domingo, 15 de dezembro de 2013

Teatro dos Vampiros & Metalinguagem de Samumenco

Sabe aquela música lá do Legião Urbana? Então, ela fala sobre a tv, a manipulação da mídia, alienação social e a melancolia desesperançosa do individuo. O que torna o nome "Teatro dos Vampiro" algo perto do genial [e também sua letra].
Este texto contém spoilers até o episódio 10 de Samurai Flamenco.

Parte 1

Desde os 5 minutos finais do episódio 7, que Samurai Flamenco (Samumenco) vem dando o que falar, com relação a determinado ponto de virada no enredo que se tornou controverso. Até então, a série havia estabelecido uma linguagem mais realista, que se assemelha inclusive à palheta de cores desbotadas, para contar mais uma história sobre super heróis inseridos no mundo real. Como nessas histórias, Samumenco segue a mesma mecânica, com poucas variações; o contraste entre a fantasia do nosso herói e a dura realidade urbana, a dificuldade dessa integração e a popularidade. A expectativa de todos era que o próximo passo dado fosse o primeiro clímax e ponto de virada deste tipo de obra, que é o choque dramático de uma tragédia envolvendo o herói e/ou alguém próximo a ele, dando-o (des) motivação e uma nova perspectiva de um mundo real que não tolera super heróis.
Pois bem. O esperado ponto de virada acontece nos 5 minutos finais do episódio 7, mas não exatamente como se esperava... e caralho!, a reação geral foi de pura perplexidade. Da minha parte, eu fiquei completamente paralisada e com a boca aberta, porque, caramba, num minuto você está assistindo a uma série com narrativa realista e no outro, um cara se transforma num gorila guilhotina – uma criatura freak do nível que se encontra num Sailor Moon ou qualquer tokusatsu, só que matando geral explicitamente, algo que você não esperaria numa série do gênero dedicado ao publico infantil. Então, é difícil se manter centrado e não ter a cabeça explodida. Numa comparação esdruxula, seria como se do nada surgisse diversas aeronaves no céu e delas saíssem criaturas assustadoras devorando cérebros (!!).
Enfim, Samumenco vinha sendo bastante questionado por sua abordagem simplória de uma temática que já se encontra batida, tendo sido explorada incontáveis vezes por quadrinhos de diversas nacionalidades. A execução nunca foi além de competente, mas era divertido, a introdução do mundo e de seus personagens foi bem feita e particularmente, me agradava ver a temática sendo explorada pela ótica japonesa, algo até onde eu tenho conhecimento, inédito. Eles pegaram o conceito de super herói americano e subverteram para a sua perspectiva cultural: o Samurai Flamenco não é samurai e não dança flamenco, mas a estética do seu uniforme segue o padrão de vestimenta do samurai clássico – além de que também sua ideologia segue de perto a do código de conduta samurai – e suas cores são flamencas. Mas essencialmente, ele não é um samurai, está muito mais próximo de um herói do tokusatsu, como um Jiraya Gira Jaya Ninja Jiraya Mim Quer a Força (algo assim, pai é fã dessas coisas e fica me torturando =P).
Alinhado a esta temática, está a Flamenco Girl, que tem menos ainda de samurai e tão pouco segue sua ideologia, nem mesmo tendo nada de flamenco em suas vestimentas, mas representa o gênero mais expressivo de super herói voltado para o publico feminino; as mahou shoujo na clássica formação inspirada nos super sentai, iniciado lá atrás com Sailor Moon.

Essa nova abordagem de Samumenco pode até gerar expectativas em curto prazo, mas apesar das camadas interpretativas que a série propõe, a execução da premissa se revelou problemática e se sustentado apenas no shock value e metaficção. Teve alguns episódios que poderiam ter tido um tratamento melhor. Porém, ainda é cedo para definir um pensamento lúcido enquanto a obra ainda está aberta e apresenta diversas possibilidades adiante. Sendo assim...
"...Eu sou o Samurai Flamenco."
No episódio 10, a série fecha o arco iniciado no episódio 7 com um clímax, e novamente surpreendendo ao expor a identidade de seus heróis. O que nos aguarda no próximo episódio? Será que os personagens acordaram de sua fantasia para encarar as consequências do mundo real? Mas ainda faltam bastantes episódios pela frente! Seja como for, essa expectativa é divertida e confesso estar ansiosa pelo próximo. Yay, este é o poder da manipulação e eventos orquestrados!

O que me leva ao próximo tópico deste post e verdadeira razão que me levou a escrever o texto.

Parte 2

Não sei bem o que pensar sobre o que é a exata proposta de Samumenco, mas tenho uma ideia. Toda essa questão sobre a constante reinvenção da série me fez pensar em como o adulto está condicionado à indústria do entretenimento, que também vive em uma constante auto circularidade em um momento contemporâneo onde tudo se torna volátil numa rapidez assombrosa. Oras, estamos constantemente expostos à informação, estamos menos ingênuos e mais cínicos aos truques, que perdem seu valor e magia tão rápido quanto a atualização da sua timeline onde tem sempre alguém apontando os erros ou mostrando o que há por trás daquela técnica. Desse modo, somos submetidos a sucessivas situações extremas para sair do estado de letargia.

Ninguém botou fé no titio, e sobre isto, alguém desabafou sobre, no PdH
Samumenco traz consigo um enredo folhetinesco clássico, onde se utiliza diversas manobras/recursos de narrativa para manter a atenção do espectador numa obra longa com diversas repetições (também podemos chamar de narrativa em eco ou expositiva) para sempre lembrar seu publico – que talvez esteja distraído, ou começou a acompanhar agora ou perdeu a parte anterior – da motivação do enredo/personagem. Diferente de uma criança que possui a espontaneidade e pureza de assistir o mesmo episódio trocentas vezes como se fosse a primeira e sempre achar divertido e fantástico mesmo a cosa mais ingênua do mundo, a estrutura de monstro da semana tende a aborrecer os mais velhos, fazendo com que seja adicionado novos elementos e variações, mesmo mantendo a estrutura básica, além do enredo simplório ser logo esnobado. Também esta narrativa em eco, irrita constantemente adultos que leem as séries da JUMP e animes originalmente voltados para o infantil, como Cavaleiros dos Zodiacos e suas super repetições expositivas (não que isto seja um fator atenuante para as determinadas criticas, afinal, há boas maneiras de criar exposição sem soar over).
E se super heróis existissem de verdade num mundo real, como seria? Samumenco começa com esta premissa clichê já reiterada anteriormente milhares de vezes desde que Stan Lee e Jack Kirby apostaram na proposta em Quarteto Fantástico. Depois de Watchmen, o conceito nunca mais foi o mesmo e depois de tantas repetições, surgiu a sátira aos super heróis reais, sendo Kick-Ass relativamente um dos representantes mais novos dessa vertente e talvez, sei lá, o mais popular da vertente. E se você analisar, todas essas propostas são propostas voltadas para o publico jovem-adulto. Os próprios quadrinhos de super heróis, outrora voltados para o publico infantil (não entremos em questões controversas referentes à origem de muitos destes), também conquistaram os adultos e em determinado momento, foram remodelados para acompanhar um novo publico alvo, agora mais velho.

Atualmente o cinema de super heróis entrou numa vibe mais realista, que difere substancialmente da proposta anterior (veja só a estrutura do novo filme d'O Homem de Aço, por exemplo), que já aproximava seus heróis da audiência ao torna-los mais emocionalmente frágeis, repletos de dilemas em tramas obscurecidas e violentas. Aliás, não apenas o cinema de super herói, mas o cinema em si e toda a indústria de entretenimento.
Os motivos? Complexos, mas dá pra resumir como resultado da transição do modo de vida tradicional estável para o mais complexo onde o homem passa a seguir o ritmo das máquinas, isto no final do século XIX, período das duas Guerras Mundiais e advento do capitalismo e, consequentemente, da indústria do entretenimento. Quando especialistas apontam que a indústria do entretenimento se tornou um monstro manipulativo e hipnótico, um gigante em termos de arrecadação, devido a vida empobrecida (não somente no sentido material, mas espiritual, de perspectiva social) da população, não consigo deixar de pensar na política do "Pão e Circo" (tática romana para manter a população carente entretida e esquecer dos diversos problemas sociais, diminuindo as chances de revolta). Enfim, acho que é importante mencionar que a indústria do entretenimento (incluso todos os meios de Comunicação) foi e sempre será ampliada com o progresso, a industrialização e enfraquecimento dos laços tradicionais, como família e comunidade.

Ou você realmente acha que este vídeo não é intencionalmente tosco, estereotipado e com forte tendência memetica, fruto de um excelente marketing de vinheta pra um programa popularesco de um emissora com forte identidade com a camada popular? Quem achou tosco vai compartilhar e comentar, quem achou divertido, também. A filhinha da minha vizinha se amarrou e até dança sempre que passa! A intenção é fazer parecer não intencional, mas um vídeo sério.
Toda produção cultural reflete e refrata o espírito de sua época e depois de uma longa exposição às maquiagens, o que se procura hoje é o real – assim como outrora também se procuravam no audio visual a representação do real, mas este já se tornou defasado para nós frente a tantas tecnologias. Em 1985, o cinema nascia em sua primeira exibição publica, chamando as pessoas para comparecerem e conferirem a nova invenção que prometia reproduzir o real. Hoje o pequeno curta “A Chegada do Trem na Estação” é uma ingenuidade tamanha, mas diz se que na época, provocou pânico coletivo nas pessoas que achavam que o trem ia sair da projeção e atingi-los, por estar vindo em suas direções.
A fotografia também, inventada com o intuito de capturar o real. Seria a fotografia capaz de capturar o real a partir do momento que a pessoa tem consciência de sua objetividade e de que está de frente a ela, simulando personagens e diversos trejeitos?

Em The Sky Crawlers, Mamoru Oishii constrói uma bela metáfora desse nosso mundo contemporâneo, ao introduzir um grupo de transumanos que vivem numa base aeronáutica em um ciclo de vida que parece eterno, enquanto entram em violentos e mortíferos combates aéreos. A guerra se tornou palco midiático em que eles são a atração principal (numa das melhores sequências, aparece um grupo de turistas na base para conhecê-los no exato momento em que a base é atacada pelo país rival e tudo isto sendo noticiado ao vivo), com a guerra se tornando o entretenimento. Para o fantástico Oshii (ow, ow! Haters gonna haters para quem odeia ele! =p), que acompanhou muitas guerras pela tv, esta havia se tornado um show mundial, onde o conflito é transmitido ao vivo e em tempo real para todo o mundo com os jornalistas cobrindo ao vivo como se fosse uma copa do mundo, onde você pode assistir sossegadamente enquanto toma tranquilamente seu café da manhã.
The Sky Crawlers 
E o comentário do Oishii foi perspicaz. Um evento real de grande porte só existe se tiver a atenção da mídia, e isto faz com que engendrem artimanhas e simulem efeitos catastróficos para chamar sua atenção. Tem aquela história especulativa do Sadam Hussein, mesmo certo da derrota mais do que certa, declara guerra aos EUA ao invadir o Kuait, sabendo que seu gesto se tornaria midiático e transmitido ao vivo pela tv, com o objetivo de ser o novo líder da causa árabe. E os americanos prorrogaram intencionalmente devido a comoção da opinião publica em ano eleitoral numa guerra sendo transmitida ao vivo pela CNN. Neste aspecto, um acontecimento de grande porte não pode mais apenas acontecer, mas se tornar midiaco onde muitas partes lucrem com isto, transmutando-se o real em imagem. É algo que aprendi no meu curso sobre a gestão da imagem de uma empresa: design, conceito de marca, divulgação, são coisas que fazem toda a diferença num mundo altamente competitivo e de pouco diferença entre um produto e outro, onde o importante é o consumidor consumir sua marca, não mais o produto, sendo mais caro dizer à massa que ele existe do que fazê-lo existir, de fato.

Voltando a Samumenco, é interessante ver como a competitividade entre Samurai Flamenco e Flamenco Girl pelos holofotes midiáticos, onde ela cria uma larga vantagem sobre ele apenas pelo seu marketing agressivo (literalmente), apetrechos chamativos e uma coreográfica de impacto, rebaixando-o a um mero assistente dela. O fato é que naquele momento, Samurai Flamenco não existia mais porque não era mais um produto interessante para a mídia. O que não dura tanto tempo assim, afinal, no audio visual tudo é etéreo demais e ele se separa dela, volta a protagonizar sua própria história e se torna novamente relevante, ao ponto de um programa de tv colocar uma boa quantia pela sua cabeça, enquanto lucra com a repercussão.
Neste meio tempo, Mari, a nossa Flamenco Girl, perde o entusiasmo, e embora continue manipulando – agora não mais seu amigo&rival de combate ao crime, mas suas colegas que integram com ela um grupo idol musical –, interpretando, dizendo frases ensaiadas, esperando que o outro desse a resposta esperada, como se fosse um scrip para tv. Tudo em Flamenco Girl é falso e ensaiado, buscando simular um real que seja novamente interessante para a mídia, já que lutar no anonimato contra criminosos é o mesmo que não existir.
Tiger&Bunny
Falando em aspectos midiacos, Tiger & Bunny é um outro anime que enfoca na rotina de super heróis, só que de um modo que busca satirizar o herói clássico americano sob uma nova perspectiva. Na história, os heróis estão defasados, e para continuar a existirem, agora precisam atuar sob contratos de agências e carregar bandeiras de merchandising em seus uniformes, enquanto têm suas lutas contra bandidos e arquirrivais televisionadas. Da central, são comandados por uma produtora, que de olho na audiência, influi em questões primordiais referentes à performance do herói, como tempo de duração do embate, qual o melhor herói a protagonizar aquele momento, táticas, etc.
Gatchaman Crowds
Em um outro anime bem mais recente, Gatchaman Crowds, a internet e suas redes sociais são primordiais para manipulações da massa. Os heróis, até então desconhecidos, se revelam para a mídia, se tornam conhecidos e passam também a manipular a massa, dessa vez, para fins benéficos.

Os acontecimentos histórias perdem a espontaneidade e o individuo cria um simulacro de si mesmo ao saber que está sendo filmado. O ponto máximo do simulacro é quando o signo passa a ser mais importante do que aquilo que ele representa (como o Luciano Huk dublando pessimamente no filme Enrolados, por questões de marketing em torno do seu nome). Desse modo, não é surpreendente que os monstros comandados pelo vilão King Torture agem quase como se fossem [e numa outra camada provavelmente o é] uma sátira dos vilões clássicos de tokusatsu que só servem para ganhar tempo, pois não representam ameaça e nem mesmo se espera que eles vençam os heróis. Eles agem em papeis demarcados por Torture, tendo a única e especifica função de colocarem o nome de King Torture na mídia, fazê-lo existir e ser temido, criando-se então um grande show.
Num primeiro momento, o primeiro vilão, o Gorila Guilhotina, é o mais complicado e violento de se lidar, causando choque a todos por sua hostilidade e pelas cabeças que arrancou. Foi uma grande apresentação midiaca que tornou King Torture o assunto do momento. A partir de então, os inimigos enviados não representam qualquer entrave até mesmo para um herói urbano e sem muita técnica como o Samurai Flamenco. Torture manipula a mídia, entretendo-a, enquanto arma o grande clímax, atraindo a Flamenco Girl ao inflar seu grande ego para uma armadilha, preparando tudo para o grand finale, e assim propiciando o clímax ideal para o embate final com quem realmente lhe interessava desde o inicio: Samurai Flamenco.

“Tortura é uma forma de comunicação. Então, pelas últimas horas eu comecei a entender quem você é. Você e eu somos bem parecidos. (...) Você anseia pelo entretenimento. Você busca confusão, problemas, notícias e eventos no mundo. Se um incidente o interessa, você se foca nele e não o solta até o exaurir. (...) Se eu te matar aqui e agora, você terá uma morte muito horrenda! Pessoas ficarão de luto e elogiarão suas conquistas em vida. O entanto, isto não é entretenimento. O mundo vai se lembrar de você por um dia e meio... talvez dois. Então vai acabar. Você será apenas uma dessas noticias emocionantes que você sempre desprezou. No entanto se você entregar aquela garota para mim, você será parte do entretenimento. Sim, um entretenimento dos bons. (...) Se você recusar o jogo sujo, não há entretenimento”.

Assim sendo, mais do que metaficção de um nem tão novo modelo de super herói, o que na verdade Samurai Flamenco propõe é satirizar a indústria do entretenimento e sua natureza manipulativa, exibindo um padrão, subvertendo-o em seguida tão logo deixe de ser interessante, de um modo que não só mantenha o interesse, mas traga novas discussões ao trair as expectativas do espectador trazendo à cena algo completamente inesperado. Ao fim desde arco, a série repete este padrão, segurando o interesse da audiência para o que virá a seguir. É a formula básica da Comunicação, que se vê repetindo continuamente e com sucesso nas novelas da Globo, nos títulos da Shounen JUMP, e até mesmo de programas como o do João Kleber e seu Teste da Fidelidade.

Parte 3

Por mais que um gorila guilhotina saltando na tela abruptamente arrancando cabeças seja chocante, é algo que se tornou mais valido pelo signo que representou naquele momento do que a inserção do personagem em si na trama – que não tem importância alguma, sendo inserido com o único objetivo de chocar. Neste caso houve uma inversão interessante: saímos do real e entramos no caricatural, com este fazendo o papel de ser a descarga intensa que tira o espectador da passividade. O real é objeto de fuga da artificialidade da ficção quando esta se torna saturada, mas o inverso também é verdadeiro. Isto pode ser sinal de nossa eterna insatisfação, de como somos voláteis, ou simplesmente que invertemos os polos e o entretenimento já deixou de ser um mero entretenimento há muito tempo para exercer um papel proativo em nossas vidas de cotidiano sem perspectivas socais, cansativo e/ou estressante.
Disseram recentemente que meus textos acabam se conectando uns aos outros. Ora, pois, não é intencional, mas se trata de um fenômeno cultural (além do que, comportamento humano e sociedades são do meu interesse e sempre trago pra cá). Por exemplo, são temas tanto de Psycho-Pass como Shingeki no Kyojin [e até mesmo Gatchaman Crowds na metáfora dos pássaros em gaiolas], trazem a mesma alegoria de seres humanos limitados em muralhas [sociais] erguidas que estão satisfeitos e acomodados com este novo estilo de vida, sem grandes ambições, apenas executando tarefas pré-definidas e preferindo fechar os olhos para todos os problemas evidentes. É apenas comentário social inserindo em alguma camada, às vezes de modo inconsciente pelo próprio autor, afinal, o produto cultural reflete o espirito da época.

Segundo a teoria da manipulação da indústria do entretenimento (um pequeno exemplo são os merchandising, que contrapõe a propaganda convencional, só que de modo mais discreto e muito mais eficaz, sendo quase que aquele mata-baratas: com o tempo, elas criam mecanismos de auto-defesa que a tornam imunes. Logo, os cientistas precisam estar sempre acompanhando e aprimorando os venenos para que não se tornem defasados. Você pode fugir da propaganda direta, mas não do merchandising discreto presente em tudo que consome atualmente), por estar em um estado de alienação e isolamento, cada indivíduo é pessoal e diretamente atingido pela mensagem. Enfim, enfim, está tudo conectado. Se a indústria investe tanto em moe e nas idols, é porque há interesse que o publico alvo continue gastando naquilo que é do seu interesse, logo o produto precisa ser continuamente aprimorado e renovado (não por acaso idols têm vida artística curta).


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