E tudo começa a se encaminhar para o gran finale~.
Que coisa. No texto anterior eu comentava de como Galilei
Donna aproveitava muito pouco seu caça ao
tesouro por diversas cidades do mundo. Não fazia muita diferença qual
cidade a história se passava, o cenário era só um plano de fundo que nunca
integrava de fato as tramas, ou se tornando determinante para seu desenrolar.
Com a facilitação por parte de Roberto, a excursão delas nunca de fato
encontrou nenhum problema nessa procura pelos mapas, que possuem localizações
tão exatas e fáceis de serem encontradas, que por mais que se defenda que o
foco não é na busca, o processo ser sempre tão simples e metódico entrega o
quão deficiente é a escrita. Algo interessante que me ocorreu a este respeito,
é como muitas vezes animações infantis são desdenhadas, mas ainda que eu não seja
grande fã das animações do detetive Tintin e seu cãozinho, suas buscas por
pistas envolviam graus de dificuldade que tornavam as buscas palpáveis, com
bons momentos dramáticos.
Quando vim para este episódio, estava um pouco com o pé
atrás devido a um outro comentário que acabei pescando no twitter, mas acabei
surpreendida. As falas, as motivações, as ligações interpessoais, a ação,
enfim, não há nada de excepcional aqui, assim como em nenhum outro episódio – para
os padrões de Galidon, os momentos entre Theo e Karen no episódio 5 e os
conflitos internos de Kazuki *há muito esquecido e abandonado na storytelling* são
os pontos altos – mas com uma premissa leve, consegue explorar melhor o cenário
à sua volta e integrá-lo a trama do episódio. Afinal, as personagens se sentem
em casa, com os sentimentos aflorados, a guarda baixa, e envoltas em
sentimentalismo.
Adorava isso, que passassem as mãos em minha cabeça! *ainda gosto, apesar que quase morro*
Não há nada de errado com o argumento, pelo contrário.
Quando você quer mostrar ao público os laços criados entre personagens e
imergi-los nessa relação, o recurso mais eficaz é sem dúvidas coloca-los
interagindo em eventos cotidianos que exemplifiquem a rotina desses
personagens. O episodio tem mais por objetivo mostrar o dilema de Anna, que
inevitavelmente acabou se apegando às meninas, e evidenciar a ligação que se
formou entre todas elas. Sem que percebessem, elas se tornaram uma espécie de
família.
Como disse, não há nada de excepcional, ou se sim, me diga
aonde, mas é uma construção bastante eficaz, que flui com naturalidade. É fácil
comprar esse apego entre elas, e acho que mais pelo carisma que possuem, do que
propriamente por situações construídas degrau por degrau em episódios
anteriores.
Sobre a amaciada
de Roberto no episódio anterior, acertou quem escolheu a opção b. Aquela em que
ele só não as matou porque ainda sabia que precisaria delas – mais especificamente
de Hozuki, HAHAH – para encontrarem todos os mapas. Ou seja, de fato, Anna não
possui o menor apelo sobre ele. Para mim, foi uma boa surpresa. Achei que
realmente ele tivesse sido comovido pelas palavras dela, mas este novo panorama
contribui para a perspectiva de um Roberto muito mais irredutível que talvez
tenha como único destino possível, a morte, porque é claro, Anna deverá traí-lo
e de alguma forma ele terá que ser derrotado. Enfim, a partir do próximo, as
coisas parecem que vão esquentar e ficar mais interessantes para o lado das
Ferrari. Apesar dos pesares, Galidon ainda tem boas sacadas ocasionais, e isto, somado às personagens, acredito ser o que tem me segurado nesta série.
Quer dizer, interessante para nós. Para elas, nem tanto. ;)
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★
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-POOOUUUUHÃÃÃ MAAAAAN!! Esses cabelos não podem ser normais. NÃÃÃÃÃO. E eu me achando estranho o ato de algumas mulheres que guardam celulares entre os seios. Okááá. Mas hein, esse cabelo da Anna...eerr~
-Awwwwww que bonitinhos >__< Okay, acho interessante e natural o interesse romântico de Cicinho para com Hazuki, principalmente se tratando de um bon vivant como ele aparenta ser, principalmente por estarem trilhando a mesma rota, mas seria um tanto quanto forçado se suas motivações atuais todas se resumissem a este interesse. E bem, falando de Hazuki, realmente é a personagem que mais gosto. Sua interação com Cicinho me ganhou de vez. Primeiro por esse vislumbre do peso e da responsabilidade que sente sendo a irmã mais velha. Segundo que adoro parar em lugares assim com belas vistas e ficar pensando na vida, e ela estar perdida, se intencional ou não, casa perfeitamente com seu estado emocional naquele momento. Foi uma sequência bonita. E terceiro: AWWWNNNNNN que bonitinho o Cicinho todo atrapalhado, como um garotinho do primário ao se ver sozinho pela primeira vez com sua grande paixão (aquela postura densa, a tentativa de dizer as palavras certas no momento certo) e Hazuki se abrindo com ele, fazendo charme...FUNFUN~!! HUEHUEHUE <3 *suspiro* Oh, bem. Isso é legal! Hazuki tem essa conceitualização de personagem forte, mas muitas vezes acabamos estereotipando essa palavra, porque forte não é apenas estar sempre na defensiva, mas também ser capaz de chorar e aceitar sua fragilidade no momentos mais difíceis. Ter alguém para poder mostrar este lado e desabafar, faz com que seja possível voltar com muito mais ânimo para os problemas.