudo, e provavelmente será revelado na segunda temporada, sendo o fantástico Big Brother onipresente da Sibila:



Ele não lhes lembra uma figura muito comum em nossos computadores há alguns anos atrás, com exatamente a mesma função?


Reflitam sobre isso até eu voltar.

***

Curta o Elfen Lied Brasil no Facebook e nos Siga no Twitter