domingo, 1 de setembro de 2013

Comentários: Shingeki no Kyojin #21 – Enfim... FIGHT!


O que? Eu nem respirei. E vocês? Nem sei quem sou eu!


Meus pés ficaram dormentes, formigando. Também, pudera. 24 minutos de inatividade corporal total. Nesse frio, eu encolhidinha nos panos, quando dei por mim, já tinha acabado o episódio. E tudo o que eu poderia dizer é: Uurr..!! Isso me deixou tensa pra caralho! Agora estou sorrindo sozinha no escuro, eu sou maluca? Okay! Permitam que eu pegue um fôlego aqui para começar a falar do episódio.

Eeeeeeeehhhhhhhhhhh, Hajime Isayama, seu danadinho! Se especializou em subverter expectativas, hã? Primeiro não é um battle shounen tradicional. Segundo, é um battle shounen tradicional. Terceiro, é e não é. Não estou fazendo sentido algum? Foda-se, Shingeki no Kyojin também não faz. Será este o segredo? A trama não gira em torno de um battle shounen e este episódio especifica bem isso. A trama continua correndo em linha cursiva fazendo questão de manter a apreensão estabelecida desde o primeiro episódio. Como comentou o astuto Levi com a sangue quente Mikasa, a titã fêmea completou seu objetivo e comporta-se como se tivesse de porte de algo importante. Esse algo importante é o corpo de Eren em seu interior. Isso faz com que parte de meus questionamentos com relação ao seu objetivo tenham sido respondidos, no entanto, com as respostas, vieram mais dúvidas. Seu objetivo não era exterminar Eren, mas pegá-lo e leva-lo a alguém. Quer dizer, eu não sei, mas vamos seguir por essa linha de raciocínio deixada pelo episódio. O que nos traz mais questões insolúveis. Por que não o fizeram quando tiveram oportunidade dentro das próprias muralhas? Talvez para não chamar atenção para a existência de um culto tramando contra a humanidade. Talvez. Nem mesmo Armin conseguiu chegar a uma resposta, a não ser a conclusão obvia de que há um motivo para quererem destruir as muralhas, que está além da nossa compreensão. Ou seja, eu fico bastante feliz com isso, é o enredo sendo construído em detalhes. O ataque metódico de todos os titãs diferenciados, o fato de cada um desempenhar uma missão. Intrigante, não? Enfim, deixemos pra pensar nisso no momento propicio.

Entende como isso é muito louco? Não há meio termo, ou o Isayama criou uma história genial e está se divertindo pela apreensão causada em todos, ou simplesmente é um troll blefando. Gostaria de saber quando tempo ele levou bolando esse argumento de Shingeki.


Sei que o Isayama vai fornecer as respostas, até agora não decepcionou, mas não posso evitar me corroer por dentro. Agora, isto talvez sinalize para as pessoas que estão por detrás disto tudo, os mesmos que queriam a posse de Eren. Isayama adora jogar com as expectativas do seu leitor/espectador. Primeiro constrói um clímax propicio para um FIGHT entre os dois titãs, deixa todos na fissura, depois desenvolve um plano de fundo em que nos faz crer e aceitar na cadeia de ação, reação e consequências. Yay, não fode as coisas, Eren! Evidência que o roteiro tem confiança o suficiente para abrir mão de algo dessa magnitude (OUCH, se até eu estava mó tensa esperando os grandões botarem pra foder). Mas então, nada sai como esperado e assim voltamos à questão de confiar no grupo ou tentar as coisas sozinho? Eren novamente escolhe confiar e noooovamente nada sai como esperado. Tensão, clímax, catarse em sequência. Coisa de louco; é como uma onda que vem pequenininha e em determinado ponto se torna monstruosa pegando o surfista de surpresa.

Cara, essa construção e desconstrução de conflitos da trama foram fantásticas. É um domínio narrativo estimulante, porque se por um lado ele não deseja que sua história siga vários episódios seguidos de battle, por outro, ele consegue dar aquilo que o publico queria antes do termino da fase da trama onde isso era possível, sem prejudicar a estrutura narrativa. Ou seja, você continua crendo na ideologia do enredo de nada ser resolvido pelo individual, isso não se quebrou, a urgência da trama continua a toda, seguindo para frente (apesar de valorizar cada momento, o que pode fazer essa corrida durar anos). No entanto, ainda pudemos gozar com um duelo épico do titã Elfo e titã Fêmea, e compreendermos o motivo de ter ocorrido. Não apenas isso, mas vibrarmos com a cena. Este foi o clímax, a catarse vem no sentido de que a ideologia permanecera intacta.


A fúria de Eren estremece, assusta, a titã Fêmea sentiu a pressão (e eu internamente aqui no “hohoho~”), afinal, é uma explosão emocional com todo seu furor. E como tal, é animalesca. Vocês viram o sorriso psicótico do Eren dentro do titã? Esse cara é um psicopata! Estava completamente fora de controle e estava se divertindo HUEHUEHUHUHUHUHUHUHUE. Mas quem pode julgá-lo? Eu sei lá, eu estaria tão noiada e despirocada quanto ele. Quem não? E este é o ponto: sua força física naquele momento não se compara, é brutal porque é fruto da sua fúria – o ser humano quando perde o controle emocional, ele totalmente retorna à sua origem primitiva, seja por meio de um forte choque ou um surto descontrolado, até mesmo a pessoa mais frágil consegue partir pra cima e se impor perante um adversário de maior porte – e é por ser algo tão primitivo e sem controle emocional, que alguém habilidoso tecnicamente consegue manipular essa situação ao seu favor, bastante apenas se esquivar e esperar o momento certo.

Mas francamente, na hora eu não pensei em nada disso, estava tão compenetrada e TEEEEEEENSA AS HELL, que eu até pensei que o Eren conseguiria ganhar da titã Fêmea. Dai a cabeça dele sai voando e...!!! Quando ouso a pensar “possa Isayama, vai repetir de novo a cena do Eren sendo devorado? Não vamos cair mais nessa, por favor, ¬¬” , então surge Mikasa endiabrada com o capeta no corpo e a cada golpe desferido eu ficava “CARALHO! CARALHO! CARALHO!, NÃO É POSSÍVEL! WOOAAHHH”. Novamente fui surpreendida com a intervenção de Levi. Minha pepeka não ficou em chamas como as de 95% das garotas ao verem ele, mas confesso que até estremeci diante a possibilidade de ver o peãozinho rodopiar no ar! >/////<

Mikasa e Levi juntos? POHÃÃÃÃ, não quero nem ver! Aliás, eu quero apenas sentir!!! Omg.



Não consigo nem cogitar o que virá a seguir, sinceramente, por isso chega de surtos. Enfim, este episódio tem uma execução que me faz chorar sangue, porque não faz muito jus a ótima montagem do enredo. Muito embromation, pouca animação, alto número de reutilizações, pobreza estética. Mas devo dizer que todos os diálogos dessa vez, mesmo os repetitivos, conseguiram manter a camada de tensão da atmosfera, por estarem voltados a um denominador comum e não coisas aleatórias. Mesmo que o diálogo entre Erwin e Hanji pudesse ser excluído sem qualquer perda à vista, não é o suficiente para ofuscar. A conversa entre Armin e Jean por outro lado te lembra do essencial (algo como, “hey, presta atenção, cê tá ligado que-”) para este tipo de obra de acordo com seu público alvo e solidifica um pouco mais o caráter especulativo e dedutivo do loirinho. Em suma, ê anime que tá FEIO visualmente, nada, nada estimulante. Como disse, chega a ser decepcionante o tratamento dado, no entanto, ainda parece um parquinho pra mim. Méritos da própria história. 

Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
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-Eu gostava da Pettra >_< Não esperava por sua morte tão, tão cedo, e ainda mais uma morte tão feia, tão seca, sem sequer um momento dramático. Ai eu fico olhando essa imagem estática... É uma expressão tão vazia e ausente de emoções, que acaba sendo assustadora quando você pensa demais no assunto. Isayama tá levando pro ralo as personagens que eu mais vinha curtindo... falo nada! 


- DAT CENA. Novamente conseguem dizer muito do que um personagem está sentindo apenas pelo seu modo de se portar diante da situação. O pesar do Levi me surpreendeu por estar tão carregado, é raro ver ele demonstrando expressivamente qualquer emoção que não seja de irritação ou indiferença. Esperava suas expressões retraídas, mas aqui é só lamento mesmo.


- Só eu que pensei besteirinhas aqui? heheh... A expressão da titã é de "é só isso que você tem ai pra mim?". Pior que a personagem que está ali dentro faz bem esse tipo que exige muito de seus parceiros. Aliás, Eren está ferrado. De um lado Levi que também é hardcore, do outro Mikasa que... não, espera, a Mikasa me soa mais como o tipo explosivo fora e comportada na cama. Hey, não sou eu digitando aqui, é o Pedro. Cof, cof.


- Falando nela, perceberam a sintonia? Ambos são obstinados por aquilo que não saem de suas mentes. Ele por titãs, e ela por ele. É praticamente um triangulo amoroso em que ambos perdem a cabeça pelo objeto de devoção. 


- Vou apenas deixar isso aqui...eer... fufufufufuu SHIPPANUUUUU


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Comentários do Critico Nippon (@PedroSEkman)


Quatro episódios depois de estarem fora de Trost, surge o tão esperado clímax neste quinto.

Começando pelo incrível episódio 17 de aparição da Titã Fêmea, passando por um 18 absolutamente descartável, seguindo por um 19 que, apesar dos pesares, faz um bom trabalho com o grupo geral, e o último (20) uma besteira sem tamanho. E se somarmos com esse 21º que foi igualmente excelente como o 17, o saldo total continua bem bacana. E mais uma vez digo que quem acha que eu não gosto do anime, certamente está escolhendo à dedo só os que eu não gostei e ignorando uma porrada de textos enormes anteriores (não que isso me faça qualquer diferença).


Trazem à tona logo no início o fato de Eren não poder ficar com equipamentos em sua transformação, bem como sua total exaustão após o uso (ainda que não responda como a Titã Femêa consegue, o que é até hilário). Mencionam também não terem usado o Encouraçado no ataque à Trost e, dessa vez sim, fornecem uma resposta (ou a suposição de uma). E como não poderia deixar de ser, a babaquice das decisões do episódio passado ecoam neste. Cada um correndo para um lado, sem sentido nenhum, e a isca tão imensamente preciosa com 3 escoltas (!!!!), e isso que vemos eles comentando da fuga do "piloto" da Titã. Assim mesmo não é tomada providência alguma e.... enfim, eu fico até mau lembrando de tanta porcaria do 20.

O que podemos fazer é abraçar tais acontecimentos e vermos como lidam dali em diante. Com uma repetição aparentemente melosa e irritante do atual grupo de Eren ("Você não confia no seu grupo?" zzzzzZZZZZ), que encontra um excelente eco de ingênuo otimismo lá no episódio 5, aos vermos todos jovens motivados à lutar pela primeira vez. E o que aconteceu lá reflete aqui, um massacre generalizado. Em um momento estamos deslumbrados com as habilidades dos soldados experientes, em seguida apavorados com as reações da Titã, deixando a luta sempre interessante e imprevisível, o que é fundamental.



 









Acontecendo exatamente o mesmo quando Eren enfrenta ela em termos de imprevisibilidade. Com algumas mudanças de ordem e ritmo do mangá e que funcionam bem melhor em anime, é prazeroso ver que continuam encaixando algumas decisões e mudanças em prol do entretenimento. E ainda que a animação pavorosa atrapalhe bastante, principalmente no início, a luta é tão longa e tão cheia de reviravoltas, que funciona muito bem. Com a trilha sonora em seu máximo, e enfim Eren expondo seus sentimentos de arrependimento, é forte em termos de ação e sentimento, conseguindo milagres com as expressões faciais limitadas de ambos os Titãs.

Encerrando de forma satisfatória pela primeira vez em muito tempo, encaixando um ataque final de Mikasa (e faz todo sentido ela reconhecer primeiro o grito de Eren) e uma perseguição dela e Levi juntos. Enfim parece que tentaram parar de alongar toda porcaria de diálogo e se concentraram em tocar as ações adiante. Tomara que continue.

BREAKING: Ben Affleck é revelado com sendo a Titã Fêmea





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