quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A Relação Entre Pais & Filhos nos Animes

Para qualquer um que acompanhe animes regularmente já deve ter percebido que, foras às exceções de sempre, a presença da figura dos pais nos animes é escassa. Distantes, ainda que pertos, sua presença é relegada ao antagonismo. 
Sakura Card Captors e Clannad After Story (sequência direta de Clannad) são dois dos exemplos mais recorrentes na mente de qualquer fã de anime quando se trata de pais amorosos e presentes na narrativa.

Enquanto ambos são distantes, o primeiro se relaciona com a filha sem participação ativa em sua vida, que não seja uma imagem plástica de felicidade congelada regada a cafés da manhã, sorrisos que nunca saem do rosto, mas também não se modificam muito a cada dia. Não me entendam mal, tanto eu como a Sakura o achamos um bom pai. Mas ele é distante e sem participação efetiva no desenvolvimento e bem estar da filha – este papel é desempenhado pelo irmão mais velho, que apesar da autoridade outorgada a um irmão mais velho sobre a irmã mais nova, na perspectiva dela eles são iguais e isso propicia que ele tenha uma presença afetiva maior em sua vida diária que a do pai, que continua sendo a figura máxima de autoridade que inconscientemente é temida e por isto mantido a uma distância segura. Ele faz parte de sua vida enquanto unicidade familiar, o que não diferencia muito de peças em museus, mas ao mesmo tempo não faz porque é excluído. 
Isso porque a série se passa pela perspectiva de Sakura, e o único que faz ideia do que se passa com ela e está bem mais próximo de sua realidade individual é o irmão com quem está sempre brigando, mas que dividem algo incomum: são filhos e apesar da diferença de idade, seus mundos não se diferenciam muito. No final das contas, o pai de Sakura é apenas uma figura decorativa mantida distante, fazendo o que se espera de um pai: sempre atencioso e um exemplo impecável de conduta, perfeito. Parece que para se manter um grau de perfeição, é necessário uma certa distância – ao contrário do irmão, que para ela é um chato pentelho, embora o ame bastante. 
Já em Clannad After Story, a distância não é apenas emocional, como também física. Se trata de um pai ausente em todos os sentidos, que conscientemente anula a presença da filha pequena e indefesa em sua vida. Aqui há alguns pontos interessantes. A filha, pela idade, é incapaz, abandonada ainda recém-nascida.  E dessa vez a perspectiva é pelo ponto de vista do pai, que num contraste com a delicada filha, assume uma visão antagônica. Perceba que a perspectiva só muda para culpabilizar o pai pela distância que se estabeleceu entre pai e filho.

Pais invisíveis ou ausentes são um artificio comum em qualquer animação do mundo, uma vez que não são importantes para a narrativa. Quando presentes, geralmente são colocados como forças antagônicas, impedindo a criança/adolescente de alcançar um objetivo ou responsáveis por seu estado emocional abalados. Ou simplesmente são displicentes e distantes emocionalmente. Quando ausentes, eles apenas não fazem parte da vida do filho, estando geralmente em alguma viagem que nunca acaba ou os filhos estão morando sozinhos, independente da idade que tenham!! Há também de se destacar o quão comum é notar filhos morando com terceiros, ainda que com algum grau de parentesco, geralmente um tia ou responsável, que seja gostosa e fisicamente madura, além de... sexualmente atraente/provocante. E este é requisito essencial. Caso contrário, se tornará invisível no enredo. Como se pode notar nessa lista do TVtropes, as opções são as mais diversas, variando conforme o alvo demográfico. 
A causa não é complexa, é simples até: publico alvo. É mesma formula usada pelos quadrinhos de super heróis, que a despeito das motivações que tenham se originado, eram focados essencialmente para as crianças/adolescentes. Também não foi diferente no Japão, por mais violento que fosse ou mesmo às vezes ultrapassando os limites sexuais, era necessário centrar a narrativa na perspectiva da criança ou adolescente para que este pudesse se identificar.

Novamente, exemplos têm vários para pouco espaço de texto, mas vamos pegar o mais expressivo desse período (de cerca da década de 1960 a meados de 90): os mechas (a gente pronuncia como “meca”). Crianças auto independentes em robôs gigantes salvando o mundo. A ideia é de pura diversão, ainda que com momentos dramáticos necessários a qualquer enredo.  Que criança (aqui, estou incluindo adolescentes, afinal, na visão de adultos, estes também são crianças) não gostaria de pilotar um robozão gigante, entrar em combates violentos e ainda salvar o mundo? O mecha é um dos produtos comerciais mais vitoriosos do entretenimento, se tornando objeto de sonho/desejo/fetiche e consequentemente, objeto de consumo em massa. O que rende muitos bonequinhos e infinidades de cacarecos diversos, que é de onde sai o lucro principal dessas obras. Seguimos a mesma linha de raciocínio para as séries de Garotas Magicas, que é análogo aos mechas, mas dessa vez orientado para o publico feminino – ao menos, era a ideia quando se originou. 
Não é preciso dizer que nos exemplos citados – e nos não citados – a figura dos pais é relegada a invisíveis ou ausentes. Neste mesmo período, dois autores de mangás desafiaram a autoridade dos pais diretamente com ineditismo, estabelecendo um verdadeiro cabo de guerra, ganho constantemente pelos autores com o apoio das crianças. Enquanto um desafiava infringindo a moral e os bons costumes, o outro o fazia através da violência. Esses autores eram Go Nagai e Kazuo Umezu.

Mas mesmo Nagai também usava de larga violência em meio a perversões, e quando os pais venceram uma disputa a base da pressão, obrigando-o a colocar fim a um mangá, Harenshi Gakuen, ele não pensou duas vezes em colocar os pais [e professores, por representarem figuras de autoridade familiar] invadindo a escola e sendo mortos cruelmente pelos alunos. 
Já Umezu constantemente colocava figuras de autoridades (seja pais ou professores) como seres opressores ou simplesmente completos desqualificados incapazes de cuidar ou defender os filhos/crianças. Em uma das histórias do mangá Kami no Hidarite Akuma no Migite, uma adolescente que começou a amadurecer rápido demais ao se tornar uma idol, trilhando o caminho para o mundo adulto e se aflorando sexualmente, sofreu graves consequências. Mas claro, sua decisão fora influenciada por um adulto, que transformou completamente sua maneira de pensar. A mensagem é clara: adultos ou são pessoas más ou pessoas sem capacidade alguma (mais sobre em Mão Esquerda de Deus, Mão Direita do Diabo). Umezu também sofreu muitas criticas e pressões de pais e grupos conservadores, que aliás, nunca viram ‘terror’ com bons olhos.

Objetivamente falando, é sim, obviamente, questão de publico alvo. No entanto, também não deixa de ser sintomático. Para ilustrar, vamos a alguns tópicos. Os pais, hoje avós, nascidos anterior aos anos 1940, presenciaram eventos e guerras que influenciaram diretamente sua maneira de pensar e ver o mundo. Esses filhos, eram novos demais para participar, mas acompanharam e compartilharam boa parte disso pela tv ou rádios. Isso também moldou a forma como veriam o mundo. Uma época de forte efervescência cultural, onde o entretenimento assumiu o papel de critico da sociedade – literatura, cinema, música/rock – e então nasceu o lema “Não confie em ninguém com mais de 30 anos /em adultos” e foi um lema forte até os anos 90 como garoto propaganda do entretenimento momento infato-juvenil. Mas depois dessa fase de rebeldia, eles cresceram, assumiram responsabilidades com carreira, uma nova família e sociedade. Isso falando de uma perspectiva mundial – salve características próprias de cada cultura que se diferencia de uma para outra – e a economia estava prosperando, fruto de muito trabalho. Por causa deste trabalho, os pais passaram a fazer cada vez menos parte da vida dos filhos, que cresciam moldados pelo entretenimento pop e com muros intransponíveis entre eles e seus pais, que lhes cobravam nada mais que o preparo necessário para assumir logo adiante o fardo deixado por eles e a responsabilidade social. 
Falando especificamente do Japão, antes de se abrir para o mundo depois de um longo tempo de isolamento, o entretenimento era escasso, o que não impediu os filhos de acompanharem os conflitos políticos do país de perto, marcando-os profundamente, nem os artistas de se manifestarem criticamente. Para o Japão, a efervescência cultural só veio nos anos 60 com a popularização da tv e a influência americana que moldaria definitivamente sua cultura. Lá, tudo acabou sendo mais extremo. O país estava se reconstruindo em meio a critica politica e moral, as crianças e a população em geral estavam sedentas por entretenimento. Era hora dos filhos que acompanharam os conflitos anteriores de perto segurarem a barra e reerguer o país, sem terem muito tempo para si ou para seus filhos.

O entretenimento no mundo inteiro foi deixando cada vez mais as temáticas politicas e abraçando a esperança e o escapismo. Se nos EUA surgiram novos super heróis e antigos – frutos da politica – foram remodelados como símbolo de uma nova esperança, mais fantasiosos e dando vazão à imaginação, no Japão surgiram muitos Ashita no Joe e Ace wo Nerae, também como símbolos da esperança, na tentativa de levar os ânimos de um povo ainda com a moral baixa.  

Esse sintoma denuncia o anacronismo da família, que agora perde o status de entidade máxima socializadora para a indústria do entretenimento cultural, ao quais seus filhos foram relegados. No Japão, antes da influência americana e de uma nova revolução sexual, a família era uma entidade sagrada com diversos códigos de conduta, o que colaborou para o forte choque politico com a postura de autores como Kazuo Umezu e Go Nagai, e com a forma que a indústria passou a encarar o sexo; a censura imposta e a repressão ajudaram na imagem fetichista que o Japão tem hoje.

Assim, a indústria cultural destituiu a autoridade da família e questionou sua competência. A função de socialização da família desaparece, e o que sobra quando determinado material quer se comunicar com a criança/jovem, é a instituição familiar sempre aparecendo de forma achincalhada e parodiada. Nos cartoons dos anos 1960, o estúdio Hanna-Barbera contrasta a família do passado [Os Flintstones] e do futuro [Os Jetsons], onde em um o chefe da família é desajeitado, corruptível, com a família movida pela moral do menor esforço e a mãe não sendo capaz de lidar com o caos que instaura no lar, e no outro a incapacidade do pai de lidar harmonicamente com a tecnologia que o rodeia. 

O Japão tem um modelo cultural muito especifico. O que torna certas transformações culturais por lá em casos muito extremos, vide atualmente a problemática da falta de natalidade, o advento da independência da mulher e falta de interesse de ambos os sexos em estabelecer uma família e abrir mão de seu individualismo. Um caso que é fenômeno mundial, onde a juventude não demonstra mais tanto interesse na instituição familiar, se torna um problema sério por lá. Então novamente vamos ilustrar alguns tópicos. 
O fenômeno hikikomori teve inicio em meados dos anos 80, mas só explodiu nos anos 90, se tornando uma preocupação social. Essencialmente, este fenômeno e os diversos cultos que se popularizavam nos anos 80 e que também se tornaram problema nos anos 90 (resultando no atentado aos metrôs com gás sarin), tem sua raiz na insatisfação dos filhos em viver a mesma vida dos pais, além da falta de esperança de um futuro melhor em meio a uma crise econômica.

Em um pais com baixa densidade demográfica, esperava-se que as crianças quando crescessem, pudessem assumir as responsabilidades deixadas por seus pais na sociedade. Com estes pais que agora usufruem de aposentadorias, a sociedade precisa que seus filhos trabalharem para que o país não quebre, mas imagine um país em que boa parte da população usa fraldas geriátricas e recebem aposentadorias e outra boa parte que deveria estar trabalhando simplesmente não sai do quarto. Muito se discute de quem seria a culpa. Das crianças ou da sociedade? A economia entrou em colapso no momento quando eles estavam prestes a terem idade suficiente para adentrar no mercado de trabalho, o que faz com que muitos japoneses acreditem que estes jovens eram mimados e covardes demais para estarem à altura do desafio. Mas também é evidente o quanto essas crianças ficaram muitos distantes emocionalmente de seus pais, que enquanto trabalhavam arduamente, alguns, em condições de semiescravidão, estes iam para creches, escolas integrais ou cuidados de terceiros. Mesmo com a presença de uma mãe domestica, a distância não diminuía, levando em conta suas obrigações e normas de educação.

O Japão não enfrenta problemas não apenas com hikikomoris, mas também com herbívoros e os chamados solteiros parasitas, que com a resseção econômica, traz diversos conflitos internos para o país. 
Assim, essa característica se tornou ainda mais latente no entretenimento japonês a partir dos anos 90. E como não poderia deixar de citar, um grande ícone da época é Evangelion, que abrange temas considerados problemáticos que resultaram no panorama alarmante que o Japão se encontra, como a comunicação [entre pais e filhos, ou a falta dela e o vazio sentido por esses filhos], o escapismo otaku (que lá não é sinônimo de apenas ‘fãs de animes’), a depressão dessas crianças que se recusam a sair do quarto e encarar a realidade e todos os seus problemas – abordados alegoricamente por Shinji Ikari e a Instrumentalidade Humana – e o choque conflituoso entre os interesses de um pai e de um filho, que o culpa por seu abandono, falta de carinho. Consequentemente, Shinji vê as imposições do pai para que assuma certas responsabilidades [como salvar o mundo dos ataques dos Anjos, uma problema social em formato de alegoria] como puro egoísmo e se recusa a aceitar este fardo, que para ele, é mais doloroso do que tudo. Evangelion, além de criar, e também popularizar os já existentes, boa parte dos tropes otakus que hoje se multiplicam genericamente, também pela primeira vez descontrói a mitologia em torno dos animes de mecha. O fardo de pilotar um mecha ainda sendo uma criança e salvar o país antes encarado como algo divertido e um desafio a ser superado, agora se tornou um muro instransponível pela barreira psicológica. Shinji até tenta, mas as coisas não saem como ele espera. Ele não se torna um herói e desiste no primeiro obstáculo e assim continuamente, sempre que se vê com uma enorme responsabilidade sobre os ombros. Ao mesmo tempo, as relações com seu pai se tornam mais distantes e mais azedas.

A partir deste período, principalmente com relação ao entretenimento voltado para otakus, a família na figura de pai e mãe se torna ainda mais antagônica. Em Elfen Lied, por exemplo, os pais são completamente omissos. A mãe não quer que a filha crie problemas para ela, ainda que esteja sendo constantemente violentada pelo padrasto. Em outro núcleo da trama, um garoto vive sozinho numa casa com diversas garotas se esfregando nele. Essa é a formula de um harém, e a formula varia pouco com relação à perspectiva familiar, de um gênero para outro. 
A síntese da animação é exagerar a vida, fazer o que é humanamente impossível, dar asas à imaginação. Na ficção, certos elementos por vezes são um pouco ou bastantes exagerados, mas na essência, reflete uma visão social. Uma mãe não querer abrir mão do seu casamento ainda que sua filha esteja sendo violentada pelo parceiro não é uma realidade apenas do Japão, mas reflete com mais intensidade em animes e mangás do que em qualquer outra mídia ocidental, pela questão do público alvo.

Como as melhores universidades estão nas megalópoles, muitos jovens precisam sair das casas dos pais no interior para irem morar só na cidade, além de ser pratica dos pais fazerem uma inicialização da vida adulta, ao ingressarem na faculdade, serem alocados em apartamentos e dormitórios, esperando que possam amadurecer e se tornarem independentes. Tudo isso torna este um cenário extremamente imaginativo para o entretenimento, que precisa com que seu publico alvo se identifique.

A família como uma entidade de socialização fazia mais sentido no inicio do capitalismo, com a família cumprindo seu papel de adestramento de indivíduos a serem inseridos na sociedade. Eram tempos em que a receita básica era temer e amar, que agora se transforma em amor e frustração. O respeito [sejam às normas pré-estabelecidas ou aos pais] e a autoridade imposta pelo temor. Os pais passavam uma imagem de poder e sucesso, se tornando um espelho almejado pelo filho. Se trata de um processo de normas e valores estabelecidos que foram interiorizados na educação da criança. Logo, em tempos de crise econômica em que a geração Y se encontra cada vez mais infeliz e os jovens veem cada vez mais na manutenção de uma nova família um entrave para seu individualismo e felicidade, o conceito de herdeiro perde seu significado e o filho não ambiciona mais ter mais sucesso que o pai, nem ser reduzido a uma existência que luta pela sobrevivência com salários medíocres, levando uma família nas costas e completamente fadigado e esgotado psicologicamente, ao ponto de não conseguir aproveitar as coisas boas da vida.  

Atualmente, a ambição é mais fortalecida por objetos de consumo e entretenimento, do que constituir família. Todos querem um bom salário para realizar suas fantasias consumistas. A figura do pai exausto substituindo carinho por bens material para diminuir o sentimento de culpa pelo abandono vai se tornando cada vez menos atrativa.

Dessa forma, o sonho de ter a grama mais verde que a do vizinho vai aos poucos virando frustração e depois conformismo com o mínimo/suficiente alcançado, o que têm sido a máxima da geração atual. 
O que isso tem haver com a representação dos pais em animações e entretenimento em geral voltado ao publico jovem e infantil? A desvalorização da figura familiar vem da necessidade do capitalismo de ressocializar essas crianças e jovens a consumidores dependentes de pílulas do entretenimento pop para lhe entreter de uma realidade frustrante. Isso começou a partir de 1920 com a Publicidade engajando esforços ao desencorajar a produção doméstica, para que pudesse faturar. Qualquer produto voltado a este público vulgariza a autoridade dos pais, colocando-os como incapazes de compreender a linguagem da juventude e entender suas necessidades. O desaparecimento dos pais do imaginário infantil é tido pela psicologia como um escape para o filho liberar suas tensões e conflitos reprimidos, sem o sentimento de culpa [afinal, não há problemas em odiar ou ter atos de violência contra a madrasta, porque ela é má e te reprime]. Um modelo usado com eficiência nos contos de fadas e adaptado para a linguagem jovem do entretenimento pop.

Seja em qualquer animação do mundo, este é um fenômeno antigo que agora atinge até mesmo a extrema publicidade infantil, que vem sendo regulada por especialistas e órgãos do governo. É assim que o entretenimento, presente na vida da criança desde pequena como fonte de distração e até educação, molda [e tira proveito] novos modelos sociais e perspectivas.
Trivia

Para quem chegou até aqui, Solanin é um mangá que trata deste choque de sonhos e o duro mercado de trabalho que os jovens encontram assim que chegam à idade de adentrarem no mercado. A obra retrata de modo bastante verídico as angústias sentidas diante do choque entre sonhos idealizados e a necessidade de sobreviver num mundo competitivo. Frustração e o conformismo diante da realidade implacável dão o tom melancólico da obra. E claro, o enredo se centra em jovens que saíram das asas protetoras do pais para tentar sua independência numa grande metrópole. Como não poderia deixar de ser, seus pais se encontram ausentes, por já não fazerem parte da nova realidade daqueles jovens. Em extremo oposto, Ookami Kodomo no Ame to Yuki trata de conflitos familiares através da perspectiva de uma mãe. O que há de comum entre essas duas obras recomendadas é a inexistência dos pais sendo tratados com antagonismo no enredo, mas como parte do problema. E a desenvoltura de seus autores em trabalhar os personagens e suas motivações que o levam a querer se libertar da proteção de seus pais. 

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