E a Galidon chegou ao fim, com sequência de julgamento e
tudo.
Vamos por partes.
A sequência do tribunal foi minimamente divertida, levando
em conta que no universo da série leis e autoridades são meramente figurantes
de fundo, tornando até justificáveis as liberdades autorais, já que o clímax era
mais referente aos personagens que sobre a resolução do conflito. Acontece que,
como comentei no post do episódio 2, o tesouro de Galilei acabou se revelando
realmente como um MacGuffin, onde há um elemento inserido em que os personagens
precisam perseguir – ou descobrir – que serve unicamente como motivação para estes
personagens, não sendo relevante para o enredo, e então, geralmente não tendo
seu mistério desvendado.
Galilei Donna é sobre a relação entre as irmãs, seus
conflitos e etc, o problema é chegar até aqui e olhar para o caminho
percorrido, e então perceber o péssimo trabalho de desenvolvimento sobre os personagens
e suas inter-relações, a despeito das boas ideia que nunca chegaram a se
concretizar. A cena dramática de Kazuki no tribunal não funciona como deveria,
porque não há um background que a torne natural, uma vez que a progressão do
conflito familiar, especialmente entre ela e Hozuki, nunca fora levado adiante.
Então, mesmo que os efeitos sonoros sejam bonitos, é só um recurso barato e
ofensivo para manipular a reação do espectador.
As reviravoltas no tribunal – confesso – além de divertidas
me pegaram de surpresa. Cicinho como advogado sem condições para o oficio, papa
e mama, como esperado, intervindo – porém, tudo soa superficial e apressado. São
questões menores, o problema é olhar para a história como um todo e perceber
este desfecho como uma das coisas mais patéticas de 2013. Logo, é inevitável ficar
com um gostinho amargo na boca após o termino.
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★