Trilha sonora alternando entre um ponto e outro, mas sempre grandiosa;
direção competente, personagens cheios de chorume. Este foi o episódio da
semana.
Okay, enfim Shingeki no Kyojin começou a se mover daquela
build-up amena em direção a uma execução mais vibrante. Meu corpo não pôde
ficar indiferente a isto. A linha narrativa sobre o suposto traidor que matará
os titãs que seriam estudados sendo valorizada [provavelmente voltando à tona
em algum momento], a decisão sobre o caminho a seguir sendo estendido até o
termino do episódio deu o peso dramático necessário ao significado do que é fazer
parte da Tropa de Explorações. Em filmes de guerra, o roteiro tem dois caminhos
a seguir, ser um filme de ação (Rambo)
ou um filme que valoriza as ações (O
Resgate do Soldado Ryan). A diferença está na densidade que o diretor
coloca na narrativa, valorizando cada cena e cada ação de determinado
personagem dramaticamente.
Shingeki nem sempre consegue ser exato nesta fórmula, mas é
um aspecto que eu gosto bastante neste anime. Este episódio, por exemplo, a
construção é tão boa, que o clímax tem um impacto maravilhoso sobre o expectador.
A trilha sonora desempenha um papel crucial – mais uma vez, e como eu goooosto
dessas inserções – e a composição visual foi fundamental ao refletir o interior
daqueles personagens, mas tudo isto seria inútil se não pudéssemos entender o
que eles estavam sentindo. A música externa as emoções, os efeitos visuais as
torna tangíveis, mas você não pode entender algo que não viu que não sentiu,
apenas foi dito. Alguém vai te dizer sobre um acidente de trânsito, uma pessoa
teve o crânio esmagado (pai estava me
contando este causo dia desses após ter pegado uma rodovia) por uma roda de
caminhão “pááh, o estalo foi como o estouro
de uma melancia”. Ainda que desperte sua atenção, ainda que sinta repulsa, é
algo que no fundo você é indiferente, ainda que seu corpo diga o contrário. Não
irá perder o sono por causa disto.
Enfim, nesta cena eu senti um pouquinho do feeling que eu
sentia ao assistir Evangelion. Dessa vez foi diferente de todas às vezes
anteriores, posso afirmar isto com convicção. A BGM se tornou muito mais grave ao
visualizarmos o titã devorando humanos, o medo que sentiam dessa vez estava um
pouco mais sóbrio e com menos estilizações, fazendo com que o drama fugisse
daquele timing cômico e se tornasse envolvente. Geralmente, titãs devorando
pessoas é mostrado com uma BGM pesada ao fundo ou simplesmente com tons épicos,
que se no primeiro momento conseguiu impactar devido a surpresa, depois foi
caindo no marasmo porque o ser humano se adapta rapidamente, e essas cenas não
tinham um peso dramático elevado, por mais que tudo fosse muito intenso, a
direção sempre tendia pro melodramático. A BGM de Shingeki tende a favorecer a
ação, então foi muito bom ver as ações dos personagens sendo valorizadas por um
mais cortante. Dessa forma, eu pude sentir um tremor pelo corpo ao ver naquela
cena do Erwin empunhando a mão no peito e as bandeiras da Tropa de Explorações
tremulando toda a imponência que aquele pelotão carrega, fazendo jus a serem
recebidos e despedidos com a atenção e admiração dos camponeses. Para mim, o
episódio deveria ter terminado ai, com a imagem daquelas duas crianças diante
de seus ídolos, sem mensurar a complexidade daquilo tudo, com os soldados
partindo a toda e sem aquela inserção do encontro de todos antes da partida. O
lero lero entre a tchurminha tirou um pouco desse feeling abrasivo da sequência.
Há mais o que se discutir, como a ótima abordagem na morte
de Marco, principalmente o quote do Jean sobre nem todos terem mortes dramáticas,
mas em circunstância aonde ninguém irá nota, caído num canto escuro e passando
despercebido, o que ironicamente torna sua morte mais emblemática do que
poderia parecer anteriormente – e o abalo de Eren à morte de Marco não tem peso
na narrativa, eu nem sequer achei que eles pudessem ser tão apegados [o Jean eu
entendo, o flahback fala por si só, mas... os outros...?]. Mas sabe o que? Eu
quero fechar este post com a imagem espiritual de todas aquelas pernas dando
meia volta ao brado de Erwin, os outros personagens se segurando em galhos invisíveis
para não serem puxados juntos pela corrente, suas lágrimas, suas pernas bambas,
naquele grito sensacional do Jean exprimindo pra fora aquele sentimento terrífico
interno. A Sasha Batata... GENTE!!
Gostei tanto, que carregarei essa sequência por um bom tempo, porque até então,
eu surtava com a explosão climática, mas dessa vez foi com um simples drama. Erwin,
você foi DEMAIS! DEMAIS!
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
-Eu acho que Ymir iria mesmo sem Chriska, mas acho que Chriska não iria sem Ymir. Bom, apenas suposições, de qualquer forma hhhhhnngggggg. Ah! Foi de ir no Google imagens pegar imagens das duas (<3) e peguei um spoiler tão desgraçado... HUEHUEHUEHUEHUEUHE PUTAMERDA! HAHAHAH SE FODE AI. Bem, valeu a pena, peguei uma delas se beijando e-- Tchururuu tchuuu pãpãrãrãpãMIAU~
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Comentários do Critico Nippon (@PedroSEkman)
Por motivos de força maior, não poderei ver e comentar o episódio dessa semana. Então vou divagar sobre algo já lançado: Psycho Pass.
Aquele que, como todos sabem, é o grande vilão por trás de tudo, e provavelmente será revelado na segunda temporada, sendo o fantástico Big Brother onipresente da Sibila:
Ele não lhes lembra uma figura muito comum em nossos computadores há alguns anos atrás, com exatamente a mesma função?
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